Ata da sessão do Conselho Universitário da Bahia, realizada em 23 de Março de 1954.
1- Haveria no trabalho de verificação problemas necesseriamente muito sérios e que podem se resumir nisto: metodos experimentais; atitudes experimentais; procedimentos experimentais. Concluiu S. Excia. por assinalar, pondo exemplo numa farude de Claude Bernard, a sua dúvida profunda a respeito dos investigadores.. O Cons. Orlando Gomes pediu a palavra e disse que se propor não tivera em mira umas pesquisa nos moldes assinalados pelo Cons. João Mendonça. Desejando uma atitude imediata que ressolvesse, por fim com a criação de cursos anexos as Faculdades, ou a criação de um Colégio Universitário, ou, afinal, com a modificação dos próprios vestibulares, não lhe saberia determinar aquele que pela sua natureza é tarefa de técnicos, isto é, a metade a seguir-se.
2- A guia de informação o Cons. Miguel Calmon Sobrinho aludiu á investigação já encetada pelo Dr. Anísio Teixeira, que teve, no setor da Engenharia, e o Prof. Paulo Sá, um pesquisador cauteloso e certamente possuidor de um apreciável material a respeito. O Cons. Tobias Neto trouxe ao conhecimento da Casa a sua apreciação a respeito, para concluir ´´achando de urgente necessidade a criaçaõ de um curso intermediário entre o ensino médio e o superior``. O Cons. Hosannah de Oliveira secudando o ponto de vista do Cons. Orlando Gomes pediu ao Magnífico Reitor que S. Excia propusesse á Casa os nomes que deveriam compor a comissão investigadora.
3- O Cons. Magalhães Neto expendeu seu ponto de vista da urgente necessidade de solucianar-se o problema, muito embora ache que a conclusão atendera tão somente á emergência. Pondo exemplo num estudo de procedência Argentina frisou que dever-se levar em conta as atividades extra-curriculares comuns na adolescência, daí o erro de sobrecarregamento dos programas. O Cons. Isaias Alves trouxe a baila a questão sob o aspecto da observação pessoal adquirida na Faculdade de Filosofia, para concluir fazendo um apêlo as Diretorias das Unidades Universitárias no sentido de que exerçam..., em todas as disciplinas, e mesmo grau de exigência, afim de que alterando-se a atitude de expectativa do aluno pessem obter melhores resultados.
4- Achou de necessidade instituir-se na sua Faculdade a prova oral de português. O Cons. Alberico Fraga informou á Casa que na Faculdade de Direito a prova oral de português era obrigatória. O Cons. Miguel Calmon procurou dar o seu entendimento a respeito da sugestão do Cons. Isaias Alves para advertir a Casa de que em que pesa a experiência do S. Excia. a proponente, verificava ser possível sugerir bancas mais enérgicas as determinadas disciplinas. Ademis frisou S. Excia. , existe uma impressão, mais ou menos generalizada, de que o aluno está na escola para passar no exame a não para aprender. o Cons. Isaias Alves concerdeu com S.Excia. e citou o exemplo dos que no último ano de cada currículo se preocupam mais de quadro de formatura do que das aulas.
5- Minudenciando permenerisadamente certos aspectos do assunto, procurou frisar que a base e o alicerce seria o português, fundamental em todas as unidades. Chamou a atenção para a dispersão da atividade dos estudantes a assuntos de menor valia e que reprovam o estudante, de molde a não permitir a este concentrar a sua atividade em matrias de vital interesse do ensino. Finalisando disse S. Excia que não se deveria criar celauma e continuar a reprovar, tendo-se o cuidado, entretanto, de fazer uma propaganda intensiva sobre as provas sugeridas, isto é, de se continuar a reprovar, para lembrar que na propaganda do curso ginasial existe o ponto `` desenho á mão livre`` e que, não existindo quem transmita tais conhecimentos aos alunos não podem os professores universitários reprovar os mesmos.
6- Amplamente discutida a matéria o Cons. Orlando Gomes disse que já era tempo de se fazer a escolha dos nomes para a comissão, esclarecendo que não podia fazer parte da mesma em virtude de seu preconceito sobre o culpado: o professor. Encaminhando a discussão e Magnífico. Reitor indageu da Casa sobre que número deveria compor a comissão? O Cons. Isaias Alves sugeriu e mereceu acolhida a indicação de cinco elementos. O Cons. Miguel Calmon apresentou os seguintes nomes: Cons. Tobias Neto;João Mendonça ; Isaias Alves; Antonio Piton e Oscar Caetano. Anunciou o Magnífico Reitor a proposta do Cons. Tobias Neto a respeito da organização dos novos programas vestibulares.
7- Varios conselheiros se manifestaram a respeito, porém o Magnífico Reitor disse que se seu parecer os programas deveriam passar pela Reitoria. Tratando-se da matéria relevante deveria ir á apreciação da Comissão de Ensino. Quanto á questão de prazo para a organização dos programas vestibulares o Conselho Universitário deveria propor intermediário da secretária das Escolas fizesse a venda, muito embora essa receita fosse encaminhada como receita do Diretório Acadêmico.Por sugestão do Cons. Carlos Simas ficou ausente que os oficios a serem enviados ás varias unidades universitarias se fizessem acompanhados de respectivo programa. Sugeriu o Magnífico Reitor que na próxima sessão a comissão trouxesse uma minuta da Circular que deverá ser distribuida, com o adende do Cons. Carlos Simas, anexando-se a Circular as Portarias Ministeriais. Foi encaminhada a proposta do Cons. Tobias Neto á Comissão de Ensino.
8- Não havendo mais assunto a tratar se foi declarada encerrada a sessão, e que ocorreu ás dez horas e trinta minutos.
1- As notas taquigráficas forão parte integrante da presente ata.
2- Antonio Luiz Viana lavrou a ata, que lida, discutida e submetida a votos, vai devidamente assinada com a menção de sua aprovação.
1- Aberta a sesão, Justificou S. Magnificiência não existir ata anterior a ser lida por faltar pequeno erremate que não fora fornecido ao Secretario.Na hora do expediente franqueou a palavra e não havendo quem da mesma fizesse uso informou que traria ao conhecimento da Casa dois assuntos.
2- Antes, contudo, submeteria ao Conselho, embora não tivesse constado da Ordem do Dia, a proposta do Cons. Orlando Gomes no sentido de que sejam investigadas as causas que estão a influir para o elevado índice de reprovações nos exames vestibulares.
3- Outro assunto, disse S. Magnificiência, se refere á proposta do Cons. Tobias Neto no sentido de se organizarem novos programas para os vestibulares. Pondo em discussão a proposta do Prof. Orlando Gomes e Cons. João Mendonça teceu considerações a respeito, para frisar: ´´a pesquisa em tela careceria de um trabalho previsional para fixar o problema e criar as hipóteses possiveís, razoáveis, perfeitamente justificaveis.