Atas do Consuni

E.g., 09/2024
E.g., 09/2024

Tipo de reunião: Extraordinária

Data Pauta(s) O que ocorrer
Ata da reunião extraordinária do Conselho Universitário da Universidade Federal da Bahia 03.11.2008. seg, 03/11/2008 - 16:00
  •  Item 01 da pauta: Processo nº 23066.035993/02-71 – Proposta de criação do Instituto de Psicologia. Relator: Conselheiro Giovandro Marcus Ferreira.
     
     O Relator procedeu à leitura do seu parecer, concluindo pela aprovação da criação do referido Instituto. Em discussão, a Conselheira Ilka Bichara destacou a importância histórica daquele momento para o curso de Psicologia, a expressar o resultado de um sonho acalentado por gerações de docentes, técnicos e discentes da Unidade, tendo sido dado o seu primeiro passo concreto no ano 2002, quando fora iniciado o processo formal da sua implementação, de forma associada a uma proposta de crescimento acadêmico, iniciativa esta que vem, oportunamente, se agregar ao programa REUNI da Universidade, sem qualquer conotação política ou de disputa entre grupos, já dispondo, também, atualmente, de pós-graduação em nível de mestrado e doutorado, além de ressaltar, dentre outros aspectos justificadores e fortalecedores da proposta, a expressiva demanda apresentada no concurso vestibular e a sua importante atuação na área psico-social, com um eficiente e profícuo atendimento populacional através do seu Serviço de Psicologia, por fim externando a generalizada expectativa quanto a uma maior flexibilidade e fluidez dos seus diversos projetos com a nova estruturação, bem como no que respeita ao apoio da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FFCH), onde o curso ainda deverá permanecer por algum tempo.
     O Conselheiro José Tavares Neto referiu a existência de várias propostas de médicos no sentido da criação de uma Unidade Universitária na UFBA específica de Psicologia e, atribuindo aos seis anos de tramitação processual um prazo excessivamente longo para deliberação sobre o assunto, propôs a revisão dos procedimentos administrativos da Universidade, de maneira a torná-la mais ágil e eficiente, ainda registrando a expressiva e permanente demanda do mercado por psicólogos e indagando a respeito da forma da sua constituição na condição de Unidade ou Órgão Complementar, de modo a evitar problemas futuros.
     A Conselheira Lídia Brandão Toutain enalteceu a iniciativa da sua criação e perguntou acerca das razões da utilização do termo “Instituto” ao invés de “Escola” na sua nomenclatura.
     O Conselheiro Joviniano Neto parabenizou os colegas responsáveis pela elaboração do projeto de criação da nova Unidade, mais uma oriunda de FFCH, atribuindo o uso do aludido termo ao provável duplo objetivo do Instituto de Psicologia (IPsi), de formação de graduados em Psicologia e de preparação básica para alunos de outras Escolas, solicitando, inclusive, maiores informações sobre o seu caráter interdisciplinar.
     O Conselheiro Arthur Matos Neto ressaltou a semelhança do atual processo com a recente criação do Instituto de Humanidades, Artes e Ciências (IHAC) Professor Milton Santos, portanto, devendo o seu Regimento Interno igualmente perpassar a Comissão de Normas e Recursos do Conselho Universitário e manifestou grande satisfação com a proposta de implantação do IPsi, efetivamente bem-vinda, a ela concedendo total apoio pessoal.
     O Conselheiro Dirceu Martins ratificou a expressiva concorrência do curso de Psicologia que, ao longo da implementação do REUNI, deu mostras do seu envolvimento com a criação e expansão de vagas, então parabenizando a todos os envolvidos por aquela iniciativa; apoiou a sugestão anterior relacionada com a necessidade de uma maior fluidez e agilização da tramitação processual na UFBA; alertou para a possibilidade de se incorrer em semelhante equívoco ocorrido por ocasião da aprovação do IHAC, quando se deferiu o seu projeto desfalcado da versão final do Regimento Interno, então propondo a sua apreciação conjunta para eventuais novos casos equivalentes na Universidade; referiu a necessidade de uma proposta, elaborada pela Congregação da Unidade, para a constituição de Órgãos Complementares, não sendo cabível, entretanto, a caracterização do IPsi sob aquela modalidade; e parabenizou o Departamento de Psicologia pela iniciativa e participação no processo de instalação do Instituto.
     
     A Conselheira Maria Luíza Câmera registrou a sua preocupação especialmente voltada para a infra-estrutura da nova Unidade, sobretudo em termos de espaço físico, acessibilidade e segurança, ainda ampliada com a expansão de vagas decorrente do REUNI.
     A Conselheira Joselita Macêdo reportou-se à deficiência da psicologia organizacional na UFBA, bem como à carência daquele apoio profissional para grande parte da população, a ser tal demanda, provavelmente, arrefecida, mediante ampliação do seu suprimento a partir da nova configuração institucional.
     O Conselheiro Ricardo Miranda Filho revelou o seu pessoal convencimento da pertinência daquele trabalho com base na acurada leitura de todo o processo, onde pôde constatar o pleno apoio conferido pelo CONSEPE, assim como pela FFCH e pelo Departamento de Psicologia, à sua parte acadêmica, também manifestando a sua satisfação em relação à proposição de natureza administrativa, neste caso destacando a tentativa de substituição da estrutura departamental e a criação dos Núcleos de Ensino, Pesquisa e Extensão, não obstante registrou a falta da concepção e consideração de um espaço para discussão da vida universitária e do acompanhamento do comportamento funcional dos docentes.
     A Conselheira Maria Isabel Vianna louvou a criação do IPsi, transmitiu a posição da Faculdade de Odontologia (ODO) absolutamente favorável à sua acolhida, referiu que o detalhamento do projeto deverá constar do seu Regimento Interno, a ser oportunamente analisado pelo Conselho, e comentou sobre a possibilidade de se ter elaborado um trabalho mais aperfeiçoado para o IHAC, já aprovado, caso se dispusesse, à época, deste equivalente documento do Instituto de Psicologia, cuja qualidade, de qualquer forma, muito poderá contribuir no processo de implantação daquela nova Unidade.
     O Conselheiro Jonhson Santos ponderou sobre as prováveis dificuldades enfrentadas pela Administração Central da Universidade para promover a criação de uma Unidade de Ensino, sobretudo relacionadas com as questões de natureza orçamentária, a elas atribuindo parcela da justificativa para a postergação da concretização da implantação do IPsi, e sugeriu, antes da manifestação crítica de qualquer Conselheiro, a realização de uma prévia reflexão e análise responsáveis sobre as razões motivadoras de qualquer ocorrência administrativa, também não cabendo a exigência de uma explicação formal sobre o assunto por parte da Reitoria, de opcional fornecimento ao Conselho, aproveitando para registrar a sua recente solicitação encaminhada à Faculdade de Medicina (MED) no sentido de que esta viesse a colaborar com a Faculdade de Direito (DIR) visando à aplicação do curso de Medicina Legal, todavia negada pela sua diretoria, com o decorrente prejuízo para a execução da referida atividade.
     O Conselheiro José Tavares Neto justificou a impossibilidade de atendimento ao citado pleito, referente à disponibilização de quatro professores da mencionada disciplina para ministrarem o respectivo curso noturno em DIR, com base em apreciação, pronunciamento e deliberação unânimes do Departamento de Neurociência de Saúde Mental da Unidade quanto à inviabilidade da cessão docente para a citada finalidade, salvo mediante modificações mais amplas de procedimentos relacionados com as respectivas cargas horárias.
     A Conselheira Dulce Aquino enalteceu e congratulou os envolvidos na concepção da proposta de implantação do novo Instituto, solicitou o encaminhamento de cópias do projeto para conhecimento e possível aproveitamento de alguns itens pela Escola de Dança (DAN) e realçou a importância daquela formação profissional em virtude da sua elevada demanda social.
     O Conselheiro Francisco Mesquita confirmou as já aventadas razões para o  retardamento da concretização da criação do Instituto, sobretudo relacionadas com aspectos de ordem financeira, a envolver, dentre outros elementos, a implantação de cargos gratificados e comissionados, somente tornando-se possível no momento atual, por isso mesmo discordando do referido transcurso de um prazo excessivamente longo, mas necessário e exato para a deflagração das providências agora adotadas, uma vez que as condições e perspectivas orçamentárias, anteriormente desfavoráveis, passaram a revelar e apontar para uma situação bastante promissora. Neste particular, o Conselheiro Mesquita ressaltou a relevância da oportunidade do acontecimento, associando a execução e consumação do fato à conveniência permitida pelas circunstâncias políticas e administrativas, então exemplificando com os casos das criações da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), do Instituto de Ciências Ambientais e Desenvolvimento Sustentável (ICAD), do Instituto Multidisciplinar em Saúde (IMS) e do próprio Instituto de Humanidades, Artes e Ciências Professor Milton Santos (IHAC), todos eles surgidos após 59 anos de absoluta paralisia educacional, ao longo dos quais funcionou a UFBA como a única Universidade pública federal na Bahia, somente agora tornando-se possível a gestação e consolidação da nova IFES e Unidades da UFBA mencionadas, assim reforçando o comentado resultado da coincidência da demanda com a oportunidade e congratulou-se com o Departamento de Psicologia pela relevante iniciativa no sentido da implantação do Instituto de Psicologia, alertando, contudo, para a necessidade da consciência das suas precárias condições iniciais de funcionamento, à semelhança das demais recentemente implantadas, a ser, como as outras, paulatinamente ajustadas e aperfeiçoadas, aí ainda se incluindo a questão do Regimento Interno, que, aliás, deverá ser estendida às demais Unidades e à própria Universidade, em face da sua generalizada defasagem documental.
     O Magnífico Reitor reportou-se à forma do seu ingresso na UFBA, precisamente através do Departamento de Psicologia, em 1982, somente depois passando para a Faculdade de Medicina, quando já se constatava uma significativa quantidade de manifestações favoráveis à sua transformação numa Unidade independente, também pelo fato de já apresentar um porte equivalente a tal estrutura universitária, tendo a sua maturidade advindo com a implantação da pós-graduação e com uma melhor qualificação dos seus recursos humanos através dos cursos de mestrado e doutorado, desta forma reunindo fatores suficientes para se contrapor à concepção de que cerca de 25% do seu quadro docente correspondia, na época, a profissionais vinculados à área médica e relacionada com o prescindível desligamento departamental para constituição de uma instância independente e autônoma, portanto inexistindo, naquela fase, uma efetiva consciência da sua necessidade, e corroborou a inviabilidade da sua execução em momento anterior, com base na indisponibilidade de recursos orçamentários, inclusive para a implantação de novos cargos e funções na Universidade, assim também ressaltando a importância da conciliação e articulação da possibilidade com a deliberação, além de assinalar o aparente consenso metodológico quanto à análise do Regimento Interno do IPsi em fase posterior à manifestação e sinalização da posição do Conselho acerca do projeto da sua criação.
     A Conselheira Ilka Bichara atribuiu a utilização do termo “Instituto” ao mecanismo do seu funcionamento, típico daquela forma estrutural institucional, então destacando a sua dupla função de graduação e de preparo discente com interconexão de áreas do conhecimento, neste caso em virtude da sua característica relacionada com a oferta de disciplinas básicas; enfatizou a atuação do Serviço de Psicologia há mais de vinte anos, sendo dirigido pelo respectivo Departamento; reforçou a citada impossibilidade de criação da Unidade em período anterior pelas razões sobejamente apontadas; ressaltou o propósito da constituição de uma configuração leve e dinâmica para o Instituto; e realçou o seu aspecto interdisciplinar, baseado no tripé universitário de ensino, pesquisa e extensão, em cuja formatação a administração está submetida à academia.
     O Conselheiro Giovandro Ferreira referiu que o IPsi detém, por enquanto, uma perspectiva de Órgão Complementar, podendo vir esta a confirmar-se ou desfazer-se; concordou com a indispensável apreciação do seu Regimento pelo CONSUNI após pronunciamento da sua Comissão de Normas e Recursos; e manifestou a sua positiva expectativa em relação à efetiva formalização da nova Unidade, a tornar realidade um antigo anseio institucional. Subsequentemente, o Senhor Presidente indicou o envio à Comissão de Normas e Recursos das eventuais propostas referentes ao aludido documento para posterior apreciação e decisão colegiada e submeteu o parecer do relator à votação, sendo aprovado por unanimidade, logo transformada em aclamação plenária, por sugestão do Conselheiro José Tavares Neto, dessa forma deferindo-se a criação do Instituto de Psicologia na UFBA. Item 02: Plano Diretor. Apresentação: Professor Doutor Naomar Monteiro de Almeida Filho; Arquiteto José Lalor Imbiriba.
     
     Item 03: Programa de Investimentos. Apresentação: Professor Francisco José Gomes Mesquita. Arquiteto José Lalor Imbiriba.
    Os itens 02 e 03 da pauta foram apreciados de forma conjunta e simultânea, iniciando-se com algumas informações e registros do Magnífico Reitor, basicamente atinentes à conclusão das avaliações das zonais, anunciando ter a Faculdade de Educação (EDC) admitido a possibilidade da sua transferência para o centro do Campus de Ondina, assim como o Instituto de Biologia (BIO) acolhera a proposta da sua remoção para uma área contígua à da Escola de Medicina Veterinária (MEV), embora condicionada a determinadas garantias, dentre as quais destacou a disponibilização de um espaço físico de tamanho equivalente à sua estrutura atual, bem como a Faculdade de Ciências Econômicas (FCE) acatara a sugestão da sua ida para o Vale do Canela, nas imediações da Faculdade de Direito (DIR) com a Escola de Administração (ADM), embora tenha a sua Congregação solicitado um prazo para apreciação, discussão e decisão final sobre o assunto.
     
     O Senhor Presidente assinalou a pendência em torno de dois temas ainda não concluídos e respectivamente relacionados com o Centro de Esportes e com a Central de Processamento de Resíduos Químicos, cuja concepção tivera a liderança da Faculdade de Farmácia (FAR), posteriormente secundada por outras Unidades, além de indicar a oportuna deliberação, por parte do CONSUNI, a respeito da locação do Instituto de Psicologia, com base, sobretudo, na decisão a ser igualmente tomada pelo Conselho acerca da sua alternativa inserção na área de Saúde ou Humanidades, bem como o já efetuado encaminhamento ao Governador do Estado no atinente a intenção da UFBA de incorporar todas as áreas adjacentes do campus de São Lázaro. Em seguida, o Magnífico Reitor assinalou o avanço institucional das ações referentes à proposta de distribuição de recursos do REUNI, com prioridade para os equipamentos de uso coletivo e para os projetos de adaptação das Unidades visando o recebimento dos alunos no semestre 2009.1, também aludindo à recente publicação de oito editais no jornal “A Tarde” para implementação dos mencionados trabalhos, brevemente comentando sobre a complexidade da sua confecção e liberação em período coincidente com a divulgação de outros tantos referentes aos concursos públicos, aos serviços de limpeza e segurança e aos investimentos na UFBA.
     O Conselheiro Francisco Mesquita informou acerca da contratação de escritórios de Arquitetura para elaboração de projetos, tendo um deles deixado de cumprir as exigências apresentadas e requeridas, disto resultando um significativo prejuízo ao andamento das atividades e a adoção das providências judiciais cabíveis ao caso; elencou, dentre outros, os seguintes itens considerados prioritários para atuação: equipamentos coletivos, bibliotecas setoriais de Física, Química, Matemática e Geologia, fechamento do Campus do Canela, ampliação do Pavilhão de Aulas da Federação e construções da sede da Faculdade de Ciências Contábeis (FCC) e dos anexos do Centro de Esportes e do Instituto de Geociências (GEO), este devendo ser executado através da conjunção financeira de recursos da PETROBRAS, do REUNI e de emendas individuais de bancada parlamentar; anunciou a sua intenção de liberar todos os editais até a data de 05.12.2008, com a contratação geral dos serviços até 20.12.2008; salientou a importância de se dispor de licitações prontas e concluídas para utilização das emendas de bancada, de cujo total pretende-se reservar cerca de 4 milhões de reais para aquisição de equipamentos; referiu, em termos complementares, a necessidade da reforma dos auditórios da Faculdade de Direito (DIR) e do Instituto de Matemática (MAT) em função da sua sobrecarga; informou a respeito do encaminhamento das licitações de vigilância, portaria e limpeza à Procuradoria Federal junto à UFBA, adicionalmente comentando que a empresa responsável por esta última tarefa havia saído do mercado e abandonado as suas atividades na Universidade, tendo a Administração Central da UFBA adotado, uma vez mais, a medida de retenção de fatura, em virtude do descumprimento contratual por parte da terceirizada, além da tentativa de convocação da segunda firma colocada na licitação, igualmente apresentando dificuldades e pouco interesse em assumir o trabalho, ainda manifestando grave apreensão em relação às outras duas citadas situações de limpeza e segurança, já se encontrando a primeira delas no âmbito judicial, em decorrência da constatação de preocupantes problemas, e pediu a compreensão de todos os dirigentes diante de uma situação de difícil e complexo encaminhamento, para a qual vem concentrando todos os esforços, visando a sua regularização num prazo máximo de uma semana.
     
