Ata da Sessão do Conselho Universitário realizada em 12 de novembro de 1986.

Pauta: 

1- Na “ordem do dia”: item nº 01 – Processo nº 23066.390442/84-96 – Proposta de desmembramento da Escola de Biblioteconomia  e Comunicação, visando a criação da Faculdade de Comunicação. Relator: Cons. Pedro Manso Cabral. Lido o Parecer, foi o mesmo posto em discussão, manifestaram-se a respeito o Magnífico Reitor e mais os Cons. Magalhães Netto, Telésforo Marques e Maria José. Submetido a votação, foi unanimemente aprovado e vai aqui transcrito. Parecer: “ O Magnífico Reitor da UFBA, submete a esta Comissão de Legislação e Normas o presente processo, no qual a douta Congregação da Escola de Biblioteconomia e Comunicação propõe a desmembramento desta Unidades de ensino em duas: a) Escola de Biblioteconomia e Documentação; b) Faculdade de Comunicação.
2- Sugere ainda a aludida Congregação as seguintes medidas correlatas: - alteração do art. 46 do Estatuto da UFBA: criação e lotação de cargos de direção e apoio administrativo; abertura de prazo para elaboração dos regimentos das duas novas unidades; designação, pelo magnífico Reitor , de Professores-Coordenadores encarregados da implementação das novas unidades; participação desses Professores-Coordenadores no Conselho Universitário e no Conselho de Coordenação; Pretende-se, em suma, a volta da situação anterior a Reforma da UFBA, quando existiam separadamente as mencionadas unidades de ensino. Pronunciaram-se  vários órgãos sobre a separação peliteada: a Procuradoria Jurídica, a ASSPLAN, a Superintendência de Pessoal.
3- E a Matéria também é de competência desta Comissão de Legislação e Normas, segundo dispõe o art. 29 do Regimento do Conselho Universitário. Não vemos nenhum empecilho legal a concretização do desmembramento proposto. Para que este ocorra, porem, urge preliminarmente: a) modificar o art. 46 do Estatuto da UFBA, observando-se o disposto no art. 110 do mesmo Estatuto; b) obter a necessária aprovação de Egrégio Conselho Federal de Educação, atendendo-se ao previsto na Portaria CEF  n° 04/63 e nos Pareceres CEF n° 471/69, 327/70 e 177/73, textos citados pela ilustrada Procuradoria Jurídica da UFBA. Por outro lado, consideramos prematuras e até ilegais algumas medidas propostas (criação e lotação de cargo) designação imediata de Professores-Coordenadores para implantação das novas unidades; participação desses Professores-Coordenadores no Conselho Universitário e no Conselho de Coordenadores). Basta ver que algumas dessas medidas escapam a alçada da UFBA, dependendo do MEC e do DANF. Em 13 do corrente ano concedemos o seguinte parecer prévio: “Do exame do processo verifico, que o Regimento da faculdade de Comunicação merece dois reparos: a) inexistência  de dispositivos sobre o Colegiado do Curso, órgão de maior importância na atual estrutura universitária ( V. arts. 78 - 80 do Estatuto da UFBA); b) referencia ainda, em certos artigos( por exemplo, art.4º ,VIII), a Auxiliar Ensino, hoje substituído  pelo Professor Auxiliar (Dee, Lei n° 85.487, de 11.12.1980, art. 5º). Converto assim o processo em diligencia, para que sejam supridas  as emissões assinaladas, devolvido a mim em seguida, para apreciação do Conselho Universitário. Em tempo: acham-se cumpridas  as solicitações contidas no nosso pronunciamento e atualizado o processo, nesse meio tempo
4- . Assim não vemos qualquer  empecilho a concretização do desmembramento pretendido. O nosso voto é a favor ”. Item nº  2 - Processo nº23066.04179/83-91 –  Anteprojeto do Regimento do Centro de Estudos  Afro-Orientais  da UFBA. Relator: Cons. Mario Henriques Nascimento. Lido o Parecer, o Sr. Presidente chamou a atenção para o fato de a Congregação da Faculdade de Filosofia  e Ciências Humanas haver procedido com verdadeiro espírito universitário, ao consentir no desligamento do Centro de Estudos Afro-Orientais, que passou a vincular diretamente Reitoria. Submetido a discussão, sem que ninguém desejasse pronunciar-se a respeito, foi o referido Parecer posto em votação, sendo unanimemente aprovado. “ Parecer: Regimento Interno do Centro de Estudos, da Faculdade Filosofia e Ciências Humanas, manifestada através de seu Conselho Departamental, além da aspiração do próprio Centro. Assim , quanto a oportunidade a nosso voto é favorável ”. O segundo refere-se a imperfeições que foram notadas no projeto do Regimento do Centro, pela Procuradoria Jurídica da UFBA. Tais imperfeições encontram-se, entretanto corrigidas.
