Atas do Consuni

E.g., 09/2024
E.g., 09/2024

Tipo de reunião: Extraordinária

Data Pauta(s) O que ocorrer
Ata da reunião extraordinária do Conselho Universitário da Universidade Federal da Bahia 14.01.2009. qua, 14/01/2009 - 14:00
  •  item 01  Processo nº 23066.013946/06-91
     
     – Sistema de Correição do Poder Executivo Federal.
    Relator: Comissão de Normas e Recursos (CNR).
     
     Com a palavra, o Conselheiro Miguel Accioly procedeu à apresentação do parecer da Conselheira Marlene Campos Peso de Aguiar, integrante da mencionada Comissão e autora do relatório, embora ausente da reunião, concluindo favoravelmente à instituição da Unidade de Correição Seccional da Universidade Federal da Bahia, nos termos do Decreto nº 5.480, de 30 de junho de 2005, com base na minuta de Resolução elaborada sobre o assunto, já aprovada pela CNR e distribuída a todos os Conselheiros para conhecimento e devida avaliação. Em discussão, o Conselheiro Joviniano Neto realizou a leitura de um documento da sua lavra (anexo) concernente ao tema em apreço, então expondo, dentre outros aspectos, a necessidade de conciliação do combate à corrupção com a autonomia da Universidade, através do encaminhamento de algumas considerações e propostas basicamente divididas em dois tópicos: 1- em função da impossibilidade jurídica de questionamento da constitucionalidade dos artigos constantes do citado documento jurídico criador da nova instância universitária, considerou cabíveis as sugestões de fortalecimento da ação e papel do Conselho de Curadores, consubstanciadas na atuação da unidade seccional a ser instalada; 2- com relação à proposta de resolução apresentada e elaborada a partir do aludido instrumento governamental, apontou algumas proposições de natureza pontual, com a dupla finalidade de uma maior clarificação do texto da já mencionada minuta e da minimização da subordinação institucional aos ditames do Decreto, portanto circunscritas aos limites técnicos por ele estabelecidos, sem qualquer afronta ou confronto do seu fundamento e integridade jurídicos: a) substituição do termo “Órgão Central do Sistema” por “Controladoria Geral da União” (CGU) ao longo de todo o Art. 1º, extensiva ao restante da minuta de Resolução onde venha aquela expressão a ser eventualmente referida, de forma a facilitar a compreensão do leitor, sem a necessidade de recorrer ao texto do aludido documento; b) inclusão da palavra “até” na parte inicial do inciso IV do Art. 1º, alterando-se a sua redação inicial de “No prazo de um ano após a sua instalação ...” para “No prazo de até um ano após a sua instalação ...”, sob a justificativa de que a agilidade de implantação dos instrumentos reforçará o desempenho e a autonomia do órgão a ser criado; c) utilização de uma nova redação para o inciso II do Art. 2º nos seguintes termos: “O titular da Unidade Seccional de Correição será nomeado pelo Reitor após prévia apreciação pela Controladoria Geral da União e homologação pelo Conselho Universitário.”, justificando tal formulação pela impossibilidade, com base nos termos do Art. 8º, Parágrafo 1º, do Decreto, de exclusão da “prévia apreciação” pela CGU, então explicitando-se o poder do Reitor e do CONSUNI como instâncias deliberativas.O Senhor Presidente informou acerca da necessidade de implantação das unidades de correição nas universidades federais a partir do ano 2005, portanto, estando a UFBA atrasada em relação àquele procedimento, a envolver a constituição de uma estrutura física e administrativa diferenciada, mediante composição e lotação institucionais específicas. O Conselheiro Antônio Wilson Menezes concordou com as duas primeiras ponderações do Conselheiro Joviniano Neto, todavia discordando da formatação sugerida para a terceira, de cuja concepção não diverge, embora manifestando a compreensão de que, pela forma apresentada, parece a sua redação querer induzir à proposição de uma situação precisamente oposta ao objetivo colimado e por ele apoiado, então optando pela manutenção do texto original. O Conselheiro Joviniano Neto destacou a relevância do pronunciamento final do CONSUNI para definição do titular da nova Unidade, em cuja instância se deve encerrar o procedimento, ao invés da sua efetivação pela CGU, desta forma invertendo-se a indicação primitiva e constante da minuta. O Conselheiro Antônio Wilson Menezes expressou o entendimento de que, pela redação ali apresentada, a participação da Controladoria no processo se cingiria a uma manifestação de natureza estritamente legal, sem qualquer intervenção de ordem administrativa ou política, voltando o Conselheiro Joviniano Neto a contrargumentar aventando a extrapolação da ação da CGU, assim colidindo com a sua anunciada preocupação de excessiva submissão e conseqüente comprometimento da autonomia universitária. Em seguida, o Senhor Presidente colocou em votação o parecer da Comissão de Normas e Recursos, nele incluída a minuta de Resolução na forma apresentada e debatida, todavia resguardadas as três observações do Conselheiro Joviniano Neto, então transformadas em destaques, sendo aprovado com 4 abstenções. Na continuidade, Sua Magnificência, submeteu a votos os dois primeiros itens do conjunto de propostas do Conselheiro Joviniano, de aparente acatamento plenário consensual, sendo ambos aprovados com 3 abstenções.
     
    Por fim, passou à apreciação do terceiro tópico destacado, detentor de maiores questionamentos e polêmica não solucionados, reabrindo o tema para a realização de uma análise e discussão mais aprofundadas. O Conselheiro Horst Schwebel indagou a respeito do responsável pela indicação do titular da Unidade Seccional de Correição para subseqüente nomeação por parte do Reitor, tendo este, então, se reportado ao inciso II do Art. 2º da minuta de Resolução, para assinalar o condicionamento do mencionado procedimento a uma “prévia apreciação do Conselho Universitário, e, posteriormente, à Controladoria Geral da União, que referendará a indicação ou não”, com isto admitindo a possibilidade de um tratamento do caso de forma equivalente ao da Coordenadoria de Controle Interno da UFBA, cujo posicionamento definitivo sobre o respectivo assunto cabe ao CONSUNI, após análise da proposta semelhantemente encaminhada pelo Reitor, a que acrescentou o Conselheiro Antônio Wilson Menezes o positivo comentário de plena concordância daquele mecanismo com a opinião e sugestão por ele evidenciadas. O Conselheiro Luís Edmundo Campos considerou nociva uma suposta competência e autoridade da CGU para veto político da indicação apresentada, pelo fato de ferir e comprometer a tão almejada autonomia universitária, então optando por apoiar a proposição do Conselheiro Joviniano Neto.O Senhor Presidente ponderou que, nas condições avaliadas, a minuta parecia estar cerceando a independência institucional em grau maior do que o próprio Decreto governamental e vinculou o cerne da questão à definição da ordem cronológica de pronunciamento das duas aludidas instâncias, tendo o Conselheiro Antônio Wilson ressaltado, uma vez mais, a importância da manifestação prévia do CONSUNI para posterior posicionamento da CGU, de cujo rito não se podia prescindir, adicionalmente comentando a respeito do risco de se incorrer na equivocada interpretação de percepção de uma maior autoridade do órgão de derradeira manifestação, na verdade conferida, de modo efetivo, àquele responsável pela expressão do pensamento e posicionamento de maneira prévia e anterior. Em função da polêmica instalada sobre o assunto, de discreta dissensão mas difícil consenso colegiado, sobretudo para efeito de formatação, apesar da plena concordância conceitual geral quanto ao comportamento de defesa da autonomia universitária, o Magnífico Reitor submeteu à votação as duas alternativas encaminhadas e respectivamente referentes aos pronunciamentos conclusivos anterior ou posterior do CONSUNI em relação à CGU para efeito de definição do coordenador do novo órgão, tendo a proposta original obtido 23 votos, a segunda 7 votos, além de 3 abstenções. Com o mencionado resultado do escrutínio, ficou aprovada a formatação do inciso II do Art. 2º da Resolução, estabelecendo-se que a indicação do titular da Unidade Seccional de Correição terá sua indicação para o cargo submetido à prévia apreciação do Conselho Universitário, para posterior manifestação da Controladoria Geral da União acerca do seu alternativo referendo ou rejeição.
     
    Item 02:
     
    Dados preliminares referentes ao encerramento do exercício 2008.
    Apresentação: Conselheira Nádia Andrade Moura Ribeiro.
     
    Com a palavra, o Magnífico Reitor associou o teor programático do item em apreço à retomada de um procedimento anteriormente adotado pela UFBA, mas recentemente interrompido, vindo a ser recuperado para efeito de divulgação e conhecimento do Conselho acerca da situação acadêmica, administrativa e financeira da Universidade ao longo do ano imediatamente anterior, através da exposição, ainda em caráter preliminar, dos seus principais dados institucionais, a serem, oportunamente, compilados, com maiores detalhes, em relatório conclusivo sobre as suas atividades para a devida publicação e informação, também em cumprimento a determinação governamental legal de absoluta transparência em relação ao comportamento dos seus diversos órgãos componentes. Na sequência, a Conselheira Nádia Ribeiro procedeu a uma exposição sobre o tema, então ratificando a indisponibilidade temporária de um documento conclusivo acerca dos dados da UFBA referentes ao ano 2008, já em fase final de elaboração para posterior divulgação, portanto acentuando a sua conotação preliminar, então passando ao fornecimento dos principais elementos orçamentários para conhecimento e começo de análise por parte dos Conselheiros. Assim sendo, ressaltou a cifra correspondente ao montante global de R$ 575.022.926,00, a constituir e expressar o total de recursos oriundos do Tesouro Nacional, basicamente divididos, de forma sintetizada, nos seguintes itens mais relevantes: 1- Pessoal, R$ 501.789.990,00; 2- Custeio e Manutenção, R$ 40.494.948,00, aí incluindo-se os campi de Salvador, Barreiras e Vitória da Conquista; 3- Suplementações orçamentárias: a) Emenda ANDIFES, R$ 503.774,00; b) Secretaria de Ensino Superior (SESU), R$ 1.750.000,00; c) SESU, R$ 360.000,00; 4- Programa REUNI, R$ 7.241.263,40; 5- Capital, R$ 9.041.705,00, dos quais R$ 8.719.250,00 oriundos do REUNI; 6- Emendas parlamentares individuais, R$ 4.500.000,00. Informou, ainda, a Conselheira Nádia Ribeiro que, de forma lamentável, não fora liberada a emenda parlamentar de bancada, mas assinalando o saneamento financeiro da UFBA ao longo do exercício 2008, devendo ingressar em 2009 sem qualquer débito ou comprometimento do seu equilíbrio contábil institucional.O Conselheiro Francisco Mesquita procedeu aos seguintes registros explicativos complementares: 1- inédita aquisição de uma verba total específica de, aproximadamente, 4 milhões de reais para a Assistência Estudantil, passando a constituir um segmento efetivamente favorecido pelo Governo federal, devendo os esforços e respectivos trabalhos ter o seu prosseguimento, ao longo de 2009, com investimentos em Residências Universitárias, Restaurante Universitário, bolsas-moradia etc.; 2- expressivo incremento do número de concursos docentes e técnicos, com positivos reflexos na ampliação daqueles dois contingentes universitários; 3- construção e conclusão de três prédios no Instituto de Ciências Ambientais e Desenvolvimento Sustentável (ICADS) de Barreiras, em cujo campus deverá ser iniciado o 11º curso; 4- realização de obras no Instituto Multidisciplinar em Saúde (IMS) de Vitória da Conquista, com destaque para a instalação dos laboratórios, também passando aquela Instituição por semelhante processo de acentuada expansão acadêmica. O Magnífico Reitor atribuiu significativa parcela do citado avanço universitário aos recursos suplementares obtidos pela UFBA; corroborou a informação relacionada com a inexistência de débitos institucionais, devendo a Instituição ingressar em 2009 em pleno equilíbrio orçamentário, além de ter quitado, pelo terceiro ano consecutivo, algumas dívidas consideradas históricas e persistentes, herdadas de gestões anteriores, a exemplo da EMBASA e da COELBA, esta última responsável pelo patrocínio da Orquestra Sinfônica da UFBA, de ameaçada continuidade em caso de falta de pagamento das contas atrasadas, com significativos prejuízos culturais para a Instituição; comentou sobre as adversas conseqüências decorrentes da indisponibilização da emenda de bancada, no valor de 23 milhões de reais, tendo a Universidade chegado a licitar, aproximadamente, 10 milhões de reais, todavia não os considerando desalentadoramente perdidos, mas, ao contrário, transmitindo alvissareiras perspectivas exitosas, a serem alcançadas e formalizadas mediante manutenção dos ingentes esforços gerenciais e políticos; e aventou a possibilidade concreta de um acréscimo geral dos valores orçamentários de 2008 em relação a 2007, embora ainda dependa a sua confirmação da conclusão dos correspondentes trabalhos e levantamentos finais sobre o assunto. A Conselheira Lídia Toutain parabenizou a Reitoria e a Pró-Reitora Nádia Ribeiro pelo sucesso evidenciado, a esta solicitando um procedimento de revisão das quotas financeiras e da metodologia de qualificação do corpo docente da UFBA, através de uma eficiente e atualizada sistemática de treinamento dos seus professores. O Senhor Presidente admitiu a necessidade do refazimento da matriz de recursos financeiros da Universidade, já cronologicamente defasada, inclusive pela criação de novas unidades institucionais, e informou a respeito da realização, por parte do CONSEPE, de um trabalho de análise do seu atual quadro acadêmico, visando, precisamente, a adoção de mecanismos para uma melhor capacitação dos mencionados profissionais, com ênfase e maior preocupação para com os 407 docentes ainda não portadores das titulações de mestrado ou doutorado. A Conselheira Annamaria Palacios agradeceu, em nome da Faculdade de Comunicação (COM), o apoio recebido da Pró-Reitoria de Planejamento e Administração (PROPLAD) e do Pró-Reitor de Ensino de Graduação, Professor Maerbal Marinho, registrou a recente aprovação de dois professores para o curso de audiovisual, manifestou preocupação referente à precária estrutura física da Unidade e indagou acerca do procedimento a ser adotado pela diretoria em função da não aprovação da emenda de bancada, de cuja verba, através de substantiva parcela, muito dependia a Faculdade, nela tendo depositado otimista expectativa para a concretização de importantes projetos.
     