     O Conselheiro José Tavares Neto solicitou a inclusão, no Plano Diretor, de uma área destinada ao Arquivo da UFBA e propôs a realização de uma reunião extraordinária do Conselho com a finalidade específica de avaliação do assunto relacionado com as empresas terceirizadas, de forma a proporcionar amplo conhecimento e uma noção mais precisa da dimensão daquela adversidade.
     A Conselheira Celi Taffarel destacou o constante atraso no pagamento de salários dos funcionários da limpeza, além de não terem ainda recebido os seus vales-transportes e transmitiu solicitação da Congregação da Faculdade de Educação (EDC) no sentido de se repensar aquela sistemática de atuação institucional, bem como a recuperação do mecanismo de contratações diretas dos trabalhadores, em virtude dos freqüentes transtornos causados pelas mencionadas empresas, sem qualquer compromisso com a Universidade, então requerendo urgência nas providências a serem tomadas em face da perspectiva de ampliação dos citados problemas diante da ameaça de paralisação dos servidores técnico-administrativos, por fim confirmando a possibilidade da transferência da sua Unidade para a aludida localidade de Ondina, próxima às Licenciaturas.
     O Conselheiro Giovandro Ferreira indagou a respeito do montante financeiro já liberado e recebido pela UFBA para aplicação, bem como da articulação da discussão sobre os gastos com o Plano Diretor e dos critérios a serem utilizados para a sua administração, além de alertar para a necessidade de uma criteriosa divisão e distribuição, de forma a evitar conflitos e disputas entre as Unidades.
     O Conselheiro Luiz Fernando Bandeira associou o problema das empresas terceirizadas a uma antiga aspiração da categoria técnico-administrativa, no sentido da reversão da atual situação para o anterior formato de incorporação direta de profissionais ao serviço público, jamais tendo correspondido a recente metodologia aos anseios e demandas institucionais e enfatizou a luta histórica daquele segmento na tentativa do indispensável resgate dos correspondentes cargos, a serem preenchidos mediante realização de concursos, neste particular ratificando e solidarizando-se com a posição de EDC, também aludindo à previsão de paralisação dos técnico-administrativos, determinada pelo respectivo Sindicato nacional, a FASUBRA, para acontecimento nos dias 05.11.2008 e 06.11.2008, em face da ameaça do não cumprimento dos acordos assinados com o Governo para aumento salarial da categoria, bem como da modificação do “step” contida na Medida Provisória referente ao assunto e ensejadora de discriminações funcionais, alem de referir-se à necessidade da realização de uma discussão mais aprofundada acerca do projeto das Fundações estatais, já enviado ao Congresso Nacional, dele devendo ser retirados os casos relacionados com os Hospitais Universitários.
     A Conselheira Lídia Brandão Toutain reportou-se ao convênio assinado entre o Instituto de Ciência da Informação (ICI) e a Faculdade de Medicina (FAMEB) para a conservação dos acervos, já tendo igualmente solicitado à Administração Central a criação do Arquivo Geral da UFBA.
     O Conselheiro Arthur Matos Neto propôs a colocação dos “posters” e demais elementos ilustrativos do Plano Diretor nas diversas Unidades, como forma de proporcionar uma ampla divulgação sobre a sua implantação, aplaudiu o deslocamento de EDC para Ondina, assim também desejando que aconteça em relação à Faculdade de Ciências Econômicas (ECO), comentou sobre a publicação de quatro editais de licitações, veiculados na Imprensa, naquele dia, para a realização de serviços diversos na UFBA e defendeu a sociabilização das informações e a generalizada compreensão acerca da distribuição das verbas, de forma a evitar os mencionados conflitos entre os dirigentes.
     O Conselheiro Dirceu Martins requereu a realização de urgente reunião extraordinária do CONSUNI para tratamento acurado dos assuntos constantes dos itens 02 (Plano Diretor) e 03 (Programa de Investimentos) da pauta, totalmente inviável naquela sessão pela escassez de tempo, reiterou as preocupações relativas às paralisações das empresas terceirizadas, destacou a importância da construção do pavilhão dos laboratórios de graduação, totalmente defasados, tornando-se ainda mais necessária diante da expansão universitária e do funcionamento dos cursos noturnos e acentuou a imprescindível mudança física, no caso do Instituto de Química, em face do seu absoluto estrangulamento atual.
     A Conselheira Marlene Aguiar apoiou as colocações do Conselheiro Giovandro Ferreira a respeito da aplicação dos recursos financeiros e formalizou algumas observações referentes à transferência do Instituto de Biologia (BIO), a despeito da aventada possibilidade da sua ampliação, todavia não constatando qualquer previsão orçamentária para a sua execução, e externou pessoal preocupação em relação à forma como deverá ser recebido o novo contingente discente em 2009.1, totalmente inadequada nas atuais condições precárias da Unidade.
     O Conselheiro Francisco Mesquita referiu a reincidente ocorrência de problemas com as empresas terceirizadas, não se podendo responsabilizar a Administração Central da Universidade, cuja atuação vem se revestindo de absoluta cautela e correção; informou acerca da possível contratação de firmas especializadas em serviços de limpeza e portaria em caráter emergencial, já tendo a discussão sobre o assunto alcançado o âmbito da Associação Nacional dos Docentes de Instituições Federais de Ensino Superior (ANDIFES), buscando-se a recuperação da sistemática anterior de realização de concursos públicos; assinalou a recente liberação de dois editais para licitação das obras do anexo do Instituto de Letras (LET) e da Escola de Música (MUS), cuja transferência promoverá a liberação do prédio a ser provavelmente utilizado pela área de Saúde; comunicou a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) no sentido da alteração da responsabilidade, dos Reitores para o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), no que respeita ao processo de transferência dos aportes financeiros das IFES para as respectivas Fundações; enfatizou a necessidade de uma ágil elaboração dos projetos de forma a garantir a obtenção dos recursos do REUNI e das emendas de bancada para 2009; e garantiu que todas as discussões relacionadas com o Plano Diretor e com o Programa de Investimentos, inevitavelmente, perpassará o CONSUNI.
     O Senhor Presidente indicou a realização de nova reunião extraordinária do Conselho no curso da semana seguinte, em cuja oportunidade se disporá de dados e elementos mais precisos sobre ambos os temas, a serem devidamente encaminhados aos Conselheiros, também pelo fato de ainda corresponderem muitos deles a uma fase de anteprojeto e, sob tal circunstância, impedidos de licitação, além de considerar desaconselhável a sua divulgação no atual estágio dos trabalhos, assim optando por efetuá-la em momento posterior e correspondente à sua etapa conclusiva, já portadora de uma diretriz definidora da sua concretização.
     
     

Não houve o que ocorrer.

Ata da reunião extraordinária do Conselho Universitário da Universidade Federal da Bahia 10.10.2008. sex, 10/10/2008 - 09:00
  •  Item 01 da pauta:
     
    Processo nº 23066.039927/08-83 – Minuta de Resolução alterando a Resolução 01/97 do Conselho Universitário, no que respeita aos prazos de concursos. Relator: Comissão de Normas e Recursos.
     
     Inicialmente, o Magnífico Reitor informou acerca da autorização concedida pelo Ministério da Educação (MEC) para o preenchimento das 264 vagas docentes destinadas à primeira fase do programa REUNI, manifestando a pretensão da Administração Central da UFBA de realizar todos os concursos e respectivas contratações deles decorrentes até o final do ano em curso, disto resultando a proposta de execução de algumas alterações no texto da Resolução 01/97 referente ao assunto, de forma, especialmente, a evitar a ultrapassagem dos prazos disponíveis e de compulsório cumprimento para a formalização dos citados objetivos sem qualquer prejuízo para a Universidade, ainda referindo a unânime aprovação anterior da formulação proposta por parte do CONSEPE, agora cabendo ao CONSUNI o pronunciamento e deliberação finais sobre a matéria.
     Em seguida, o Magnífico Reitor passou a palavra ao Conselheiro Jonhson Santos, presidente da Comissão de Normas e Recursos, que, na seqüência, solicitou à relatora, Conselheira Maria Isabel Vianna, a apresentação do parecer, então efetuada e concluindo pela indicação de modificações à proposta emanada do CONSEPE através de uma substitutiva, cujo teor contemplava aspectos de duas resoluções anteriores relativas ao assunto em exame, basicamente envolvendo as seguintes mudanças na minuta apresentada pelo referido Conselho: 1- Art. 1º - modificação da sua redação de “Alterar a Resolução 01/97 no que respeita à realização dos concursos, de modo a melhor adequá-la ao contexto atual” para “Alterar a Resolução 01/97 para efeito dos concursos a serem realizados em 2008 e 2009, de modo a melhor adequá-la ao contexto atual”; 2- o Art. 2º da minuta de resolução original apresentava a seguinte redação: “Os artigos 143 e 144 passam a ter as seguintes redações: Art. 143 – Os prazos de inscrição nos concursos públicos serão de: I- trinta dias, no caso de Professor Auxiliar; II- trinta dias, no caso de Professor Assistente; III- trinta dias, no caso de Professor Adjunto; IV- trinta dias, no caso de Professor Titular. § 1º - O extrato do Edital do concurso deverá ser publicado no Diário Oficial da União e o concurso amplamente divulgado. § 2º - No Edital do concurso, além das datas, prazos específicos e número de vagas, deverão constar a classe da carreira do magistério, o regime de trabalho, a natureza das provas, a lista dos pontos e a área do conhecimento sobre a qual se realizará. Art. 144 – O requerimento de inscrição deverá estar instruído com: I- (...); II– Curriculum vitae atualizado, em tantas vias quantas forem os examinadores e mais uma destinada à Unidade, esta com os documentos comprobatórios; III- Memorial (exceto para a classe de Professor Auxiliar) atualizado, em tantas vias quantas forem os examinadores e mais uma destinada à Unidade.; IV- (...)”. A proposta de resolução concebida pela Comissão de Normas e Recursos e apensada ao seu parecer propunha o seguinte texto no atinente ao Art. 2º: “Os Artigos 143, 144, 148 e 152 passam a ter as seguintes redações: Art. 143 – Os prazos de inscrição nos concursos públicos serão de: I- trinta dias, no caso de Professor Auxiliar; II- trinta dias, no caso de Professor Assistente; III- trinta dias, no caso de Professor Adjunto; IV- cento e vinte dias, no caso de Professor Titular. § 1º - O extrato do Edital do concurso deverá ser publicado no Diário Oficial da União e o concurso amplamente divulgado. § 2º - No Edital do concurso, além das datas, prazos específicos e número de vagas, deverão constar a classe da carreira do magistério, o regime de trabalho, a natureza das provas, a lista dos pontos e a área do conhecimento sobre a qual se realizará. Art. 144 – O requerimento de inscrição deverá estar instruído com: I- (...); II- Curriculum Vitae atualizado, em tantas vias quantos forem os examinadores titulares e mais uma destinada à Unidade, esta com os documentos comprobatórios; III- Memorial (exceto para as classes de Professor Auxiliar e de Professor Assistente) atualizado, em tantas vias quantos forem os examinadores titulares e mais uma destinada à Unidade; IV- (...). Art. 148 – As provas do concurso público para a classe de Professor Assistente serão: I- de títulos, com peso dois; II – didática, com peso quatro; III – teórico-prática ou escrita, com peso quatro; Art. 152 – O julgamento da prova de títulos basear-se-á na apresentação do curriculum vitae, para os candidatos a todas as classes. Parágrafo único. A Comissão julgadora pontuará os títulos de que trata o caput deste artigo, tendo como base um barema que deverá ser elaborado pela Congregação da Unidade, disponível para conhecimento dos candidatos na instalação da referida Comissão.”
     O Conselheiro João Augusto Rocha propôs, no texto referente ao § 2º do Art. 143, uma alteração de “... a lista dos pontos e a área do conhecimento sobre a qual se realizará” para “..... a lista dos pontos (exceto para a classe de Professor Titular) e a área do conhecimento sobre a qual se realizará.”
     O Conselheiro José Tavares Neto também encaminhou duas sugestões: 1- apresentação do currículo, para efeito de inscrição do candidato, no formato LATTES, justificando a sua indicação através do fato de que muitos docentes não vêm procedendo à sua atualização, de necessária regularização; 2- melhor explicitação da sistemática da escolha dos pontos.
     O Conselheiro Giovandro Ferreira indagou a respeito das razões para não terem sido contemplados, dentre os diversos itens, os projetos de pesquisa para os concursos de Professores Adjuntos e Titulares.
     A Conselheira Maria Thereza Araújo propôs a inclusão da prova escrita para os certames relativos a Professor Adjunto, constituindo-se um relevante tópico já recorrente, frequentemente requerido pelo Instituto de Ciências da Saúde (ICS) e ainda não atendido.
     O Conselheiro Marco Antônio Fernandes parabenizou e elogiou a qualidade do parecer da relatora e da Comissão de Normas e Recursos (CNR), nele destacando a riqueza esclarecedora dos seus detalhes; considerou inadequada a proposta de inclusão, no Edital, da mencionada relação de pontos para concurso de Professor Titular; opôs-se à inserção da exigência do currículo sob o modelo LATTES, em face da inconstitucionalidade do procedimento, também referindo que muitos pesquisadores vêm se recusando, com direito, a adotar o aludido método; e acentuou a necessidade de urgente revisão dos documentos regimentais da UFBA, por ele já indicada em outras oportunidades, de forma a evitar a reincidência de dificuldades no tratamento de assuntos institucionais ainda mal normatizados, frequentemente fragmentados e confusos, dentre os quais se incluía a questão dos concursos, neste caso indagando a respeito da previsão da elaboração de uma resolução conclusiva sobre a matéria.
     O Magnífico Reitor informou acerca da aprovação, pelo CONSEPE, de um prazo de sessenta dias para discussão e apresentação de uma regulamentação dos seguintes itens ainda pendentes: alocação de vagas, regime de trabalho, módulo aluno/professor e normas de concursos docentes, dessa forma satisfazendo aquela requisição do Conselheiro Marco Antonio.
     A Conselheira Lina Aras apoiou as colocações efetuadas pela Conselheira Maria Thereza Araújo, particularmente quanto à aplicação da prova escrita para o caso de concursos para Professor Adjunto, por ela considerada indispensável à realização de uma seleção mais apurada, ressaltou a preocupação já externada pela Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FFCH) referente à necessidade da aplicação de medidas capazes de atender, satisfatoriamente, à preocupante ampliação da demanda institucional e sugeriu a padronização da uma barema para toda a Universidade.
     O Conselheiro Arthur Matos Neto destacou e enalteceu o formato diferenciado da nova estrutura acadêmica, também defendeu a aplicação da mencionada prova, inclusive como ponto de corte e seleção dos candidatos para a continuidade do cumprimento das etapas posteriores do concurso, transmitiu a satisfação do Instituto de Física (FIS) quanto à forma de distribuição das vagas, plenamente contemplado, e referiu a sua opção de não mais reivindicar, como de fato pretendia, providências relacionadas com a documentação regimental da UFBA, em face das informações já encaminhadas pelo Presidente, mediante compromisso assumido pelo CONSEPE, com prazo já definido para a sua implementação.
     A Conselheira Maria Isabel Vianna registrou a incorporação, por parte da relatoria, da observação efetuada pelo Conselheiro João Augusto Rocha; considerou inadequada a proposta exigência do currículo LATTES, pelas razões já explicitadas pelos seus pares; recusou a sugerida inclusão da mencionada prova escrita para o modelo atual, em virtude das dificuldades burocráticas para a sua introdução e aplicação num certame cuja realização, especialmente para a classe de Professor Adjunto, teria de conciliar uma provável concorrência expressiva, decorrente de um grande número de candidatos, com um reduzido espaço de tempo para a sua concretização; e opôs-se à proposição de redução do prazo de inscrição dos candidatos a Professor Titular para 30 dias, em face da inviabilidade da execução de todo o preparo necessário ao caso daquela particular categoria docente, efetivamente diferenciada em relação às demais, somente possível de absorção em caso de significativa alteração das circunstâncias atuais da sua realização.
     O Magnífico Reitor enfatizou as propostas de modificação à minuta de resolução original apresentadas pela relatora e a já referida indicação do Conselheiro João Augusto, relativa ao § 2º do Art. 143, acatada pela relatora. Sob tais condições, o Senhor Presidente submeteu à votação o parecer e a nova minuta de resolução apresentados pela Comissão de Normas e Recursos, incluída a mencionada alteração incorporada pela Relatora, sendo aprovada por unanimidade, a constituir a Resolução do CONSUNI nº 06/08 (anexa).
     
     Item 02:
    Processo nº 23066.034663/08-26 – Projeto de criação do Instituto de Humanidades, Artes e Ciências (IHAC) Milton Santos.
     