5- Assim o nosso voto é a favor da aprovação do Regimento. Salvador, 10 de novembro de 1986. “item nº 3 – Processo n° 23066.042.273/83-99 – Regimento do Núcleo de Estudos da História das Artes Plásticas na Bahia. Relator: Cons. Mario Henrique Nascimento. O Parecer, logo que posto em discussão, foi debatido pelos Cons. Paulo Dourado, Ana Maria, Manso Cabral, Kleyde, Paulo Brandão, Eliel Pinheiro e Maria José, tendo o Cons. Relator, diante  das ponderações oferecidas, solicitando e obtido a retirada de pauta do referido processo. Em prosseguimento, foi concedida a palavra a Cons. Celina Scheinowtz, para relatar o Processo n° 010.195/86-16, oriundo da faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, propondo a concessão do título de Doutor Honoris Causa ao Prof. Dr. Donald Pierson. O Parecer, adiante transcrito, foi posto em discussão e votação na forma regimental, sendo aprovado por 25 votos, constatando-se  2 votos em branco, funcionando como escrutinadores os Cons. Nilmar Rocha e Kleyde Mendes. Ante esse resultado, o Magnífico Reitor proclamou a concessão do título em apreço ao Prof. Dr. Donald Pierson. Eis o Parecer: O processo que ora examinamos como relator da Comissão de Títulos desse Conselho se refere a concessão do Título de Doutor Honoris Causa do Prof. Donald Pierson e tem como proponente o ilustre nome de Thales de Azevedo, professor titular emérito da faculdade de Filosofia e Ciências Humanas de nossa Universidade, em 17 de outubro de 1984. Junta ele ao processo um documento dirigido a Reitoria da UFBA, por ele próprio, em 21 de janeiro de 1982, em que já indicava aquela época o nome de Donald Pierson para o título agora requerido, documento este que, por razões que desconhecemos, ao que parece não teve o encaminhamento normal, mas que no presente Processo serve de embasamento a proposta.
6- Pela beleza de sua forma e consistência na exposição, o texto de Thales Azevedo de janeiro de 1982, na realidade, deveria ser lido e estaríamos tentada a fazê-lo não fosse ele longo, em suas quatro páginas bem preenchidas, para o tempo deste Conselho, habitualmente exíguo para a pauta a se cumprir. Donald  Pierson, americano, 85 anos, vive agora em sua pátria, mas passou longos anos no Brasil. Em 1934 aportou a Bahia, como pesquisador em Sociologia, oriundo da Universidade de Chicago, onde ocupava então o cargo de Assistente. Permaneceu entre nós até 1937, realizando em vinte e dois meses intenso trabalho de investigação de que resultou o seu livro Negroes in Brazil  publicado em 1942. É o primeiro estudo cientifico sistematizado e objetivo  das relações raciais levado a efeito no Brasil. Traduzido em 1945 para o português  sob título de Brancos e Pretos na Bahia, inicia uma nova abordagem do negro, em uma tentativa de esclarecimento de sua situação na sociedade brasileira.
