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Atas do Consuni

E.g., 11/2024
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Data Pauta(s) O que ocorrer
Ata da reunião informal do Conselho Universitário da Universidade Federal da Bahia 01.07.2004 qui, 01/07/2004 - 14:00
  • item 05  – “Execução orçamentária do exercício 2004”
     
            Tendo como relatora, a Conselheira Dora Leal Rosa, em caráter informal e desprovida de comportamento deliberativo, dada a relevância do tema, em face da atual conjuntura econômica da UFBA, a requerer opiniões e posicionamentos daquele Colegiado. Com a palavra, o Senhor Presidente registrou as presenças dos Conselheiros Ademário Galvão Spinola e Renato Jorge Pinto, respectivamente representantes do Instituto de Saúde Coletiva (ISC) na condição de decano da Unidade e dos servidores técnico-administrativos, ambos participando pela primeira vez de reunião do Conselho, passando, em seguida, a palavra à relatora, Conselheira Dora Leal Rosa, que então procedeu a uma apresentação acerca das contas da Universidade, através da utilização de equipamentos de projeção e data-show, com a simultânea distribuição do correspondente documento intitulado “Execução orçamentária 2004”. Na exposição, ressaltou o constante crescimento das despesas com água, energia, limpeza, telefone e vigilância, tendo também elaborado comentários diversos sobre a caótica situação financeira da Instituição, concluindo com a informação sobre a necessidade de obtenção de R$ 7.044.000,00 para o 2º semestre de 2004, uma vez que a verba prevista e supostamente disponível se esgotara no mês de junho, não se incluindo aí o débito com a EMBASA, que perdura desde 1999 e já se encontra bastante elevado e, também, ressaltando, o tratamento especial que vem sendo adotado em relação às contas da COELBA, em virtude dos seus expressivos aumentos. Com a palavra, o Conselheiro Marco Antônio Fernandes manifestou maior preocupação com o aspecto do consumo de energia em face do seu amplo e notório desperdício, considerando que as medidas já implementadas para a telefonia deverão atenuar a sua demanda e custos; fez referência à sobrecarga elétrica do Instituto de Matemática e à conseqüente impossibilidade de utilização de alguns equipamentos em virtude do risco de incêndio, defendendo a exploração de energia alternativa e a obtenção imediata de recursos para o equacionamento de um problema histórico, que reclama encaminhamento e solução imediatos.
     
       O Conselheiro Roberto Paulo Araújo atribuiu a preocupante situação ao estado de penúria e abandono a que foram relegadas as IFES por parte do Governo Federal, a despeito da posição que ainda ostentam e conservam como melhores instituições de ensino do País. No seu entendimento, há, além das perdas, aumento real de demanda, em decorrência do incremento populacional e de atividades da Universidade,  bem como da permanente aquisição de novos equipamentos por professores, através de projetos e convênios, então instalados sem qualquer acompanhamento técnico, por vezes até sob desconhecimento do diretor da Unidade, provocando o aumento desordenado de energia. Por outro lado, ressaltou o Conselheiro Roberto Paulo, revela-se uma expressiva expansão da produção universitária, em contraposição à persistente inibição e asfixia das IFES por parte do Governo Federal, como a demonstrar uma resposta afirmativa a uma suposta tentativa de sucateamento. Em outras palavras, constata-se que a UFBA está operando e realizando satisfatoriamente, trabalhando muito e funcionando mais, daí advindo o aumento dos mencionados gastos que atualmente acontecem ao longo dos doze meses do ano, em virtude do remanejamento das férias regulares no calendário letivo. Por fim, o Conselheiro Roberto Paulo criticou a proporção do aporte financeiro que, ao disponibilizar cerca de 95% da sua totalidade para pagamento de pessoal, faz com que os restantes 5% inviabilizem os procedimentos rotineiros de gestão.  
     
       O Conselheiro Antônio Heliodório Sampaio destacou, como aspectos mais preocupantes, o aumento de demanda e a falta de planejamento para manutenção, freqüentemente realizada de forma improvisada por técnicos de nível médio, que não detêm conhecimento específico suficiente para operar, exemplificando, dentre outros, o caso da absoluta falta de engenheiros mecânicos para supervisionar a instalação e manutenção dos elevadores e caldeiras da UFBA; as redes elétricas e hidráulicas são complexas e sofrem, também, intervenções amadoras em virtude da inexistência de profissionais qualificados e de projetos e planos para o conjunto do campus que, pela sua amplitude, muito se aproxima de uma cidade; aludiu ainda à indisponibilidade de cadastros e mapas de infra-estrutura, somente encontrados nas respectivas concessionárias e por ele considerados imprescindíveis à execução do Plano Diretor e registrou o abandono e a deterioração ocorridos em instalações de algumas Unidades de Ensino.
     