    Relator: Conselheira Maria Thereza Barral Araújo. Com a palavra, a Relatora procedeu à leitura do parecer (anexo), tomando como base o relatório aprovado pelo CONSEPE, concluindo favoravelmente à aprovação da criação do IHAC, além de solicitar o encaminhamento posterior do processo à Comissão de Normas e Recursos (CNR) para os devidos ajustes de natureza regimental, devendo depois retornar àquele Colegiado para a apreciação e deliberação final do plenário.
     A Conselheira Lídia Brandão indagou acerca da composição numérica da proposta Congregação Ampliada, manifestando certa preocupação quanto a possíveis dificuldades deliberativas.
     O Conselheiro Dirceu Martins assim também procedeu em relação à forma de encaminhamento sugerida pela relatora, então perguntando sobre a viabilidade e o acatamento do mencionado envio do processo à Comissão de Normas e Recursos.
     A Conselheira Celi Taffarel registrou e reclamou da freqüente escassez de tempo para discussão de relevantes assuntos universitários pela Congregação da Unidade, cuja exigüidade de prazos impede o necessário aprofundamento da sua apreciação; aludiu ao encaminhamento, por parte da Faculdade de Educação (EDC), do seu posicionamento acerca dos Bacharelados Interdisciplinares (B.I.), em cujo documento foi externada a apreensão da sua comunidade referente à possível superposição de uma nova estrutura acadêmica em relação à preexistente, sem a devida reflexão acerca da sua repercussão sobre as atividades de ensino, pesquisa e extensão; assinalou a desprofissionalização da característica dos bacharéis, a partir da implantação da nova sistemática, tornando-os menos preparados para enfrentar uma nova situação mercadológica, em franca e lamentável decomposição técnica; questionou o significado daquela nova metodologia para o conjunto pedagógico da UFBA; e defendeu a adoção de uma postura institucional relativa à evidenciada catástrofe humanitária atual, tendo EDC proposto a divulgação da expressão do sentimento universitário a tal respeito, em face da competência e influência educativas por ela exercidas e exigidas pelo atual momento.
     O Conselheiro João Augusto Rocha parabenizou a relatora pelo excelente parecer e saudou a ousadia da UFBA pelo positivo salto acadêmico, de irreversível implementação e auspiciosa expectativa, então apoiando a sua execução, circunstancialmente experimental, para posterior consolidação e afirmação progressivas.
     O Conselheiro Arthur Matos Neto elogiou os trabalhos, respectivamente, efetuados pelo CONSEPE e pela Conselheira Maria Thereza Araújo, endossou a concepção da Congregação Ampliada na condição de um lócus indispensável à reunião dos professores para o exercício do diálogo, da convivência e da avaliação dos seus problemas profissionais e propôs a realização de uma análise acurada do projeto de criação da nova Unidade Universitária no âmbito das Unidades, num prazo máximo de uma semana, mais voltado para os aspectos relacionados ao seu Regimento.
     O Conselheiro José Tavares Neto rememorou a externada posição da Faculdade de Medicina (MED) contrária aos B.I., com base, dentre outros motivos, na precária formação por eles possibilitada, admitindo, porém, que a sua aprovação institucional não mais admitia uma atuação crítica mas colaboradora, e, neste sentido, manifestou o seu apoio às ponderações da Conselheira Celi Taffarel, também ressaltando que a suposta ousadia anteriormente mencionada, da qual não diverge, deve estar fundamentada em situações realistas, além de propor a utilização do termo “Professor Milton Santos”, em lugar de “Milton Santos”, para designar o novo Instituto, de se reportar ao § 2º do Art. 5º da minuta do Regimento para indagar a respeito do significado da expressão “quorum qualificado” ali contida, de sugerir a consideração da figura do decano no § 1º do Art. 6º e de perguntar se a indicação do encaminhamento do processo à Comissão de Normas e Recursos por parte da relatora deveria ocorrer em momento anterior ou posterior à aprovação do seu parecer.
     O Conselheiro Luiz Rogério Leal referiu que a proposta configuração atende bem à estrutura já debatida e parcialmente implantada há algum tempo, especialmente no seu espectro administrativo, devendo o Instituto de Geociências (GEO), brevemente, apresentar a sua nova feição devidamente ajustada e endossou o sugerido encaminhamento do processo à Comissão de Normas e Recursos para efeito de adequação da proposta de natureza regimental.
     O Conselheiro Giovandro Ferreira efetuou os seguintes registros: 1- preocupação quanto à transformação do IHAC numa espécie de “tiro saído da culatra” dos B.I., a despeito do reconhecimento do seu significado e necessidade; 2- importância da busca de harmonia institucional entre o citado Instituto e as demais Unidades; 3- possibilidade de que, na condição de equiparação com qualquer outra delas, venha o IHAC a exercer determinadas atividades comuns a todas, a exemplo da oferta de cursos de graduação; 4- preocupação referente à ocorrência de conflitos internos decorrentes da coincidência de disciplinas simultaneamente oferecidas pelo Instituto e por outras Unidades.
     O Conselheiro Roaleno Costa ratificou as opiniões emitidas pelos Conselheiros Celi Taffarel e Arthur Matos Neto, questionou a sistemática de aprovação de relevantes projetos pelo CONSUNI sem a devida e necessária reflexão em virtude da habitual falta de tempo, aludiu à persistência de dúvidas e imprecisões acerca dos B.I., reforçou a citada concepção de superposição de cursos na UFBA a partir do ineditismo da situação, defendeu a absoluta precisão e segurança nas afirmações referentes aos diversos elementos componentes da nova configuração universitária, de forma que a já aludida ousadia possa efetivamente refletir positiva evolução ao invés de lastimável falência e solicitou o envio de cópias do parecer a todos os membros do Conselho.
     O Conselheiro Luiz Fernando Bandeira destacou a complexidade do assunto em exame, devendo ser criteriosamente analisado, sobretudo pela sua participação e influência na verificação do dimensionamento de pessoal, bem como na sua lotação, a representar uma pendência de persistente indefinição, então ganhando um maior significado diante das novas circunstâncias e indagou acerca da constituição da Congregação Ampliada, se por todos os professores, além de solicitar informações a respeito da participação dos servidores técnico-administrativos e dos estudantes naquele Colegiado.
     O Conselheiro João Gabriel Cabral enfatizou a posição discente contrária aos B.I., de incógnito resultado quanto ao tipo de profissional a ser formado e ainda incipientemente debatido; opôs-se ao desaconselhável comportamento por ele constatado de adaptação da Universidade aos ditames capitalistas; registrou a persistência da abertura do projeto acadêmico e pedagógico, ainda inconcluso, a despeito da proximidade do concurso vestibular; procedeu ao encaminhamento de algumas demandas, dentre as quais ressaem a Assistência Estudantil, não se dispondo de um plano específico para o seu desenvolvimento, a necessidade de ampliação de bolsas de pesquisa e extensão e a questão da segurança nos campi, todas elas já apresentadas anteriormente, todavia perdurando indefinidas; considerou excelente a idéia de democratização institucional por meio da implantação da Congregação Ampliada; e indagou a respeito da forma como deverá se processar a sua composição em relação aos técnicos e alunos, então defendendo uma generalizada paridade.
     O Conselheiro Dirceu Martins destacou a inexistência daquela estrutura no Estatuto da UFBA; opôs-se à aprovação da criação de uma Unidade desprovida de Regimento, cujo escopo deve acompanhar a íntegra do projeto, além de já estarem em curso os estudos e trabalhos de produção do novo elemento documental da Universidade; apoiou o Conselheiro Giovandro Ferreira no tópico correspondente aos componentes curriculares; propôs uma avaliação mais aprofundada do novo Instituto, aí se incluindo a sua estruturação e objetivos; e registrou a impossibilidade de utilização do código “IHAC” para as suas disciplinas, em virtude da sua indisponibilidade no elenco acadêmico institucional.
     O Conselheiro Ricardo Miranda Filho procedeu aos seguintes comentários e explicações: 1- em função da aprovação das Resoluções 02/08 e 03/08, sentiu-se o CONSEPE, compulsoriamente, impelido a definir a alocação dos B.I. na UFBA, disto tendo precisamente resultado a decisão da criação de uma nova Unidade para o seu acolhimento, podendo o Conselho apresentar uma nova alternativa, se assim desejar, a exemplo da sua colocação em qualquer outra; 2- há uma importante coincidência entre a proposta estrutura do IHAC e os objetivos pretendidos pelo projeto, a exemplo da extinção da estrutura departamental, sobre cuja ausência se fez surgir a figura da Congregação Ampliada, somente podendo ser avaliada, em termos de acertos ou falhas, com o passar do tempo; 3- o Regimento se limitará a definir a configuração legal e normativa de todas as concepções acadêmicas delineadas pelos Conselhos; 4- o item referente aos Colegiados não foi suficientemente debatido no âmbito do CONSEPE, apresentando aspectos alternativamente favoráveis e contrários a alguns tópicos, como os quadros permanente e colaborador, credenciamento etc.; 5- em função do seu grande envolvimento pessoal com o assunto, já detém conhecimento e capacidade de votação do tema em exame, todavia não podendo assim também assegurar em relação aos seus pares que, de forma diversa, dispuseram de pouco tempo para uma análise mais aprofundada da matéria, talvez fazendo-se necessário e recomendável o sugerido adiamento da sua deliberação pelo CONSUNI.
     A Conselheira Lina Aras apoiou o parecer da Conselheira Maria Thereza Araújo, assim como o pronunciamento do Conselheiro José Tavares Neto acerca da mencionada ousadia em bases realistas, ressaltou a pertinência e utilidade dos esclarecimentos proferidos pelo Conselheiro Ricardo Miranda Filho e propôs a simples aprovação de criação do IHAC pelo Conselho, ficando o seu detalhamento para uma fase posterior, ainda enaltecendo aquela iniciativa inovadora ao se contrapor a posições conservadoras resistentes, estas perceptíveis através do aparente receio de mudança evidenciado por alguns dos seus pares, além de manifestar-se favoravelmente à Congregação Ampliada, efetivamente importante, e à preocupação externada pelo Conselheiro Luiz Fernando Bandeira acerca da participação e do dimensionamento de pessoal na UFBA, por fim aplaudindo a implantação de uma nova estruturação institucional que, dentre outros benefícios, promoverá o fim do isolamento docente e a ampliação do comportamento democrático na Universidade.
     O Conselheiro Giovandro Ferreira enfatizou o aspecto da relação do novo Instituto com as demais Unidades, a ser acuradamente apreciado, defendeu uma maior clareza quanto à questão da dupla lotação docente, solicitou informações a respeito dos componentes curriculares para as 33 vagas do IHAC, indicou a necessidade de pleno conhecimento e absoluta consciência acerca da resolução a ser tomada, de forma a se alcançar a efetiva prosperidade dos B.I., e propôs a adoção de mecanismos de resgate da possibilidade de criação de cursos com abertura humanística e artística.
     O Conselheiro Miguel Accioly ratificou as ponderações do Conselheiro Giovandro Ferreira, informou que o Instituto de Biologia (BIO) não debateu o assunto, apesar da sua relevante atuação interdisciplinar e apoiou a remessa das discussões às Congregações, através da aplicação de uma metodologia e cronologia capazes de assegurar a sua concretização, sem qualquer comprometimento dos prazos necessários à implantação do IHAC.
     
     O Conselheiro Luiz Rogério Leal também endossou o Conselheiro Giovandro e comentou acerca da atual competição das Unidades para incorporação de disciplinas, não devendo tal procedimento se repetir por ocasião da instalação do novo Instituto, em cuja disputa não pode a pesquisa ser igualmente envolvida.
     O Conselheiro José Vasconcelos Oliveira parabenizou a relatora pelo parecer exarado, revelou-se perplexo com algumas posições externadas na reunião em relação a um assunto totalmente superado, já tendo as discussões do programa REUNI se iniciado e se prolongado por mais de um ano, culminando com a sua aprovação colegiada definitiva, com votos favoráveis e contrários, considerou irresponsável qualquer comportamento ensejador de uma superposição de componentes curriculares e defendeu a aprovação e definição de uma situação capaz de proporcionar a contratação, em caráter premente, de pessoal apto a trabalhar e receber o novo contingente discente advindo do concurso vestibular a ser realizado ao final do corrente ano.
     O Magnífico Reitor resumiu as três principais indicações da relatora, respectivamente referentes à aprovação da criação do IHAC, adoção das providências administrativas necessárias à sua implementação e envio do processo à Comissão de Normas e Recursos para os devidos ajustes regimentais.
     O Conselheiro Dirceu Martins apresentou restrições à forma de encaminhamento proposta.
     A Conselheira Maria Thereza Araújo confirmou a ocorrência da apreciação dos B.I. pelas Unidades, resultando na sua aprovação há cerca de um ano, cingindo-se o problema atual a uma questão basicamente normativa; admitiu a possibilidade de implantação da pós-graduação em face da sua ligação direta com a graduação; ratificou a postergação da apreciação do Regimento para uma oportunidade posterior, limitando-se a atual atuação do Conselho ao deferimento da criação do Instituto, em face da urgência requerida; admitiu a necessidade de uma melhor organização da Congregação Ampliada; ressaltou o envio do processo à Comissão de Normas e Recursos do CONSUNI e indicou a aprovação do IHAC na maneira formulada, com a absorção da denominação “Professor Milton Santos” para o Instituto.
     O Senhor Presidente sintetizou, então, os itens finais de encaminhamento: incorporação da sugestão do nome “Instituto de Humanidades, Artes e Ciências Professor Milton Santos” para a nova Unidade e remessa do processo à Comissão de Normas e Recursos e às diversas Congregações, adicionalmente propondo a agregação do parecer do CONSEPE e demais documentos considerados relevantes para conhecimento e manifestações dos Conselheiros acerca do assunto em debate.
     O Conselheiro Ricardo Miranda Filho ainda perguntou acerca da extensão da atuação do IHAC, se limitado aos casos dos B.I. ou envolvendo outros cursos da UFBA, em conformidade com o teor do Art. 2º, Inciso I, item a, da minuta do Regimento.
     O Magnífico Reitor informou sobre o prevalecimento da citada redação, portanto envolvendo outros cursos com características de interdisciplinaridade, além de indicar o encaminhamento das diversas contribuições de natureza regimental ao presidente da Comissão de Normas e Recursos e referir que a Universidade promoverá, em paralelo, as providências administrativas necessárias à constituição do IHAC.
     O Senhor Presidente submeteu o parecer da relatora à votação plenária, sendo aprovado por maioria de votos, registrando-se 8 abstenções, dessa forma deferindo-se, nos moldes já anunciados, a criação do Instituto de Humanidades, Artes e Ciências (IHAC) Professor Milton Santos.
     
     

Não houve o que ocorrer.

Ata da reunião extraordinária do Conselho Universitário da Universidade Federal da Bahia 17.09.2008. qua, 17/09/2008 - 14:00
  •  Item exclusivo da pauta:
     
    referente à apreciação do relatório da Comissão Permanente de acompanhamento e avaliação da implementação do Plano     Emergencial de Segurança para os campi da UFBA.
     