7- Logo acolhido bem pela crítica recebeu o Prêmio  Anisfield  por ser “o melhor livro cientifico e erudito publicado neste campo das relações raciais”. Meio século depois, continua uma obra contemporânea e atualizada, pela justeza das observações e análises. Relacionada com a Bahia, elaborou ainda a monografia Cruz das  Almas: a Brazilian Village, publicada em 1951 e em 1973 nos Estados Unidos e no Brasil em 1966 como resultado de prolongada pesquisa de campo e a obra O homem no Vale de São Francisco, publicada em 1972, em três volumes, síntese de sua experiência profissional na Suvale. A sua permanência em  São Paulo  como professor, pesquisador e administrador acadêmico se fez extremamente fecunda, impulsionando o ensino e a pesquisa das Ciências Sociais do Brasil. Lá produz o tratado Teoria e Pesquisa em sociologia, publicado em 1945, para iniciar os jovens nos mistérios das ciências sociais, no conhecimento dos principais conceitos e processos em vaga na sociologia americana, com exemplos adaptados a nossa realidade e que esclarecem os problemas brasileiros.
8- Prova da  importância desse tratado são as quase vinte edições que dele vieram a lume. Fora do Brasil, exerceu o magistério em universidades americanas, mexicanas e portuguesas, utilizando os dados recolhidos em nosso país e difundido as instituições sociais brasileiras. Ao ser a proposta analisada pelo professor Jefferson Afonso Bacelar, Chefe do Departamento  de Antropologia e Etnologia, lembra este que, “muito mais de produtivo e exemplar existe na sua biografia, entretanto, a trajetória é unitária  e coerente, ou seja, conhecer a sociedade de forma objetiva, sistemática, como mecanismo para triunfo da carreira humana”. Como o parecer deste Professor aprovado por unanimidade na Congregação da Faculdade de Filosofia e Ciências  Humanas, em 11 de março de 1986, só nos resta ratificar a proposta  de concessão do título de Doutor Honoris Causa o Prof. Donald Pierson, por considerar o enriquecimento que representará para a nossa Universidade esta honoriferência ”.
9- A seguir, foi concedida a palavra a Cons. Altina Sodré, para relatar o processo s/nº oriundo da reitoria, propondo a concessão do título de Doutor Honoris Causa ao Sr. Albert Bruce Sabin. Concluída a leitura do parecer, que adiante vai transcrito, a Magnífica Reitora, com a palavra, disse do valor do homenageado como cientista e como pessoa humana, e frisou que para a UFBA será motivo de justo orgulho contá-lo entre seus Doutores honorários. Submetido a discussão e votação na forma regimental, servindo como escrutinadores os Cons. Pedro Manso Cabral e José  Maria de Magalhães Netto, foi o parecer aprovado por 26 votos, contatando-se 1 voto em branco. Foi então proclamada, pelo Magnífico Reitor, a concessão do título de Doutor Honoris causa ao Professor Dr. Albert Bruce Sabin. Eis o Parecer: “ Em atendimento a solicitação da Sra. Eliane Azevedo, vice-reitora da UFBA para análise do Curriculum Vitae do Dr. Albert Sabin com vistas a indicação de outorga do título de Dr. Honoris Causa podemos relatar o que se segue: Albert Bruce Sabin nasceu em 1906 na cidade de Bialystoch, na Polônia, naturalizando-se em 1930 norte americano
10 - Ao chegar em 1921 aos EEUU, contando 15 anos de idade, Sabin foi para High School em Patersn, New Jersey. Desde que estudasse Odontologia o seu tio concorreria as suas despesas da educação, percebendo, no entanto que aquela  não era sua vocação, lendo o livro “ Caçadores de Micróbios de Paul Kuinf o que o levou a estudar medicina, diplomado-se pela Universidade de Nova York em 1931. Desde 1926 iniciou seu trabalho de pesquisa no Departamento de Bacteriologia do New York University College of Medicina continuando por todo período de estudante. Em 1932 e 33 foi interno do Bellevue Hospital, em New York recebendo treinamento em patologia, cirurgia e medicina interna. Em 1934, como representante do Conselho de Pesquisa  Americano, trabalho no Instituto Lister de Medicina Preventiva em Londres.