    O Conselheiro Luís Edmundo Campos congratulou-se com os resultados alcançados pela UFBA, solicitando a disponibilização dos principais dados institucionais para uma avaliação mais acurada e devida divulgação universitária e informou sobre a relevante redução do consumo de água na Escola Politécnica (ENG) a partir da aplicação de medidas técnicas e comportamentais, com destaque para o projeto “Água Pura”, ainda defendendo a elaboração de programas de qualificação dos servidores técnico-administrativos, com prioridade para aqueles mais diretamente ligados a atividades laboratoriais. O Conselheiro Álamo Pimentel comunicou a sua intenção de divulgar, brevemente, todo o detalhamento dos recursos arrecadados e investidos na Assistência Estudantil, a representarem um significativo incremento da sua captação no conjunto orçamentário total da UFBA em 2008, sobretudo no item correspondente ao apoio social ao estudante, situando-se o seu montante global em torno de 8 milhões de reais, portanto, equivalendo a cerca de 20% do valor de 40 milhões de reais de custeio e manutenção e destacou o atual aspecto alentador do quadro relacionado com a política de atenção e apoio aos discentes, então sublinhando os dois itens reveladores de expressivas conquistas institucionais naquele setor: favorável mudança do seu quadro profissional, numericamente ampliado com a contratação de novos técnicos, a exemplo de agentes sociais, enfermeiros etc., e conclusão da estrutura física da Pró-Reitoria de Assistência Estudantil (PROAE). A Conselheira Solange Araújo corroborou a apreensão decorrente do corte das verbas, cujo resultado implicará o comprometimento da recuperação do espaço e áreas da Faculdade de Arquitetura (ARQ), algumas delas em situação efetivamente preocupante, por apresentarem aspectos de gravidade em função de avançada deterioração, facilmente perceptíveis, a exemplo da acentuada declividade de pisos, exposição de ferragens, infiltrações etc., além da inexistência de uma segurança mais ostensiva e eficiente, de que muito se ressente a Unidade, em virtude da sua desfavorável localização física e adversa posição geográfica, exposta a assaltos e investidas delinqüentes, com inevitáveis reflexos sobre os novos cursos noturnos, cujo início de funcionamento, previsto para o semestre letivo 2009.1, tem sido motivo de ampliada apreensão por parte da sua diretoria.A Conselheira Lina Aras elogiou o projeto “Água Pura” e as similares providências adotadas pela Universidade através de mecanismos de racionamento e economia de consumo de energia elétrica e registrou a conclusão das instalações do Pavilhão de Aulas de São Lázaro (PASLE), restando poucos detalhes para o começo do seu funcionamento, ainda lembrando da sua característica coletiva e de uso comum para toda a UFBA. A Conselheira Nilce de Oliveira comentou acerca da movimentação, pela Instituição, de um montante financeiro global bem superior ao valor anunciado e gerido pela sua Administração Central, a envolver trabalhos de convênios, pesquisas e atividades complementares, aquisição de equipamentos mediante captação realizada por pessoas físicas e jurídicas etc., então propondo a sua ampla compilação e transparente divulgação para conhecimento comunitário, contribuindo-se, assim, para o fornecimento de uma dimensão mais realista da atuação da Universidade, através da informação da sua verdadeira feição acadêmica, administrativa e financeira, uma vez que tais verbas costumam complementar e se agregar aos insuficientes recursos governamentais. A Conselheira Maria Spínola Miranda agradeceu as boas-vindas do Conselho, externando plena consciência da relevância e responsabilidade do trabalho a ser por ela desenvolvido e revelou grande satisfação quanto aos elementos expostos sobre a atuação institucional, manifestando positivos augúrios em relação ao exercício vindouro, com ênfase para a questão da segurança nos campi. O Conselheiro Vladimir Fraga da Silva desejou um Feliz 2009 a todos os seus pares; requereu a divulgação dos dados referentes ao concurso vestibular, sobretudo de ordem financeira, de modo a se conhecer, com mais precisão, os reais valores envolvidos com o evento; ressaltou o importante passo institucional referente à alternativa criada para a capacitação profissional dos servidores técnico-administrativos da Universidade através de cursos promovidos pela própria Instituição, dessa forma modificando-se um quadro anteriormente adverso que os obrigava a recorrer a instâncias externas para a obtenção de alguma qualificação, além de torná-los mais preparados e aptos para aproveitamento na execução das diversas tarefas a que são convocados; e lamentou a desativação do Restaurante Universitário (R.U.), tornando a comunidade refém de outros equipamentos instalados nos campi por meio de licitações, com a decorrente imposição de preços bem mais dispendiosos, então solicitando a adoção de medidas capazes de possibilitar a retomada do seu funcionamento.
     
     A Conselheira Nádia Ribeiro concordou com a concepção e observação da Conselheira Nilce de Oliveira, todavia alertando para o caráter preliminar dos dados orçamentários disponibilizados, devendo promover a sua já aludida publicação tão logo disponha dos correspondentes elementos conclusivos, ainda que os órgãos fiscalizadores das contas, a exemplo do Tribunal de Contas da União (TCU) e a Controladoria Geral da União (CGU), não mais exijam relatórios muito detalhados das diversas instituições governamentais, preferindo-os claros e objetivos, ainda informando, a título ilustrativo, a respeito da existência de cerca de 1.090 novos instrumentos de ingresso de recursos e aditivos na UFBA, além de registrar a disponibilidade de uma base de dados financeiros por parte da Instituição, cujo manuseio possibilita o absoluto controle de toda a sua movimentação, inclusive das verbas que não mais circulam ou perpassam as Fundações de apoio, por conta de deliberação legal impeditiva, já explicitada pelos organismos federais competentes. O Conselheiro Francisco Mesquita procedeu aos seguintes registros e comentários: 1- não se deve esmorecer por causa da indisponibilidade da esperada emenda parlamentar de bancada, a despeito do seu inegável desfalque para a UFBA, lembrando que muitos empreendimentos atualmente exitosos, a exemplo dos campi do interior do Estado, tiveram a sua origem em similares momentos de adversidade; 2- a Administração Central vem mantendo a sua permanente disposição e empenho no sentido da aquisição da citada verba, assim como de outras igualmente capazes de contribuir para a execução dos projetos universitários, já tendo o Magnífico Reitor agendado uma audiência com o Ministro da Educação, Professor Fernando Haddad, com a precisa finalidade declarada, então cabendo ao CONSUNI, no atual momento, a tomada de decisões acerca da aplicação dos recursos financeiros disponíveis; 3- o crescimento da UFBA não tem sido proporcionalmente acompanhado do correspondente desenvolvimento da sua infra-estrutura, cuja base persiste na forma equivalente há cerca de 30 anos, disto tendo resultado inúmeros problemas decorrentes da desatualização de redes, principalmente de eletricidade, água e esgoto, com sistemas totalmente obsoletos e defasados, destacando-se os riscos conseqüentes do confronto da sobrecarga de energia com a precariedade das respectivas instalações, em cujo item ressaem os problemas do campus de Ondina e da Faculdade de Odontologia (ODO), de imprescindíveis e prementes intervenções, além de outros setores igualmente carentes, a exemplo da segurança, urbanização, iluminação etc., todos eles sob especial atenção gerencial para investimentos prioritários; 4- já foi realizada a licitação do R.U., mas existem pendências jurídicas decorrentes de questionamentos de empresas concorrentes, talvez fazendo-se necessária a substituição da vencedora pela segunda colocada no certame; 5- encontram-se em curso os contratos celebrados com as terceirizadas em caráter emergencial, embora venha a firma responsável pela limpeza apresentando problemas, a serem brevemente sanados, diferentemente do contratempo gerado, em relação àquele serviço, pela indispensável dissociação do espaço físico do Hospital Universitário Professor Edgard Santos (HUPES) por força da sua nova configuração institucional que, de forma independente, deverá dispor de recursos próprios para a execução de nova licitação, a requerer um prazo mais dilatado para a sua regularização; 6- está sendo programada a visita de uma equipe da UFBA à Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), onde se desenvolve um dos melhores projetos de redução de gastos com energia elétrica, para efeito de conhecimento e possível aproveitamento por parte da instituição baiana; 7- parabenizou o projeto “Água Pura”, capitaneado pela Escola Politécnica, de positivos resultados de racionamento do consumo e redução de custos.O Senhor Presidente salientou a importância do recebimento, por parte da PROPLAD, dos relatórios setoriais das Unidades, para compilação e elaboração do seu documento final em tempo hábil e requereu a atenção dos seus dirigentes para a perfeita compreensão e aplicação dos conceitos concernentes a férias, recesso e dispensa dos respectivos técnicos e docentes, frequentemente utilizados para justificar atrasos nos seus envios àquela Pró-Reitoria, por vezes, mesmo, não os remetendo, então sugerindo a adoção de mecanismos de alternâncias funcionais entre os seus servidores, sob pena de reincidir a Universidade em desfavoráveis situações de advertência dos órgãos fiscalizadores, já ocorridas em dois anos consecutivos anteriores por parte do TCU, complementarmente referindo que a tão almejada autonomia universitária requer, dentre outros aspectos igualmente relevantes e consentâneos, a responsabilidade e o compromisso institucionais, aproveitando para assinalar, neste sentido, a tramitação de projeto no Congresso Nacional, a ser provavelmente votado ao longo do exercício 2009, objetivando, precisamente, a concessão de ampla liberdade para atuação gerencial independente das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) brasileiras. A Conselheira Lina Aras referiu a indisponibilidade, no âmbito da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FFCH), de um número de servidores passível de escalonamento, por ela considerado impossível com o seu quantitativo atualmente disponível. O Conselheiro Luís Edmundo Campos manifestou certa preocupação com a possibilidade de ocorrência de choques e conflitos de horários entre os cursos diurno e noturno a serem iniciados brevemente, aparentemente atingindo muitas Unidades Universitárias, então solicitando o encaminhamento e apreciação do assunto pelo CONSEPE. O Magnífico Reitor externou o seu reconhecimento aos diversos registros elogiosos efetuados pelos Conselheiros à atuação da Administração Central, estendendo-os, de forma meritória, a toda a sua equipe de trabalho, desejou um proveitoso ano de 2009 para todos.

Não houve o que ocorrer

Ata da reunião extraordinária do Conselho Universitário da Universidade Federal da Bahia 18.12.2008. qui, 18/12/2008 - 14:00
  • Item 01 da pauta:
     
    Plano de Obras. Inicialmente, o Magnífico Reitor ressaltou a impossibilidade legal atual do repasse para as Fundações de recursos financeiros oriundos de emendas parlamentares, constituindo-se numa das razões de realização daquela sessão do Conselho, visando, precisamente, a discussão e definição dos recomendáveis encaminhamentos acerca dos projetos de obras da UFBA.
     
    Nessa perspectiva, Sua Magnificência assinalou a participação do Professor Maerbal Marinho, Pró-Reitor de Ensino de Graduação, naquela reunião do CONSUNI, pelo fato de já vir atuando, em função da sua formação profissional e de forma colateral, como consultor da Reitoria para assuntos relacionados com a área de Engenharia Civil.
     O Conselheiro Francisco Mesquita procedeu à apresentação de uma tabela referente ao conjunto de construções e reformas previstas para execução na UFBA, todas elas devidamente avaliadas e coerentemente enquadradas na faixa de preços do mercado, à exceção do Centro de Idiomas, cuja discrepância verificada em relação ao valor do metro quadrado habitualmente considerado nas concorrências atuais ensejou a opção pelo adiamento da sua licitação para o início do ano 2009, e comentou a respeito da discreta elevação do montante correspondente à Escola de Música (MUS), em virtude da projeção de instalações de ar condicionado e acústica em quase todas as suas salas, bem como do direcionamento prioritário dos recursos para os equipamentos de uso comunitário, do complemento da verba destinada ao Instituto de Letras (LET) através da própria UFBA e da tentativa de aumento financeiro da emenda parlamentar de bancada.
     O Conselheiro Arthur Matos Neto reportou-se a recente solicitação do Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Professor Antônio Alberto Lopes, no sentido da constituição de uma Comissão para concepção do CT-INFRA/UFBA 2009 e, registrando a gravidade da atual condição das instalações elétricas de LET, bem como de outras áreas da Universidade, propôs a inserção de alguma previsão orçamentária no citado projeto para atendimento emergencial àquela preocupante situação de risco institucional efetivo.
     O Conselheiro Dirceu Martins referiu que, de acordo com determinação estatutária, compete ao CONSUNI a adoção de qualquer decisão acerca do mencionado tipo de investimento, além de ater-se o CT-INFRA a projetos basicamente relacionados com construções, a despeito de ter o Professor Antônio Alberto indicado a possibilidade de abrangência de alguns tópicos específicos através do aludido item de obras, mediante exposição de justificativas consideradas inconsistentes, ainda reiterando, o Conselheiro Dirceu, solicitação, por ele já efetuada, no sentido da inserção do assunto em pauta do Conselho, então insistindo na recomendação da discussão colegiada do projeto a ser enviado, além de ressaltar o descabimento da identificação e deliberação acerca das prioridades da UFBA por parte da citada Pró-Reitoria, a serem exclusivamente estabelecidas pelo CONSUNI, por fim salientando a dificuldade para apreciação da mencionada tabela de forma dissociada da outra planilha igualmente distribuída, contendo a programação orçamentária de custeio e investimento na UFBA entre 2008 e 2012, de indispensável análise prévia ou conjunta com a primeira.
     O Conselheiro Joviniano Neto detectou a ocorrência de deságio, de 8% a 27%, em todos os valores contratados, indagando sobre os motivos das reduções e da eventual destinação das possíveis sobras, em virtude da provável projeção anterior de um quantitativo mais significativo.
     O Senhor Presidente efetuou os dois registros seguintes: 1- com relação ao CT-INFRA, anuiu que compete, de fato, ao CONSUNI, a sua apreciação e aprovação, assim devendo acontecer no momento oportuno, tão logo se disponha dos elementos necessários à sua avaliação, cabendo à Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação uma atitude meramente propositiva, e sugeriu uma transformação metodológica da sua elaboração, passando de um procedimento basicamente coletor de subprojetos de “balcão” para a confecção de um amplo projeto universitário em plena consonância com o Plano Diretor; 2- gestões foram realizadas em Brasília, no dia anterior, na tentativa de obtenção de emendas parlamentares para a Bahia, tendo resultado na aquisição de 5 milhões de reais para a UFBA, 3 milhões de reais para a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) e 2 milhões de reais para a Universidade do Vale do São Francisco (UNIVASF), tendo-se, posteriormente, constatado, no âmbito da Secretaria de Ensino Superior (SESU) do Ministério da Educação (MEC), similar disponibilidade respectiva de 13 milhões de reais, 5 milhões de reais e mais 5 milhões de reais para as mencionadas instituições, oriunda da Vice-Coordenação da bancada baiana, que, diferentemente da situação anterior, não decorreu de um processo de negociação com qualquer membro dirigente das aludidas entidades, ainda salientando a existência de recursos financeiros suplementares naquele Ministério e a efetiva possibilidade da sua liberação para as Instituições Financeiras de Ensino Superior (IFES) que não lograrem êxito com a almejada perspectiva das correspondentes emendas parlamentares.
     O Conselheiro Francisco Mesquita referiu-se aos investimentos de, aproximadamente, 16 milhões de reais em equipamentos para a UFBA, expostos na segunda planilha, já tendo sido aplicados mais de 2 milhões de reais em serviços de energia elétrica nos campi, cujos trabalhos têm o seu prosseguimento garantido para 2009, além da implantação das redes subterrâneas no campus de Ondina, estas de forma conjunta com a COELBA, onde foram, inicialmente, aplicados R$ 940.000,00, posteriormente acrescidos de mais 1,3 milhão de reais, num total de 2,24 milhões de reais nos dois troncos principais, também se tendo obtido uma verba adicional de 1,2 milhão de reais com o MEC, na data anterior, para a mesma finalidade, na qual se incluiu a Faculdade de Odontologia (ODO), em precárias condições atuais de instalação de energia; referiu a forma de licitação das obras mediante utilização de recursos do orçamento, portanto, desprovidas de um lastro financeiro concreto, podendo, inclusive, não serem executadas em virtude da inexistência de valores monetários reais e sem a garantia da sua disponibilização, ressaltando, contudo, o modo parcimonioso de execução das concorrências, algumas delas possuidoras de folga, outras, porém, desprovidas de valor excedente, variando tal situação em função das características e peculiaridades de cada caso; e enfatizou a posição de todas elas dentro dos limites da faixa de preços de mercado, com a mencionada exceção para o Centro de Idiomas, já revogado, pelos motivos expostos.
     O Conselheiro Mirabeau Souza perguntou sobre a assistência à Faculdade de Farmácia (FAR) através do citado convênio com a COELBA, então assegurado pelo Conselheiro Francisco Mesquita.
     O Professor Maerbal Marinho justificou a elaboração da segunda planilha como forma de sistematização e explicitação do atendimento às diversas demandas universitárias, maiores do que os recursos disponíveis, nela somente considerando-se valores financeiros provenientes do REUNI, tendo sido confeccionada a partir de sucessivas discussões realizadas com os diversos diretores, com base na proporcionalidade da participação de cada Unidade no aludido Programa, todavia questionando o critério adotado, por ele considerado pouco lógico e motivador de distorções, em face da inexistência de uma relação direta entre o grau de envolvimento e a efetiva carência evidenciados e comentou, brevemente, acerca dos subtotais de custeio e investimento entre 2008 e 2012, cujo montante global, de quase 115 milhões de reais, deverá ser, gradativamente, fornecido e liberado pelo MEC.
     