     Com a palavra, o Conselheiro Reginaldo Santos, presidente da citada equipe, rememorou as principais deliberações emanadas da última reunião do Conselho sobre o assunto, com destaque para os itens relacionados com as ações a serem deflagradas, ampliação e recaracterização da Comissão e definição de um prazo aproximado de quinze dias para a realização de uma sessão avaliadora dos procedimentos adotados, então convocada e em pleno curso, adicionalmente registrando as dificuldades enfrentadas para a reunião do mencionado grupo, pelo fato de alguns dos seus membros igualmente integrarem a Comissão responsável pela apreciação e ajustes da Resolução 02/96 daquele Colegiado, de equivalente importância e premência, bem como pelo acúmulo de atividades acadêmicas inerentes ao período de transcurso do semestre letivo. Na continuidade, o Conselheiro Reginaldo Santos ressaltou a tarefa primordial da equipe no sentido de acompanhar e analisar a aplicação das diversas medidas já decididas anteriormente, com base nos onze itens integrantes do Plano de Segurança aprovado pelo CONSUNI, através da identificação dos procedimentos de natureza emergencial já deflagrados e das demais iniciativas que, ainda não implementadas, deverão ser respectivamente adotadas em médio e longo prazos.
     O Conselheiro Reginaldo também aludiu ao excessivo retardo para obtenção e acesso aos diversos elementos passíveis de estudo por parte da Comissão, somente recebidos na noite do dia anterior, não tendo sido possível uma sistematização mais didática e detalhada das ações, todavia sintetizadas com base nas deliberações tomadas na aludida reunião do Conselho e aplicadas a partir da data da sua realização, em 26.08.2008, a saber: 1- foi iniciado o reforço da iluminação, estando os trabalhos em estágio avançado, pouco faltando para a sua conclusão, após a substituição de 240 lâmpadas, que já proporcionou significativa melhoria da intensidade luminosa na área; 2- o projeto de gradeamento do Canela encontra-se pronto para licitação, estando em fase de preparo o seu correspondente de Ondina; 3- quanto à vigilância eletrônica, ocorreu um aumento de cerca de 300 câmeras, passando-se de 177 para as 477 atuais; 4- gradativa melhoria das condições de trabalho da Comissão de Segurança dos Campi (COSEC), devendo-se promover as medidas necessárias para a contratação de pessoal através de concurso público; 5- ampliação do número de vigilantes, bem como da sua movimentação e da sua equipagem, a exemplo dos rádios de comunicação, já em número de 18, em relação aos 7 anteriores. Por fim, o Conselheiro Reginaldo referiu os freqüentes contatos com o Coordenador da Segurança, Coronel Soares, e com o Prefeito do Campus, arquiteto Luiz Sérgio Vieira, de forma a produzir um eficiente intercâmbio de notícias acerca da situação das diversas áreas da UFBA, assinalou a preocupação mais urgente e imediata da Comissão em relação à região de Ondina, em cujo espaço, efetivamente mais vulnerável e menos protegido, acontecera o episódio causador de todo o problemático processo, não querendo isto significar desprezo pelas áreas do Canela e Federação, onde as discretas intervenções atuais na iluminação, vigilância e escadarias, ainda não concluídas, deverão igualmente receber atenção especial para a sua execução e ressaltou a conclusão consensual da Comissão quanto à consideração do Plano de Segurança de 2003 como a base estruturante para norteamento das ações, às quais se poderá acrescer iniciativas de ordem conjuntural decorrentes de um permanente aperfeiçoamento e atualização comparativos entre as providências já adotadas e as medidas ainda demandadas, a médio e longo prazos, para a consolidação do projeto de segurança da UFBA.
     O Conselheiro Dirceu Martins informou acerca da realização de reunião com os membros da Zonal 1, de que resultaram as seguintes indicações: 1- necessidade de registro das diversas ocorrências nos campi como forma de avaliação do comportamento crescente ou declinante dos incidentes e identificação das localidades mais atingidas; 2- elaboração de contratos de manutenção de modo a se corrigir, de forma ágil e eficiente, acontecimentos semelhantes à queima de lâmpadas nas imediações do Instituto de Geociências (GEO) pouco depois da sua reposição, necessitando ser novamente trocadas; 3- adoção de criterioso mecanismo de poda e roçagem que, a despeito da evidente limpeza de grande parte da área de Ondina, devem ser executadas de maneira técnica e profissional por pessoal qualificado; 4- colocação de uma maior quantidade de postes, sobretudo nas imediações das Faculdades de Arquitetura (ARQ), Farmácia (FAR) e estacionamentos; 5- particular atenção à escadaria de ARQ, então considerada como absoluta prioridade de intervenção, em face dos riscos iminentes a que estão sujeitos os transeuntes; 6- implantação de portaria com vigilante para controle do acesso ao campus; 7- definição de prazos para implementação das diversas providências.
     O Conselheiro Joviniano Neto procedeu aos seguintes registros: 1- constatação de melhorias a partir da contratação de nova empresa de vigilância, com o aumento do seu contingente profissional, fardado e circulante; 2- solicitação de maiores informações sobre a segurança no entorno dos campi e da relação da UFBA com as comunidades vizinhas; 3- identificação dos pontos críticos de incidentes, com a confecção de um mapa indicativo dos citados locais, de forma a facilitar os trabalhos da Comissão; 4- apoio e ratificação dos mencionados critérios de poda e roçagem, a serem executados por pessoal qualificado, dessa forma evitando-se danos ao sistema ecológico.
     A Conselheira Solange Araújo aludiu à inexistência, até o momento, de qualquer iniciativa voltada para a segurança de ARQ e suas cercanias, então limitadas a uma insatisfatória limpeza da encosta, também não tendo os diversos estudos referentes à colocação de câmeras objetivamente resultado em medidas efetivamente concretas e informou a respeito da ocorrência de assalto no dia anterior, além de comentar sobre a indevida utilização de uma área da Faculdade como passagem, por onde transitavam algumas pessoas, então fechada por decisão da Congregação da Unidade após sucessivos acidentes ali ocorridos, pelo fato de não ter sido a correspondente escada lá existente projetada com a citada finalidade de circulação, disto resultando o uso compulsório dos corredores da Faculdade, com o duplo inconveniente de prejuízos para as aulas e do facilitado ingresso de estranhos nas dependências internas do prédio, agravando-se ainda mais a situação a partir do final da tarde e início da noite.
     A Conselheira Celi Taffarel enumerou os seguintes itens para registro: 1- conserto do portal do Centro de Esportes em Ondina; 2- maior quantidade, equipagem e freqüência de circulação dos vigilantes; 3- constantes reclamações dos mencionados profissionais quanto ao não cumprimento das obrigações trabalhistas por parte das empresas terceirizadas ao final dos contratos com a UFBA, não lhes assistindo de acordo com os direitos por ele adquiridos; 4- continuidade de roubos na Faculdade de Educação (EDC); 5- defesa da concessão de uma segurança pessoal, além da patrimonial.
     O Conselheiro Giovandro Ferreira manifestou-se favoravelmente à adoção de medidas pró-ativas e objetivas, escapando-se um pouco das intenções e proposições pouco práticas e mais teóricas, solicitou maiores informações relacionadas com o processo de mudança das aludidas empresas e sobre os seus contratos com a Universidade, sugeriu a criação de uma Ouvidoria para a segurança, elogiou os trabalhos de roçagem já executados no campus de Ondina e endossou a colocação das câmeras eletrônicas.
     O Conselheiro João Gabriel Cabral indicou os seguintes tópicos para análise: 1- melhoria das condições de trabalho dos vigilantes; 2- mecanismos de pressão sobre a ANDIFES no sentido da restauração das vagas para concurso público, atualmente extintas, visando à contratação direta daquele tipo de profissional; 3- qualificação de todo o seu contingente mediante capacitação promovida pela aplicação de cursos específicos; 4- ratificação da proposta de elaboração de uma estatística das ocorrências para acompanhamento e análise da sua alternativa progressão ou involução, adicionalmente comentando que, apesar da redução, ainda persiste a violência de forma preocupante; 5- formas de relação com a comunidade com conotação institucional e não caracterizada pela iniciativa isolada dos seus dirigentes.
     O Magnífico Reitor admitiu a possibilidade da busca de um espaço no Fórum de Pró-Reitores de Planejamento e Administração (FORPLAD), então acontecendo em Salvador, para encaminhamento da proposta de recuperação das vagas e concursos públicos para vigilantes, dessa forma resgatando-se o seu extinto cargo na estrutura do serviço público, julgando o procedimento oportuno pelo fato de estarem os serviços de segurança habitualmente vinculados ao setor de planejamento das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES), tendo o Conselheiro Dirceu Martins ponderado que, não tendo sido o assunto incluído e aprovado no Plano de Segurança da UFBA, deveria ser submetido à apreciação plenária, em cujo âmbito existem posições favoráveis e contrárias, com ele concordando o Senhor Presidente, sugerindo a concessão e reserva de um período de cerca de vinte minutos, ao final da reunião, para deliberação acerca do referido tema.
     A Conselheira Lídia Brandão Toutain externou o seu agrado em relação à iluminação, solicitando a colocação dos refletores do Instituto de Ciência da Informação (ICI) em posição sempre abaixo das copas das árvores, pois muitas vezes ultrapassam a sua altura e não proporcionam a intensidade de luz desejada e apoiou a realização dos já citados Fórum e Seminário, em prazo relativamente curto, como instrumentos eficazes de fornecimento de elementos informativos úteis à pleiteada segurança.
     O Conselheiro José Tavares Neto procedeu aos seguintes registros: 1- ocorrência de freqüentes assaltos na ladeira correspondente ao Ambulatório Magalhães Netto e sede da Associação dos Professores Universitários da Bahia (APUB), também alcançando as pessoas que saem do Centro Pediátrico Professor Hosanah de Oliveira (CPPHO) em direção ao Campo Grande; 2- questionamento da capacidade técnica e financeira da Prefeitura do Campus para suprimento da iluminação dos campi, persistindo escura a área do Vale do Canela e adjacências; 3- acontecimento de constantes incidentes na escada que liga a Escola de Enfermagem (ENF) ao Pavilhão de Aulas de Medicina; 4- ratificação da vulnerabilidade dos profissionais das empresas terceirizadas, cujos direitos não costumam ser devidamente atendidos durante a fase de transição do encerramento dos contratos; 5- desaconselhamento de implantação de uma Ouvidoria para a segurança por parte da Procuradoria Jurídica; 6- situação de gravidade do Centro Histórico da Cidade, desprovido de qualquer apoio e assistência por parte das autoridades, com inevitáveis e preocupantes reflexos sobre a Faculdade de Medicina, basicamente referentes a assaltos, roubos de museus, incêndios nas encostas etc.; 7- solicitação de uma maior transparência dos trabalhos da Comissão, cujo relato deixou de incluir alguns dados e informações mais precisas das ações já desenvolvidas e das medidas a serem adotadas, inclusive em termos de disponibilidade e aquisição financeiras para os diversos serviços.
     
     A Conselheira Dulce Aquino destacou o avanço já conquistado na segurança da UFBA, a despeito das dificuldades enfrentadas para reunião e discussão do tema pela Comissão, por ela também integrada, e endossou a preocupação em relação ao problema crônico oriundo da mudança de empresas terceirizadas, com danosos prejuízos para os seus empregados, em virtude do não cumprimento dos seus deveres trabalhistas.
     O Conselheiro Élio Fontes referiu que alguns dos itens propostos pela aludida equipe já haviam sido analisados em momento anterior de discussão sobre o tema, então voltando a ser considerados; comentou a respeito da ocorrência de assaltos nas cercanias da Escola Politécnica (ENG), com a conseqüente decisão da sua Congregação no sentido da presença do policiamento naquelas localidades; ressaltou o privilégio daquela Unidade em dispor de segurança estrategicamente situada na sua frente, através de ostensiva presença e fixação policiais, tendo o atuante comportamento dos seus agentes provocado certo afastamento ou inibição meliante; e informou acerca da reincidência de fato relacionado com o ingresso de um homem no sanitário feminino da Escola, onde teria sido flagrado, logo fugindo sem uma abordagem ou perseguição mais incisiva, embora não tenha causado qualquer tipo de dano físico ou material; por fim defendendo a implementação de ações de cunho basicamente preventivo.
     O Conselheiro Jonhson Santos demonstrou certa decepção relativa à falta de apresentação de alternativas e soluções, por parte da Comissão, para as sugestões apresentadas na reunião anterior, imaginando a sua formulação em documento portador da relação das medidas a serem adotadas em termos imediatos, de médio e longo prazos, preferivelmente distribuído previamente para conhecimento dos Conselheiros, não tendo a Faculdade de Direito (DIR), porém, permanecido no aguardo de providências mas adotado algumas iniciativas pontuais necessárias e voltou a defender a criação de um órgão específico para tratamento do assunto referente à segurança da UFBA.
     A Conselheira Ilka Bichara pontuou, dentre outros, os seguintes tópicos abordados na Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FFCH): 1- instalação de câmeras; 2- estabelecimento de contatos com os órgãos responsáveis para a retirada de animais; 3- elaboração de projeto visando a capacitação e atualização profissional dos vigilantes; 4- encaminhamento de solicitação à Prefeitura Municipal de Salvador para abertura de uma rua ligando a Unidade ao bairro do Calabar, adicionalmente referindo que, ao seu alcance e dentro das suas limitações, vem a Faculdade tomando as possíveis providências, todavia pendendo as demais dos setores responsáveis pela correspondente implementação.
     A Conselheira Marlene Aguiar registrou a completa e eficiente iluminação do Instituto de Biologia (BIO), muito contribuindo para a proteção das pessoas que por ali transitam no período noturno; lamentou a falta de uma convocação da Unidade para se pronunciar a respeito dos aspectos ecológicos dos campi, em conseqüência dos serviços de poda e roçagem, fazendo-se necessária uma manifestação acerca da preservação ambiental, em função da existência de exuberante vegetação constituída de uma flora variada, a ser protegida por mecanismos eminentemente técnicos de intervenção na área, então recomendando uma atenção especial ao caso, através de criterioso estudo de um tema efetivamente complexo, pela dupla razão de envolvimento de recursos financeiros e da interdisciplinaridade característica do procedimento.
     O Conselheiro Luiz Fernando Bandeira transmitiu notícia relacionada com a liberação de concursos para técnicos do serviço público federal, dentre os quais constam vagas para vigilantes, a constituir uma situação ideal de recuperação de contratações diretas pela própria UFBA, com um maior comprometimento funcional e institucional dos mencionados profissionais, além de se evitar o desaconselhável comportamento já relatado e usualmente adotado através da rotatividade das firmas terceirizadas e de possibilitar a clara e precisa definição, por parte da Universidade, da forma de atuação dos seus vigilantes, tornando-se desnecessário o procedimento de sucessivos treinamentos e ajustes motivados pelas constantes mudanças de empresas.
     O Conselheiro Joviniano Neto apoiou a observação do Conselheiro Jonhson Santos quanto à falta de disponibilização, por parte da Comissão Permanente, do relatório documental conclusivo dos trabalhos e ações decididos pela equipe, propôs uma maior qualificação dos profissionais remanescentes com a sua precisa identificação pessoal, solicitou a adoção de um mecanismo de proteção pessoal, e não apenas patrimonial, conforme constante do contrato de segurança, endossou o encaminhamento do assunto ao âmbito do FORPLAD como forma de se obter a restauração do processo de contratações diretas de pessoal e opinou pelo aproveitamento das consultorias especializadas que já operam e estudam o tema em exame.
     A Conselheira Ângela Tahara reivindicou um melhor controle dos pontos de iluminação, particularmente localizados nas vizinhanças da Escola de Enfermagem (ENF), em face, sobretudo, do recente aumento de circulação de pessoas estranhas na região e escadarias, com maior incidência de assaltos, provavelmente decorrente das intervenções e mudanças provocadas pela ocupação da área construída para instalação da Biblioteca de Saúde da UFBA.
     O Conselheiro Roaleno Costa referiu a sua preocupação em agilizar as providências para a realização do já citado Fórum, se possível até o mês de novembro do corrente ano, em cujo âmbito se poderá discutir, com maior profundidade, muitos aspectos apontados pelos Conselheiros, acrescidos de outros tantos oriundos de experiências já vividas pelos seus participantes, desta forma transferindo-se e reduzindo-se expressiva parcela de trabalho atualmente constante da pauta do CONSUNI, também rememorando evento semelhante ocorrido em 1996, na Reitoria da UFBA, quando foram envolvidos, para semelhante finalidade, o Instituto Médico-legal e a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (SESAB), além de registrar a existência de alguns outros trabalhos igualmente voltados para a questão da segurança, em plena utilização institucional, devendo todos eles ser reunidos e aproveitados no processo de construção do Fórum, já apresentando, como opção para sua denominação, o título de “Programa Social de Segurança Participativa”; o Conselheiro Roaleno ainda externou o seu apoio à execução de um trabalho técnico de poda; ratificou a implantação de uma coordenação de segurança eficiente e de fácil acesso e contato; atribuiu a responsabilidade dos serviços de iluminação e roçagem à PCU, a ser inevitavelmente solicitada; e destacou as estratégias de ação da Comissão a curto, médio e longo prazos, sem que tal posicionamento venha a sacrificar a sua atuação de acompanhamento e fiscalização das demais intervenções, através do eficaz atendimento aos reclamos de natureza pontual e emergencial.
     O Conselheiro Arthur Matos Neto associou a insuficiência dos resultados dos trabalhos da equipe, de certa forma esperados, à escassez do prazo disponível para a sua execução, revelando-se uma quinzena como um período muito curto para a constatação de significativas modificações, todavia elogiando a atuação da equipe e da Administração Central pelas medidas encaminhadas, cujos resultados já são facilmente percebidos através do positivo andamento de alguns serviços e se opôs à transformação da reunião do CONSUNI num fórum de lamentações individuais, cujos registros e eventuais solicitações deveriam ser direcionados para as instâncias prévias das zonais e da própria Comissão, então defendendo a definição de uma rotina de trabalho objetiva que, dentre outros itens, retire a análise dos elementos pontuais e limite a atuação do Conselho a debates e decisões políticas de caráter geral.
     O Conselheiro Dirceu Martins sublinhou a conotação de acompanhamento e fiscalização do grupo, a ele não cabendo a execução de ações ou serviços, cujos responsáveis encontram-se devidamente listados no Plano de Segurança da UFBA, tudo em plena conformidade com a forma da sua aprovação e constituição por aquele Colegiado, tendo a Comissão cumprido e sempre buscado corresponder ao encargo a ela atribuído, além de se contrapor à intervenção da UFBA na tentativa de solução dos aventados problemas trabalhistas causados pelas empresas terceirizadas, devendo a denúncia partir dos empregados prejudicados, mediante reclamações aos órgãos competentes, como o Ministério do Trabalho, Ministério Público etc., caso sejam verificadas infrações à legislação vigente. Ademais, o Conselheiro Dirceu ainda acentuou a sua preocupação em relação ao ponto crítico da Faculdade de Arquitetura, insistiu na construção de guarita com vigilante e controle de acesso e enalteceu a inquestionável melhoria das condições de segurança dos campi, já constatadas no aumento do quantitativo de vigilantes, bem como na sua equipagem e circulação pelas diversas áreas.
     O Conselheiro Francisco Mesquita procedeu às seguintes explicações: 1- a terceirização tornou-se obrigatória em virtude da impossibilidade da realização de concursos para contratação de determinados profissionais, a exemplo de agentes de segurança, pedreiros, cozinheiros etc., fazendo-se necessário o aludido procedimento; 2- o não cumprimento de todas as cláusulas referentes à execução dos serviços contratados vem implicando reclamação, por parte da UFBA, aos dois citados órgãos públicos fiscalizadores, além do envolvimento da Procuradoria Jurídica e da Superintendência Administrativa (SAD) e da retenção da última fatura, somente liberada após conclusão definitiva de todos os trabalhos; 3- parcela de responsabilidade da falta de uma iluminação mais potente no campus do Canela deve ser atribuída à sua situação urbana, confundindo-se com a própria Cidade, embora deva a Instituição nela igualmente atuar de maneira semelhante à região de Ondina, a cuja espaço se deu, efetivamente, uma assistência maior e mais urgente; 4- está assegurada a permanente preocupação com a ecologia, devendo a preservação ambiental ser constantemente perseguida nos processos de poda e roçagem, correspondendo a vegetação derrubada a árvores e mata já condenadas; 5- a escadaria de ARQ merece efetiva atenção especial, devendo ser reavaliada em todos os seus aspectos, pelo fato de encontrar-se totalmente ultrapassada em termos físicos e arquitetônicos, passando a integrar o amplo projeto reformador de toda a Universidade, cuja execução vem se constituindo em particular preocupação da atual gestão, de forma a preparar a UFBA com criterioso planejamento já voltado para um período futuro de longo prazo, à semelhança de várias outras IFES, cuja expansão vem obedecendo a um plano previamente estabelecido e tecnicamente preparado; 6- a existência de apenas duas pessoas em atuação na COSEC requer um reforço indispensável do seu contingente, bem como a disponibilização de uma infra-estrutura capaz de apresentar respostas às diversas demandas, preferivelmente em regime de trabalho de 24 horas ininterruptas.
     O Conselheiro Reginaldo Santos enfatizou o caráter exclusivamente fiscalizador da Comissão Especial, sem qualquer responsabilidade executiva, a ela somente cabendo o acompanhamento das diversas ações deflagradas pela Administração Central e demais setores já listados no Plano de Segurança Emergencial, devendo a equipe, já transformada num grupo de atuação permanente, promover o prosseguimento dos trabalhos iniciados e implementar os novos serviços, em plena conformidade com as decisões adotadas e mediante possíveis aproveitamentos das sugestões encaminhadas.
     O Magnífico Reitor enalteceu a forma de atuação do Conselho, apresentando uma resposta pronta e eficiente a uma situação inesperada e premente, então destacando, da relação dos tópicos integrantes dos debates, os dois itens respectivamente referentes ao Seminário, sob a responsabilidade direta do Conselheiro Roaleno Costa, e à questão ecológica, neste caso propondo o envolvimento do Instituto de Biologia, no sentido de proceder à  análise e elaboração de um estudo sobre o assunto e ratificou a postulação, à ANDIFES, de uma verba específica para a segurança da UFBA, bem como o encaminhamento, ao FORPLAD, do tema relativo à recuperação das contratações diretas dos vigilantes por parte das IFES, sem, contudo, apresentar uma posição oficial do Conselho acerca daquela iniciativa, pelo fato de não ter sido possível a realização de uma avaliação colegiada da matéria, por fim assegurando a continuidade dos trabalhos nas condições já discutidas e indicadas, com a perspectiva da realização de nova e oportuna reunião do Conselho para avaliação dos diversos serviços executados.
     