11- Logo integrou na equipe de pesquisas no Instituto Rockfeller de pesquisas Médicas, em New York permanecendo 5 anos. Depois foi para a Fundação de pesquisas de Children´s Hospital na Universidade de Cincinati onde prestou 30 anos de serviços. Durante a  segunda Guerra Mundial, Sabin dedicou-se a pesquisas de doenças epidêmicas de interesse das forças armadas americanas, realizando missões especiais no Egito, na Palestina, Itália, Filipinas, Japão, Okinawa, Coreia e China. Exerceu, o prof. Sabin. Junto com o seu trabalho de Laboratório de doenças infecciosas (pneumonia, artrite, meningites, febres tropicais, diarréias infantis, etc)  atividades em vários comitês relacionados com o palnejamento e financiamento de pesquisas médicas. Foi diretor por muitos anos da Academia Nacional de Ciências, do Conselho Nacional de Pesquisas e do Comite Especial de Doenças Tropicais. Em 1962 sua guerra começou contra o câncer quando estudava o possível papel desenvolvimento pelos vírus no Cancer humano.
12- Em 1963 Dr. Sabin serviu como Delegado Americano na Conferencia das Nações Unidas para a aplicação da Ciência e Tecnologia em benefício das áreas subdesenvolvidas. Foi eleito membro da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos e da Academia de Artes e Ciências além de muitas sociedades americanas e de outros países. O Prof. Albert Sabin esteve aqui pela primeira vez para participar de um Congresso Médico e logo ele “enamorou-se pelo país, tem com o Brasil uma relação muito sentimental” . retornou em 1963 para uma jornada médica de saúde quando recebeu do MS a Ordem do Mérito e deu seu depoimento ao Museu da Imagem e do Som. Em 1970 foi agraciado com o título de Dr. Honoris Causa da Universidade de Brasília  e recebeu  do Itamarati a mais alta distinção do Governo Brasileiro a Ordem do Cruzeiro do Sul. Em 1971 o cientista volta ao Brasil para firmar um acordo de intercâmbio cientifico entre  MEC e o Instituto Weisman de Ciências, de Israel, do qual passou a ser presidente deste 1970.
13- Eleito para a Diretoria da Universidade de Tel Aviv e do Instituto Técnico do Haifa dando a sua contribuição nos setores educacionais e de saúde. Sua atenção se fez sentir principalmente na integração dos judeus de culturas de diferentes origens e nos problemas da paz entre Israel e seus vizinhos árabes. Os laços de Sabin com o nosso país aumentaram quando o cientista desposou em dezembro de 1972 a carioca Heloisa D. de Abrantes, de 54 anos de idade, Assessora do Jornal do Brasil. O casamento, que foi o segundo, realizou-se em Nova York. Em 1973 Sabin voltou para cá em companhia da esposa para participar da 25ª. Reunião  Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso  da Ciência, na ocasião, afirmou está mais ligado a política da ciência e a maneira de planejar as pesquisas cientificas para auxiliar na solução de problemas humanos principalmente na área de Saúde Pública. De tudo que fora dito do insigne professor e mais 17 Prêmios e honrarias, nada representou em face do seu grande descobrimento no combate a Poliomielite concluindo estes estudos após 30 anos com o invento da vacina Oral (conhecida simplesmente por Sabin) que passou a ser produzida para o uso em massa por todo o mundo.
14- O Prof. Sabin para vencer a Poliomielite partiu do principio de que se o vírus penetra no organismo pela boca era necessário introduzir a vacina no tubo digestivo tornando por este raciocínio, a verdadeira vacinação quase 100 % segura. Também era necessário, que fosse o vírus vivo para reprodução no intestino ( maciça formação de anticorpos) tendo que resolver a atenuação da agressividade do vírus para não provocar a doença, mas sem alterar a capacidade de provocar a formação de anticorpos. Vencidas todas essas barreiras estavam descobertas a vacina que resolveu um grave problema de saúde pública.