         O Conselheiro Renato Pinto concordou com a concepção do acréscimo do consumo de energia como conseqüência dos improvisos, mostrando-se cético quanto à melhoria do sistema em prazo curto, também fazendo referência e ressaltando os elevados valores da taxa de esgoto, todavia passível de negociação com a EMBASA; admitiu a ocorrência do desperdício e indagou sobre a situação do projeto “Água Pura”, tendo a Conselheira Dora Leal Rosa informado sobre a sua continuidade, apesar de alguns prejuízos motivados pelo reduzido número de integrantes para atendimento a toda a UFBA, adicionalmente referindo-se à tentativa de negociação das contas de água com aquela empresa, lamentavelmente estagnada ou pouco avançada em face do elevado valor do débito que impõe à Universidade a desconfortável condição de maior devedor daquele Órgão público estadual. Propôs também o Conselheiro Renato a aplicação de breves e permanentes revisões elétricas e hidráulicas, além de procedimentos de manutenção mais rigorosos e eficientes nas Unidades mais carregadas.
     
        A Conselheira Lina Maria Aras sugeriu a adoção de medidas específicas que, no caso da energia, devem abranger intervenção na manutenção e iniciativas educativas para o seu uso, lembrando do resultado positivo alcançado por ocasião da implantação do racionamento punitivo no País, ainda mencionando a possibilidade de uso das modalidades eólica e solar na Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas; com relação à água, reconheceu a existência de desperdícios do usuário e institucional e, sobre o telefone, comentou que o “TELEUFBA” não promoveu os efeitos favoráveis desejados, em virtude do uso indistinto dos aparelhos por pessoas que levam para o âmbito público os problemas e assuntos de natureza particular, com a inquestionável ocorrência de abusos; propôs a atualização e treinamento dos poucos funcionários habilitados da Prefeitura do Campus e a formação de uma Comissão com o objetivo de preparar e incentivar uma cultura de racionamento na UFBA, através da elaboração de programas e campanhas educativas.
     
         O Conselheiro Osvaldo Barreto Filho fez observação referente à manutenção da verba de custeio no documento exibido, que não tem apresentado alteração significativa, a revelar uma situação de decréscimo orçamentário efetivo a cada período, apesar dos aumentos tarifários em percentuais bem superiores aos da inflação, aduzindo que as medidas estruturais de economia requerem aporte elevado de recursos e a formação de Comissão reflete um procedimento que tem se mostrado ineficaz. Entende o Conselheiro Osvaldo Barreto que a UFBA está tecnicamente falida e politicamente envolvida, disto resultando conseqüências adversas que muito prejudicam a Instituição; notou que, à evidência de um arrocho financeiro imposto às IFES pelo Governo, correspondeu, em contrapartida, uma melhoria de todos os indicadores demonstrativos de produtividade, a sugerir uma real existência de sobras ou excessos passíveis de redução, sem prejuízo técnico ou acadêmico; admitiu, contudo, que um dos aspectos críticos está relacionado com a manutenção e a reposição de pessoal, que não acontece na proporção das perdas, além da absoluta ausência de recursos a partir do mês de julho até o final do corrente ano; propôs, então, uma mobilização política capaz de solucionar ou atenuar a gravidade financeira da Instituição, sob pena de se prolongar o aludido estado de falência atual que, mesmo não causando o fechamento, pode indefinidamente estender o ambiente de precariedade histórica do funcionamento da Universidade.
     
        O Conselheiro Luiz Fernando Bandeira revelou que, de acordo com análise já efetuada, há possibilidade concreta de redução de custos com os serviços de limpeza e vigilância da UFBA se voltassem eles a serem realizados através dos antigos padrões ou modelos de administração direta, também informando que a ASSUFBA já vem atuando no sentido de regularizar as distorções funcionais do seu quadro de pessoal, bem como de planejar e realizar treinamento e qualificação profissionais; defendeu o aprofundamento das discussões que objetivem a redução das despesas em todos os setores citados, considerou necessária a mudança da linha de atuação governamental e, no âmbito interno, a aplicação da Reforma Patrimonial.
        O Conselheiro Francisco Mesquita informou sobre a exclusão da UFBA do conjunto da matriz nacional do FORPLAD, em virtude dos seus elevados gastos com energia, limpeza etc., que se encontram em nível bastante superior à média das despesas das IFES de porte equivalente; admitiu a existência de excessos e desperdícios e referiu que a hipótese da perfuração de poços no campus de Ondina, já testada no Reitorado anterior, se revelou pouco compensadora. Prosseguindo, o Conselheiro Francisco Mesquita disse que a deflagração de um processo sério e competente de contenção de gastos ou eficiente investimento requer, dentre outros elementos, a convocação de técnicos pouco envolvidos nas atividades da UFBA, portanto menos ocupados e mais disponíveis à execução das tarefas, mas que sobretudo detenham alto grau de profissionalismo. Constatando um inequívoco aumento das despesas, informou sobre a tentativa de modificação dos procedimentos particularmente relacionados com a segurança e limpeza, a serem preliminarmente implantados, em caráter probatório, no espaço da Administração Central, para posterior difusão e descentralização pelos demais setores da Universidade.
     