     O Conselheiro Reginaldo Santos indagou a respeito do método utilizado para a definição dos números correspondentes ao custeio, se decorrente de uma estimativa de alunos novos, de dimensionamento de Unidades ou outro dado similar.
     O Professor Maerbal Marinho sublinhou, como condição ideal, a de não se realizar projeções excessivamente rígidas para aquele tipo de rubrica, de forma a facultar alguma flexibilidade para a sua aplicação, adicionalmente ponderando que, salvo raras exceções, a exemplo da Faculdade de Ciências Contábeis (FCC), todos os demais prédios a serem financeiramente contemplados já estão construídos e efetivamente existem, assim podendo-se ter uma noção da amplitude do mencionado item.
     A Conselheira Lídia Brandão Toutain lamentou a aplicação de um cronograma que programou a construção do Instituto de Ciência da Informação (ICI) para o ano 2011, última Unidade a ser beneficiada, de certa forma contradizendo notícia anteriormente anunciada pelo Magnífico Reitor referente à liberação da sua atual sede para a área da Saúde em curto espaço de tempo, além de frustrar generalizada expectativa da sua comunidade, por idealizar a sua transferência para o campus de Ondina até 2010, bem como confrontar o elemento incentivador da projeção e planejamento do seu curso noturno, fundados na concebida mudança e conseqüente possibilidade concreta de uma maior segurança na nova área, totalmente inviabilizada nas atuais condições, até mesmo para a construção do seu gradeamento protetor, de difícil execução, em virtude da desfavorável localização da Unidade.
     O Senhor Presidente comentou que não lhe cabe, assim como à Pró-Reitoria de Planejamento e Administração (PROPLAD), a deliberação conclusiva sobre o Plano de Obras da UFBA, tendo sido as tabelas precisamente distribuídas para avaliação, debate e definição dos Conselheiros, podendo ser modificadas, caso assim decida o CONSUNI, além de ressaltar o caráter aberto das propostas apresentadas, cingindo-se a rigidez dos números aos seus valores fixos totais, estes sim, de impossível alteração.
     A Conselheira Lina Aras externou a sua previsão em relação às inevitáveis demandas provenientes do Instituto de Psicologia (IPsi), Unidade mais nova da UFBA, a ocorrer em curto prazo, a despeito da persistência da sua localização temporária na Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FFCH), em cujo âmbito não poderá perdurar por longo período, em face da sua recente criação autônoma e independente, a requerer espaço próprio, sobretudo pelo fato de já ter sido gerado de forma pronta e ampla, portanto, devendo, brevemente, constar das tabelas orçamentárias e integrar os Conselhos Superiores da Universidade.
     A Conselheira Dulce Aquino concordou com as ponderações do Conselheiro Maerbal Marinho acerca do mencionado critério da proporcionalidade na distribuição dos recursos, revelou a sua incompreensão quanto à não consideração e liberação, logo na primeira etapa dos trabalhos, em 2008, dos 2 milhões de reais previstos para investimento e custeio na Escola de Dança (DAN) a partir de 2009, de acordo com uma das planilhas, solicitou esclarecimentos mais detalhados a respeito da metodologia aplicada para a partilha e destinação das verbas, defendeu um comportamento coeso e unificado do CONSUNI no processo, perpassando e sobrepondo-se aos problemáticos aspectos políticos, e perguntou a respeito da verba relativa ao CT-INFRA para aquela Unidade, neste particular, se estariam realmente assegurados os valores para ela já programados.
     O Conselheiro Arthur Matos Neto indagou sobre o efetivo cumprimento e incorporação, na confecção da planilha relativa às obras e reformas, das decisões anteriormente tomadas pela Comissão de Patrimônio e Espaço Físico, bem como as razões da discrepância verificada em relação aos valores respectivamente previstos nas duas tabelas, de R$ 2.755.000,00 e R$ 4.919.930,77 para construção do edifício da Biblioteca de Química/Física/Geociências, comentou, brevemente, sobre o montante global de R$ 15.810.713,67 referente à soma de custeio e investimento para a UFBA em 2008, ratificou as posições dos Conselheiros Maerbal Marinho e Dulce Aquino acerca do mencionado critério de proporcionalidade na distribuição das verbas, também não sendo viável a realização de uma partilha basicamente linear e indicou o encaminhamento do assunto à aludida Comissão, de forma prévia à sua apreciação plenária, pela dupla razão de se dar continuidade a uma metodologia acertada e habitualmente utilizada e de se dotar os Conselheiros de um conhecimento mais preciso e ensejador de uma maior tranqüilidade para efeito de votação.
     A Conselheira Iracy Picanço assinalou a dificuldade de se identificar, através de dois documentos estritamente numéricos, os indispensáveis elementos relacionados com as demandas de natureza social da Universidade, neles somente podendo ser detectadas as suas necessidades de caráter trivial, tendo sido a Faculdade de Educação (EDC) excluída do processo, considerando o aparente desprezo dispensado a sua relevante ação formadora de educadores no País, ainda acentuado pelo fato de não estar aquela Unidade incluída no REUNI, bem como nas emendas parlamentares de bancada, dessa forma evidenciando-se, uma vez mais, total despreocupação quanto à qualificação educacional da Instituição, por fim indagando acerca do procedimento a ser adotado para que EDC seja incluída na estratégia de atuação da UFBA.
     O Conselheiro José Vasconcelos Oliveira destacou a histórica defasagem de investimentos na Escola de Medicina Veterinária (MEV), externando grande apreensão em relação aos números disponibilizados nas tabelas, diante da impossibilidade de execução dos trabalhos necessários ao atendimento das suas diversas demandas e a conseqüente persistência de uma situação desfavorável para a Unidade.
     A Conselheira Annamaria Palacios comentou sobre a verba destinada à Faculdade de Comunicação (COM), provavelmente contemplando despesas de ampliação e reforma, e perguntou a respeito dos valores previstos para custeio, de particular preocupação diante do elevado dispêndio dos seus laboratórios.
     O Conselheiro Dirceu Martins questionou a situação da Escola de Música (MUS), aparentemente excluída das prioridades estabelecidas pela Comissão e aprovadas pelo CONSUNI, ressaltou o caráter fictício das planilhas, em virtude da indisponibilidade concreta de verbas, ponderou que embora não tenham algumas Unidades aderido formalmente ao REUNI, em termos práticos estão envolvidas em decorrência da decisão maior e global da Universidade e propôs uma rediscussão das tabelas apresentadas.
     O Conselheiro Marco Antônio Fernandes informou sobre o acatamento, por parte da Comissão de Patrimônio e Espaço Físico, da primazia dos investimentos em equipamentos de uso comum, referentes aos itens correspondentes às seguintes linhas da planilha de obras e reformas: 2 (urbanização e fechamento do campus Canela), 3 (reforma e ampliação do 4º e 5º pavimentos da unidade de atendimento externo do Ambulatório Magalhães Netto), 4 (construção do edifício do bloco A do Centro de Idiomas), 6 (construção do Pavilhão V de Aulas da Federação) e 9 (construção do edifício da Biblioteca de Química/Física/Geociências); registrou a postergação do item da linha 10, relativo à construção do edifício da Biblioteca Setorial de Administração/Economia/Ciências Contábeis/Direito, em face da indefinição de locação da Faculdade de Ciências Econômicas (FCE), embora representasse uma situação de uso comum, à semelhança do caso anterior; assinalou a opção de não se apreciar o tópico da linha 11, alusivo à construção da 1ª etapa da Biblioteca do Instituto de Ciências Ambientais e Desenvolvimento Sustentável (ICADS), pelo fato de não terem sido encaminhados os dados respectivos; referiu a possibilidade de execução dos itens relacionados com as linhas 1 (ampliação e reforma do Instituto de Letras), 8 (construção do bloco A do Instituto de Geociências) e 13 (ampliação e reforma do Hospital de Medicina Veterinária), em face da existência de recursos; aludiu à decisão de se desconsiderar as linhas 5 (construção da 1ª etapa do anexo do Instituto de Letras) e 12 (construção do edifício da Faculdade de Ciências Contábeis), com a justificativa de preferência pelo adiamento dos itens diretamente vinculados a Unidades; confirmou a informação acerca do montante dos recursos financeiros de 6 milhões de reais provenientes do REUNI, com a possibilidade de acréscimo de mais 4 milhões de reais, em caso de esgotamento da verba anterior, correspondendo novos e eventuais adicionais a aquisições virtuais resultantes de emendas de bancada; e recomendou o encaminhamento da planilha de custeio e investimentos 2008/2012 para a Comissão de Orçamento e Finanças, remetendo-se a de obras e reformas para apreciação da Comissão de Patrimônio e Espaço Físico do CONSUNI.
     O Conselheiro Jonhson Santos informou sobre a ocorrência de certa resistência, no âmbito da Faculdade de Direito (DIR), ao processo expansionista da UFBA, tendo ele sempre buscado a sua neutralização através da argumentação e do fornecimento de informações elucidativas; defendeu a adoção de critérios para a partição dos recursos, então endossando a concepção do Conselheiro Maerbal Marinho, contrária à aplicação da já referida proporcionalidade, neste caso exemplificando com a situação da sua Unidade que, embora contemplada com mais 400 vagas discentes, não necessita de um correspondente montante financeiro expressivo, embora considerasse injusta a falta de uma certa assistência privilegiada diante das circunstâncias evidenciadas, indicou a urgência maior das intervenções para a segurança dos campi; e sugeriu o acatamento das recomendações encaminhadas pela Administração Central, possuidora de uma visão geral da Universidade e detentora de um conhecimento mais acurado das efetivas demandas institucionais.
     O Conselheiro Sudário Cunha reivindicou uma atenção especial e diferenciada para a Faculdade de Ciências Contábeis (FCC), penalizada por uma localização deficiente e precária em outra Unidade, a requerer uma sede própria e consentânea com a importância da sua atividade, cuja atuação, assim como o seu patrimônio, não se limitam apenas à UFBA, mas dizem respeito a toda a Bahia.
     A Conselheira Dulce Aquino lamentou a falta de um consenso universitário em relação ao REUNI por ocasião da sua discussão em 2007, quando as reações e o dissenso prevaleceram de forma acirrada, associou o mecanismo de elaboração das planilhas a um substrato anterior subsidiador da sua constituição, com base nas deliberações extraídas dos debates plenários então realizados, apelou para o espírito universitário de irmandade no processo de distribuição das verbas, revelando especial preocupação e consideração para com os diversos segmentos comunitários atuantes, participativos e colaboradores do Programa, por cujo êxito nutrem particular expectativa, e indagou a respeito das obras e providências previstas para a segurança do campus de Ondina, em face da implantação dos cursos noturnos na UFBA.
     O Conselheiro João Gabriel Cabral rememorou a posição estudantil de incertezas em relação ao REUNI, sobretudo quanto à escassez e insuficiência das verbas para atendimento a todas as demandas institucionais, destacou a falta de uma discussão mais específica sobre a parte acadêmica do projeto, basicamente limitada a elementos numéricos e financeiros, ressaltou a necessidade de se iniciar uma forma de avaliação e construção do orçamento anual da Universidade através da realização de debates e ações participativas das diversas Unidades, questionou a verdadeira função das tabelas apresentadas, sobretudo por destoarem, em muitos casos, das decisões anteriormente tomadas, requereu a agilização dos trabalhos da Comissão de Assistência Estudantil, independentemente da mencionada indisponibilidade de dados complementares por parte da PROPLAD e procedeu a algumas interrogações relacionadas com aspectos de infra-estrutura e projetos, bibliotecas setoriais, nova Residência Universitária e plano de Assistência Estudantil.
     O Professor Maerbal Marinho aproveitou o exemplo do Conselheiro Jonhson Santos sobre a Faculdade de Direito para reforçar o seu pensamento acerca da proporcionalidade distributiva, sublinhou a pouca importância da aludida divisão dos recursos em etapas, somente interessando, em termos efetivos, o fechamento do valor correspondente ao seu montante final, atribuiu a aventada discrepância das verbas de construção da biblioteca de QUI/FIS/GEO à possibilidade de complementações financeiras através de emendas parlamentares, informou que a verba de COM já envolve o custeio, registrou a execução de todos os trabalhos com base em constantes entendimentos com os dirigentes e diversos segmentos universitários, ratificou a competência do CONSUNI para a decisão final sobre o assunto em exame, não se podendo esquecer, contudo, que o concurso vestibular já se encontrava em fase de execução, com os seus inevitáveis desdobramentos programáticos, assegurou a aprovação de todos os projetos oriundos de EDC e comentou acerca da determinação de alguns diretores aos Departamentos das respectivas Unidades no sentido de não ingressarem no REUNI, assim podendo ter sofrido algum tipo de prejuízo acadêmico ou financeiro.
     A Conselheira Iracy Picanço discordou da observação do Professor Maerbal Marinho quanto aos citados projetos de EDC, referindo a inexistência de previsão para cursos noturnos de Educação Física e de formação de docentes.
     
     O Conselheiro Francisco Mesquita procedeu aos seguintes registros: devem as duas mencionadas Comissões trabalhar de forma conjunta a partir de agora; é inevitável um certo retardo na construção da sede do IPsi, recentemente criado, devendo, contudo, ser oportunamente contemplado, em prazo não muito prolongado, mediante captação de recursos específicos, em face da sua positiva e favorável condição para credenciamento à realização da obra; plena concordância com a já aludida concepção do Professor Maerbal Marinho a respeito da proporcionalidade da partilha das verbas; todos os trabalhos vêm seguindo e dando cumprimento às deliberações emanadas da Comissão de Patrimônio e Espaço Físico; houve necessidade de também se prestar assistência ao campus do Canela, não se podendo centralizar todas as ações e investimentos na área de Ondina; decidiu-se pela manutenção de algumas licitações, ainda que de difícil realização, a exemplo da Faculdade de Ciências Contábeis (FCC), como forma de se assegurar a sua execução, caso seja liberada a verba correspondente; existem recursos próprios para o ICADS e IMS até 2009, não dependendo aquelas Unidades do programa REUNI; não há definição conclusiva sobre o montante financeiro final a ser utilizado para a construção do prédio de FCC, devendo ser decidido a partir do processo de discussão ora travado no Conselho; os valores destinados a custeio envolvem despesas com segurança eletrônica, passagens de professores para os concursos docentes, realização de projetos arquitetônicos etc.; já estão sendo adotadas as providências relativas à vigilância, com reforço quantitativo de policiais para o turno noturno; a Residência Garibaldi foi contratada através do comprometimento de verba parcialmente oriunda das respectivas fontes de emenda parlamentar e do REUNI, faltando aproximadamente, R$ 400.000,00 para aquisição do volume global necessário à sua execução; há previsão de, aproximadamente, R$ 1.530.000,00 para a construção de outra Residência Universitária em 2009; já foi realizada a licitação do Restaurante Universitário, podendo os serviços serem iniciados tão logo se esgote o prazo legal, ainda vigente, para a interposição de recursos de natureza jurídica.
     O Magnífico Reitor sintetizou as sugestões emanadas do debate, destacando a indicação plenária para apreciação e revalidação do Plano de Obras através das duas já citadas Comissões, mediante desenvolvimento de um trabalho conjunto, a envolver consultas às Unidades postuladoras de investimentos, voltando o Conselho a se reunir, em caráter extraordinário, para a sua apreciação e decisão final, então proposta pelo Conselheiro Francisco Mesquita para a primeira quinzena de janeiro/09, mantendo-se o Professor Maerbal Marinho como consultor das equipes para efeito de implementação das suas diversas tarefas.
     O Senhor Presidente submeteu o conjunto da proposição à votação, sendo aprovada por unanimidade.
     