15- O Prof. Sabin além de estudar profundamente a doença em todos os detalhes durante cerca de 50 anos ainda por ironia do destino sentiu o que vem a ser uma paralisia, pois  a 77 anos foi acometido de um mal que o levou a imobilização, porém saindo deste mal Sabin faz uma nova invenção para erradicar o sarampo. Diante deste profissional e de acordo com o Art. 90, parágrafo  3 do Regimento Geral da Universidade, somos de parecer que seja dado o título ao Prof. Albert Sabin.
 

Local: 
Universidade Federal da Bahia
Data: 
qua, 12/11/1986 - 09:45
O que ocorrer: 

1- Em “o que ocorrer”, usou a palavra, de inicio, o Cons. Pedro Manso, para fazer registro da doação, pela Sra. Aida Sampaio do acervo bibliográfico do saudoso Prof. Nelson de Sousa Sampaio. Seguramente, acentuou o Sr. Cons. Manso Cabral, a biblioteca do Prof. Nelson Sampaio, se não é a melhor, é uma das mais bem aquinhoadas em Ciência Política. Localizada na Faculdade de Direito, cujo acervo ficou, desse modo, aumentado em 50 %, além de enriquecer a Universidade, continuará, desse modo, servindo a Ciência e a Cultura, na Bahia e no Brasil.
2- Seguiram-se-lhe com a palavra os Cons. 1) Gylson, para sugerir que se proceda a um balanço físico das bibliotecas, visando a identificar, anualmente, o real estado físico de cada uma; 2) Maria José, para explicar o que já se vem fazendo, ordinariamente, nas bibliotecas como rotina, através de fichas especificas; 3) o Magnífico Reitor, para informar que a UFBA, está em entendimentos com a FINEP e a Fundação Getulio Vargas, objetivando a catalogação completa de nossas bibliotecas; 4) Celina, para mencionar a boa vontade encontrada em vários Diretores de Unidade e na direção da Biblioteca Central no respeitante a solução do problema do Instituto de Letras, surgindo com a interdição do prédio; 5) Ronney,  para comunicar a próxima eleição da nova diretoria do DCE e para  despedir-se e agradecer a acolhida que a Representação Estudantil teve neste Conselho; 6) Paulo Brandão, pra solicitar que a pauta da próxima reunião inclua a questão dos convênios. O Magnífico Reitor, com a palavra, referiu-se a postura correta e elegante, que a Representação Estudantil teve neste Conselho, e em seguida encerrou a sessão.        

Participantes: 
Nilmar Vicente Pereira da Rocha
Germano Tabacof
Mary Camardelli de Amorim
Eliel Judson Duarte Pinheiro
Roswlivio Moreira Goes
Eliane Elisa de Sousa e Azevedo
José Maria de Magalhães Netto
Ana Maria Villar Leite Augusto da Silva
Jandira Leite Simões
Altina Gonçalvez Sodré
Wilma Albuquerque Franco
Angeolina Rossi Ferreira
Maria José Rabello de Freitas
Jutorib de Oliveira Lima
Ronney Greve
Maria Gleide Santos Barreto Ribeiro
Telesforo Martinez Marques
Gylson Sampaio Silva
Paulo Lauro Nascimento dourado
PAULO REBOUÇAS BRANDÃO
Pedro Manso Cabral
Josicélia Dumet Fernandes
Kleyde Mendes Lopes Ramos
Celina de Araújo Scheinovitz
Carlos Emílio de Menezes Strauch
Mário Henriques Soares Nascimento
Fabíola Gonçalves Pereira de Souza.
Expediente: 

1-    Aberta a sessão, e havendo leitura da  Ata, ato contínuo, lida, posta em discussão e votação e, finalmente, aprovada por unanimidade e sem emendas a Ata da última sessão, efetuada no dia 12 de setembro deste ano de 1986.