        A Conselheira Dora Leal Rosa enalteceu a positiva idéia e iniciativa do Magnífico Reitor ao pretender encaminhar a todos os Conselheiros as notícias referentes à atual situação financeira da Instituição, efetivamente preocupante, solicitando dos dirigentes o acompanhamento das atividades e correspondente consumo ou dispêndio nas respectivas Unidades e, sempre que necessária, a requisição dos serviços com a urgência demandada por cada caso; ratificou o declínio da participação da UFBA na mencionada matriz de alocação de recursos por razões de natureza quantitativa e qualitativa, entre estas ressaltando a falta de cursos noturnos, já que somente um, o de Física, funciona regularmente, também referindo que todas as preocupações relacionadas com a execução orçamentária já estão sendo levadas ao conhecimento dos Órgãos competentes, com destaque para o Tribunal de Contas da União (TCU) e a Controladoria Geral da União (CGU). Findas as manifestações, o Presidente anunciou as três medidas a serem imediatamente deflagradas: 1- encaminhamento de todas aquelas informações e posições ao Ministério da Educação e Cultura (MEC) na próxima terça-feira, dia 06.07.04, quando pretendia, pessoalmente, discutir o assunto e buscar alternativas que atenuem a adversa situação, sobretudo em face da escassa atuação e intervenção daquele Ministério e do insatisfatório resultado da Emenda ANDIFES, que ficou financeiramente situada em nível bem inferior ao previsto; 2- tentativa de remanejamento das verbas referentes e previstas para os meses de novembro e dezembro, com a sua antecipação para julho e agosto; 3- levar o caso à esfera e conhecimento da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Comentou, ainda, Sua Magnificência, sobre a existência da Comissão de Patrimônio, Orçamento e Finanças do Conselho Universitário que, preferivelmente à constituição de outras, deve ser acionada e se reunir para apreciação do assunto, a permanecer em pauta continuada até a sua definitiva regularização; referiu também que algumas das proposições apresentadas pelos Conselheiros já estão aplicadas e em curso e ratificou a grande dificuldade experimentada pela UFBA para negociação do débito com a EMBASA, atribuindo-a a embaraços políticos que vêm expressando ou aparentando indisposição do Estado em relação aos rumos adotados pela UFBA, admitindo, ainda assim, a possibilidade de reivindicação de transferência da responsabilidade e encargo de algumas despesas institucionais de custeio, a exemplo da vigilância, para o Governo Estadual. Por fim, informou sobre a preocupação, empenho e disponibilidade da Reitoria para com a greve dos servidores, recentemente deflagrada, transmitindo semelhante posicionamento da parte do MEC, que revelou não ter participação no processo de negociação, cujo andamento vem envolvendo o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), a Casa Civil e a Presidência da República, para posterior encaminhamento do projeto ao Congresso Nacional.
     

Não houve o que ocorrer

Ata da reunião conjunta do Conselho Universitário com os dirigentes dos Órgãos Suplementares da Universidade Federal da Bahia 03.06.2004 qui, 03/06/2004 - 09:00
  • item 1
        - Instalação das Comissões Permanentes do Conselho Universitário (reconstituídas em 15.03.04). Declarando instaladas as Comissões Permanentes, o Magnífico Reitor informou que a escolha dos seus Presidentes se fará ao final da reunião (item 2).
     