    Item 02: Relatório da Comissão de Assistência Estudantil. Comissão: Conselheiros Álamo Pimentel, Nádia Andrade Ribeiro, Daniel Marques, Celi Taffarel, Dulce Aquino, Luiz Fernando Bandeira e João Gabriel Cabral.
     
     O Conselheiro João Gabriel Cabral solicitou ao Conselheiro Robenilton Luz que procedesse à leitura do relatório final sobre o assunto, então efetuada, voltando a fazer uso da palavra para assinalar a conotação preliminar do aludido documento, elaborado em caráter emergencial, além de ressaltar, como um dos maiores problemas enfrentados pelo grupo, a falta de elementos consistentes e precisos para a realização de uma análise criteriosa sobre a Assistência Estudantil na UFBA e propôs a confecção de um cadastro geral dos demandantes de tais serviços, com a publicização dos editais e devida divulgação de todos os dados disponíveis na Instituição para conhecimento dos novos alunos, talvez, mesmo, através da utilização de cartilhas ou sites específicos, ainda aludindo ao valor insignificante dos gastos com aquela rubrica em relação ao montante global do custeio universitário, também não se dispondo de uma verba determinada para pequenas intervenções e providências, aí exemplificando com as adversidades usualmente verificadas para a realização de pequenas compras, como torneiras, tomadas ou medicamentos, então defendendo a constituição de um fundo anual para tal finalidade, por fim ressaltando a necessidade de que o CONSUNI adote uma decisão política sobre a questão referente aos recursos financeiros, em face da sua escassez e consequente impossibilidade de atendimento a todas as requisições institucionais, frequentemente ensejadora de abandono e evasão discentes, tornando-se imprescindível uma atenção especial ao projeto de Assistência Estudantil, sob pena de comprometimento da execução do programa REUNI.
     A assessora estudantil Mina Lizze destacou as principais reivindicações sob três linhas de ação de maior relevância: 1- reformas urgentes; 2- contratação de funcionários; 3- transformação da Creche em Unidade de Educação Infantil (UNEDI). Sobre os temas, a assessora Mina informou a respeito dos contatos já mantidos com a Pró-Reitoria de Desenvolvimento de Pessoas, da qual obteve a proposição e o compromisso da destinação de novos servidores, também já tendo o Conselheiro Álamo Pimentel, Pró-Reitor de Assistência Estudantil, assegurado a consideração e inserção de técnicos em Nutrição e registrou o encaminhamento, à Comissão de Normas e Recursos, do assunto referente à criação da UNEDI, para posterior apreciação e pronunciamento colegiados.
     O Conselheiro Joviniano Neto sublinhou a importância da mencionada proposta de transformação da Creche, inclusive como forma de possibilitar o crescimento profissional dos seus servidores e professores. Constatando, naquele momento, a inexistência do quorum regimental para prosseguimento da sessão, o Senhor Presidente propôs a realização de uma nova reunião do CONSUNI no curso do primeiro semestre de 2009, tendo como item exclusivo de pauta a questão da Assistência Estudantil na UFBA, ao tempo em que as obras e serviços já programados teriam a sua execução assegurada, mediante continuidade regular das respectivas providências de encaminhamento ao longo do período correspondente ao recesso escolar, sob a condição de procedimentos administrativos da gestão.
     O Conselheiro João Gabriel Cabral solicitou absoluta prioridade para as contratações de pessoal, de forma a não inviabilizar as atividades do semestre 2009.1, tendo o Magnífico Reitor admitido tal possibilidade através do referido mecanismo gerencial, com envolvimento das Pró-Reitorias diretamente relacionadas com o assunto. A Conselheira Joselita Macêdo informou sobre a identificação das funções técnicas passíveis de contratação, a serem realizadas em breve espaço de tempo e o Senhor Presidente apontou, então, para a consensual orientação plenária no sentido de que a Comissão promova a continuidade dos trabalhos para elaboração de um Plano de Assistência Estudantil na UFBA, a ser analisado na mencionada sessão extraordinária do CONSUNI.
     O Conselheiro Horst Schwebel comunicou e convidou todos os seus pares para o concerto de Natal a ser realizado no dia seguinte (19.12), às 19:00h (dezenove horas), no Salão Nobre da Reitoria. O Magnífico Reitor desejou Boas Festas a todos os Conselheiros e sugeriu uma salva de palmas em homenagem ao profícuo ano 2008, efetivamente pródigo em realizações universitárias, então aclamado por todos os presentes.
     
     

Não houve o que ocorrer.

Ata da reunião extraordinária do Conselho Universitário da Universidade Federal da Bahia 18.11.2008. ter, 18/11/2008 - 10:00
  •  
     Item 01 da pauta:
     
    Processo nº 23066.040450/08-81 – Regimento Interno do Instituto de Psicologia. Relator: Comissão de Normas e Recursos (CNR). Com a palavra, o Conselheiro Jonhson Meira Santos, Presidente da Comissão de Normas e Recursos, solicitou à Conselheira Maria Isabel Vianna, relatora do processo, que procedesse à leitura do seu parecer, então efetuada, contendo algumas alterações à proposta original do Regimento Interno a ser apreciado pelo plenário, todas elas já analisadas e unanimemente aprovadas pela mencionada equipe.
     