2-    Após registrar a presença dos Professores Wilma de Albuquerque Franco, Vice-Diretora da Escola de Medicina Veterinária, e Carlos Emilio Strauch, Vice-Diretor da Escola Politécnica,  o Sr. Presidente  fez um circunstanciado relato das providencias,  que tanto o Clube de Reitores das Universidades Brasileiras, quanto a Universidade Federal da Bahia, esta através do seu Reitor vêm adotando no referente ao Projeto do Grupo Executivo para a Reformulação da Educação Superior (GERES).
3-    Salientou que a posição da UFBA, na evolução do caso, foi a de que a discussão do documento não fosse reaberta pelo CRUB, considerando a inconveniência do Projeto e a inoportunidade de sua  discussão as vésperas da Assembléia  Nacional Constituinte, quando  problemática educacional brasileira deverá ser examinada em seus diferentes níveis.
4-    Comunicou que a UFBA fizera imprimir e distribuir sessenta mil exemplares do folheto intitulado “Você e a Constituinte”  e quantidade igual será ainda impressa, com a mesma finalidade. Franqueada a palavra, dela fez uso, inicialmente, o Cons. Jutorib Oliveira Lima, para solicitar a inclusão, na pauta dos trabalhos, de dois processos referentes a concessão do Título de Doutor Honoris Causa.
5-    Logo após o Cons. José Maria de Magalhães Netto solicitou a palavra para transmitir ao Conselho a estranheza da Faculdade de Medicina ante o fato de a solicitação de 06 vagas para o cargo de Professor Titular, referidas há dois anos, não ter sido ainda atendida. O Magnífico Reitor disse que a demora deve-se ao fato de a CPPD ainda não haver estabelecido os critérios a partir dos quais se proceda, um levantamento de necessidades, que permita a quantificação e distribuição de vagas, no âmbito da Universidade.
6-    O Cons. José Maria de Magalhães, ainda com a palavra, indagou sobre como proceder com os funcionários que, tendo contemplado, juridicamente, com a incorporação das horas extras aos respectivos salários, se recusam a dar as mencionadas horas. O Sr. Presidente esclareceu que, nesse caso das horas extras, houve duas diferentes decisões judiciais: uma obrigando a que as horas extras sejam como tais observadas, e outra não obrigando a seu cumprimento específico, devendo então atender-se a um caso e outro, diferentemente, até que ulterior decisão, de natureza judicial, venha a ser tomada.
7-    Continuando livre o uso da palavra, falou a Conselheira  Ana Maria, para: a) descrever o precário estado físico em que se encontra a Escola de Belas Artes; b) ler o ofício que se encontra a Escola de Belas Artes; b) ler o ofício que dirigida ao Sr. Prefeito do Campus, pondo-o a par dessa situação e pedindo providências; c) comunicar haver entregue ao Dr. Mauricío Malta, representante do MEC e que esteve em visita aquela Unidade de Ensino, uma documentação fotográfica, inclusive dois filmes, mostrando o estado de degradação física a que chegou a citada Escola; d) informar que a Escola de Belas Artes participou do 2 Encontro de Diretores de Faculdades de Filosofia e Ciências Humanas do Nordeste e do 1º Salão METANOR/COPENOR de Artes Visuais, no qual foram premiados alunos da Unidade que dirige, o que demonstra, como acentuou, que, apesar de a Escola de Belas Artes se encontrar fisicamente tão desgastada, possui um potencial humano considerável e em positivas condições de produção artística.   