    item 3 
     
      – Relatório de Auditoria da CGU
         O Presidente procedeu a  uma breve explanação acerca do procedimento de auditoria com as respectivas incumbências da Controladoria Geral da União e da Controladoria Interna da UFBA devendo o processo ser formalmente analisado pelo Conselho de Curadores. Optara por dar conhecimento do assunto aos dirigentes institucionais através da distribuição do relatório ao Plenário para posterior discussão por parte dos seus integrantes. Com a palavra, o Coordenador de Controle Interno, Dr. Joseny Marques Freire, apresentou uma síntese do Relatório de Auditoria de Avaliação de Gestão especialmente voltado para o resultado dos exames realizados sobre os atos e fatos de gestão praticados no âmbito da UFBA em 2003, ainda inconcluso, não definitivo, adicionalmente ratificando o encaminhamento do documento final ao Conselho de Curadores, como habitualmente acontece, para sua apreciação por parte do Órgão Colegiado competente. Trata-se de um relato sucinto mas abrangente que também considera situações já equacionadas pela instituição e que deverá ter o seu oportuno direcionamento, em caráter conclusivo, à CGU, uma vez cumpridas suas diversas etapas.
        Na continuidade, o Magnífico Reitor fez referência à distribuição de cartas anônimas a vários diretores de Unidade contendo denúncias de irregularidades em processos de licitação com envolvimento da Vice-Reitoria, Prefeitura do Campus Universitário, Procuradoria Jurídica e Pró-Reitoria de Planejamento em período correspondente ao final do ano passado, já tendo a Reitoria procedido ao seu levantamento e contato com os Órgãos supostamente responsáveis. A despeito das perfeitas justificativas neles constantes optou-se pelo seu encaminhamento à Controladoria Interna para avaliação e pronunciamento. A este respeito, ressaltou o Cons. Nelson Pretto a característica de probidade da atual gestão refutando manifestações que, desprovidas de identificação, não merecem atenção e crédito, propondo a sua consideração para simples efeito de alerta aos setores relacionados com posterior e imediato encerramento do assunto.
        Com a palavra, o Prefeito do Campos, Dr. Luiz Sérgio Vieira, atribuiu as anônimas manifestações a uma modificação da sistemática operacional da PCU que confrontou interesses e vícios históricos consolidados, afinal removidos pela nova metodologia por ele adotada que reduziu espaços e regalias de algumas empresas habituadas a atuar com excessiva liberdade e exagerado poder, a elas atribuindo, em parte, o comportamento danoso que objetiva o prejuízo e comprometimento da gestão. Admite o Prefeito que a sua ação também gerou inimizades no âmbito interno e as intensas reações quase o demoveram das suas pretensões renovadoras, somente mantidas graças à interferência e apoio de colegas que o dissuadiram da mudança de propósitos. Teceu elogiosos comentários acerca do comportamento do Vice-Reitor, Prof. Francisco Mesquita, ético e trabalhador, cuja relação pessoal e profissional somente aconteceu recentemente não admitindo qualquer insinuação de conchavo ou equivalente e irrecomendável procedimento capaz de macular o atual reitorado. Ao apresentar sugestão de instauração de Inquérito Administrativo para apuração do caso foi imediatamente demovido pelo Cons. Nelson Pretto e por alguns dos seus pares que também se manifestaram pela desconsideração do documento anônimo, por fim disponibilizando-se o Dr. Luiz Sérgio para o fornecimento de eventuais esclarecimentos requeridos pelo episódio.
     
      item 4 – Emendas Orçamentárias 2005.
         O Magnífico Reitor informou sobre a aproximação do período de votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) pelo Congresso Nacional com o subseqüente encerramento da liberação e destinação das verbas para investimentos. Em recente viagem a Brasília tomou a iniciativa de sondagem e ausculta a diversos parlamentares baianos acerca de possíveis contribuições à UFBA já que cerca de 60% da sua totalidade corresponde a ex-alunos, muitos dos quais ainda conservam relacionamentos profissionais técnicos ou docentes com a instituição, a eles pleiteando que, por ocasião da apresentação das respectivas propostas orçamentárias, também levem em conta projetos de investimento vinculados a Unidades da Universidade. Dispõe cada um dos 29 políticos consultados de cerca de 2.000.000,00 para emendas de natureza individual de cujo montante admitem reservar um valor mínimo de 100.000,00 do seu quinhão pessoal para aplicação em projetos da UFBA. Solicitou então o Presidente que fosse o assunto encaminhado às diversas Unidades de Ensino e Órgãos Suplementares para efeito de discussão interna com a respectiva comunidade acerca das suas demandas prioritárias que preferencialmente se situem numa faixa financeira entre 100.000,00 e 300.000,00 daí resultando a elaboração de uma proposta final a ser preparada e encaminhada à Reitoria. Trata-se de uma fase embrionária do processo que impõe prazos congressuais devendo cada parlamentar receber uma súmula com os respectivos orçamento e justificativa até o mês de agosto. Para um total de 38 representantes baianos e a média individual de 200.000,00 é razoável a estimativa de obtenção de 7.600.000,00 pretendendo o Magnífico Reitor formalizar o conjunto final das reivindicações em evento específico que deverá reunir os congressistas para encaminhamento do projeto acabado.
     