     A Conselheira Lina Aras agradeceu à CNR pelo trabalho realizado, nele destacando a excelência de um relato criterioso e detalhado sobre o assunto, transmitiu o apoio da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FFCH) a todo o processo de criação e regulamentação do Instituto de Psicologia (IPsi), externou uma auspiciosa expectativa quanto ao eficiente funcionamento da nova estrutura, a se iniciar em momento pertinente e oportuno para a UFBA, registrou a pessoal convicção acerca do empenho a ser dedicado pela Congregação de FFCH na tarefa de reestruturação da sua configuração geral em função da implantação do IPsi e, em termos pontuais da proposição regimental, manifestou a sua concordância quanto à utilização do termo “Gerência” para o órgão executivo subordinado à diretoria da nova Unidade, responsável pela execução das atividades de natureza administrativa e financeira, cuja nomenclatura vem prevalecendo e sendo gradativamente incorporada ao conjunto documental mais recente da Instituição.
     O Conselheiro Joviniano Neto indagou a respeito da competência do novo Instituto para a criação e extinção de componentes curriculares de outros cursos, então questionando sobre a possibilidade da iniciativa da sua proposição pelo IPsi; sugeriu a alteração da redação do inciso XIII do Art. 7º da minuta regimental apresentada, de “Julgar os recursos interpostos contra as decisões do Diretor e pelas demais instâncias da Unidade” para “Julgar os recursos interpostos contra as decisões do Diretor e das demais instâncias da Unidade”, assim proporcionando mais sentido à frase, por ele considerada equivocada nos moldes anteriores, por motivo de falha meramente gráfica; e perguntou sobre a transferência, para a Congregação, da atribuição referente à definição da vida funcional dos docentes, com base no teor do texto disponibilizado.
     O Conselheiro Ricardo Miranda Filho enalteceu o cuidadoso trabalho da Comissão, de inevitável impacto e repercussão sobre os elementos estatutários da UFBA, já antevendo dificuldades para a sua generalizada compatibilização; comentou acerca da lotação docente nos Núcleos Acadêmicos, com base na redação formalizada pela minuta, a despeito da sua pessoal discordância sobre o assunto, adicionalmente assinalando a supressão de tal problema no IHAC, por conta da presença da Congregação Ampliada, inexistente no IPsi; apoiou a sistemática proposta para a constituição de um lócus de reunião dos professores, visando a integração das atividades de ensino, pesquisa e extensão que, diferentemente daquela citada Unidade, equaciona o problema de modo satisfatório, além de retirar o peso da estrutura departamental e proporcionar uma melhor distribuição de atribuições, serviços e encargos institucionais; e parabenizou os proponentes e a relatoria responsáveis pela execução e desfecho da relevante tarefa de concepção do Instituto.
     O Conselheiro Dirceu Martins enalteceu o belo, cansativo e extenso trabalho realizado pela Conselheira Maria Isabel Vianna; ressaltou a geração gradativa de formas de organização inéditas na UFBA, a partir da implantação de novas Unidades, dantes inexistentes, e, por isso mesmo, ainda não constantes dos seus documentos legais, exemplificando, precisamente, com o surgimento de uma nova modalidade universitária na configuração do IPsi; e referiu que a definição acerca da criação e extinção de componentes curriculares deve caber à Congregação, mediante articulação e mecanismos de negociação entre as partes envolvidas.
     A Conselheira Dioneire Amparo dos Anjos congratulou-se com a relatora e a CNR pelo trabalho efetuado e reportou-se ao Art. 17 da minuta do Regimento, referente à composição da Coordenação Acadêmica, para registrar a expressiva sobrecarga daquele correspondente órgão do Instituto Multidisciplinar em Saúde (IMS), assim aludindo à concepção idealizada pela Unidade e passível de incorporação pelo documento em exame, no sentido da modificação do seu inciso II, de “um docente eleito pelo conjunto de docentes do IPsi para exercer a sua coordenação” para uma formatação que compreenda aquela participação através de um professor indicado pelo diretor, sobretudo em caso de persistência da proposta separação e divisão institucionais das áreas administrativa e acadêmica, com a justificativa da necessidade de transferência de grande parte das suas tarefas para um profissional designado, da confiança da direção geral.
     O Conselheiro Francisco Mesquita indagou a respeito da previsão de eventual concessão de função gratificada para o Coordenador do Núcleo e reportou-se ao inciso VII do Art. 7º, para questionar acerca da sugerida competência da Congregação para “apreciar e deliberar sobre a criação e extinção dos cursos de pós-graduação”, pelo fato de não dispor o citado Colegiado de poder suficiente para tal procedimento e decisão, então sugerindo a limitação e alteração da sua redação para “apreciar e propor a criação e extinção dos cursos de pós-graduação”. Subsequentemente, a Relatora esclareceu em relação aos dois itens referidos, respectivamente, a respeito da opção de não fazer qualquer menção ao aludido aspecto de ordem financeira no escopo do documento em análise, todavia admitindo a possibilidade, se viável, da sua consideração, bem como posicionou-se pela absorção da segunda proposição encaminhada.
     A Conselheira Lina Aras informou que o Departamento de Psicologia abriga, atualmente, os cursos de Psicologia e de Serviço Social, para este caso não se dispondo ainda de uma posição definitiva a partir da nova configuração institucional, devendo a sua situação vir a ser decidida logo após a saída do outro de FFCH e reiterou a pergunta já efetuada acerca da mencionada função gratificada para o Coordenador do Núcleo, além de solicitar dados mais detalhados sobre a Congregação Ampliada.
     O Conselheiro Arthur Matos Neto assinalou a distinção estrutural evidenciada pelas diversas Unidades Universitárias, de cujas características individuais decorrem as inevitáveis diferenciações entre elas, portanto atribuídas, em grande parte, às suas respectivas peculiaridades, assim justificando as formas de configuração individuais e muito próprias dos órgãos recentemente criados, a exemplo do ICAD, IMS e IHAC, extensivas àquelas outras já existentes, dentre as quais ressaltou o caso da Escola Politécnica com as suas “Engenharias”, totalmente atípica, em termos de conformação, em relação às demais integrantes da UFBA; comparou a situação do IPsi com os demais Institutos básicos da Universidade; opinou pela inviabilidade de extinção de componentes curriculares de cursos estranhos ao Instituto; ponderou sobre a natural lotação do Serviço Social em FFCH, a partir da desvinculação da Psicologia; destacou a necessidade de oportuna elaboração, por parte de cada Unidade, do respectivo documento regimental, de forma a promover uma melhor arrumação das suas correspondentes configurações, neste caso sublinhando o mérito da proposta do IPsi que, dentre outros positivos aspectos, extingue vícios históricos, a exemplo da constituição de feudos oriundos da alocação departamental das disciplinas; e registrou elogios à proposição original e proveniente do Departamento de Psicologia, bem como ao exaustivo trabalho de ajustes elaborado pelo Comissão de Normas e Recursos e sua relatora.
     O Magnífico Reitor indicou a inserção, no Título IV das “Disposições Gerais e Transitórias” da minuta, da constituição do corpo docente do Instituto, à semelhança da metodologia aplicada por ocasião da implantação e regulamentação anteriores das novas Unidades, de forma a evitar eventuais solicitações de resgates ou recuperações dos professores a serem remanejados de FFCH e comentou a respeito da característica assistencial do seu Serviço Social, devendo as comunidades daquela Faculdade e do novo Instituto procederem a uma avaliação conjunta do assunto, em face, sobretudo, da gradativa consolidação profissional do eixo referente à Psicologia Social, já portadora de significativa autonomia e crescente independência, assim devendo o seu encaminhamento ser acuradamente analisado, sob pena de se incorrer em riscos ou equívocos mais radicais de comprometimento da sua afirmativa identidade, além de propor, para o texto do Art. 2º da minuta, a extensão da considerada concepção para áreas correlatas e afins da Psicologia.
     A Conselheira Nádia Ribeiro indagou acerca da viabilidade ou pertinência da denominação dos Núcleos Acadêmicos no próprio Regimento da Unidade, bem como da extensão do amparo concedido pelo contexto do IPsi a outros cursos análogos, em face da sua presumida restrição ao caso mencionado.
     A Conselheira Dulce Aquino revelou a sua perfeita compreensão e concordância com a proposta abrangência dos Colegiados de Graduação e Pós-Graduação no Instituto, todavia questionando a inclusão do equivalente órgão para a Extensão e perguntou sobre a possibilidade de eventual incorporação de uma subgerência vinculada à Gerência Administrativa e Financeira, justificando a sua interpelação com base na formatação vigente na Escola de Dança (DAN), onde a sua consideração se tornou imprescindível e assim vem funcionando, de modo a facilitar a divisão de tarefas e repartição de responsabilidades, notadamente em períodos de substituição do seu titular, por motivo de afastamento relacionado com férias, tratamento de saúde etc.
     O Conselheiro Dirceu Martins referiu que o termo utilizado para designar a Coordenação Acadêmica resultou da escolha de uma nomenclatura capaz de atender, satisfatoriamente, aos objetivos pretendidos pela Comissão de Normas e Recursos para a nova conformação estrutural, não devendo ser assimilada de maneira estritamente literal, além de distinguir-se da situação anterior do IHAC, este constituído de quatro grandes grupos de cursos, a serem futuramente acrescidos de áreas de concentração e pós-graduação, uma vez mais salientando a importância de não se confundir o propósito com o nome dado ao citado órgão, ainda passível de mudança e ajuste para uma melhor compreensão da sua verdadeira finalidade; atribuiu o número de três Núcleos ao acatamento, pela Comissão, da sugestão encaminhada pela comunidade de Psicologia, então conservada, assim igualmente podendo-se proceder em relação a outras Unidades, mediante equivalentes alterações organizacionais, para tanto bastando o envio de solicitações e propostas alternativas a uma eventual modificação ou extinção departamental, aí incluindo, para efeito de tipificação, o caso do próprio Instituto de Química (QUI), a despeito da sua reconhecida inviabilidade atual, talvez mais recomendável, assim como para os demais casos, por ocasião da reforma do Regimento Geral da UFBA, embora destituída de qualquer conotação compulsória; e sugeriu a substituição da tendência de concentração das atenções e preocupações dos Conselheiros com as suas próprias Unidades, pela aplicação de uma apreciação mais ampla e coletiva, extensiva ao conjunto universitário.
     O Conselheiro Luiz Fernando Bandeira constatou, com base no atual momento expansionista e de renovação documental da Universidade, uma excelente oportunidade para a retomada da discussão sobre a forma de participação dos servidores técnico-administrativos nos Órgãos Colegiados da UFBA, a partir de uma avaliação do modo original de constituição dessa representação nos diversos órgãos, até uma revisão atual de procedimentos, destacando, dentre outros tantos elementos adversos para a aludida categoria, a dificuldade de composição de comissões frequentemente constituídas nos Conselhos Superiores, pelo fato de se dispor de apenas dois técnicos para atender a todas elas, com isto gerando-lhes embaraços e sobrecarga, e propôs uma reavaliação geral do assunto, coincidente com um período extremamente favorável de revisão regimental da Universidade e de significativas mudanças conceituais gerais na UFBA, no Brasil e no mundo.
     O Conselheiro Joviniano Neto assinalou a impropriedade da forma redacional do § 2º do Art. 2º do documento em exame, sugerindo o seu devido ajuste, questionou a caracterização dos Núcleos Acadêmicos, constantes do Art. 11, como agrupamentos flexíveis, em face da tendência da sua transformação em organismos permanentes e indagou a respeito do suporte a ser fornecido àquelas estruturas, bem como ao seu Coordenador, de forma a lhes conceder e assegurar as mínimas condições de trabalho satisfatório e eficiente.
     O Conselheiro Francisco Mesquita comentou sobre a existência formal da modalidade de Unidades de Ensino em apenas duas Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) no Brasil, além da própria Universidade Federal da Bahia (UFBA), correspondentes à Universidade Federal Fluminense (UFF) e à Universidade Federal de Goiás (UFG), já tendo esta apresentado importante evolução administrativa e acadêmica a partir da extinção da estrutura departamental e associou a atual discussão à deflagração e início do debate sobre o Regimento Geral da UFBA, em cuja execução deverá ser inserida a situação dos próprios Colegiados Superiores, bastante defasados na sua forma de atuação, neste caso devendo-se buscar, dentre outros métodos mais modernos e eficazes, uma maior autonomia para as suas Câmaras, com a supressão de algumas tarefas que vêm sobrecarregando os Conselhos, além de assinalar a inexistência de proposição de lotação docente nos já citados Núcleos, de acordo com o texto do documento apresentado, sob cuja feição, contudo, podem os professores agrupar-se em torno de temas e abordagens de revelado interesse geral.
     A Conselheira Maria Isabel Vianna procedeu aos seguintes esclarecimentos: houve a intenção da relatoria de remeter o planejamento acadêmico do Instituto para o Colegiado de Ensino de Graduação e não para a Congregação, assim passando aquele órgão a assumir funções ampliadas; objetivou-se uma maior diluição das atuais atividades do Departamento, partilhando-as com a Coordenação Acadêmica; dispensou-se maiores informações acerca da mencionada questão da lotação docente, em face da clareza já alcançada em relação àquele tema; justificou a opção da CNR pela utilização do termo “Coordenação Acadêmica” em lugar de “Gestão Acadêmica” originalmente proposta e encaminhada, em face do seu caráter mais integrador; registrou a sua preferência pela manutenção da forma já sugerida de escolha dos Coordenadores dos Colegiados; ratificou a desconsideração da função gratificada para os Coordenadores dos Núcleos Acadêmicos no texto da minuta regimental, em função da incerteza quanto à sua aconselhável inserção no próprio Regimento do Instituto, a despeito da sua menção no escopo do parecer, todavia admitindo a possibilidade da sua inclusão no aludido documento, caso para ela resvale a predileção da maioria plenária; comunicou a incorporação da concepção referente à criação e extinção de componentes curriculares, a ser devidamente agregada ao texto; destacou a inexistência de Congregação Ampliada no IPsi; concordou com a extensão conceitual, para outros profissionais de atuação preferencialmente correlata, do teor do Art. 2º, inciso I, alínea a, da minuta, referente à oferta de curso de graduação para a formação de psicólogos, dessa forma ampliando a atribuição da nova Unidade no tocante à produção, transmissão e difusão de conhecimentos, metodologias e práticas no campo da Psicologia, embora assim tenha feito constar e procurado tornar perceptível ao longo do texto, apesar da falta de uma maior explicitação do assunto; julgou dispensável um maior detalhamento acerca das Unidades Colegiadas e dos Núcleos Acadêmicos, inclusive como forma de não lhes conferir uma conotação de permanência, admitindo, porém, alguma alteração que venha ao encontro de um suposto consenso colegiado; eliminou qualquer chance ou risco de reprodução dos elementos nocivos da atual estrutura departamental universitária, totalmente descartados pela nova configuração proposta para o IPsi; referiu que a opção pela formatação apresentada para o Instituto objetivou a eliminação da possibilidade de inserção de três Núcleos respectivamente relacionados com o ensino, a pesquisa e a extensão; assinalou a absorção da proposta do Magnífico Reitor referente à constituição do corpo docente, a ser computada no capítulo das “Disposições Gerais e Transitórias”, bem como as já mencionadas proposições do Conselheiro Francisco Mesquita; e comentou que a Coordenação Acadêmica apenas corresponde a uma das Unidades Colegiadas, não detendo a função superior de comando ou liderança de todas as demais atividades, dessa forma inexistindo qualquer disposição ou supremacia hierárquica, também aí admitindo a possibilidade de alguma modificação clarificadora, especialmente quanto à denominação sugerida, caso persista alguma dúvida ou confusão sobre o assunto.
     O Conselheiro Ricardo Miranda Filho reportou-se ao inciso I do Art. 18, referente à atribuição do citado órgão no sentido da coordenação e compatibilização do planejamento semestral das atividades de ensino, pesquisa e extensão elaborado pelos Núcleos do IPsi, para propor alguma forma de registro ou inserção do tema no capítulo a eles correspondente; alertou sobre a necessidade de estabelecimento de limites dentro da concepção flexibilizadora do Regimento, particularmente exemplificando com a desaconselhável permissão para que um mesmo docente integre os três Núcleos previstos; e opinou pela sua criação em recomendável momento posterior de instalação da Congregação, salvo em caso de eventual indicação ou determinação para a sua execução de forma imediata ou logo depois da implantação do Instituto.
     O Conselheiro Arthur Matos Neto apoiou aquela proposição, adicionalmente sugerindo o início do funcionamento da nova Unidade com os já mencionados Núcleos, vindo a sua Congregação a promover, em fase posterior, a definição e os devidos ajustes da sua composição restante, sendo ratificado, neste particular, por coincidente posição do Conselheiro Dirceu Martins.
     O Senhor Presidente propôs uma alteração redacional do § 1º do Art. 11 como forma de atendimento às duas observações anteriores, mediante supressão do trecho “... podendo ser ampliados em função do crescimento e diversificação do corpo docente ...”, ainda assim persistindo alguma polêmica sobre a matéria, preferivelmente, a ser convertida em destaque para efeito de votação da minuta, em face do seu caráter institucional, com a dupla alternativa da explicitação dos nomes dos Núcleos no corpo do Regimento ou da delegação e transferência da competência da sua organização para o âmbito da nova Unidade.
     Os Conselheiros Arthur Matos Neto e Dirceu Martins retiraram a sua observação anterior, sentindo-se ambos convencidos e satisfeitos com o prevalecimento da outra e, assim sendo, o Magnífico Reitor ressaltou a aceitação, por parte da relatora e da Comissão de Normas e Recursos, de todas as demais propostas já encaminhadas, então passando à votação da minuta, que foi aprovada por unanimidade, logo transformada, por sugestão do Senhor Presidente, em aclamação plenária, dessa forma deferindo-se o texto do Regimento Interno do Instituto de Psicologia (IPsi) da UFBA, acompanhado da Resolução instituidora da nova Unidade Universitária (em anexo).
     O Professor Antônio Virgílio Bastos, integrante do corpo docente do Departamento de Psicologia e presente à reunião, aludiu à singularidade daquele momento acadêmico, especialmente vivenciado por todos os profissionais vinculadas à área e agradeceu a dedicação e o zelo concedidos ao projeto oriundo de FFCH, analisado de forma acurada e competente, podendo constatar, no conjunto de ritos do processo, a forma correta, autêntica e verdadeira de se fazer uma Universidade, ainda registrando o acerto da ousadia evidenciada, por vezes necessária à evolução institucional, além de vincular o deferimento colegiado a todos os envolvidos, imputando-lhes o grande desafio de promover o funcionamento satisfatório e exitoso do novo Instituto, em plena consonância com os ditames da nova UFBA, por fim colocando-se à disposição para o fornecimento de informações e maiores esclarecimentos, bem como para recebimento de sugestões e opiniões colaboradoras para o novo empreendimento.
     O Senhor Presidente registrou a última participação dos Conselheiros Luiz Fernando Bandeira e Renato Jorge Pinto em reuniões do CONSUNI, em virtude do encerramento dos seus mandatos como representantes dos servidores técnico-administrativos, sendo ambos aplaudidos pelo plenário.
     A Conselheira Maria da Glória Teixeira propôs a realização de um debate sobre a dengue, em face de uma concreta e perigosa ameaça do seu alastramento pela população de Salvador, principalmente ampliada com a chegada do verão, e o Magnífico Reitor indicou a realização premente de uma exposição sobre o assunto, a ser efetuada pela proponente, em face da severa e preocupante situação para a saúde da população, de cuja participação, por todas as suas características educativas, não pode a UFBA se furtar.
     O Conselheiro Jonhson Santos informou acerca do recebimento, pela Comissão de Normas e Recursos, de processo referente a recurso oriundo do Instituto de Letras (LET), acerca da consulta à comunidade para escolha da sua nova diretoria, em fase de análise ainda não concluída pela equipe, em grande parte atribuída à complexidade do assunto.
     A Conselheira Lina Aras convidou todos os seus pares para comparecimento à sessão de outorga do título de “Professor Emérito” ao Professor Fernando da Rocha Peres, a ocorrer no dia seguinte, 19.11.2008, às 19:00 horas, na Sala dos Conselhos da Reitoria, e solicitou a sua substituição na Comissão recentemente constituída pelo CONSUNI para avaliação das questões relacionadas com os assuntos estudantis, em face do excesso de compromissos universitários por ela assumidos, já não conseguindo dar a devida assistência a todas as suas demandas, tendo o seu pleito sido atendido através da inserção da Conselheira Dulce Aquino na citada equipe, mediante espontânea manifestação e desejo pessoal, já expressado anteriormente, de participar da mencionada atividade.
     O Senhor Presidente comunicou a realização de uma viagem a Portugal na semana seguinte, com a principal finalidade de representar a UFBA em evento que formalizará a fundação do “Grupo de Coimbra de Universidades Latino-Americanas”, responsável pela reunião das instituições mais antigas da América Latina, a vincular-se ao já existente “Grupo de Coimbra das Universidades Européias”, de relevante significado e ampla disputa de ingresso por parte de equivalentes entidades de ensino do mundo, constituindo-se aquele episódio num mecanismo suplementar de reforço e consolidação do caráter bicentenário da Universidade baiana.

Não houve o que ocorrer.

Ata da reunião extraordinária do Conselho Universitário da Universidade Federal da Bahia 13.11.2008. qui, 13/11/2008 - 09:00
  •  
     Item 01 da pauta:
    Processo nº 23066.040450/08-81 – Regimento Interno do Instituto de Psicologia. Relator: Comissão de Normas e Recursos.
     
     O Conselheiro Jonhson Santos, presidente da  referida Comissão, passou a palavra à relatora, Conselheira Maria Isabel Vianna, que informou acerca do entendimento consensual do grupo no sentido do adiamento da apreciação do processo, em face da impossibilidade da confecção e apreciação do seu parecer, de modo conclusivo, até a presente data, assim recomendando a postergação da sua análise para uma outra reunião do Conselho, também pelo fato de buscar-se um esmero especial na formatação daquele Regimento, cuja conformação poderá servir de modelo para futuras situações similares na Universidade.
     
     A Conselheira Lina Aras sublinhou a importância do assunto para o Departamento de Psicologia e para a própria Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FFCH) e solicitou a agilização na tramitação final do processo, do modo a incluí-lo na próxima sessão do CONSUNI, em face da generalizada expectativa daquela comunidade quanto à sua aprovação, podendo o seu atraso gerar desconforto para a maioria dos integrantes da Unidade, onde o citado Departamento detém positivo e amistoso relacionamento com todos os demais.
     O Conselheiro Dirceu Martins destacou o equívoco do seu encaminhamento administrativo, ao se incluir o tema na pauta da reunião sem que se tivesse, previamente, certificado da conclusão do seu preparo, somente devendo dela constar os assuntos já analisados pelos respectivos relatores em caráter definitivo e, portanto, prontos para apreciação colegiada, ainda assim apoiando a sua inserção na próxima oportunidade, em face da urgência já requerida pela situação.
     O Conselheiro Jonhson Santos ressaltou a autorização por ele concedida para avaliação da matéria pelo CONSUNI, não podendo a Administração Central da UFBA ser responsabilizada pelo acontecimento, neste particular revelando a habitual preocupação da Secretária dos Órgãos Colegiados, Srª. Terezinha Medeiros, em sempre consultar, previamente, os relatores acerca da possibilidade de inclusão dos processos em pauta das reuniões, com a precisa finalidade de evitar a ocorrência de semelhantes episódios. Acatando a posição da Comissão de Normas e Recursos, o Senhor Presidente suspendeu e transferiu a discussão do tema referente ao Regimento Interno do IPsi para a próxima sessão do Conselho, na condição de primeiro item da pauta.
     
     Item 02:
    Plano Diretor. Apresentação: Professor Naomar Monteiro de Almeida Filho. Arquiteto José Lalor Imbiriba. Inicialmente com a palavra, o Conselheiro Francisco Mesquita informou a respeito da impossibilidade de repasses financeiros para as Fundações em decorrência de decisão do Tribunal de Contas da União (TCU), que não mais permite tal procedimento, e alertou para o risco de não serem executados os serviços vinculados à liberação de recursos de emendas parlamentares cuja concretização não aconteça até o mês dezembro do ano em curso.
     