Não houve o que ocorrer.

Ata da reunião extraordinária do Conselho Universitário da Universidade Federal da Bahia 20.08.2008. qua, 20/08/2008 - 16:30
  • Item exclusivo da pauta e referente à discussão sobre a segurança nos campi da UFBA. 
     
    Inicialmente, o Senhor Presidente informou a respeito da realização de duas reuniões do Conselho Universitário acerca do citado tema, ambas envolvendo Comissões, com caráter deliberativo e respectivamente ocorridas nas gestões dos Reitores Luiz Felippe Serpa e Heonir Rocha, esta em 2000, tendo sido o assunto igualmente tratado, pela última vez, como objeto de proposta de projeto encaminhada e aprovada pelo CONSUNI em 2003, então procedendo, Sua Magnificência, à leitura do trecho decisório do correspondente documento, sublinhando e fazendo a distinção entre os itens aprovados e rejeitados, com destaque para a retirada do tópico relacionado com a celebração de convênio com a Polícia Militar, em decorrência de posicionamento contrário da representação estudantil, ainda registrando a concretização integral de alguns itens ali previstos, outros de forma parcial e dentro das limitações impostas pelas circunstâncias, além de um terceiro grupo que, por conta das intervenções efetuadas, foi transformado e gerou positivos reflexos institucionais, a exemplo da “Recepção Calourosa”, advinda da questão referente à abolição dos trotes violentos.
    O Conselheiro Álamo Pimentel reportou-se à reunião ocorrida com os estudantes no mesmo dia do lamentável acontecimento do atentado contra uma aluna do curso de Dança, em Ondina, portanto, no dia 19.08.2008, motivador daquela sessão extraordinária do Conselho, de cujo debate resultou a deliberação de retratação por parte da Administração Central, por ele então efetuada de forma delegada, em relação a declarações realizadas por parte de algum de seus membros, que tenha possibilitado o falso entendimento de responsabilidade discente pelo mencionado episódio, na verdade conseqüente, em grande parte, do soberbo crescimento da Cidade, então acompanhado de irrefreáveis violência e insegurança, com inevitáveis reflexos sobre as suas diversas áreas, dentre as quais se inclui o espaço da UFBA, igualmente vitimado pelas investidas meliantes.
     O Conselheiro Emanuel Vasconcellos atribuiu o fato lastimável, bem como a decorrente necessidade de toda aquela constatada movimentação e mobilização universitárias, inclusive da convocação do CONSUNI em caráter emergencial, à falta de providências institucionais capazes de evitá-lo, em nada surpreendendo a referida agressão, de certa forma previsível e já esperada, então ressaltando a negligência da Administração Central para com os alunos, como também em relação aos professores e técnicos, já tendo ocorrido diversos outros preocupantes episódios similares de assaltos, roubos e furtos, sem qualquer providência inibidora da sua reincidência, embora compreenda e concorde com a evolução do problemático aumento da violência na Cidade, com os seus inevitáveis desdobramentos gerais.
     O Conselheiro Emanuel ainda ratificou a posição discente contrária à presença da Polícia Militar nos campi, com base em inadequados comportamentos anteriores daquela corporação, sobretudo relacionados com intensa agressividade contra os estudantes; comentou declaração do Magnífico Reitor que transforma a UFBA de causa em vítima de uma situação social mais ampla e extensa, para dela divergir pela dupla razão da já mencionada ausência de medidas efetivas e de um maior relacionamento da comunidade universitária com a sua vizinhança; assinalou a existência e atual disponibilidade de uma quantidade inexpressiva de vigilantes para toda a área dos campi; e defendeu um aprofundamento do debate sobre o assunto com a identificação dos responsáveis pelo fato.
     O Conselheiro João Gabriel Cabral destacou o objetivo comum e generalizado de resolução do problema de segurança na UFBA e anunciou alguns aspectos fundamentais da proposta discente: 1- implantação de uma guarda comunitária universitária integrada com a vizinhança, além de previamente preparada para atuação, de conformidade com sugestão contida no já citado projeto de 2002, desta forma opondo-se a qualquer iniciativa de gradeamento das áreas, com a justificativa da sua inconveniente separação e isolamento; 2- extensão da segurança para o âmbito pessoal, portanto não se limitando à questão patrimonial; 3- adoção de um sistema de transporte e comunicação entre os integrantes da guarda; 4- melhoria da iluminação; 5- poda das árvores e limpeza da vegetação; 6- interligação física entre as diversas Unidades; além de outras ações voltadas para o reforço da segurança, dentre as quais não inclua a participação da Polícia Militar, pelas razões já apresentadas.
     O Conselheiro Gabriel Oliveira lamentou que a motivação ensejadora do processo de discussão e equacionamento do assunto somente viesse a ocorrer de forma atrelada a uma bárbara investida física contra uma estudante, cujos prejuízos, dentre tantos outros, ainda envolvem a sua exposição na mídia; comentou sobre a indisponibilidade de informação ou notícia do agressor; atribuiu a responsabilidade do episódio à Administração Central e ao próprio CONSUNI; reivindicou a implementação do mencionado Plano de Segurança já aprovado pelo Conselho, especialmente no que respeita à implantação da guarda comunitária; aludiu à existência de uma quantidade maior e não anunciada de itens do projeto não cumpridos de forma efetiva pela UFBA; e ressaltou a necessidade da implementação das medidas definidas por aquele Colegiado, cuja atuação, a partir de agora, não se deveria limitar à simples deliberação, mas igualmente promover a sua concretização posterior, com base nas decisões a serem por ele tomadas nas suas sucessivas reuniões sobre o tema que, pela complexidade e amplitude, deverão provavelmente ocorrer, não se esgotando naquela exclusiva oportunidade.
     O Conselheiro Joviniano Neto informou acerca do diagnóstico realizado pela Associação dos Professores Universitários da Bahia (APUB) sobre o assunto, tendo solicitado sugestões que culminaram com a elaboração de um texto contendo as seguintes propostas básicas: 1- objetivo e anseio generalizados no sentido de não deixar o caso cair na impunidade ou esquecimento habituais, decorrentes da sucessão de recursos jurídicos possíveis, de forma a gerar o ineditismo inibidor de outros tantos semelhantes; 2- acompanhamento institucional permanente de todo o inquérito, inclusive mediante testemunho de colegas e pessoas que possam contribuir de alguma maneira; 3- adoção de ações preventivas, a exemplo da prevista rede de câmeras de vigilância, cuja implantação sequer atingiu a metade constante do projeto original; 4- maior controle de acesso e circulação pelos campi com reforço de segurança nos pontos considerados mais vulneráveis; 5- aumento da movimentação dos vigilantes; 6- intensificação da iluminação, apesar da consumação do fato em pleno período matutino, portanto à luz do dia, de qualquer forma revelando-se medida importante, em face, principalmente, da perspectiva do início dos cursos noturnos; 7- autorização para prisões policiais nos campi que, a despeito da sua questionável aplicação, há permissão legal para a execução do ato em caso de flagrante delito; 8- de forma conclusiva, adoção de um processo de conciliação entre a concepção de uma Universidade como espaço agradável de convivência e a necessidade de adoção de procedimentos, por vezes drásticos ou severos, requeridos pela situação.
     A Conselheira Celi Taffarel transmitiu a solidariedade da Faculdade de Educação (EDC) à aluna agredida, estendendo a responsabilidade e as conseqüências do caso a toda a UFBA, igualmente violentada, e enalteceu a iniciativa de toda a comunidade da sua Unidade, materializada em fantástica manifestação e fechamento da Escola ao longo de todo o dia, propondo-se a uma profunda reflexão acerca das razões do recente processo de desmonte da estrutura universitária do País, de cuja reunião concluiu-se pela ocorrência de dois fatores ou motivos fundamentais: absoluta falta de recursos e implantação das terceirizações, estas envolvendo empresas rotativas e pouco comprometidas com a Instituição, mudando a todo instante, fazendo-se necessário um mecanismo de combate aos dois citados itens; reportou-se, também, a Conselheira Celi, à evidente falha da política de segurança da UFBA, tanto de natureza patrimonial quanto pessoal, então atribuída à falta de providências e medidas concretas, bem como à posição de EDC contrária à participação da Polícia Militar no processo de segurança, pelas razões já apontadas de despreparo profissional, além de defender a imediata execução das ações já aprovadas e propor a realização de uma assembléia conjunta dos três segmentos universitários, de forma a promover a adesão dos professores e técnicos aos estudantes nas suas específicas reivindicações.
     O Conselheiro Dirceu Martins assinalou o dispêndio de aproximadamente 20% do orçamento da UFBA com os serviços de vigilância, cujos profissionais não detêm poder de polícia para prisão; indagou a respeito das empresas encarregadas de tal função, assim como dos respectivos contratos, se exclusivamente patrimoniais, e quis saber acerca da responsabilidade pela proteção pessoal; ademais, registrou as discussões já realizadas pelo CONSUNI sobre o assunto em oportunidades distintas e encaminhou as seguintes proposições básicas: construção de portarias com guaritas; colocação de linhas de ônibus para circulação nos campi; criação de empregos formais para determinadas funções relacionadas à segurança, com aplicação de cursos de constante atualização, especialmente direcionados para a forma de se lidar com a comunidade acadêmica; implantação da guarda universitária igualmente treinada; e colocação de câmeras em pontos estratégicos, esta revelando-se uma medida que, embora incapaz de evitar ações menores de roubos ou furtos, seguramente inibirá investidas mais ousadas por parte dos meliantes.
     O Conselheiro Antônio Vasconcellos louvou a atitude da Reitoria quanto à já mencionada retratação, não obstante considerasse absurdas as declarações proferidas, atribuiu a causa do incidente à negligência da Administração Central, também posicionando-se contrariamente à presença da Polícia Militar nos campi pelos mesmos motivos apontados de absoluto despreparo, por ele ressaltado, no caso particular dos estudantes, através da citação de inesquecíveis episódios anteriores de agressividade verificados em 2001 e 2004, quando demonstrou comportamento precisamente oposto à sua função de proteção ao cidadão.
     O Conselheiro Giovandro Ferreira associou a ocorrência do fato em exame a uma situação que não vem priorizando a segurança na Universidade, ampliando ainda mais a sua preocupação em função da perspectiva de ampliação dos cursos noturnos e pontuou as seguintes indicações de providências emergenciais: 1- trabalho sistemático de limpeza, de forma a eliminar possíveis espaços de esconderijos; 2- política global de distribuição de câmeras, não ficando a sua colocação restrita às Unidades mais abastadas; 3- definição sobre o uso de armas pelos vigilantes; 4- discussão e deliberação acerca do policiamento militar na área correspondente ao entorno dos campi; 5- reforma e reforço de toda a iluminação; 6- acesso dos dirigentes aos contratos terceirizados para um preciso conhecimento das bases da sua assinatura e dos direitos de exigência por parte da Instituição; 7- debate sobre a questão do uso de drogas; 8- circulação de microônibus pelas Unidades; 9- reavaliação da forma de previsão do fluxo e trajeto das pessoas constantes do Plano Diretor.
     O Conselheiro Emanuel Vasconcellos procedeu à apresentação das seguintes propostas extraídas da comunidade discente naquele mesmo dia: 1- criação de um fórum de debate acerca da violência contra a mulher; 2- implantação da guarda comunitária com total mudança do seu perfil de atuação, passando da sua característica patrimonial para pessoal, mediante contratação de profissionais através de concursos públicos para seleção simplificada e emergencial, contando com regramento instituído em estatuto próprio; 3- formação de um Conselho Gestor para acompanhamento dos trabalhos; 4- fixação de guardas em pontos estratégicos; 5- recuperação dos acessos e escadarias; 6- melhoria do paisagismo associada a medidas de preservação da mata; 7- criação de áreas para o incremento de relações e interação com a vizinhança externa; 8- solicitação da participação do Ministério Público no acompanhamento da execução das pautas já aprovadas; 9- pedido de retratação quanto às mencionadas declarações de dirigentes sobre o episódio, esta já efetuada; 10- total apoio e assistência à vítima e à sua família, em termos materiais e psicológicos, em face dos prováveis prejuízos e traumas decorrentes da agressão sofrida.
     O Conselheiro Álamo Pimentel informou acerca dos procedimentos já adotados, iniciando-se pela acolhida e acompanhamento da aluna por uma professora até a Delegacia onde prestou depoimento e prosseguindo através das demais providências para a viagem dos seus pais a Salvador e permanente atenção ao caso, aproveitando para transmitir pedido da família de que, embora compreendendo e agradecendo as diversas manifestações de apoio e solidariedade, fosse momentaneamente poupado o assédio à estudante, em respeito à necessidade de usufruto de um período de recolhimento doméstico.
     A Conselheira Marta Rodrigues Costa sublinhou a sua preocupação em relação à violência contra a mulher, rememorando a intensa luta feminina histórica que culminou, na década de 80, com a criação de uma Delegacia de Assistência à Mulher, dessa forma reduzindo-se o constrangimento por ela sofrido quando buscava prestar queixa de algum atentado eventualmente sofrido, também reportando-se à celebração dos dois anos de vigência da Lei Maria da Penha, além de se opor à cultura machista e patriarcal ainda prevalecente, contra a qual muito pode contribuir a própria UFBA através do seu Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher (NEIM), cabendo à Instituição a liderança de um processo conscientizador de respeito à condição feminina, que deve extrapolar o próprio espaço universitário e alcançar a sociedade, por fim expressando a sua solidariedade para com a aluna agredida.
     O Conselheiro Robenilton Luz lamentou a necessidade da ocorrência de tão lamentável episódio para que, finalmente, fosse o CONSUNI convocado para avaliação de um assunto demasiadamente protelado em detrimento de outras prioridades temáticas institucionais, dentre as quais o programa REUNI, atribuindo o atentado à existência de circunstâncias propícias ao seu acontecimento, em decorrência de negligência da Administração Central da UFBA que, ademais, não implantara, de forma efetiva, o Plano de Segurança já aprovado em 2002, a despeito do anúncio de previsão orçamentária para a sua execução, então questionando acerca da situação dos recursos a ele destinados.
     O Conselheiro José Tavares Neto transmitiu posicionamento da Faculdade de Medicina (MED) contrário à colocação da Polícia Militar nos campi, mas favorável à implantação de uma Guarda especialmente treinada e ratificou a aprovação do aludido projeto, defendendo a sua imediata aplicação integral, para tanto propondo a constituição de uma Comissão, preferencialmente composta por representantes docentes, técnicos e discentes, além de uma completa revisão e reformulação da Prefeitura do Campus Universitário (PCU), acrescentou, em face da sua total ineficiência, e de reparos e intensificação da deficiente iluminação dos campi, ação fundamental para o sucesso buscado no projeto de segurança para a UFBA.
     O Conselheiro Luiz Fernando Bandeira comunicou a posição majoritária dos servidores técnico-administrativos de oposição à presença da Polícia Militar na Universidade, a despeito de alguns questionamentos sobre o tema, também atribuída ao entendimento quanto ao seu despreparo evidenciado em ações cotidianas pela Cidade e apoiou pronunciamentos anteriores no sentido da imediata execução das medidas já aprovadas, além de fazer referência ao trabalho empreendido pela categoria em prol da recuperação do cargo de vigilante, atualmente extinto da estrutura administrativa federal e já terceirizado, de forma a possibilitar a realização de concursos públicos para contratação desse pessoal, em face da excessiva redução e atual escassez de servidores remanescentes naquele setor, dessa forma retomando-se a sistemática anteriormente adotada pelo serviço público.
     A Conselheira Dulce Aquino, diretora da Escola de Dança, destacou o atual episódio como mais um caso que se soma a várias outras agressões e assaltos já ocorridos, fazendo-se necessária a correção de procedimentos inquestionavelmente equivocados; propôs uma moção de solidariedade à aluna e à sua família; informou e justificou a sua ausência no momento do lamentável acontecimento por se encontrar em reunião do Conselho Nacional de Políticas Públicas, em Brasília, onde o Ministro da Justiça, Tarso Genro, apresentou o PRONASCI, ironicamente relacionado com políticas de segurança para o País, em cuja oportunidade também se concluiu pela inviabilidade da presença da Polícia Militar nos campi universitários; agradeceu, em nome da Escola de Dança, a todas as pessoas que, de alguma maneira, proporcionaram apoio à aluna agredida; externou a sua expectativa no sentido de que a UFBA assuma todas as responsabilidades e providências, particularmente de natureza financeira, psicológica e jurídica; comentou acerca da intensidade dos traumas decorrentes daquela agressão, manifestando positivo augúrio de recuperação da estudante, em face da sua evidenciada capacidade de superação; e reiterou a necessidade de se banir tais eventos, em caráter definitivo, do espaço universitário.
     A Conselheira Dulce Aquino solicitou à Professora Leda Muhana, responsável pela condução dos trabalhos da reunião da Congregação da sua Unidade na sua ausência, que procedesse à leitura de dois documentos dela extraídos sobre o problema, então efetuada, referindo-se o primeiro a um conjunto de recomendações à Reitoria a respeito da segurança nos campi e o segundo, de protesto contra as já mencionadas declarações proferidas pelo Vice-Reitor, Professor Francisco Mesquita. Em seguida, a Conselheira Dulce retomou a palavra, para elogiar a eficiente trajetória do aludido dirigente na tomada e acompanhamento das ações administrativas na UFBA, inclusive no que respeita às medidas requeridas no caso da estudante.