         A Consa. Lígia Maria Vieira da Silva apoiou a iniciativa, indagando, porém, sobre a situação das áreas de interesse e problemática comuns, tipificando com o exemplo da segurança no Campus e a Consa. Jundiara Paim, também enaltecendo a idéia motivadora da nova perspectiva e realizando questionamento semelhante, contrapôs-se, todavia, à vinculação dos nomes dos parlamentares a projetos por eles patrocinados por entender que o procedimento simplesmente corresponde e atende a um compromisso público naturalmente assumido por eles através das eleições.
        A Consa. Yeda de Andrade Ferreira elogiou a iniciativa a ser imediatamente deflagrada no Instituto de Geociências e a Consa. Dulce Lamego da Silva defendeu a aplicação de soluções ágeis e desburocratizadas como forma de aquisição e liberação dos recursos preferencialmente acompanhados de visibilidade e transparência, sempre bem-vindos ao lamentável cenário de penúria por que passa a instituição. Caso lhe fosse permitida e facultada assistência financeira similar também assim agiria em prol dos interesses da Escola de Dança. Discordou da concepção que propõe ressalvas ou restrições à identificação dos parlamentares que se dispõem a colaborar com reserva e disponibilização de verba pessoal a empreendimentos públicos.
       O Cons. Nelson Pretto sugeriu acompanhamento e apoio técnicos aos projetos por parte da Prefeitura do Campus bem como a execução de um trabalho profissional e competente para o alcance de favoráveis resultados, o diretor do CPD, Dr. João Gualberto Araujo, se manifestou favoravelmente a ações e soluções que indistintamente contemplem os diversos setores demonstrando a importância e o significado do investimento na tecnologia da informação e o Cons. José Tavares Neto externou a sua preocupação de que venham as emendas a favorecer grandes projetos em detrimento das Unidades menores, ainda destacando os preocupantes problemas relacionados com a segurança, tráfico de drogas, guarda de veículos, etc, distinguindo aqueles localizados nas cercanias do complexo médico-hospitalar do Vale do Canela, com a proposição de constituição de uma Comissão formada por representantes das Unidades ali situadas de forma a se evitar desastrosas e trágicas conseqüências à comunidade circulante. Também endossou a desconsideração da carta anônima e propôs a reflexão de cunho coletivo em torno dos anunciados projetos sem prejuízo para os aspectos e interesses individuais.
       O Cons. Antônio Heliodório Sampaio admitiu a possibilidade de execução de um trabalho que atenda separadamente aos dois casos com a proposição complementar de que, por ocasião do encaminhamento dos projetos, se proceda à realização de uma triagem capaz de identificar e distinguir as duas hipóteses, a despeito da conotação individual das emendas, devendo as diversas atividades ocorrerem sob a orientação de uma equipe coordenadora e o Cons. Luiz Edmundo Campos registrou a falta de um Plano Diretor na instituição com a inevitável e conseqüente repetição de uma situação que costuma clamar por medidas e intervenções emergenciais e externas, normalmente apressadas, desprovidas de resultados concretos. Ressaltou a postura omissa do Conselho Universitário em relação a diversos setores e serviços a que não tem dedicado a adequada e devida atenção com destaque, dentre outros, para o consumo de drogas e propôs a formação de um banco de dados que possibilite resposta mais eficiente a demandas que, como aquela que reivindica recursos, igualmente carecem de solução, acometendo e comprometendo o andamento das atividades institucionais.
        O Cons. Marco Antônio Fernandes também fez referência à inexistência de planejamento e Plano Diretor na UFBA e aos resultados inócuos das discussões pouco embasadas, também comentando sobre a elevada demanda acadêmica que já vem atingindo o Instituto de Matemática totalmente comprometido pela superlotação. Urge a ampliação de áreas ou a construção de novos espaços como forma de atenuar uma preocupante situação que inevitavelmente induz a uma concepção egoista ou unilateral com a priorização do elemento individual em oposição ao recomendável pensamento coletivo. Concluídos os pronunciamentos, anunciou o Magnífico Reitor a realização de uma primeira reunião no início do mês de junho para avaliação da questão orçamentária e das proposições iniciais dos dirigentes a eles solicitando que, em caso de identificação de eventual comunalidade de problemas e interesses, já procedam aos contatos e entendimentos preliminares recíprocos para posterior desdobramento e formalização, também apoiando a sugestão do Cons. Antônio Heliodório de criação de um Comitê Gestor para acompanhamento de todo o processo. Lembrando da precariedade de tempo e escassez de prazo para elaboração e finalização das propostas, revelou a sua intenção de convocação de outras sessões ao longo do mês de junho, talvez semanalmente, devendo todo o procedimento se encerrar ao final de julho para o subseqüente encaminhamento do documento definitivo aos parlamentares até o mês seguinte. Reportando-se à natureza das emendas ratificou a sua característica individual que não pode ser preterida ou menosprezada admitindo contudo a tentativa de minimização da sua repercussão política. Por fim, informou o Magnífico Reitor que, uma vez implantadas, deverão as Comissões Permanentes do CONSUNI proceder à escolha dos respectivos Presidentes e à regularização da representação estudantil, providências a serem logo concretizadas.