     O arquiteto José Lalor Imbiriba registrou o debate ocorrido com todas as Unidades da UFBA acerca do espaço físico dos campi, com base nas zonais já estabelecidas, perfazendo a sua área um total aproximado de 60.000 metros quadrados e fez referência ao modo como deverão ser efetuadas as diversas intervenções, sempre por etapas demarcadoras dos respectivos limites executivos, destacando a realização das licitações, elaboração de projetos para Unidades não contempladas ou abrangidas pelo conjunto atual, a serem planejadas e implantadas a médio e longo prazos, investimentos em infra-estrutura (aí se incluindo, dentre outros, a expansão do abastecimento de água e do esgotamento sanitário, reforço e ampliação do fornecimento de energia elétrica e paisagismo) etc. Neste particular, o arquiteto José Imbiriba registrou os contatos já mantidos entre a UFBA e a COELBA visando a implantação de uma nova rede de eletrificação de modo subterrâneo, a constituir uma obra de absoluta prioridade para a Universidade, em face do elevado risco decorrente da obsolescência das instalações atuais, construídas há mais de 30 anos, representando um problema crítico para a Instituição, e indicou a necessidade de um reestudo de todo o campus da Federação e Ondina, em virtude da significativa transformação do seu espaço, por conta das novas edificações e equipamentos, então envolvendo, de forma abrangente, uma reavaliação da sua subestação, adoção de passarelas cobertas, planejamento de mecanismos alternativos de interligação entre as Unidades, construção de módulos de integração etc.
     O Conselheiro Dirceu Martins concordou com a especial atenção a ser dada à questão da energia, efetivamente preocupante, que pode resultar em incidentes variados, inclusive incêndios, e indagou a respeito do auditório do Instituto de Química (QUI), cuja obra encontra-se paralisada há cerca de treze anos, tendo o Sr. Imbiriba ressaltado a inquestionável importância do citado equipamento, não só para aquela Unidade, como também para o Instituto de Biologia (BIO) e outras áreas da UFBA, assim ocorrendo em relação à Faculdade de Direito (DIR), de equivalente serventia comunitária, sobretudo com o advento do REUNI, além de referir a necessidade de construção do anexo de QUI, também não passando despercebida a semelhante demanda do Instituto de Física (FIS), ambos em processo de avaliação por parte da equipe do Espaço Físico, já se devendo dispor de alguma informação mais precisa sobre o assunto no início do próximo ano.
     O Conselheiro Francisco Mesquita procedeu a uma exposição, em datashow, acerca dos projetos contratados de obras e reformas, bem como das propostas de emendas parlamentares individuais e de bancada, estas perfazendo um total de 23 milhões de reais, a ser acrescido de 10 milhões de reais do programa REUNI e procedeu à distribuição de documentos contendo tabelas, configurando-se em propostas preliminares para aplicação dos recursos de investimentos, em seguida comentando a respeito de problema ocorrido com uma empresa de arquitetura que, não tendo honrado o contrato firmado, ensejou atraso e novas providências por parte da Administração Central da UFBA, inclusive em termos jurídicos, neste caso buscando impedir a sua participação em novas licitações em todo o País. Prosseguindo, o Conselheiro Francisco Mesquita assinalou a necessidade de publicação emergencial de todos os editais pelas razões já explicitadas, de absoluta escassez de tempo para a adoção de todas as providências, em observância e cumprimento dos prazos legalmente exigidos, todavia podendo o Conselho, se for o caso, opor-se ou deliberar contrariamente a qualquer projeto apresentado, não deixando de levar em conta que o prazo máximo para contratações não deverá exceder 45 dias, aí incluindo-se períodos para divulgações de notícias, recursos, julgamentos etc., querendo isto significar que os procedimentos já se encontram num lapso de tempo limite para a exequibilidade da sua execução até o final do ano vigente, assim justificando, ainda uma vez, a necessidade da agilização, por parte da Reitoria, das medidas deflagradoras dos processos licitatórios, a despeito da plena consciência dos riscos de que as empresas não entreguem os projetos dentro dos prazos fixados.
    O Conselheiro Mesquita ainda procedeu aos seguintes comentários complementares: inexistência de planejamento institucional para médio e longo prazos, então sublinhando a intenção do atual reitorado de preparar e disponibilizar projetos naquele sentido, a partir do seu Plano Diretor, de forma a possibilitar a sua gradativa implementação pelas próximas e sucessivas gestões; sucateamento da UFBA ao longo de significativo espaço de tempo de absoluta falta de investimentos, fazendo-se necessário o resgate de um passivo histórico acumulado durante muitos mandatos; equívoco da propalada concepção que supostamente atribui ao REUNI a solução de todos os problemas universitários, completamente enganosa; importante desfalque técnico causado pela escassez de engenheiros e arquitetos no serviço público, em decorrência de falecimentos, aposentadorias e transferências para a área privada, neste caso por falta de atrativo em face de uma remuneração bastante defasada, inclusive em relação aos salários propostos para novas contratações, disto resultando severos comprometimentos para a realização de trabalhos de construção e a necessidade de contratações externas; indispensável associação da globalidade dos recursos destinados ao conjunto dos investimentos com valores basicamente oriundos do REUNI, do Programa Nacional de Assistência Estudantil (PNAES 1 e PNAES 2) e das emendas parlamentares individuais e de bancada, portanto envolvendo todos os mencionados casos; e imprescindível deliberação imediata do CONSUNI acerca das licitações e contratações apresentadas, independentemente da íntegra aceitação ou eventual alteração, por parte do Conselho, do conjunto disponibilizado nas diversas planilhas de projetos, obras e reformas, em face da premência requerida pela situação.
     O Conselheiro Arthur Matos Neto elogiou o esforço da Administração Central e da equipe do Espaço Físico e perguntou a respeito da metodologia utilizada para a distribuição dos recursos do REUNI, basicamente quanto a uma possível correspondência da sua destinação aos setores mais envolvidos na expansão de vagas da Universidade, por ele considerado o critério básico para a alocação das verbas, bem como sobre a previsão do espaço para alocar o acervo bibliográfico do Instituto de Matemática (MAT), não constante do conjunto da biblioteca setorial apresentado na relação de obras, aparentemente não sendo abrangida pela área ali referida e equivalente a cerca de 3.000 metros quadrados, então solicitando esclarecimentos a respeito da sua eventual retirada daquele grupo. Nesse sentido, o arquiteto José Imbiriba assegurou a sua inclusão no aludido conjunto, dele não se tendo feito constar por exclusiva razão de equívoco.
     O Conselheiro Marco Antônio Fernandes também reportou-se ao assunto, lembrando que havia ficado acertada, com base no acatamento do Instituto de Matemática (MAT), a transferência do mencionado acervo para a biblioteca setorial, com o nome alusivo e de homenagem ao professor Omar Catunda, portanto devendo o seu Edital ser corrigido, e comentou sobre a questão da alocação dos novos docentes do REUNI nas Unidades, de cujo total deverá MAT ser contemplada com 24 professores, assim ocupando o segundo lugar em termos quantitativos de recebimento de profissionais, então manifestando grande preocupação em relação à sua distribuição pelo Instituto, diante da significativa carência de espaço físico, ainda ampliada em função da expansão das atividades de pós-graduação, por fim ratificando as colocações do Conselheiro Arthur Matos Neto acerca dos critérios de alocação, pelo fato de que as Unidades mais participativas e contempladas com quantidades maiores de professores não foram proporcionalmente beneficiadas em termos de recursos e investimentos, por vezes sequer constando da já mencionada planilha financeira.
     O Conselheiro Luiz Rogério Leal parabenizou os estudantes integrantes da chapa 3 do Diretório Central dos Estudantes (DCE) pela vitória alcançada no processo eleitoral daquela categoria; apresentou algumas reclamações acerca da falta de investimentos no Instituto de Geociências (GEO), igualmente penalizado com a perda gradativa de profissionais, sendo 1/3 do seu atual quadro docente constituído por Professores Substitutos; aludiu à indispensável ampliação do espaço físico da Unidade, sobretudo diante do iminente incremento da demanda discente decorrente da expansão universitária, então comentando sobre a iniciativa da sua diretoria no sentido da busca de recursos alternativos externos, cuja parcela, já assegurada, muito contribuirá para a amenização dos problemas atualmente enfrentados; registrou as dificuldades administrativa e acadêmica de atendimento aos demais setores da Universidade por parte de GEO, especialmente às suas Unidades básicas, em virtude das precárias condições e dos já citados desfalques profissionais do Instituto; manifestou pessoal preocupação quanto à inexistência de salas para acolhida dos novos docentes; e ratificou o apoio aos Institutos de Matemática (MAT), Física (FIS) e Química (QUI), a despeito de todas as adversidades, em face das suas importantes relações de interdependência e interdisciplinaridade institucionais.
     O Conselheiro Mirabeau Souza apoiou as colocações dos Conselheiros Arthur Matos Neto e Marco Antônio Fernandes acerca das mencionadas concepções relacionadas com os critérios de distribuição de recursos, defendeu a prioridade para os investimentos de natureza coletiva, indicou a extensão da utilização do mencionado auditório para a Faculdade de Farmácia (FAR), a ser igualmente beneficiada pelo aludido equipamento, e solicitou a inclusão da sua Unidade no já referido projeto da COELBA/UFBA, então garantida pelo Conselheiro Francisco Mesquita, mediante informação e confirmação de tal previsão no conjunto dos serviços.
     O Conselheiro Joviniano Neto assinalou a importância da urgente aprovação da proposta em exame, por parte do CONSUNI, em virtude da absoluta escassez de tempo, pelo fato de já se ter providenciado a publicação dos editais, com o pleno andamento do processo correspondente às respectivas licitações, a despeito de reconhecer o seu escasso debate colegiado; embora compreendendo e justificando o significado do papel das Fundações na agilização dos procedimentos administrativos e na atenuação dos entraves burocráticos, defendeu uma análise mais acurada da aludida decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre a matéria, de modo a promover uma revisão metodológica de atuação institucional, com os devidos ajustes e adaptações à nova legislação; associou a intervenção referente à infra-estrutura da energia elétrica subterrânea com a preservação do meio ambiente, uma vez que a implantação da sua rede, de maneira embutida, tende a evitar agressões e prejuízos para a natureza, a exemplo de danos à vegetação, eliminação de mata, poda de árvores etc.; comentou a respeito dos prejuízos financeiros causados aos novos Professores Substitutos pela recente edição da Medida Provisória (MP) 431 do Governo federal, além de propor a sua máxima substituição, dentro das possibilidades institucionais, por docentes diretamente contratados pelo serviço público.
     O Conselheiro João Gabriel Cabral parabenizou a Administração Central pela iniciativa daquele trabalho, visando um importante planejamento universitário para os próximos anos, todavia alertando para as inevitáveis conseqüências advindas da duplicação do número de vagas até o ano 2012, caso não sejam providenciados equivalentes investimentos capazes de corresponder à citada expansão, especialmente referentes à Assistência Estudantil, principalmente pelo fato de não ter constatado qualquer previsão de aplicação financeira nas propostas de emendas parlamentares individuais ou coletivas para 2009, além de aludir a vários outros problemas institucionais, dentre eles destacando a questão do Restaurante Universitário, ainda fechado, e da Creche, em condições precárias de funcionamento, e indagou acerca do Restaurante do Canela, também não incluído nas aludidas planilhas de recursos, por fim ressaltando a necessidade de se dedicar uma atenção especial ao citado assunto da Assistência Estudantil, a requerer um tratamento equivalente e condizente com a iminente ampliação da UFBA, então solicitando a realização de uma reunião extraordinária do CONSUNI com a precisa finalidade do seu debate.
     O Conselheiro Horst Schwebel externou o agradecimento da Escola de Música (MUS) pelo processo de mudança da sua sede para um novo espaço no campus de Ondina, devendo as novas instalações atenderem a sua demanda de modo satisfatório e bem mais condizente com as suas reais necessidades.
     A Conselheira Celi Taffarel procedeu aos seguintes registros: enalteceu os esforços envidados pela Administração Central e pelos técnicos do setor de Espaço Físico; parabenizou os representantes estudantis pela vitória nas eleições do DCE; saudou o novo representante da Escola de Teatro (TEA), Conselheiro Daniel Marques, bem como os professores e demais integrantes da comunidade da Creche universitária presentes à reunião, ratificando a solicitação da convocação de uma sessão específica do Conselho para apreciação daquele tema; apoiou a elaboração e aplicação de um plano de médio e longo prazos para a UFBA, defendendo a sua confecção de forma independente do Governo, visando a recuperação de um débito institucional histórico, em cujo contexto se insere a Faculdade de Educação (EDC), aí destacando as preocupantes perdas programática e docente que vêm, paulatinamente, impactando a Universidade, também não se devendo imaginar que o REUNI promoverá a solução de todos os seus persistentes problemas; indicou a priorização dos serviços relacionados com o uso comum e coletivo; e aplaudiu a notícia referente às Fundações, manifestando a sua favorável expectativa quanto à restauração do corpo profissional das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES), mediante contratações diretas, com realce para o seu quadro técnico-administrativo, atualmente muito defasado, cujos componentes detêm importância vital para a execução de todos os trabalhos expansionistas.
     A Conselheira Lina Aras parabenizou a equipe do Espaço Físico que, dentre outras atividades, também fornece orientações aos dirigentes universitários, destacou o relevante papel desempenhado pelas empresas juniors da UFBA, contrapôs-se à consideração exclusiva do número de professores como único critério para a distribuição de verbas, efetivamente restritivo, em face da ponderação semelhantemente participativa de vários outros elementos, e endossou a sugerida primazia para os equipamentos de natureza coletiva, comumente incompreendida em virtude da amplitude da sua abrangência.
     A Conselheira Poliana Magalhães informou a respeito da reeleição da direção anterior do DCE para mais um mandato, devendo os seus representantes nos Colegiados Superiores ser escolhidos brevemente, ressaltou o ingresso numérico dos alunos como o item fundamental a ser levado em conta no processo de alocação financeira e corroborou a necessidade de consistente investimento na Assistência Estudantil, com destaque para os Restaurantes Universitários de Ondina e Canela, Creche e Residência Garibaldi.
     O Conselheiro Miguel Accioly considerou o Plano Diretor da UFBA uma programação para médio e longo prazos, associou a implantação do REUNI à elevação da qualidade do ensino universitário de forma conjunta com o expressivo incremento discente, neste caso opinando por uma infra-estrutura diferenciada e capaz de, simultaneamente, corresponder a todos os reclamos institucionais delas decorrentes, mas transmitiu a preocupação do Instituto de Biologia (BIO) acerca das condições para o seu satisfatório atendimento, bem como certa apreensão pessoal referente ao cumprimento dos prazos, além de comentar a respeito da falta de uma maior atenção, nos projetos já apresentados, aos espaços externos dos campi, particularmente relacionados com as suas áreas verdes, passarelas de interligação entre Unidades, áreas de integração etc.
     A Conselheira Dulce Aquino congratulou-se com os técnicos do Espaço Físico, com os alunos integrantes da chapa vencedora das eleições do DCE e com o novo representante de TEA no CONSUNI; acentuou e enalteceu a valorosa colaboração de profissionais efetivamente comprometidos com  a UFBA, neles identificando parcela significativa do sucesso institucional alcançado; apoiou todo o processo de reestruturação universitária, com destaque para os Bacharelados Interdisciplinares (B.I.), aliás, sempre defendida pela Escola de Dança (DAN) ao longo de todo o processo de discussões sobre o REUNI, que, dentre outros tantos aspectos favoráveis, proporcionará um melhor aproveitamento dos seus espaços ociosos, através de uma programação mais criteriosa de aulas, além do desenvolvimento de atividades noturnas; defendeu o prevalecimento de um pensamento universitário absolutamente democrático na tarefa de destinação dos recursos financeiros em detrimento de uma concepção basicamente numérica e estreita, portanto sugerindo um mecanismo de alocação totalmente desprovido de eventuais alegações de lucros ou prejuízos por entre as diversas Unidades, de cuja distribuição deve a UFBA, e apenas ela, sair vencedora; e propôs a utilização do termo “Complexo Artístico Cultural” para o espaço das correspondentes atividades e programado para implantação no campus de Ondina.
     A assessora estudantil Mina Lizzie dirigiu a sua fala para o problema da Creche, referindo a falta de um consenso e desfecho para a solução dos seus diversos problemas, ainda inalcançada, admitindo a possibilidade de, sob tais condições, não poder funcionar no ano 2009 e elencou alguns itens de maior preocupação sobre o tema: escassos recursos humanos e materiais, não sendo mais aceitável qualquer forma de redução em ambos os casos em face da sua comprometedora situação atual, ventiladores quebrados, falta de toalhas, pouca atenção ao seu aspecto físico, aí exemplificando com a desídia administrativa em relação à tarefa de retirada das perigosas quinas da mobília, cujo simples arredondamento, de fácil execução, muito atenuaria os riscos para as crianças, freqüentes atrasos nos pagamentos dos funcionários e dos trabalhadores das empresas terceirizadas etc., por fim registrando a aprovação, no ano anterior, de uma verba de R$ 300.000,00 para investimentos, todavia não sendo executados sob a alegação da construção de uma nova casa para a Creche, cuja previsão não consta em qualquer espaço da planilha, então indagando a respeito das perspectivas para a sua efetivação.
     O Conselheiro Álamo Pimentel informou sobre a sua proposição de não se realizar qualquer seleção de pessoal para atuação naquele setor em 2009, embora recusada, e apoiou a pleiteada apreciação do assunto por parte do CONSUNI, bem como a reabertura dos cargos extintos do serviço público, dentre os quais estão importantes funções desempenhadas por profissionais específicos, neste caso opinando pela sua execução em caráter temporário, através de mecanismos alternativos de contratação emergencial.
     A Conselheira Annamaria Palacios referiu que a Faculdade de Comunicação comparece, no estudo disponibilizado, com um projeto de construção de um anexo nas propostas de emendas parlamentares, não se dispondo, porém, de informações mais detalhadas acerca das suas características, assim como também aconteceu em relação aos laboratórios ali constantes e previstos para a Unidade, neste caso manifestando certa estranheza quanto à falta de indicação financeira para a sua aquisição e custeio, sobretudo pelo fato de alguns deles representarem onerosas despesas, tendo o Magnífico Reitor informado sobre a incorporação da sugestão de inclusão da aludida verba, na expectativa da sua acolhida por parte de algum parlamentar.
     A Conselheira Maria da Glória Teixeira propôs a concessão de um aval do Conselho para a continuidade dos trabalhos já desenvolvidos, opondo-se a qualquer iniciativa de natureza protelatória, em face da proximidade da data limite de 20.12.2008 para a realização de empenhos e demais providências pela Universidade, e comentou sobre o auxílio a ser indiretamente concedido pela Escola de Música à área de Saúde, com a sua transferência para Ondina e a conseqüente liberação das suas atuais instalações para utilização de forma coletiva.
     A Conselheira Maria Isabel Vianna louvou o esforço sobre-humano de todos os  quanto aos critérios adotados para a destinação das verbas não significa uma postura meramente confrontadora das atividades desenvolvidas e apresentadas pela Administração Central, mas que não se poderia deixar de reconhecer que, uma vez mais, fica o CONSUNI premido a uma posição basicamente homologatória de decisões já tomadas, pois, apesar da assinalada liberdade e autonomia dos Conselheiros para execução de alterações aos projetos, há de se inferir pela provocação de inevitáveis prejuízos institucionais decorrentes daquelas intervenções; ressaltou a ocorrência de graves problemas de eletricidade na Faculdade de Odontologia (ODO); perguntou a respeito da futura situação física da Unidade, se devendo ficar isolada e cercada ou ser agregada ao mesmo conjunto das demais do Canela; reforçou a prioridade de atenção para os equipamentos coletivos; e transmitiu a preocupação da comunidade de ODO acerca do processo de relocação do biotério da UFBA.
     O Conselheiro José Vasconcelos Oliveira condicionou a citada transferência à disponibilização de um espaço propício para instalação daquele equipamento; ressaltou a significativa defasagem física, administrativa e acadêmica da Escola de Medicina Veterinária (MEV), com ênfase para a questão da falta de espaço, então registrando a sua preocupação em relação à ampliação dos atuais 500 alunos para mais de 3.000, além de, aproximadamente, 80 docentes, todos eles previstos pelo projeto elaborado pela Unidade e devidamente inserido no REUNI, afora o incremento de 12 para cerca de 80 estudantes na pós-graduação e dos 13 do doutorado, ressaltando a indisponibilidade de suficientes salas de aulas, cuja quantidade não teve uma correspondente expansão proporcional; referiu que uma parte dos recursos obtidos para o Hospital Veterinário provém da CAPES, com isto querendo o Conselheiro Vasconcelos registrar a existência de fontes alternativas de recursos para a Escola, não procedendo a totalidade das verbas de uma origem única do mencionado programa REUNI, adicionalmente comentando a respeito das freqüentes modificações físicas na Escola, à semelhança de “puxadinhos” continuamente agregados à sua edificação, em decorrência da necessidade de atendimento a novas e constantes requisições escolares; e associou os pedidos de MEV ao estrito procedimento de expansão, sem qualquer solicitação de natureza distinta suplementar.
     O Conselheiro Dirceu Martins comentou sobre o valor excessivamente reduzido de 86 milhões de reais previstos para investimentos, efetivamente incipiente para as demandas institucionais de expansão de vagas, cuja importância requer um aporte mais substancial de recursos financeiros para fazer frente a um processo complexo, que se reflete e reproduz mediante variados desdobramentos administrativos e acadêmicos por toda a Universidade; distinguiu os tipos de verba, respectivamente, provenientes do REUNI e das emendas parlamentares, a primeira com um caráter real e a outra de conotação virtual, então defendendo a prioridade da discussão das aplicações daquele Programa de forma direcionada para as necessidades mais importantes da UFBA, com realce para a Assistência Estudantil; e assinalou a inexistência de pronunciamento e parecer da Comissão de Patrimônio e Espaço Físico do CONSUNI acerca do tema em exame, não tendo ela se manifestado sobre um assunto da sua total pertinência.
     A Conselheira Dora Leal Rosa convidou os seus pares para a solenidade de abertura do “Simpósio de Inovação” da Secretaria de Ciência e Tecnologia, a ocorrer na semana seguinte, cuja programação será voltada para o tema da inovação tecnológica, destacou o significado do preparo de um planejamento físico para a Universidade, sugerindo uma atenção especial ao aspecto referente à acessibilidade, pela tripla razão da sua relevância, das exigências legais atuais e da adversa conformação das instalações da UFBA e alertou sobre o encerramento do prazo, em dezembro, para a realização dos diversos ajustes finais dos projetos, de forma a se obter a liberação dos recursos financeiros necessários aos respectivos investimentos, inclusive daqueles provenientes de emendas parlamentares, a despeito do seu caráter virtual e imprevisível.
     O Conselheiro Álamo Pimentel sublinhou a complexidade do problema da Creche, cujo funcionamento somente deve acontecer de forma condizente com a dignidade dos seus trabalhadores e usuários, bem como a importância da freqüente e efetiva participação recente do DCE em pautas e debates de interesse social, a exemplo das discussões sobre a mulher e o negro, congratulou-se com a nova representação da Escola de Teatro (TEA) no CONSUNI, na pessoa do Conselheiro Daniel Marques, já apresentado ao plenário, aludiu à existência de apenas 10 Pró-Reitorias de Assistência Estudantil nas universidades de todo o País, dentre as quais se inclui a UFBA, e assinalou a desaconselhável e simplista vinculação do conjunto dos problemas vivenciados pelas IFES a uma questão basicamente financeira, até mesmo pela impossibilidade de satisfação de todas as suas demandas mediante adoção de procedimentos oriundos de intervenções exclusivamente monetárias, então alertando para a dura e ingrata realidade de tais instituições, cujas adversidades, históricas e persistentes, devem ser percebidas e devidamente enfrentadas a todo instante.
     A Conselheira Iracema Veloso congratulou-se com todos os responsáveis pelo trabalho realizado, reconhecendo os seus méritos especialmente voltados para a execução de um planejamento institucional de que muito se ressente a Universidade; informou acerca dos auspiciosos resultados já apresentados pelo curso de Gastronomia, recentemente implantado na Escola de Nutrição (NUT), ao apresentar, no seu primeiro processo seletivo do concurso vestibular, a excelente concorrência de 6,6 candidatos para cada vaga, adicionalmente comentando sobre as suas principais características, dentre elas salientando a sua condição de único bacharelado da Bahia naquele setor específico, além da sua peculiar diferenciação sobretudo relacionada com a especificidade do seu conjunto de laboratórios, ainda indisponíveis na Unidade, todavia servindo, dentre outros motivos, para a elaboração de projetos com a devida e correspondente inclusão no REUNI para 2009, visando, precisamente, a realização de reformas e adaptações na Escola para a sua satisfatória implementação; e endossou a concepção referente à impossibilidade de solução de todos os problemas institucionais, na sua maioria associados a dificuldades históricas, mediante aquisição das verbas oriundas do mencionado Programa, a despeito da sua promissora perspectiva amenizadora.
     O Conselheiro João Gabriel Cabral propôs a constituição de uma Comissão, basicamente formada por representantes das Pró-Reitorias de Planejamento e Administração (PROPLAD) e de Assistência Estudantil (PROAE), além de diretores de Unidades e alunos, visando a avaliação do conjunto de problemas estudantis na Universidade, aí se incluindo a já assinalada questão da Creche, também objetivando-se influenciar no preparo da planilha de recursos a serem investidos na UFBA, devendo apresentar o resultado dos seus trabalhos na próxima reunião do Conselho, a ser extraordinariamente convocada com aquela específica finalidade.
     O Magnífico Reitor registrou e sintetizou os seguintes itens decorrentes da discussão plenária sobre o assunto em exame: 1- encaminhamento pelo acolhimento da sugestão do Conselheiro João Gabriel Cabral relativa à instituição da citada Comissão; 2- idêntico procedimento em relação à proposição do Conselheiro Dirceu Martins no sentido da análise do processo por parte da Comissão de Patrimônio e Espaço Físico, em caráter urgente, devendo o seu resultado ser, posteriormente, apreciado pelo plenário do CONSUNI, no curso da próxima semana, mediante retomada e prosseguimento do debate acerca do Plano Diretor, bem como do Regimento Interno do Instituto de Psicologia (IPsi), de análise já postergada; 3- indicação de referendo, pelo Conselho, do conjunto de propostas disponibilizadas, a elas se agregando as sugestões encaminhadas pelas Conselheiras Annamaria Palacios e Dulce Aquino, respectivamente relacionadas com a consideração do Anexo e laboratórios de COM, na expectativa de que algum parlamentar a incorpore, e com a utilização do termo “Complexo Artístico Cultural” para o já referido espaço de Ondina; e ainda manifestou a sua concordância com as ponderações do Conselheiro Dirceu Martins acerca das aludidas conotações real e virtual dos recursos financeiros almejados pela Universidade nos âmbitos respectivos do REUNI e das emendas parlamentares.
     O Conselheiro Daniel Marques propôs a destinação específica de algum montante para a Assistência Estudantil e o Conselheiro Álamo Pimentel informou sobre a concreta previsão de liberação de cerca de 4,3 milhões de reais para aquela finalidade, portanto já satisfatoriamente assistida.
     A Conselheira Renata Pinto indagou e requereu informações a respeito da consideração, na tabela de projetos, do valor de 1 milhão de reais para a Faculdade de Arquitetura (ARQ).
     O Senhor Presidente reportou-se à realização de recente reunião com parlamentares da bancada baiana no Congresso Nacional, de que resultara o compromisso, por parte dos políticos presentes, da concessão de R$ 500.000,00 da respectiva verba individual, tendo a PROPLAD estruturado o projeto com uma folga financeira capaz de possibilitar uma maior agregação, extensiva a um valor não necessariamente fixado e delimitado, mas franqueador de um alcance maior de recursos para investimentos em obras.
     O Magnífico Reitor ratificou a proposta de prolongamento dos trabalhos da aludida Comissão à avaliação da participação da Assistência Estudantil na programação orçamentária e colocou em votação o primeiro item por ele anunciado, referente à proposta do Conselheiro João Gabriel Cabral, no sentido da composição de Comissão para a referida finalidade, conclusivamente constituída, após indicações adicionais, de três dirigentes de Unidades, da Pró-Reitora de Planejamento e Administração, do Pró-Reitor de Assistência Estudantil, de um representante dos servidores técnico-administrativos e de um representante discente, a eles podendo-se agregar, em termos colaboradores, representantes das Residências e da Creche, além de mães das crianças, sendo aprovada por unanimidade.
     O Senhor Presidente submeteu à votação o segundo item por ele destacado, alusivo à proposta do Conselheiro Dirceu Martins sobre a manifestação da Comissão de Patrimônio e Finanças do CONSUNI, também unanimemente aprovado. Por fim, o Magnífico Reitor colocou em votação o terceiro ponto listado, envolvendo o referendo ao conjunto documental da PROPLAD sobre o Plano Diretor, aí se incluindo as duas já mencionadas sugestões das Conselheiras Annamaria Palacios (COM) e Dulce Aquino (DAN), de forma a se autorizar e promover a continuidade dos trabalhos já desenvolvidos, sendo igualmente  aprovada por unanimidade.
     Foram deferidos os três tópicos resultantes do conjunto das discussões colegiadas, seguindo-se o processo de identificação e escolha dos nomes integrantes da Comissão recém aprovada, mediante indicações e respectivas aceitações pessoais consensuais dos seguintes componentes conclusivamente definidos: Conselheiros Daniel Marques, Lina Aras e Celi Taffarel (docentes), Luiz Fernando Bandeira (técnico-administrativo) e João Gabriel Cabral (estudante), além dos já citados Pró-Reitores Nádia Andrade Ribeiro (PROPLAD) e Álamo Pimentel (PROAE).
     O Magnífico Reitor justificou a impossibilidade técnica da deflagração das discussões sobre aquele assunto em momento anterior, somente sendo possível a sua concretização nas circunstâncias apresentadas, em face da extrema exigüidade dos prazos para o cumprimento de todas as suas etapas, lamentando a compulsória subtração de preciosas fases de apreciação mais acurada dos diversos projetos e referiu que, tão logo seja concluída a reunião, procederá ao imediato encaminhamento, a todos os parlamentares, do conjunto das resoluções tomadas pelo Colegiado, também solicitando semelhante procedimento por parte dos Conselheiros ligados aos mencionados políticos, visando-se a obtenção do seu empenho e dedicação máximos, através da adoção de eficazes medidas capazes de contemplarem a UFBA com o maior aporte possível de recursos financeiros.