     O Conselheiro Arthur Matos Neto repudiou, de forma veemente, um tipo de manifestação frequentemente utilizada e igualmente verificada na atual situação, de transformação da condição de culpado em vítima, então consubstanciada nos citados pronunciamentos do Vice-Reitor em relação à estudante e na tentativa de atribuir à categoria discente a responsabilidade pelo incidente, ao se opor à participação da Polícia Militar no processo de segurança, posição, aliás, igualmente constatada em quase todas as falas dos seus pares; revelou surpresa em relação ao comportamento unanimemente adotado pelo Conselho no sentido de buscar a solução objetiva do problema; ressaltou a amplitude e complexidade do assunto, todavia passível de atenuação e melhoria; recomendou a contratação de pessoal qualificado para a função, uma vez que, apesar de servirem como mecanismo auxiliar, as câmeras não podem ser consideradas suficientes para o êxito do empreendimento, somente possível através de ações e atitudes de pessoas; e defendeu o aperfeiçoamento e implementação do já citado e aprovado Plano de Segurança.
     O Conselheiro Jonhson Santos sugeriu a criação de uma Pró-Reitoria de Segurança na UFBA, especialmente voltada para tal finalidade, de forma a estruturar uma atividade atualmente desprovida de uma configuração administrativa, portanto sem uma precisa definição de chefia, titularidade ou hierarquia, a despeito do seu reconhecimento quanto à eficiência e produtividade da Pró-Reitoria de Assistência Estudantil (PROAE).
     Em face do significativo número de Conselheiros inscritos para pronunciamento em contraposição ao reduzido espaço de tempo ainda disponível até o final da reunião, bem como do aparente consenso quanto às providências a serem adotadas, particularmente relacionadas com a implementação imediata e completa do Plano de Segurança, o Magnífico Reitor propôs, como forma de agilização dos procedimentos, o seguinte encaminhamento para a sessão: 1- criação da sugerida Comissão especial para trabalhar num projeto emergencial, mediante distinção e avaliação das ações efetivamente executadas e das pendências ainda persistentes; 2- remessa do assunto às Congregações das Unidades para análise e encaminhamento de propostas, a serem posteriormente compiladas pela aludida Comissão para efeito de deflagração a médio prazo; 3- realização de nova reunião extraordinária do Conselho na próxima terça-feira, dia 26.08.2008, para continuidade do debate e possíveis deliberações de caráter mais urgente.
     O Conselheiro Emanuel Vasconcellos ressaltou e requereu a aplicação de um procedimento de identificação das medidas emergenciais a serem imediatamente adotadas e o Senhor Presidente referiu o seu acolhimento em relação à proposição encaminhada, então confirmada pelo seu autor, Conselheiro José Tavares Neto, devendo a Comissão assim efetivamente proceder.
     O Magnífico Reitor consultou o plenário acerca da aprovação do aludido encaminhamento, dele obtendo unânime concordância, passando, na continuidade, à formação da Comissão, com a sugestão da sua composição através dos seguintes representantes: de cada zonal estabelecida pelo Plano Diretor, da Administração Central, dos docentes, dos técnico-administrativos e dos discentes, a serem escolhidos logo após o encerramento da sessão, cuja formalização ficou assim definida: 1- Campus Ondina: a) zona I (Ondina/Federação) – Ciências e Tecnologias – Conselheiro Dirceu Martins; b) zona II (Ondina Centro) – Artes, Letras, Comunicação, Informação – Conselheira Dulce Aquino; c) zona III (Ondina Sul) – Saúde Animal, Biodiversidade – Conselheiros José Vasconcelos e Miguel Acioly (suplente); d) zona IV (Ondina/São Lázaro) – Ciências Humanas e Sociais – Conselheira Lina Maria Brandão Aras; e) zona V (Ondina/Orla) – Educação, Educação Física, Esporte e Lazer – Conselheira Celi Taffarel; 2- Campus Canela: a) Canela/Graça – Ciências Sociais Aplicadas – Conselheiro Reginaldo Souza Santos; b) Canela Centro – Saúde Humana – Conselheira Maria Thereza Barral Araújo; c) Administração Central – Conselheira Nádia Andrade Ribeiro; d) corpo docente – Conselheiro Joviniano Soares de Carvalho Neto; e) servidores técnico-administrativos – Conselheiro Luiz Fernando Bandeira; f) estudantes – Conselheira Poliana Rebouças de Magalhães.
     O Conselheiro Gabriel Oliveira reivindicou a realização, no Salão Nobre da Reitoria, da mencionada reunião do CONSUNI, já confirmada para o dia 26.08.2008, então acatada pelo Presidente que, ademais, optou por indicar uma suspensão da sessão em curso, a ter o seu prosseguimento na citada data, assegurando-se a ordem das inscrições já efetuadas para pronunciamento dos Conselheiros e, não havendo objeções, assim efetivamente procedeu. A reunião teve continuidade no Salão Nobre do Palácio da Reitoria e na referida data de 26.08.2008, às 8:00h (oito horas), sendo retomada e iniciada logo após a constituição do quorum, sob a presidência do Magnífico Reitor, Professor Naomar Monteiro de Almeida Filho, com a presença dos Conselheiros a seguir relacionados: Professores Francisco José Gomes Mesquita (Vice-Reitor), Nádia Andrade Moura Ribeiro (Pró-Reitora de Planejamento e Administração), Joselita Nunes Macêdo (Pró-Reitora de Desenvolvimento de Pessoas), Álamo Pimentel Gonçalves da Silva (Pró-Reitor de Assistência Estudantil), Reginaldo Souza Santos (ADM), Celi Zulke Taffarel (EDC), Élio Santana Fontes (ENG), Sudário de Aguiar Cunha (FCC), Regina Lúcia Mendonça Lopes (ENF), Dulce Tâmara Lamego da Silva (DAN), Rosauta Maria Fagundes Poggio (LET), Lídia Maria Brandão Toutain (ICI), Roaleno Amâncio Costa (EBA), Jonhson Meira Santos (DIR), Arthur Matos Neto (FIS), Maria Isabel Pereira Vianna (ODO), Marco Antônio Nogueira Fernandes (MAT), Giovandro Marcus Ferreira (COM), Dirceu Martins (QUI), Iracema Santos Veloso (NUT), Horst Karl Schwebel (MUS), Maria Thereza Barral Araújo (ICS), Antônio Wilson Ferreira Menezes (FCE), José Vasconcelos Lima Oliveira (MEV), Miguel da Costa Accioly (BIO), Solange Souza Araújo (ARQ), Eliene Benício Amâncio Costa (EBA), José Tavares Neto (MED) e Ricardo Carneiro de Miranda Filho (representante do CONSEPE); as representantes da comunidade baiana Dora Leal Rosa e Marta Rodrigues de Brito Costa; os representantes do corpo docente Joviniano Soares de Carvalho Neto e João Augusto de Lima Rocha; os representantes dos servidores técnico-administrativos Luiz Fernando Santos Bandeira e Renato Jorge Pinto; e os representantes estudantis João Gabriel Cabral, Robenilton dos Santos Luz, Anderson Lobo, Antônio Lafayette Lins Freire Vasconcellos, Alencastro Vinicius Vilas Boas, Poliana Rebouças de Magalhães, Gabriel Ribeiro de Oliveira e Emanuel Lins Freire Vasconcellos.
     Iniciando a segunda parte da sessão convocada com a finalidade específica de “apreciar a proposta de Plano de Segurança Emergencial para a UFBA, a ser apresentada pela Comissão constituída pelo CONSUNI na primeira fase da reunião e formalizada através da Portaria 510/08”, o Magnífico Reitor rememorou a constituição da Comissão voltada para a elaboração do citado Plano, através da nominação de todos os seus membros, aos quais tomara a iniciativa de agregar, na forma ad referendum, o Conselheiro Roaleno Amâncio Costa, como representante das duas Unidades do Canela não abrangidas pelas zonais do Plano Diretor, Escola de Belas Artes (EBA) e Escola de Teatro (TEA) e consultou o plenário acerca daquele ato, obtendo a unânime concordância dos Conselheiros.
     O Conselheiro Francisco Mesquita, que procedeu à leitura de uma nota de esclarecimento (anexa) sobre as já contestadas declarações por ele proferidas,  então efetuada.
     O Conselheiro Reginaldo Souza Santos, que procedesse à apresentação do resultado dos trabalhos da mencionada equipe ao longo dos últimos dias.
     O Conselheiro Reginaldo informou acerca da instalação da Comissão no dia 22.08.2008 e da escolha da Conselheira Celi Taffarel como relatora, quando ocorrera, também, a primeira reunião para começo imediato das atividades a ela delegadas, partindo-se das sugestões encaminhadas na etapa inicial da reunião do CONSUNI, no dia 20.08.2008, e tomando-se como base as indicações constantes do Plano anteriormente aprovado, de cujo texto aproveitou-se a maioria dos itens definidos, extraindo-se e incorporando-se novos tópicos especialmente relacionados com o aspecto emergencial.
     O Conselheiro Reginaldo também salientou a posição do grupo no sentido de evitar a proposição referente à Guarda Universitária, em função da extinção do cargo de vigilante na estrutura administrativa do serviço público federal, revelando-se muito complexo e demorado o trabalho para a sua recuperação, a envolver a mobilização política de pessoas e órgãos como sindicatos, Ministérios etc. Prosseguindo, o Presidente da Comissão passou à apresentação dos itens integrantes do atualizado Plano de Segurança: 1- iluminação imediata de todos os locais, a partir do reparo dos postes danificados e intensificação da sua luminosidade, com ênfase nas imediações das Unidades, estacionamentos e entorno dos campi, ficando o serviço sob a responsabilidade conjunta da Prefeitura do Campus Universitário (PCU) e COELBA; 2- poda e roçagem de todas as áreas, principalmente daquelas de maior circulação de pessoas, com prioridade para Ondina; 3- ampliação das condições de trabalho da Coordenação de Segurança (COSEC), mediante deslocamento de um funcionário para reforço da equipe, designação de um Coordenador Executivo para a fiscalização, avaliação, supervisão e ação em casos de emergência, atribuindo-se a sua execução à própria COSEC, Pró-Reitoria de Planejamento e Administração (PROPLAD) e Superintendência Administrativa (SAD); exigência de eficiência e eficácia por parte da empresa terceirizada de vigilância. 4- equipagem dos vigilantes com rádios e demais instrumentos necessários à realização de um trabalho plenamente satisfatório; 5- implantação de guaritas e segurança eletrônica por câmeras nos pontos estratégicos e mais vulneráveis, com especial atenção para as escadarias e portões de acesso e de circulação de pedestres, ficando tal incumbência com a PROPLAD, SAD e empresas contratadas; 6- gradeamento dos pontos previstos, a cargo da PCU; 7- ampliação do contingente de pessoal para vigilância através do aumento do seu quantitativo, a ser especialmente treinado para o serviço, sob a responsabilidade da PROPLAD e da SAD; 8- reativação dos fóruns internos, em parceria, para debate e obtenção de opiniões e sugestões de medidas visando à segurança dos campi, cuja responsabilidade caberá ao Fórum Comunitário de Combate à Violência; 9- trabalhos comunitários com as populações do entorno, na linha de integração, envolvendo todas as Unidades para a sua implementação; 10- execução de um Seminário Nacional de Segurança Universitária, preferencialmente anual, a ser providenciado e estruturado pela Reitoria da UFBA, com a participação convidada da ANDES, FASUBRA, UNE, Ministério Público, Ministério da Justiça, Ministério da Educação, Ministério do Planejamento, Organização e Gestão (MPOG), Secretaria de Segurança Pública e Superintendência da Polícia Federal.
     O Senhor Presidente registrou o seu reconhecimento em relação ao trabalho efetuado pela Comissão Especial em tão pouco tempo, ratificando o início das suas atividades imediatamente depois da primeira fase da reunião do CONSUNI, dessa forma revelando objetividade e eficiência, e, em seguida, encaminhou à discussão do assunto em pauta, mediante recuperação da ordem de inscrições para pronunciamentos ao final da primeira etapa.
     O Conselheiro Gabriel Oliveira, que externou gratificante surpresa quanto à inexistência de indicação para participação da Polícia Militar no Projeto, cuja presença no campus habitualmente se constituiu em medida simplista e equivocada de solução dos problemas de segurança e defendeu o estabelecimento de prazos para aplicação das anunciadas medidas, de forma a produzirem efeitos concretos a partir das deliberações tomadas pelo Conselho, ao invés da sua costumeira procrastinação ensejadora da ocorrência de novos incidentes provocadores das providências que, em caráter emergencial, terminam por acarretar novas reuniões colegiadas para análise premente do contratempo causado pela falta das iniciativas impeditivas ou atenuadoras.
     A Conselheira Maria da Glória Teixeira manifestou a sua solidariedade com a vítima, propondo a deflagração de um movimento permanente e voltado para uma paz generalizada, não se fixando apenas na costumeira posição de natureza acusatória ou destrutiva.
     A Conselheira Rosauta Poggio transmitiu as seguintes sugestões extraídas da Congregação do Instituto de Letras (LET): 1- presença da Polícia Militar no entorno dos campi; 2- contratação de segurança pessoal equipada; 3- construção de torres de observação em locais estratégicos; 4- reforço da iluminação; 5- roçagem; 6- locação de ônibus para movimentação e transporte entre os campi.
     O Conselheiro Emanuel Vasconcellos ressaltou a importância da efetiva concretização das decisões tomadas pelo Conselho, especialmente aquelas relacionadas com a segurança dos campi, de absoluta prioridade institucional; elogiou a posição tomada pela Comissão e contrária à participação da Polícia Militar, cujo sistema é totalmente incompatível com as características típicas de uma Universidade; lamentou a impossibilidade de contratação de profissionais de vigilância e a conseqüente manutenção do sistema terceirizado, então defendendo a reativação da Guarda Universitária com uma completa mudança de perfil, passando da sua função eminentemente patrimonial para pessoal, com maior mobilidade pelas áreas e especial atenção aos pontos reconhecidamente perigosos; e manifestou-se contrariamente ao gradeamento que, além de isolar a UFBA, simbolicamente representa um instrumento de responsabilidade institucional, cuja ultrapassagem, para o lado externo, retiraria da Universidade qualquer relação ou vinculação com eventuais atentados contra a comunidade acadêmica ao seu redor.
     O Conselheiro Dirceu Martins destacou os riscos a serem enfrentados com a implantação dos cursos noturnos, pressupondo o inevitável agravamento da situação; embora atribuindo a atual mobilização à ocorrência da recente agressão à estudante de Dança, considerou indispensável assinalar a ocorrência de vários assaltos e roubos, inclusive no próprio Instituto de Química (QUI) e cercanias, devidamente registrados em ofícios encaminhados à Reitoria com a solicitação de providências, admitindo, porém, a possibilidade de melhoria da situação, de certa forma já verificada com algumas medidas adotadas pela Unidade, ainda que persistindo crítico o estado das localidades referentes aos Institutos de Física (FIS) e Geociências (GEO); endossou a imediata implementação do Plano de Segurança, cuja execução aconteceu de modo parcial, dessa forma impondo-se a integralização dos itens previstos; sugeriu atenção especial ao entorno dos campi e pontos de ônibus, para estes casos devendo a Polícia Militar ser solicitada a atuar; e sublinhou os seguintes tópicos como prioritários para providências: grade, construção de guaritas, revisão das condições das escadarias e implantação de uma Guarda Universitária treinada e atuando em plena conformidade com as suas obrigações contratuais que, embora provavelmente restritas a uma ação basicamente patrimonial, servirão para determinar a presença policial inibidora de possíveis investidas mais violentas contra as pessoas.
     O Conselheiro Roaleno Costa aludiu aos Planos anteriormente aprovados em 2002 e 2003 com orçamento garantido e solicitou total apoio da Reitoria ao assunto, de forma a evitar a tomada compulsória de decisões açodadas em caráter emergencial, também defendendo a criação de um órgão fiscalizador dos serviços, diretamente vinculado à Administração Central, visando ao acompanhamento próximo e rigoroso de todas as tarefas, além de informar acerca da reunião da Congregação da Escola de Belas Artes (EBA) no dia anterior, quando fora aprovado o apoio à Comissão Especial de Segurança.
     O Conselheiro Jonhson Santos enalteceu a qualidade do trabalho realizado pela aludida equipe em prazo exíguo; defendeu as indicações das demandas através das próprias Unidades, verdadeiras conhecedoras das suas necessidades cotidianas efetivas; ratificou a estruturação de um órgão específico para implementação das ações, preferivelmente ligado à Reitoria, à semelhança da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), onde mais de vinte técnicos atuam de forma organizada em prol da segurança no campus; solicitou a ronda policial em caráter urgente, enquanto não são deflagradas as primeiras iniciativas, em face, sobretudo, da forma exposta e desprotegida de algumas localidades, a exemplo da Faculdade de Direito (DIR), efetivamente vulnerável; e defendeu a imediata adoção de todas as providências necessárias à execução das medidas a serem definidas pelo Conselho, não se admitindo mais adiamentos em relação a um item particularmente relevante da vida universitária.
     O Magnífico Reitor propôs a transformação da atual conotação provisória em condição permanente da Comissão Especial, portanto, não se esgotando a sua atuação com a elaboração do Plano, mas tendo continuidade através dos estágios subseqüentes de desdobramentos da aplicação do Projeto.
    O Conselheiro João Gabriel Cabral registrou a satisfação da categoria discente quanto à decisão de não se permitir o ingresso da Polícia Militar no campus e destacou a importância da integração com a comunidade externa e vizinha para a construção de uma paz socialmente estruturada de forma coletiva e não de maneira vigiada por equipamentos eletrônicos, então sugerindo a inserção de um representante daquele contingente na Comissão e a adoção de providências de caráter educativo para o aprendizado da sociabilidade e do treinamento para a convivência amistosa; manifestou-se, contrariamente, ao controle do acesso ao campus, sob o entendimento de que a UFBA não pode se isolar ou se fechar para o resto da Cidade; defendeu a abertura de uma discussão com a ANDIFES e o MEC visando à recuperação dos cargos extintos de vigilante, pela dupla razão do maior compromisso daqueles profissionais com a Instituição e da eliminação de novos transtornos advindos das terceirizações, adicionalmente propondo uma revisão dos contratos com as correspondentes empresas, pelo fato de já terem causado diversos problemas para a Universidade; apoiou a indicação de transformação da Comissão Especial em equipe de atuação continuada e permanente; e propôs o reforço da atual Coordenação de Segurança da UFBA.