Não houve o que ocorrer

Tipo de reunião: Extraordinária

Data Pauta(s) O que ocorrer
ATA DA SESSÃO EXTRAORDINÁRIA DO CONSELHO UNIVERSITÁRIO, REALIZADA EM 12.02.2004. qui, 12/02/2004 (All day)
  •     Item  01:
         "Processo nº 23066.000399/02-13 - Convocação do recorrente para exercer o direito de defesa. Relator: Comissão de Legislação e Normas. Vista para a Conselheira Nice Maria Americano da Costa Pinto.
          O Conselheiro Paulo Gabriel Soledade Nacif"procedeu à leitura do seu voto de vista (anexo a esta Ata), concluindo por discordar  da necessidade da presença e sustentação oral, regular, da defesa do recorrente nas reuniões dos Conselhos, argüindo que "não haveria nenhuma serventia em converter os Conselhos Acadêmicos desta Instituição em Tribunais", não obstante tenha, o Conselheiro Paulo Gabriel, alertado, precedentemente, a gestão da Universidade, no sentido de assegurar e ampliar as condições que possibilitem ao interessado, ao longo da tramitação do seu processo, o direito ao contraditório e à ampla defesa, previstos na Constituição Federal.
         Na sequência, respondendo a consulta formulada pelo Magnífico Reitor sobre a posição da Comissão relatora no que respeita à absorção dos votos de Vista apensados ao processo sub judice (os dos Conselheiros Nice Americano e José Tavares Neto foram apresentados em sessões anteriores).
        Conselheiro Johnson Barbosa Nogueira, Presidente da Comissão de Legislação e Normas, declarou que a Comissão mantinha o seu parecer, o qual não divergia, mas, pelo contrário, fora reforçado no voto de vista recém apresentado pelo Conselheiro Paulo Gabriel Soledade Nacif. Subseqüentemente, ponderando que o assunto já fora bastante discutido em sessões anteriores, Sua Magnificência propôs que a questão em pauta fosse encaminhada à fase de deliberação.
         Na sequência, respondendo a consulta formulada pelo Magnífico Reitor sobre a posição da Comissão relatora no que respeita à absorção dos votos de Vista apensados ao processo sub judice (os dos Conselheiros Nice Americano e José Tavares Neto foram apresentados em sessões anteriores).
         O Conselheiro Johnson Barbosa Nogueira, Presidente da Comissão de Legislação e Normas, declarou que a Comissão mantinha o seu parecer, o qual não divergia, mas, pelo contrário, fora reforçado no voto de vista recém apresentado pelo Conselheiro Paulo Gabriel Soledade Nacif. Subseqüentemente, ponderando que o assunto já fora bastante discutido em sessões anteriores, Sua Magnificência propôs que a questão em pauta fosse encaminhada à fase de deliberação.
         O Senhor Presidente submeteu à votação o parecer da Comissão de Legislação e Normas, com absorção do voto de vista do Conselheiro Paulo Gabriel Soledade Nacif, o qual foi aprovado por maioria de votos (29 votos a favor, 6 contra e cinco abstenções). Logo após, o Senhor Presidente, encerrando a apreciação desse ponto de pauta, enfatizou que, de acordo com o resultado da votação, fora aprovado o parecer da Comissão de Legislação e Normas e, conseqüentemente, estava extinto o processo que propunha a convocação do recorrente para exercer o direito de defesa.
     