Não houve o que ocorrer.

Tipo de reunião: Ordinária

Data Pauta(s) O que ocorrer
Ata da reunião ordinária do Conselho Universitário da Universidade Federal da Bahia 03.12.2008. qua, 03/12/2008 - 08:30
  •  
     Item 01 da pauta: 
    Eleição do Substituto Eventual do Vice-Reitor. Com a palavra, o Conselheiro Francisco Mesquita agradeceu a importante participação do Conselheiro José Vasconcelos Oliveira no exercício daquele cargo ao longo de cinco anos, sempre colaborador e disponível, e sugeriu o nome do Conselheiro Luís Edmundo Campos para a sua substituição, por ele acatada e admitida.
     
     O Senhor Presidente procedeu à eleição, regimentalmente secreta, designando para escrutinadores os Conselheiros Marco Antônio Fernandes e Antônio Wilson Menezes que, após apuração, anunciaram o seguinte resultado: de um total de 37 votos, 36 foram concedidos ao único candidato e 1 em branco, dessa forma elegendo-se o Conselheiro Luís Edmundo Campos para Substituto Eventual do Vice-Reitor, para o exercício de 2009.
     
    Item 02:
    Colaboração da UFBA no combate à dengue. Relator: Conselheira Maria da Glória Lima Cruz Teixeira.
     