     A Conselheira Dulce Aquino referiu a necessidade de uma ação conjunta e solidária para implementação das diversas ações, aludindo ao sentimento de coletividade envolvente de todos os segmentos institucionais, não podendo a sua responsabilidade se concentrar, exclusivamente, na Administração Central e comentou sobre a alvissareira perspectiva de ampliação das vagas universitárias com a implantação dos novos cursos do REUNI, a ela se manifestando de forma absolutamente favorável, inclusive como forma de evitar a estagnação institucional, além de propor a realização de nova reunião do CONSUNI no prazo de um mês, para avaliação do andamento dos trabalhos.
     A Conselheira Marta Rodrigues Costa procedeu à leitura de uma carta aberta à comunidade acadêmica da UFBA, conjuntamente elaborada pela “Sociedade Cultural, Recreativa, Beneficente e Esportiva São Salvador” e a “Associação dos Moradores do Alto das Pombas”, cujo teor encontra-se em documento anexado à presente Ata.
     O Conselheiro Joviniano Neto sublinhou a importância do atual momento histórico vivenciado pela Universidade ao demonstrar a sua capacidade de reação de forma unida e solidária, endossou todas as medidas já anunciadas pela Comissão, às quais, particularmente, acrescentou a ronda policial, sugeriu a identificação dos pontos críticos no entorno do campus com a adoção de iniciativas voltadas para uma maior integração social com a vizinhança e requereu a imediata execução das ações especialmente relacionadas com a emergência demandada pela situação.
     O Conselheiro Giovandro Ferreira indicou as seguintes recomendações: atividades de extensão através de projetos comunitários; rigoroso controle das medidas de segurança, cuja eficácia muito se condiciona ao seu estreito acompanhamento; acesso às bases contratuais das empresas terceirizadas; busca de conhecimento acerca dos métodos aplicados por outras IFES e capazes de servirem de modelo para a UFBA; realização de um debate sobre a utilização de armas no período noturno; reforço policial no entorno dos campi; definição de órgãos para execução e prazos para implementação de todos os serviços; e considerou questionável a mencionada tentativa de recuperação do cargo de vigilante em virtude das dificuldades a serem enfrentadas para a concretização de uma profunda alteração da estrutura administrativa do serviço público federal.
     O Conselheiro Robenilton Luz lamentou a ausência da representação da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FFCH) à reunião, principalmente pela localização estratégica e muito vulnerável daquela Unidade, bem como a ocorrência de mais uma divulgação maculadora da Universidade na Imprensa, em decorrência de fatos negativos que poderiam ter sido evitados; comentou a forma agressiva e desrespeitosa como foram tratadas duas pessoas, respectivamente, abordadas no Instituto de Letras (LET) e na Faculdade de Ciências Econômicas (FCE), consideradas suspeitas ao circularem pelas duas Unidades, ressaltando não se poder valer de maus tratos como forma de coação ou inibição de tais episódios, além de defender ações de combate ao racismo ainda verificado no ambiente universitário, coincidentemente envolvendo os dois casos citados e de apoiar as medidas voltadas para a integração comunitária, também estimulando a abertura da UFBA para a sociedade, cuja relação deve ser fomentada, inclusive, como forma de possibilitar o permanente intercâmbio ensejador da aquisição de novas informações por parte da Instituição que, na sua opinião, não cria conhecimento, mas o absorve e aperfeiçoa a partir de um substrato existente na natureza, disponível e já utilizado, de maneira primitiva e original, pela população circundante.
     A Conselheira Lídia Brandão Toutain relatou o assalto sofrido por uma professora do Instituto de Ciência da Informação (ICI) no mesmo dia do atentado sofrido pela aluna, igualmente registrando a freqüente ocorrência de assaltos e roubos naquela Unidade, enfatizou a necessidade da fixação de metas e prazos para adoção das medidas constantes do Plano de Segurança Emergencial e informou acerca da reunião da Congregação, na data anterior, da qual foram extraídas as seguintes recomendações adicionais: 1- providência de ronda policial imediata; 2- construção de uma guarita para o prédio; 3- definição do tempo necessário à consolidação do reforço da vigilância; 4- gradeamento específico da Unidade que, isolada das demais, constitui-se numa ilha dentro do campus do Canela, não tendo sido contemplada pela Comissão, de cuja composição deixou de ser incluída através de representação, em função, provavelmente, da sua mencionada localização diferenciada, então assegurada pelo Magnífico Reitor, mediante constituição de nova Portaria de nomeação.
     O Conselheiro Arthur Matos Neto elogiou o trabalho eficaz realizado pela equipe, bem podendo ser aferido pela expressiva concordância verificada nas diversas falas dos Conselheiros; registrou o funcionamento do curso noturno de Física há nove anos, sempre exposto aos mais variados incidentes referentes à segurança; sublinhou a necessidade da implementação de todas as deliberações colegiadas relativas ao Plano, de forma a não se configurar como mais um documento vazio, produzido por uma sessão inócua; apresentou severas reclamações referentes à PCU, por ele considerada totalmente ineficiente; apoiou a proposta encaminhada pelo Conselheiro Jonhson Santos para a criação de um órgão específico de segurança diretamente vinculado ao Reitor; e manifestou preocupação quanto à nova situação a ser gerada a partir de 2009 com a expansão dos cursos e ampliação dos atuais 80 para cerca de 1000 alunos no turno noturno em FIS, de certa forma apresentando aquele aumento um aspecto positivo e favorável à atenuação dos riscos ultimamente vivenciados pelo contingente circulante, sob a concepção de que “gente dá segurança a gente”.
     A Conselheira Celi Taffarel informou sobre a realização da reunião da Congregação da Faculdade de Educação (EDC) no dia anterior, da qual resultaram as seguintes decisões: 1- continuidade de todas as iniciativas de solidariedade para com a estudante agredida e sua família; 2- questionamento da contraditória postura do Governo ao definir investimentos para o envio e manutenção de tropas militares em outro país, em detrimento da aplicação de medidas de segurança interna, com prejuízos para vários setores da comunidade, dentre os quais se incluem as IFES; 3- oposição a todos os procedimentos associados ao desmonte universitário, com destaque para as Fundações, terceirizações e parcerias, cuja ocorrência apresenta a inconveniência complementar de precarização do trabalho dos docentes; 4- adoção de uma política de segurança por iniciativa conjunta das Pró-Reitorias; 5- entendimento de que os diversos incidentes verificados nos campi da UFBA se constituem um reflexo da desumanização da vida na Cidade; 6- e inaceitação de uma política policialesca em favor de uma segurança pedagógica e necessária ao Estado mais violento do País.
     O Conselheiro Luiz Rogério Leal também elogiou o trabalho realizado pela Comissão, referindo a abrangência, pelo Plano de Segurança, de todos os tópicos destacados pela Congregação do Instituto de Geociências (GEO) no dia anterior e acentuou os seguintes itens como mais relevantes: 1- rigoroso combate aos constantes assaltos verificados nas imediações do portão do campus que dá acesso à rua Caetano Moura, na Federação; 2- atenção e fiscalização especiais às saídas noturnas, igualmente perigosas; 3- providências similares para o ponto de ônibus situado na Av. Garibaldi, onde duas estudantes foram recentemente forçadas a retornar ao Instituto, após as aulas, em virtude de ameaças de assaltantes; 4- e colocação da Polícia Militar no entorno dos campi, sem neles ingressar ou interferir.
     O Conselheiro Renato Pinto defendeu formas de relacionamento com a comunidade, também pelo fato de não se constituir a Universidade numa ilha isolada, mas em permanente ligação e interação com a sociedade; opinou pela realização de um amplo debate sobre a segurança em Salvador, em função do descontrole da violência por toda a Cidade, da qual a UFBA é vítima; apoiou o posicionamento da Polícia Militar nas suas cercanias; destacou a necessidade de reforço da Guarda, não bastando a utilização de câmeras; e ratificou a importância de constante atuação do CONSUNI no processo de discussão do assunto, mediante acompanhamento e atenção permanentes aos procedimentos a serem adotados, dessa forma evitando-se a sua habitual convocação em caráter emergencial.
      A Conselheira Solange Araújo comunicou a realização de reunião da Congregação da Faculdade de Arquitetura (ARQ) ao longo de todo o dia anterior e transmitiu as seguintes recomendações principais: integração com a comunidade externa sem a edificação de muros; implementação imediata das ações com o estabelecimento de prazos para a sua execução; serviços de manutenção do campus através de limpeza, poda, roçagem etc.; oposição à convocação da Polícia Militar para o interior do espaço universitário, da qual já sofreu agressiva abordagem pessoal em determinada oportunidade anterior; articulação da proposta de segurança com o Plano Diretor, dele não devendo ficar dissociada; concordância com a pontuada observação de que “gente dá segurança a gente”, portanto, podendo o povoamento da área contribuir para a amenização dos problemas, então propondo a confecção de um acurado desenho e traçado técnico dos percursos no novo projeto, de forma a garantir uma dinâmica de vida nos fluxos de pessoas circulantes.
     A Conselheira Regina Lúcia Lopes anunciou as seguintes recomendações e registros mais importantes extraídos da Congregação da Escola de Enfermagem (ENF) no dia anterior: contra a presença policial, gradeamento e mecanismos de controle de acesso ao campus, a exemplo de catracas; favorável à Guarda Universitária reforçada e treinada; providências imediatas de iluminação e limpeza de todas as áreas; ampliação do atual contingente de segurança; entendimento de que a violência verificada na UFBA decorre de uma situação mais ampla e geral de insegurança de toda a Cidade; aprovação de uma moção de repúdio às já mencionadas declarações do Conselheiro Francisco Mesquita sobre o atentado à aluna, por ela apresentada ao plenário.
     O Conselheiro Sudário Cunha também comunicou a realização de reunião da Congregação da Faculdade de Ciências Contábeis (FCC) da qual resultaram diversas sugestões, então enfatizando duas delas: presença da Polícia Militar no entorno dos campi e aumento do efetivo de segurança da UFBA.
     O Assessor estudantil Lucas Valentim Rocha propôs a instalação de ciclovias que possibilitem o ingresso e circulação das pessoas, linhas de ônibus para movimentação entre os campi e utilização diversificada dos espaços universitários, sobretudo externos às Unidades, não se limitando às citadas sugestões de caráter extensionista de integração, de forma a ocupar-se a maior parte possível de uma vasta área inteiramente deserta.
     A Conselheira Eliene Costa ressaltou as duas principais proposições da Escola de Teatro (TEA), respectivamente relacionadas com a oposição à presença da Polícia Militar e elaboração de um projeto de integração com as comunidades vizinhas, de forma a atraí-la para povoamento dos diversos setores, mediante desenvolvimento de variadas atividades culturais, encaminhando o restante das recomendações à Comissão Especial.
     A Conselheira Iracema Veloso também pontuou, dentre outras indicações igualmente remetidas à citada equipe, duas observações retiradas da sessão da Congregação da Escola de Nutrição (NUT) do dia anterior e basicamente referentes à extensão do debate sobre a segurança a toda a comunidade e à oposição ao isolamento e fechamento da Universidade intramuros que, ao contrário, deve cumprir o seu relevante papel social.
     A Conselheira Maria Isabel Vianna referiu a coincidência entre as propostas da Congregação da Faculdade de Odontologia (ODO) e da Comissão Especial, também destacando a posição contrária à presença policial e favorável à inserção e interação da UFBA com a sociedade para cumprimento permanente e continuado da sua função externa.
     O Conselheiro Antônio Vasconcellos externou o seu apoio à idéia de uma Guarda Universitária voltada para a exclusiva proteção pessoal, e somente a ela, sem qualquer atitude repressora aos movimentos discentes e manifestou-se, contrariamente, ao gradeamento, com a dupla justificativa e concepção de que, embora integrante do contingente universitário, o estudante igualmente pertence ao conjunto maior da população da Cidade, do qual não pode ser separado e, portanto, está submetido ao mesmo conjunto de normas gerais de segurança, bem como pelo caráter público da Instituição, por fim externando positiva expectativa quanto ao compromisso da Administração Central da UFBA em face do simbólico gesto do Magnífico Reitor, ao dar as mãos a uma aluna que, com outros colegas, encenara uma breve apresentação teatral em pleno curso daquela sessão do Conselho.
     O Conselheiro Emanuel Vasconcellos voltou a defender posições por ele já anunciadas, adicionalmente contrapondo-se à idéia de que a destinação de recursos para a segurança retira uma assistência maior da Universidade à educação, por ele considerada uma outra forma de investimento igualmente necessária e indispensavelmente inserida no contexto mais amplo do setor.
     O Conselheiro Dirceu Martins reiterou as seguintes recomendações: 1- ronda policial; 2- guaritas nas portarias; 3- microônibus com circulação intercampi e assinatura de convênio com as empresas de transportes para condução de pessoas para os pontos estratégicos; 4- equipagem dos vigilantes com rádios; 5- divulgação dos telefones para acesso ao sistema de segurança da UFBA; 6- integração comunitária; 7- desenvolvimento de atividades esportivas através da renda obtida com a habitual exploração do espaço de Ondina como camarote do Carnaval; 8- imediata implementação das medidas com a fixação de prazos.
     O Conselheiro Luiz Fernando Bandeira também defendeu a abertura da Universidade, assim como a sua expansão acadêmica, esta preferencialmente efetuada mediante realização de concursos públicos para todos os seus segmentos e, particularmente, para a vigilância institucional, sob cuja modalidade é possível obter-se um comportamento mais eficiente por parte de profissionais definitivamente incorporados e comprometidos com a UFBA, lamentavelmente impossibilitada pelas condições atuais de impedimento de reposição dos seus quadros, em virtude da extinção da função e da sua transferência para empresas terceirizadas.
     O Conselheiro Horst Schwebel ponderou acerca da repetição de falas sobretudo voltadas para a constatação de equívocos e falhas anteriores, já evidenciando certa improdutividade e ineficácia, compartilhando com a mensagem unânime de imediata adoção das providências capazes de converter as diversas manifestações teóricas em ações concretas e dinâmicas para o saneamento ou amenização do problema da segurança.
     O Conselheiro Roaleno Costa informou, dentre outros registros, que a Comissão teria trabalhado e definido prazos imediatos para a consecução das medidas emergenciais indicadas, a contar daquela primeira semana iniciada na data de 25.08.2008 até 29.08.2008 e prosseguindo, sucessivamente, pelas duas subseqüentes para a sua efetiva execução.
     O Magnífico Reitor apresentou uma sugestão adicional de encaminhamento às Congregações do documento final da Comissão Especial, já contendo a incorporação das propostas acatadas, para efeito de conhecimento e debate nas diversas Unidades.
     O Conselheiro Reginaldo Santos sintetizou os pronunciamentos dos seus pares, cujas propostas, na sua grande maioria, foram totalmente coincidentes com as indicações do grupo e já constam do Plano de Segurança apresentado, outras assim ocorreram de forma parcial, devendo a sua acolhida ser devidamente complementada, além de uma reduzida quantidade de novas indicações, a serem examinadas pela Comissão e provavelmente absorvidas, em seguida registrando e comentando sobre as dificuldades enfrentadas para a definição dos prazos de aplicação das medidas que, ao final das discussões, ficaram efetivamente formalizados nas condições apresentadas pelo Conselheiro Roaleno, por ele então ratificadas, além de sugerir a realização de nova reunião do CONSUNI, dentro de um período a ser estabelecido pelo Colegiado, com a finalidade de apreciação e avaliação das ações executadas.
     O Senhor Presidente procedeu ao seguinte encaminhamento para efeito de deliberação: 1- transformação da Comissão Especial de provisória em permanente, através de Portaria a ser por ele assinada em caráter urgente; 2- incorporação, ao citado grupo, da Conselheira Lídia Brandão Toutain, do Conselheiro Roaleno Amâncio Costa, de um representante da comunidade baiana, cuja indicação veio a recair, posteriormente, sobre a Conselheira Vera Lúcia da Cruz Barbosa, sua titular no próprio Conselho; 3- consideração da proposta inicialmente apresentada pela Comissão e deflagrada a partir da data anterior de 25.08.2008, além da análise, pelo mesmo grupo, das diversas sugestões e recomendações encaminhadas pelos Conselheiros, visando à elaboração de um documento final a ser distribuído pelas Congregações para conhecimento e discussão nas Unidades; 4- nova sessão extraordinária do CONSUNI no prazo de quinze dias, com o objetivo de avaliação das ações de natureza emergencial, ficando a alternativa de trinta dias igualmente aventada como possibilidade para mais uma reunião com semelhante finalidade.
     Assim sendo, o Magnífico Reitor colocou, inicialmente, em votação, os dois primeiros itens anunciados, tendo sido ambos unanimemente aprovados. Em seguida, procedeu da mesma forma em relação ao terceiro, sendo então aprovado, também por unanimidade, o Plano de Segurança Emergencial da UFBA, bem como o preparo de um projeto definitivo nas condições referidas, além da obtenção de generalizada concordância quanto ao quarto tópico por ele proposto. Na continuidade, o Senhor Presidente expressou, em nome da equipe dirigente da Universidade, o seu orgulho em participar de uma Instituição que é capaz de demonstrar a sua vitalidade através de uma luta conjunta e voltada para a paz coletiva, não se dobrando às eventuais ameaças sociais externas, mas combatendo-a de forma responsável e solidária, assegurando o seu compromisso com aquela tarefa a partir do significado evidenciado e representado pelo já mencionado gesto simbólico de dar as mãos à estudante que dele se aproximara durante a realização da reunião.
     O Magnífico Reitor agradeceu a presença e a colaboração de todos e deu por encerrada a sessão, da qual, eu, Alfredo Macêdo Costa, Secretário ad hoc, lavrei a presente Ata, a ser devidamente assinada, com menção a sua aprovação, estando os seus pormenores gravados em fitas cassete.
     