    Item 02:
         "Processo nº 23066.026094/03-12 - Transformação do Centro de Convivência em Núcleo Central de Extensão da UFBA e Restaurante Universitário, com a denominação de Centro Comuniversitário Professor Felippe Serpa. Relator: Comissão de Orçamento, Patrimônio e Finanças.
        " Como preliminares do texto do seu voto de vista, a Conselheira Nice Maria Americano da Costa Pinto registrou "o seu veemente protesto pela prática irregular inaugurada pela presidência daquele Conselho, de determinar à Secretaria dos Órgãos Colegiados que encaminhasse aos Conselheiros que pediram vista ao processo, não o próprio processo original, mas uma cópia", e, nesse sentido, a Conselheira Nice prosseguiu argüindo que "o pedido de vista não se destina apenas a facultar o direito de inscrever no processo um voto em separado de qualquer Conselheiro que dele lance mão, mas, e principalmente, possibilitar o acesso a todos os documentos e informações que dele fazem parte, para que se possa, direta e pessoalmente, conferir quanto a sua regularidade na tramitação, quanto à veracidade das afirmações e observações do Relator".
        Posto isso, a Conselheira Nice Americano da Costa Pinto procedeu à leitura do seu longo historiográfico e remissivo voto de vista (apensado a esta Ata), reportando-se, basicamente, à decantada construção e funcionamento de restaurante(s) universitário(s) na UFBA, aprovada, há algum tempo, pelo Conselho Universitário mas não verdadeiramente implementada, tendo, a Conselheira Nice, acrescentado, às suas argumentações, transcrições de pronunciamentos de Conselheiros, nomeando-os, que em ocasiões passadas se posicionaram a respeito dessa questão. Ao final do seu voto de vista, a Conselheira Nice declarou posicionar-se "radicalmente contrária à proposta de modificação do Centro de Convivência, conforme pretendido". Concluída a leitura do voto de vista da Conselheira Nice.
        O Senhor Presidente franqueou a palavra ao presidente em exercício da Comissão relatora, Conselheiro Luís Edmundo Prado Campos, para os seus comentários iniciais, o qual declarou que, considerando a circunstância atual, a Comissão entendera que manter o Centro de Convivência sem funcionar, incluindo-se aí a sua função principal de sediar o Restaurante Universitário, seria uma situação mais grave e desabonadora para a Universidade do que avaliar-se a possibilidade de modificação daquele espaço, de modo a coabitar o Restaurante com outra atividade.
         Prosseguiu o Conselheiro Luís Edmundo, a Comissão concebera pertinente a proposta da Pró-Reitoria de Extensão, bem como estava a avaliar o documento distribuído pelos estudantes no início da sessão, no qual pudera observar pontos convergentes com a proposta da PROEXT.
          O Conselheiro Luís Edmundo aduziu que a Comissão exigira da Pró-Reitoria de Extensão, através da Prefeitura do Campus, que fosse feita uma reavaliação do espaço e da destinação dos materiais que seriam retirados, disso resultando uma nova planta, na qual a cozinha fora reformada, inclusive quanto à concepção do funcionamento do preparo dos alimentos, motivos pelos quais a Comissão fora favorável ao atendimento da proposição da Pró-Reitoria de Extensão, objeto daquele processo.
          Em observância à ordem da lista de inscrições, fez uso da palavra o Conselheiro estudante Tiago Andrade Gonçalves, que, inicialmente, referiu-se e discorreu acerca das atividades extensionistas na UFBA, ressaltando a sua importância como função, também, da Universidade, ao lado do ensino e da pesquisa.
          O Conselheiro Tiago destacou a necessidade e a relevância do apoio da Universidade à assistência estudantil, considerando-a um balizador da discussão que se processaria naquela sessão.

Não houve o que ocorrer.