     O Magnífico Reitor justificou a inclusão daquele tema na pauta da reunião, em função da iminente ocorrência de uma epidemia de dengue de graves proporções na Bahia, probabilidade significativamente ampliada com a chegada do verão, e passou a palavra à Conselheira Maria da Glória Teixeira para proceder à exposição sobre o assunto, então realizada, com auxílio de datashow, em relação à “Dengue no Brasil e na Bahia: desafios atuais e perspectivas”. Uma vez concluída a apresentação, fez uso da palavra o Conselheiro José Tavares Neto para referir a existência, na Faculdade de Medicina (MED), de uma linha de atuação voltada para as doenças infecto-contagiosas e comentou acerca da desinformação e despreparo das equipes de saúde de Salvador para assistência e tratamento daqueles casos, ao que atribuiu parcela de responsabilidade no aumento do número de mortes pela doença, considerando recomendável a imediata procura de um Centro de Saúde tão logo apareçam os sintomas, também evitando-se a aplicação caseira de remédios, por vezes de equivocado receituário, além de corroborar as instruções proferidas pela Conselheira Maria da Glória, com ênfase para as ações de hidratação e de especial atenção aos mencionados sinais de alerta.
     O Conselheiro Luís Edmundo Campos sugeriu a extensão das atividades informativas sobre a dengue, inclusive do Seminário a ser realizado sobre o tema, às comunidades mais carentes e circundantes da área da Escola Politécnica  (ENG).
     O Senhor Presidente realçou o trabalho da expositora na orientação, prevenção e combate à doença, consubstanciando o próprio papel e missão da UFBA, ainda mais relevante por coincidir com o período correspondente à chegada de muitos e novos estudantes.
     O Conselheiro Daniel Marques registrou as dificuldades por ele enfrentadas para convencer os empregados das empresas terceirizadas da Escola de Teatro (TEA) a participarem da mencionada oficina, já em curso, sobre o tema, sempre recalcitrantes, lamentando a sua ausência naquele importante evento informativo.
     A Conselheira Dulce Aquino manifestou preocupação em relação ao córrego de Ondina, possível foco de proliferação do mosquito transmissor e a Conselheira Maria da Glória Teixeira informou sobre a escassa probabilidade de tal acontecimento, em virtude do tipo de água corrente e da composição do seu solo, cujas características não permitem a fixação dos ovos do inseto.
     A Conselheira Solange Araújo parabenizou o trabalho da Conselheira Maria da Glória, destacando o entusiasmo dos servidores participantes da citada oficina, em cuja oportunidade muito aprenderam sobre a dengue e apoiou a sua continuidade e ampliação.
     O Conselheiro Joviniano Neto propôs a realização de uma articulação daquelas atividades com os serviços de limpeza dos campi, tendo o Senhor Presidente acatado a sugestão, complementarmente referindo a forma ampla e associada dos serviços a serem desenvolvidos, mediante realização de um mutirão agregador de agentes da Prefeitura Municipal de Salvador, Ministério da Saúde etc., dentre outros órgãos igualmente capacitados a contribuírem no combate à doença, em seguida indagando a respeito da expectativa de virulência para dengue hemorrágica.
     A Conselheira Maria da Glória Teixeira que a população afro-descendente dispõe de uma boa proteção imunológica, não sendo a Cidade do Salvador habitualmente alcançada por um percentual elevado da doença, sobretudo em circunstâncias letais, a despeito da indisponibilidade atual de dados mais consistentes sobre a vulnerabilidade das crianças, sendo complementada pelo Magnífico Reitor com o comentário sobre a possibilidade de ocorrência de até 12.000 mortes, com base em cálculos percentuais e estatísticos efetuados.
     A Conselheira Joana Angélica da Luz procedeu à apresentação de um vídeo sobre o campus do Instituto de Ciências Ambientais e Desenvolvimento Sustentável (ICADS), no município de Barreiras, seguindo-se algumas observações e comentários que, basicamente, assinalaram o significativo desfavorecimento da Bahia, em termos de vagas universitárias, em relação a outros estados brasileiros, recentemente compensado através de iniciativas da UFBA voltadas para a implantação de novos campi no interior, a exemplo, precisamente, do ICADS no oeste baiano, em cuja região vem a Instituição propagando e consolidando a sua marca educacional, então externando positivos augúrios quanto à sua crescente proliferação e disseminação.
     O Magnífico Reitor destacou a significativa participação e responsabilidade do CONSUNI no aludido processo, desta forma comprovando-se a acertada decisão, à época, de se opor ao desaconselhável aguardo de um suposto momento ideal para a sua execução, assim confirmando-se a necessidade da ousadia, embora amparada em requisitos de prudência e segurança, no sentido do alcance e obtenção dos almejados resultados.
     Item 03:
    Plano Diretor: Licitações 2008 e 2009. Relator: Comissão de Patrimônio e Espaço Físico. Com a palavra, o Conselheiro Luís Edmundo Campos, presidente da referida Comissão, procedeu à leitura do relatório (anexo), sendo complementado, ao seu final, com a observação do Senhor Presidente no que respeita à caracterização do Centro de Idiomas como um equipamento de uso coletivo, a atuar sob a supervisão do Instituto de Letras (LET), desta forma não apresentando a configuração de Unidade, como se poderia inferir pelo teor do parecer apresentado.
     
     O Conselheiro Marco Antônio Fernandes justificou aquela concepção então imaginada pela Comissão, com base na referência, contida no projeto, à disponibilização de espaços para atividades de Colegiados de Cursos na nova edificação, assim propondo uma discussão sobre o tema e o devido reparo do aparente equívoco, de forma a evitar ilações que venham a ensejar falsas interpretações acerca da modalidade administrativa e funcional do aludido equipamento.
     O Conselheiro Francisco Mesquita admitiu e concordou com a existência de um erro motivador de uma falsa compreensão de destinação de uma área reservada para atividades especificamente administrativas e informou acerca da realização de quatro licitações: 1- ampliação do Instituto de Letras (LET); 2- fechamento do campus do Canela; 3- Ambulatório Magalhães Netto; 4- Centro de Idiomas, adicionalmente assinalando a queda dos preços numa faixa de 20% a 30% dos valores das propostas originais, em certames que apresentaram boa concorrência e competitividade.
     O Conselheiro João Gabriel Cabral parabenizou o Conselheiro Luís Edmundo Campos pelo relatório, registrando, contudo, a reduzida função da Comissão de Patrimônio e Espaço Físico no trabalho de avaliação dos projetos, em face da inexistência de alternativas para análise e escolha por parte dos seus membros, aos quais foi disponibilizado um documento pronto e concluído, sem qualquer possibilidade de intervenções modificadoras ou suplementares, então solicitando, para as próximas oportunidades similares, a adoção de um procedimento diverso e possibilitador de uma avaliação mais participativa e aprofundada da equipe; assinalou as dificuldades para compreensão das fontes de recursos constantes do processo, pouco esclarecedoras na forma divulgada, sobretudo quanto à sua distinção entre as verbas provenientes do REUNI e das emendas parlamentares; defendeu a necessidade de contato e entendimento com a Pró-Reitoria de Ensino de Graduação (PROGRAD) para exame da parte acadêmica; e solicitou a realização de discussão acerca do relatório da Comissão de Assistência Estudantil, bem como a prioritária colocação, na próxima pauta relacionada com o Plano Diretor, do aspecto referente aos recursos financeiros alusivos ao citado tema.
     A Conselheira Dulce Aquino lamentou a forma de encaminhamento basicamente quantitativa das questões, sugerindo uma equivalente observância aos elementos qualitativos de ordem acadêmica e peculiar da UFBA.
     
     A Conselheira Maria Auxiliadora da Silva referiu a necessidade de um montante aproximado de 1,5 milhão de reais do REUNI para o Instituto de Geociências (GEO).
     A Conselheira Celi Taffarel ressaltou o papel social universitário como tópico fundamental do processo, a ser exercido de maneira independente de programas governamentais, além de propor o atendimento às várias demandas através do estabelecimento de prioridades institucionais, neste caso dando o exemplo da Faculdade de Educação (EDC), cuja situação requer uma imprescindível reforma, em face da gravidade do seu atual estado físico.
     O Conselheiro Sudário Cunha parabenizou a Conselheira Maria da Glória Teixeira, assim como o Instituto de Saúde Coletiva (ISC) e a própria UFBA pelo trabalho realizado no combate à dengue e assinalou a precariedade das condições da Faculdade de Ciências Contábeis (FCC), ainda alojada em espaço exíguo da Faculdade de Ciências Econômicas (FCE), uma vez mais reivindicando a construção do prédio próprio da Unidade, sob pena de se promover um descompromisso administrativo, acadêmico e funcional em relação ao REUNI.
     O Conselheiro Antônio Wilson Menezes registrou a postura de bom relacionamento entre as duas citadas Faculdades, todavia fazendo-se necessárias determinadas iniciativas de acompanhamento mais estreito de qualquer intervenção física no prédio sob a sua administração, a exemplo da recente construção de um sanitário pela FCC, motivador de querela entre ambas as direções, uma vez mais salientando a inexistência de problema na acolhida daquela Unidade por parte de FCE, residindo as maiores dificuldades de convivência na questão referente à divisão cotidiana de trabalho nas suas áreas comuns.
     A Conselheira Marilene Barbosa indagou a respeito da situação do prédio do Instituto de Ciência da Informação (ICI).
     O Conselheiro Dirceu Martins parabenizou a Comissão pelo trabalho realizado, reiterou a insuficiência da verba do REUNI para atendimento a todas as demandas oriundas da expansão universitária, comentou que a discussão do CT-INFRA não perpassou o CONSUNI e apoiou a execução das diversas reformas e ampliações universitárias, embora condicionadas à conclusão e aprovação dos respectivos projetos.
     O Conselheiro Arthur Matos Neto também congratulou-se com a Comissão, particularmente quanto à prioritária escolha dos equipamentos coletivos em meio a uma significativa quantidade de solicitações, com destaque para a parcela financeira destinada aos Institutos básicos, a serem provavelmente atendidos com maior brevidade em comparação com as Unidades profissionalizantes, estas a serem, posteriormente, contempladas através de novas licitações e sublinhou o caráter produtivo do ano em curso, principalmente quanto à recuperação de aspectos antigos e históricos da Universidade, ainda pendentes de uma apreciação mais criteriosa e definitiva, podendo-se constatar o positivo interesse e a profícua participação gerais no sentido da sua resolução.
     A Conselheira Solange Araújo acentuou a coerência do trabalho da Comissão ao definir a prioridade de assistência aos equipamentos coletivos, defendeu a fixação de critérios de atuação em face de uma generalizada demanda universitária, comentou sobre os maiores inconvenientes técnicos dos trabalhos de reforma em relação aos serviços de construção, ratificou a escassez da verba oriunda do REUNI para atendimento a todas as solicitações e destacou as funções de acompanhamento, fiscalização, articulação e distribuição dos recursos como inerentes às atividades a serem desenvolvidas por parte da Comissão, com a proposição da sua aproximação da Pró-Reitoria de Planejamento e Administração (PROPLAD).
     O Conselheiro Francisco Mesquita reportou-se ao histórico e acumulado débito acadêmico e administrativo para com a Universidade, efetivamente equivalente a um expressivo passivo institucional, não restrito à sua parte física, mas extensivo a vários outros setores e aspectos da UFBA; vislumbrou e aludiu à significativa tarefa a ser desenvolvida pela Comissão de Patrimônio e Espaço Físico nos correspondentes trabalhos subseqüentes; informou sobre a compulsória agregação, ao programa REUNI, de qualquer valor financeiro destinado ao projeto expansionista; enfatizou o já mencionado equívoco de planejamento referente ao Centro de Idiomas, assegurando o caráter coletivo daquele equipamento, à semelhança do Pavilhão de Aulas da Federação, que igualmente pressupõe um espaço administrativo e comunitário; referiu que o CT-INFRA e as emendas parlamentares individuais estão diretamente associadas às Unidades, em função do esforço e da eficiência dos seus respectivos dirigentes, neste caso exemplificando com a situação do Instituto de Geociências (GEO) que, não dispondo de projetos, providenciou a sua recente execução, vindo a ser amplamente contemplado; defendeu o ajuste de cada Unidade à sua realidade orçamentária, devendo os respectivos projetos ser definidos mediante inclusão e atenção aos itens de investimento e custeio; apoiou a proposta de realização de reunião da Comissão com a PROGRAD; e fez referência aos contatos pessoais, já efetuados, entre o Magnífico Reitor e alguns parlamentares, relativos às emendas de bancada, cujo valor habitualmente liberado costuma se situar entre 60% e 70% do seu montante global previsto.
     O Conselheiro Luís Edmundo Campos ratificou a concepção da Comissão, mais voltada para o interesse coletivo em detrimento da individualidade de cada Unidade, sob entendimento de que os equipamentos a serem prioritariamente contemplados pertencem e atendem ao conjunto institucional e incorporou o reparo relacionado com o Centro de Idiomas, passando a desconsiderá-lo como Instituto e absorvendo-o na já mencionada condição utilitária de uso comum.
     O Senhor Presidente assinalou a urgência de definição das obras propostas para licitação, sobretudo diante da impossibilidade de transferências financeiras para as Fundações, com isto tornando-se indispensável a efetivação das contratações imediatamente após a liberação dos recursos e, em seguida, colocou o parecer da Comissão de Patrimônio e Espaço Físico em votação, nas condições anunciadas, devidamente ajustado em relação ao Centro de Idiomas, com a priorização dos equipamentos coletivos e das intervenções de natureza emergencial das Unidades, sendo aprovado pela maioria plenária, com 4 abstenções.
     Os Conselheiros Jonhson Santos, para registrar que, a despeito da escassa assistência à Faculdade de Direito (DIR), aliás, compreensível, em comparação com muitas outras situações universitárias de carência bem mais pronunciada, votara favoravelmente à proposta encaminhada; e Maria Auxiliadora da Silva, para referir que assim também procedera com o intuito de manter e não confrontar idêntico posicionamento já externado pelo seu titular, Conselheiro Luiz Rogério Leal, ausente à reunião. 

 O Magnífico Reitor passou à apreciação da questão dos Órgãos Suplementares, com a sugestão da prorrogação da sua avaliação, prevista para acontecimento até a data de 31.12.2008, por um período de noventa dias adicionais, dela se excluindo dois itens respectivamente referentes à lotação de pessoal, mediante manutenção da devolução dos seus servidores às Unidades até o citado prazo originalmente fixado, e da retirada das funções comissionadas dos seus dirigentes, como mecanismo indutor da transformação, de forma a evitar novas protelações da sua avaliação, sendo então apoiado pelo Conselheiro Dirceu Martins.
 A Conselheira Lina Aras propôs a constituição de uma Comissão voltada para a elaboração e apresentação de um estudo acerca do Sistema de Museus da UFBA, sobre cujos órgãos se concentrava a sua maior preocupação, bem como manifestou a sua postura opositora em relação à sugestão apresentada. Após considerações complementares, basicamente convergentes quanto aos diversos elementos discutidos sobre o tema, com exceção para o tópico referente à mencionada retirada das funções comissionadas, o Senhor Presidente colocou a sua proposta em votação, então acrescida da solicitação da Conselheira Lina Aras relativa ao citado Sistema de Museus, ficando como destaque o item alusivo aos cargos de direção (CD), único aspecto que não logrou o consenso plenário, sendo aprovada com 1 abstenção. Em seguida, passou à apreciação do referido destaque, com a dupla alternativa da retirada ou manutenção das funções comissionadas no prazo anteriormente definido, submetendo as duas hipóteses à votação, tendo a primeira obtido 25 votos contra 1 concedido à segunda, além de 1 abstenção, desta forma deliberando-se pela sua supressão ao final do período previamente estabelecido, portanto não mais perdurando durante os noventa dias adicionais concedidos à regularização da situação dos Órgãos Suplementares da UFBA.
  A Conselheira Lina Aras, para justificar o seu voto contrário, em função da sua divulgada preocupação com a Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FFCH) e com os diversos museus universitários, dos quais destacou o Museu de Arte Sacra (MAS), com base na importância e valor do seu patrimônio, a que acrescentou o Magnífico Reitor a notícia de que, juntamente com outros organismos institucionais legalmente excluídos, aqueles também não seriam alcançados pela decisão recém tomada pelo Conselho.
 
 

Páginas