8-      O Magnífico Reitor solidarizou-se com a Cons. Ana Maria, que disse das providências  tomadas no sentido de suprir as deficiências físicas  de que são vítimas diversas outras Unidades de Ensino. Usaram ainda da palavra os Cons. José Maria Netto, para informar que há três meses a Maternidade Climério de Oliveira aguardam que a Prefeitura do Campus proceda aos reparos que ali se fazem necessários; 2) Maria José Rabello para: a) fazer o registro da realização, NA Escola de Biblioteconomia, da 23 a 29 de setembro último, da Semana nacional do Livro e da Biblioteca; com a participação do Conselho Regional de Biblioteconomia e da Associação Profissional de Bibliotecários do Estado da Bahia; b) comunicar a realização do Seminário sobre Informática  Aplicada a Biblioteconomia, a efetuar-se dentro da 3ª jornada de Informática Nacional e Feira de Informática Nacional, e para o qual formulou convite aos Senhores Conselheiros.
9-    3) Celina Scheinovitz, para: a) registrar o falecimento da prof. Lola Peres Duran Ude, ocorrido dois dias antes, nos Estados Unidos; b) solidarizar-se com a Diretora da Escola de Belas Artes na difícil situação de natureza física, a que chegou aquela Unidade de Ensino;  c) agradecer o apoio dos Diretores, e de modo especial, do magnífico Reitor, que, de diferentes maneiras, se solidarizaram com o Instituto de Letras, na crise por que tempaltimamente passado, com a interdição do prédio e a redistribuição emergencial dos espaços administrativos e acadêmicos. 4) Jutorib, para indagar se foi prorrogado o prazo de  licitação e empenho.
10-   5) Carlos Emilio, para mencionar problemas, de ordem física, que também existem na Escola Politécnica, a reclamarem urgente atendimento; 6) José Maria de Magalhães, para consultar sobre se os pequenos reparos não poderiam ser administrados pelos Diretores, o que levou ao Magnífico Reitor a considerar a possibilidade de ser estudado, para execução, um protocolo de convivência administrativa, capaz de viabilizar soluções desse tipo; 7) Kleyde Ramos, para dizer como vem procedendo no Instituto de Biologia, no respeitante a correção de danos físicos de pequena monta. 8) Dionicarlos, para: a) registrar a sua presença no 4º Encontro de Física do Nordeste; b) fazer considerações sobre o orçamento da UFBA, em relação ao orçamento do CNPq; c) comunicar que o Instituto de Física cedeu espaço para a Prefeitura de Campus e para o Instituto de Letras.
11-   9) Angeolina, para: a) registrar a realização de la. Conferência Estadual de Alimentação e Nutrição, realizada nos dias 28 e 29 do último mês, como orientação a VIII Conferencia Nacional  de Saúde e que, na Bahia, fora coordenada pela Escola de Nutrição, Secretaria de saúde, INAMPS e Delegacia Federal de Saúde, tendo como tema a “A alimentação como direito de todo cidadão e dever do Estado”. Acrescentou que a finalidade do evento foi a de encaminhar  propostas a Conferencia nacional de Saúde, a realizar-se de 26 a 28 deste mês de novembro em Brasília, objetivando a elaboração de documento sobre aquele tema, a ser encaminhado a  Assembléia Nacional Constituinte.
12-  10) Telésforo, para: a) comunicar a recente realização, no Instituto de Geociências, de mais um concurso para o cargo de Professor Titular, para o qual contou com eficiente apoio  do magnífico Reitor e seu Gabinete; b) solicitar o empenho da Reitoria no sentido de conseguir, junto a quem de direito, a permuta de rubricas orçamentárias que possam facilitar a execução de projetos insertos no Programa “Nova Universidade” . 11) Ronney Greve, para comunicar que o DCE, em assembléia  que realizou, não só não acolheu mas repudiou o documento do Geres. 12) Paulo Dourado, para: a) solicitar ao Magnífico Reitor que agilize, dentro do possível, a liberação de previsões, considerando o próximo termino do ano; b) informar que o Madrigal da UFBA, veio de ser premiado em Concurso Nacional; c) agradecer ao Magnífico Reitor  e ao Chefe do gabinete o empenho em possibilitar a participação do Madrigal no concurso em causa; d) formulara convite para o próximo concerto de Orquestra Sinfônica, a efetuar-se no auditório da Reitoria, com a participação  do garoto Paulo Salles Brasil, de excepcionais dotes artísticos.