Artur Neiva

AUTOR: 
Francisco Terêncio Vieira de Campos
ÉPOCA: 
1930
Nº TOMB. ANTERIOR: 
Sem tombamento. Será tombada futuramente pela Escola Politécnica da UFBA.
PROCEDENCIA/FORMA DE AQUISIÇÃO: 
Pintada na Escola Politécnica da Universidade Federal da Bahia.
DIMENSÕES: 
Alt: 65,0 cm Larg: 54,0 cm
TÉCNICA: 
Óleo sobre tela
LOCALIZAÇÃO ATUAL: 
Memorial Arlindo Coelho Fragoso, 4° andar, Escola Politécnica da Universidade Federal da Bahia
DADOS BIOGRÁFICOS DO RETRATADO: 

Artur Neiva nasceu em Salvador, em 1880. Iniciou seus estudos universitários na Faculdade de Medicina da capital baiana e concluiu-os no Rio de Janeiro, em 1903. Discípulo do sanitarista Oswaldo Cruz, em 1906 passou a trabalhar com ele no Instituto Soroterápico, atualmente Fundação Instituto Oswaldo Cruz, no bairro de Manguinhos, no Rio de Janeiro. Participou de campanhas de profilaxia da malária e em 1912 realizou viagem científica, percorrendo diversos estados brasileiros.

Em abril de 1914, tornou-se livre-docente da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Em 1915 e 1916 prestou serviços ao governo argentino e nos dois anos seguintes dirigiu o Serviço Sanitário do estado de São Paulo. Em seguida, visitou diversos países como pesquisador do Instituto Oswaldo Cruz. Foi diretor do Museu Nacional do Rio de Janeiro de 1923 a 1927, e no ano seguinte tornou-se diretor-superintendente do recém-fundado Instituto Biológico do Estado de São Paulo.

Pouco depois da vitória do movimento revolucionário de outubro de 1930, que levou Getúlio Vargas ao poder, foi convidado pelo interventor federal em São Paulo, João Alberto Lins de Barros, a assumir a Secretaria do Interior do estado. Permaneceu pouco tempo no cargo, já que em fevereiro de 1931, também por indicação de João Alberto, foi nomeado por Vargas interventor federal na Bahia. No governo baiano, procurou desenvolver serviços sanitários, criou o Instituto do Cacau, mas não teve êxito na condução da política estadual. Assim, em agosto foi substituído por Juraci Magalhães.

De volta às atividades científicas, organizou vários institutos no Ministério da Agricultura. Em 1933 tornou-se diretor do jornal carioca A Nação, vinculado à corrente tenentista, e elegeu-se deputado federal constituinte na legenda do Partido Social Democrático (PSD) da Bahia. No ano seguinte renovou o mandato na Câmara e o exerceu até novembro de 1937, quando todas as casas legislativas do país foram fechadas pelo golpe que instaurou a ditadura do Estado Novo.

Cientista reconhecido internacionalmente, foi membro de entidades científicas no Brasil, na Argentina e nos Estados Unidos.

Morreu no Rio de Janeiro, em 1943.

 

DADOS BIOGRÁFICOS DO AUTOR: 
(1865-1943)- Baiano, Vieira Campos aprendeu pintura na Academia de Bellas Artes em 1877, com Miguel Navarro Y Cañizares. Sua obra pictórica é composta por grande produção de retratos, os quais se encontram em várias instituições baianas.
OBSERVAÇÕES GERAIS: 
Referências: MACHADO, Z. M.; FAUSTO, C. M. G. Aguiar. Relatório do acervo de pinturas da Escola Politécnica da Universidade Federal da Bahia. Salvador: 2015.