Não houve o que ocorrer.

Tipo de reunião: Ordinária

Data Pauta(s) O que ocorrer
Ata da reunião ordinária do Conselho Universitário da Universidade Federal da Bahia 22.10.2008. qua, 22/10/2008 - 09:00
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     Item 01 da pauta:
     
    Processo nº 23066.034663/08-26 – Regimento Interno do Instituto de Humanidades, Artes e Ciências (IHAC) Professor Milton Santos. Relator: Comissão de Normas e Recursos.
     
     O Conselheiro Jonhson Santos, Presidente da Comissão, solicitou ao relator, Conselheiro Luiz Rogério Leal, que procedesse à leitura do parecer (anexo), então efetuada, concluindo pela aprovação do Regimento, assinalando, porém, um conjunto de alterações realizadas no documento original e provenientes do CONSEPE, por ele individualmente listadas e comentadas, além de ressaltar a falta de consenso da equipe em relação ao § 1º do Art. 15, correspondente ao Art. 13 da proposta anterior e referente à composição dos Colegiados, único item de dissenso na Comissão, desta forma passando à condição de destaque para avaliação e definição colegiadas.
     Conselheira Lina Aras reportou-se, precisamente, ao aludido Art. 15, inicialmente ao teor do seu § 3º, para manifestar certa preocupação quanto à proposta necessidade de justificativa de faltas dos seus integrantes, sob pena de suspensão dos respectivos mandatos por um período de um ano e, posteriormente, reportou-se ao seu § 1º, para opinar pela retirada dos Professores Colaboradores da constituição dos Colegiados dos Cursos, adicionalmente comentando sobre a provável ineficácia dos mencionados Órgãos, com base na dificuldade para obtenção de quorum caso a composição dos mencionados Colegiados aconteça através de um numeroso corpo docente permanente, desta forma dissociando a reclamada conotação democrática de uma suposta exigência expansiva de ordem quantitativa.
     A Conselheira Lídia Toutain externou semelhante apreensão em relação à Congregação Ampliada, cuja dificuldade, no seu entendimento, aumenta ainda mais em função da consolidação de um expressivo contingente funcional com direito a voz e voto nas suas reuniões.
     O Conselheiro Marco Antônio Fernandes aludiu ao § 2º do Art. 15 para propor a alteração da sua redação final de “... para exercer mandato de dois anos, podendo ser reeleito” para “... para exercer mandato de dois anos, podendo ser reeleito para mais um mandato”; destacou o esclarecimento possibilitado pelo novo texto, particularmente relacionado com a compulsória condição docente do Coordenador Acadêmico, agora preciso, todavia questionando a equivalente situação da Gerência Administrativa, ainda obscura; e parabenizou a Comissão de Normas e Recursos pelo trabalho realizado, não mais restando dúvidas quanto aos aspectos polêmicos e contraditórios do projeto.
     O Conselheiro Giovandro Ferreira também enalteceu os avanços alcançados através da nova proposta e comentou a respeito do conteúdo do § 1º do Art. 15, indagando se os docentes ali considerados para efeito de composição dos Colegiados representariam a totalidade da Unidade ou corresponderiam ao contingente alternativamente vinculado à Graduação ou à Pós-Graduação.
     O Conselheiro Luiz Rogério Leal aludiu ao assunto para informar que tratava-se, precisamente, do destaque por ele anunciado na leitura do seu parecer. O Conselheiro Dirceu Martins propôs a separação dos Colegiados de Graduação e Pós-Graduação, com a consideração adicional, para o caso dos B.I., da participação de quatro professores respectivamente representantes de cada área de concentração.
     O Conselheiro Arthur Matos Neto elogiou o trabalho da Comissão de Normas e Recursos, bem como do CONSEPE e da Comissão responsável pela elaboração da proposta anterior naquela instância e comentou acerca da presumida tentativa daquele Conselho no sentido da unificação dos citados Colegiados, efetivamente acertada, a representar a consumação de uma tendência acadêmica histórica, a despeito da persistência de distinções provenientes dos credenciamentos, não fazendo sentido a sua execução em relação à Graduação, apenas para a Pós-Graduação, por isso mesmo preferindo apoiar a posição do Conselheiro Dirceu Martins relativa à indicada separação e defendeu a ocupação da Coordenação por professores permanentes, assim como devem os cargos de direção ser preferencialmente exercidos pelos docentes do IHAC, de forma a evitar conflitos e confusão.
     O Senhor Presidente ressaltou, como elemento básico da discussão, a definição quanto aos objetivos pretendidos para a nova Unidade, se nos moldes tradicionais ou com a incorporação de elementos inovadores, associando-se o primeiro caso a um simples ajuste das estruturas já existentes para a construção da configuração do Instituto, enquanto o segundo vincular-se-ia a um ineditismo ensejador de mecanismos de testes com aperfeiçoamento gradativo da sua forma de atuação e concordou com as ponderações do Conselheiro Arthur Matos Neto acerca das colimadas mudanças, além de registrar o comportamento heterodoxo do CONSEPE naquele processo que, se mantido pelo CONSUNI, implicará a inviabilidade do almejado avanço institucional, então identificando e destacando três itens de maior relevância nos debates: 1- distinção entre a Graduação e a Pós-Graduação ou equivalência institucional entre ambas, com ênfase na primeira, mediante definição da sua forma de relacionamento, levando-se em conta a proposta da sua integração; 2- tema do quorum em etapas, a exigir acurada reflexão e deliberação, em face da dificuldade para a sua obtenção; 3- lotação ou vinculação funcional de forma a permitir que os profissionais da UFBA tenham obrigações e compromissos com mais de uma Unidade.
     O Magnífico Reitor resumiu a sua opinião final sobre o tema com a eleição dos três tópicos inovadores e passíveis de recomendável teste e tentativa de aplicação: equivalência entre Graduação e Pós-Graduação, credenciamento e lotação profissional.
     A Conselheira Nádia Ribeiro apresentou uma sugestão relacionada com a exclusão dos Núcleos da composição da Congregação, portanto não a integrando, pelo fato de se constituírem em estruturas flexíveis e, até mesmo, transitórias, além de comentar que, em termos de participação e envolvimento, todos os docentes já se encontram contemplados através da Congregação Ampliada.
     
     A Conselheira Lídia Toutain sugeriu a retirada dos Incisos V, VI e VII do Art. 5º do documento, sob a justificativa de que, em virtude da elevada quantidade numérica dos membros da Congregação Ampliada, os assuntos referentes a concursos não deveriam ser englobados dentre os demais itens da sua competência, então indicando a sua transferência para o âmbito da Congregação simples.
     O Conselheiro Ricardo Miranda Filho apoiou a concepção externada pelo Reitor em relação à mencionada equiparação da Graduação com a Pós-Graduação, todavia revelando certa preocupação quanto ao caráter seletivo da segunda, que, na verdade, deveria equivaler à primeira, ainda ponderando e defendendo a finalidade ampliadora do credenciamento na Graduação ao invés da sua desaconselhável conotação restritiva, além de comentar acerca da possibilidade da disponibilidade, na Pós-Graduação, de um docente lotado em Unidade diversa do IHAC, então requerendo cuidado e reflexão, por fim indagando se as disciplinas do Instituto seriam igualmente utilizadas por todos os B.I., bem como sobre a divisão docente e a concepção da expressão contida no texto e referente aos “pesquisadores e professores altamente qualificados do corpo funcional”, em face da previsão de existência exclusiva de docentes e técnicos-administrativos naquela Unidade.
     
     A Conselheira Dulce Aquino defendeu os avanços institucionais, todavia externando certa dificuldade para entendimento e assimilação quanto à questão dos Colegiados de Graduação e Pós-Graduação, considerando difícil o “tratamento dessemelhante de situações semelhantes”, sugeriu a extensão da nova formatação às demais Unidades da UFBA e, reportando-se à organização administrativa, aludiu a uma certa fragilidade do seu tratamento, bem como à necessidade de uma especial atenção aos seus servidores, além de opinar por uma maior flexibilidade dos citados Núcleos, preferivelmente separados dos Colegiados.
     O Conselheiro João Gabriel Cabral ratificou as falas do Reitor e do Conselheiro Arthur no tocante ao dilema quanto à reformulação e inovação institucionais e assinalou a importância do caráter interdisciplinar do IHAC, a ser aplicado através de uma acurada avaliação prévia para verificação da forma mais acertada do seu alcance, bem como da garantia da autonomia dos seus profissionais e do próprio Instituto para a gestão do seu funcionamento, além de questionar a propalada atuação democrática em que somente se assegura uma participação técnica e discente máxima de 30% nos órgãos colegiados, então defendendo uma absoluta paridade para todas as categorias, de forma a lhes proporcionar, indistintamente, um sentimento de efetiva integração no conjunto universitário.
     A Conselheira Maria Isabel Vianna rememorou a discussão havida na Comissão de Normas e Recursos quanto à questão da pesquisa e da extensão, tendo aquela equipe considerado estranha a sua eventual colocação em Órgãos Complementares, parecendo-lhes mais adequada a sua inserção em instâncias colegiadas capazes de associá-las com o ensino, disto resultando e consolidando a idéia de que distanciando-se um pouco da atual caracterização dos Núcleos, facultasse a sua transformação em organismos responsáveis pela articulação e coordenação das três citadas atividades, neste caso admitindo a possibilidade de alguma falta de clareza redacional decorrente do processo de transposição da imaginada concepção para a formalização da escrita.
     O Conselheiro Luís Edmundo Campos comentou sobre a possibilidade da ocorrência de prejuízos para alguns professores perante a CAPES, com base na aplicação de um sistema de avaliação amplo, a envolver todos os seus docentes, em função da eventual queda da sua participação nas demais atividades e conseqüente comprometimento da sua aferição.
     O Conselheiro Francisco Mesquita destacou o aspecto transitório do Regimento, então elaborado para uma comunidade ainda inexistente, portanto passível de transformações e ajustes gradativos, também por conta das inevitáveis peculiaridades e especificidades ainda não computadas no presente momento; ressaltou a participação docente em todos os Colegiados e Comissões universitárias num valor equivalente a 2/3 do total dos seus membros, em conformidade com dispositivo legal normativo, não podendo ser diferente no caso do IHAC; opinou no sentido da consideração das mencionadas justificativas de faltas de forma limitada às situações previstas em lei; concordou com a proposição da Conselheira Nádia Ribeiro referente à não participação dos Núcleos, com base na sua aludida volatilidade; apoiou a sugestão da transformação de Centros em Núcleos Interdisciplinares de Pesquisa e Extensão; e defendeu a idéia da escolha do Coordenador Acadêmico através de indicação do diretor, portanto, recaindo sobre pessoa da sua confiança, à semelhança dos Pró-Reitores no Conselho, a ser selecionado dentre os membros do Colegiado e aprovado pela Congregação, além de integrar os quadros da Unidade, desta forma ratificando a proposta do CONSEPE, devidamente aproveitada e corroborada pelo relator.
     O Conselheiro Dirceu Martins concordou com a posição externada pela Conselheira Nádia Ribeiro acerca da Congregação Ampliada, por ele considerada fundamental ao exercício da cidadania docente; endossou a proposta anterior, com discreta alteração, de transferência dos incisos VI, VII e VIII do Art. 5º para o Art. 7º da minuta, todos eles relacionados com matéria de concurso, todavia mantendo-se a posição atual do inciso V, de distinta finalidade, ao indicar, como competência daquele Órgão, a deliberação acerca de questões administrativas e da vida funcional do pessoal docente e técnico-administrativo; ratificou a Conselheira Maria Isabel Vianna na questão referente aos mencionados Núcleos; alertou e requereu cuidado para com o caso do Colegiado, em virtude da sua inexistência no Estatuto da UFBA, devendo, contudo, ser regulamentado, ainda explicando que a metodologia adotada e proposta pela Comissão de Normas e Recursos tomara como base o formato aplicado pelo Programa de Licenciaturas Especiais (PROLE), de positiva experiência; e referiu a inexistência de previsão de dupla lotação.
     O Conselheiro Luiz Fernando Bandeira registrou a favorável oportunidade de regulamentação da representação técnica colegiada através da sua ampla e correta participação na Congregação Ampliada, assim atendendo-se um pleito antigo e recorrente daquela categoria no sentido da sua plena integração ao fórum dos debates, acrescendo que, embora a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) defina a parcela de 70% para os professores, aventava a possibilidade de que um acordo interno, a exemplo dos processos de consulta eleitoral, permitisse uma modificação informal do aludido percentual, então facultando a presença e colaboração igualitárias de todos os segmentos institucionais.
     O Senhor Presidente assinalou os itens aparentemente consensuais do processo e respectivamente relacionados com a desconsideração da justificativa das faltas, já devidamente atendida pela legislação, e com a adesão à proposição da Conselheira Lídia Toutain, todavia limitada ao conjunto dos incisos VI, VII e VIII do Art. 5º, então passando a integrar as competências da Congregação, além dos dois pontos colocados como destaques e correspondentemente referentes à composição dos Colegiados, de alternativamente abertos, conforme parecer do relator, ou representativos, de acordo com a proposta do Conselheiro Dirceu Martins, e à definição do Coordenador Acadêmico, se mediante eleição para mandato ou delegação da direção, consoante indicação do Conselheiro Francisco Mesquita.
     O Conselheiro Luiz Rogério Leal concordou com a citada concepção relativa às justificativas de faltas, assim como com a proposta do Conselheiro Marco Antônio Fernandes referente ao teor do § 2º do Art. 15 e da Conselheira Lídia Brandão Toutain sobre o Art. 5º, este nas condições anunciadas posteriormente; manifestou-se favoravelmente e manteve a participação dos Núcleos na Congregação, discordando da suposta fragilidade administrativa aventada pela Conselheira Dulce Aquino; assegurou o estabelecimento da autonomia assinalada pelo Conselheiro João Gabriel Cabral; julgou pertinente e importante a preocupação externada pelo Conselheiro Luís Edmundo Campos acerca da avaliação CAPES; apoiou a concepção do Conselheiro Francisco Mesquita sobre a forma de escolha do Coordenador, coincidente, aliás, com a sua posição pessoal, sob pena de comprometimento da sua indispensável sintonia e entrosamento com o diretor; ratificou a opinião do Conselheiro Dirceu Martins quanto à consideração de todos os docentes na Congregação Ampliada; remeteu as ponderações do Conselheiro Luiz Fernando Bandeira à apreciação no âmbito de cada Unidade; e propôs a seguinte redação para o § 1º do Art. 15: “Os Colegiados dos Bacharelados Interdisciplinares serão compostos por todos os professores do quadro permanente dos cursos de Graduação da Unidade, além dos professores colaboradores que solicitarem sua participação no respectivo Colegiado e de um Representante de cada Unidade Universitária relacionada à área de concentração do respectivo curso, que solicitarem sua participação”.
     O Magnífico Reitor sintetizou a fala do relator através da sua acolhida a todas as sugestões consensuais, particularmente atinentes às propostas dos Conselheiros Dirceu Martins e Lídia Toutain, nas condições anunciadas, bem como à aludida questão da justificativa das faltas (Art. 15, § 3º) inicialmente levantada pela Conselheira Lina Aras e mantida na sua redação original, permanecendo os dois mencionados destaques, respectivamente relacionados com o modo de escolha do Coordenador Acadêmico e com a composição dos Colegiados.
     Em tais condições, submeteu o parecer do relator à votação, com todas as já referidas incorporações, sendo aprovado por unanimidade. Em seguida, Sua Magnificência passou ao exame do primeiro destaque, consubstanciado no § 2º do Art. 4º do Regimento e referente à definição da forma de escolha do Coordenador Acadêmico, então englobando as duas seguintes proposições alternativas: a- da Comissão de Normas e Recursos, sob a condição de mandato, conforme constante do projeto; b- do Conselheiro Francisco Mesquita, no sentido da sua formalização de maneira delegada da direção.
     Em votação, a primeira alternativa obteve 14 votos contra 19 conferidos à segunda, desse modo definindo-se pelo mecanismo de escolha do Coordenador Acadêmico mediante indicação do diretor da Unidade. Ocorreram declarações de voto dos Conselheiros: Ricardo Miranda Filho, para justificar a sua predileção pela proposta vencedora, pelo fato de mais assemelhar-se à concepção oriunda do CONSEPE; Lina Aras, para comentar que, em termos de Unidade pequena, como é o caso do IHAC, não haveria diferença significativa entre as duas alternativas, todavia revelando a opção delegada uma maior utilidade e eficácia em relação às grandes Unidades; Dioneire Amparo dos Anjos, para expressar a sua opinião quanto ao acerto do resultado da votação, com base no positivo exemplo constatado em semelhante formatação do Instituto Multidisciplinar em Saúde (IMS). Na continuidade, o Senhor Presidente passou à apreciação do segundo destaque, relacionado com o § 1º do Art. 15, sobre a composição dos Colegiados, então desenvolvendo-se intensa discussão acerca do assunto, de que resultou um aparente consenso em favor da proposta do relator que, submetida à votação, foi aprovada por unanimidade.

 O Magnífico Reitor declarou aprovado, nos moldes anunciados, o Regimento Interno do Instituto de Humanidades, Artes e Ciências Professor Milton Santos e passou ao item “O que ocorrer” da pauta, inicialmente colocando em votação a proposta de moção de pesar pelo falecimento do Professor José Joaquim Calmon de Passos, de autoria do Conselheiro Jonhson Santos, sendo unanimemente aprovada, assim também procedendo, na continuidade, em relação à fixação do já mencionado prazo de 31.12.2008 para cumprimento legal efetivo da Resolução 02/08 do CONSUNI, conforme acertado, igualmente aprovado por unanimidade. O Conselheiro Jonhson Santos enalteceu e elogiou o excelente trabalho realizado pelo Conselheiro Luiz Rogério Leal na condição de relator do processo recém apreciado.
 
 

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