ATA DA SESSÃO EXTRAORDINÁRIA DO CONSELHO UNIVERSITÁRIO REALIZADA EM 22.10.2003. qua, 22/10/2003 (All day)
  •       Logo após, o Senhor Presidente anunciou a inversão da pauta, de modo a priorizar a discussão acerca da "Aplicação dos Recursos da Emenda Parlamentar 2003", passando, de antemão, a palavra ao Conselheiro Antonio Heliodório Lima Sampaio, Relator pela Comissão de Patrimônio, Orçamento e Finanças, que procedeu, de imediato, à leitura do parecer da referida Comissão (apensado a esta Ata), finalizado com a apresentação de uma tabela (modificada, em relação à proposta original da PROPLAD) para aplicação dos recursos retro mencionados, com base em alguns critérios estabelecidos pela Comissão relatora, especificados no seu parecer. Subseqüentemente, ao longo do debate instalado, diversos Conselheiros, a seguir nomeados, alguns em mais de uma intervenção, externaram sugestões, questionamentos, dúvidas, comentários e posicionamentos. Iniciando a discussão, o Conselheiro Antonio Albino Canelas Rubim propôs, com justificativas, como complemento à proposta da Comissão de Patrimônio, Orçamento e Finanças, que em toda distribuição de recursos de emendas orçamentárias parlamentares seja destinado um percentual para a atualização do parque de informática da UFBA. Nessa perspectiva, o Conselheiro Antonio Albino, membro da supracitada Comissão, ressaltou que os critérios definidos pela Comissão devem ser entendidos, inclusive, como um padrão a ser observado quando das futuras aplicações de recursos dessa natureza. Demais disso, o Conselheiro Antonio Albino sugeriu que fosse alterada a nomenclatura do item 1.2.2 ("Aquisição de micro-computadores") da "Tabela de Distribuição de Recursos", apresentada pela Comissão relatora, para "Investimento em Informática", deslocando-o para o quadro do "Orçamento Participativo". Edmar José Borges de Santana quis saber porque a ampliação do sistema TELEUFBA, que constava da versão original de aplicação dos recursos, não fora contemplada na proposta apresentada pela Comissão de Patrimônio, Orçamento e Finanças. Respondendo a esse questionamento, o Conselheiro relator, Antonio Heliodório Lima Sampaio, disse que a Comissão fora informada pela PROPLAD que já existia uma outra verba destinada ao TELEUFBA; posteriormente, o Conselheiro Vice-Reitor, Prof.
        Francisco Gomes Mesquita, informou que os serviços para ampliação do TELEUFBA no campus do Canela já estavam em andamento e que os recursos noticiados pela PROPLAD destinar-se-iam à implantação desse sistema de telefonia nas Unidades do campus de Ondina; o Conselheiro José Tavares Neto perguntou ao Vice-Reitor porque a Faculdade de Medicina, localizada no campus do Canela, não havia sido incluída nessa extensão do TELEUFBA; e o Conselheiro Nelson de Luca Pretto lembrou que a verba anunciada propiciaria, apenas, a instalação de um cabo telefônico específico na frente das Unidades, havendo necessidade de novos recursos para que o referido cabo possa ser distribuído no interior dos prédios. Carmen Célia Carvalho Smith perguntou para quais Unidades seriam destinados os elevadores, item 2.2 da supramencionada tabela; se nos "Projetos executivos para residências universitárias" (item 1.3.4) estaria incluída, também, a possibilidade de aquisição de móveis e outros equipamentos que possam dar mais conforto e condições dignas aos  residentes; e se, no item 1.2.1, "Investimento do CPD; aquisição de softwares", as Unidades poderiam ser contempladas com a aquisição de softwares para atender as suas demandas específicas. Posteriormente, numa segunda intervenção, a Conselheira Carmen Célia acrescentaria que considerava exorbitante o montante alocado para projetos, ponderando que esse custo poderia ser reduzido se os projetos fossem elaborados por técnicos da Prefeitura do Campus; que a denominação do item 2, "Orçamento Participativo", não se coadunava à realidade, na medida em que não houve, efetivamente, participação das Unidades para a consecução da proposta, tendo sido a própria Comissão que decidiu como seria e os Conselheiros iriam, apenas, dar ou não o seu aval, já que os prazos apertados inviabilizavam uma discussão mais prolongada, recomendando que, para o futuro, se trabalhe com mais antecedência, conquanto os recursos são sempre insuficientes e as demandas são grandes, tornando-se indispensável planejar e racionalizar cuidadosamente; perguntou que critérios serão utilizados para a repartição dos R$ 3.300.000,00 (três milhões e trezentos mil reais) para Unidades/Órgãos, lembrando que, na alocação passada, recursos destinados à Escola de Nutrição haviam sido desviados, agravando a situação de extrema precariedade das suas instalações físicas, com risco, inclusive, de desabamento de paredes e telhados, caso não se viabilize o acordo com o Banco do Brasil (em estudo) para investimento em obras naquela Unidade ou não lhe sejam atribuídos recursos desta emenda.
          Roberto Paulo Correia de Araújo solicitou esclarecimentos no que tange à destinação original, na proposta da PROPLAD, de  R$ 2.150.000,00 (dois milhões, cento e cinqüenta mil reais) para a conclusão das obras do PAF III, que já está com a sua infra-estrutura de concreto praticamente pronta, enquanto para a construção de um pavilhão de aulas em São Lázaro fora previsto um valor menor            (R$ 1.900.000,00); quis saber de que forma seria utilizado o montante de R$ 1.750.000,00 (hum milhão, setecentos e cinqüenta mil reais) destinado à referida Faculdade na proposta da Comissão, ressaltando, contudo, a sua total concordância em priorizar-se FFCH, em face das suas condições extremamente precárias, perguntando, ainda, se estaria incluída nesse montante a construção do Instituto de Psicologia. Propondo-se a esclarecer algumas questões formuladas pelos Conselheiros Roberto Paulo e Carmen Célia, na qualidade de membro da Comissão de Patrimônio, Orçamento e Finanças, o Conselheiro Luiz Antonio Mattos Filgueiras disse que a aparente incoerência dos valores apresentados    (R$ 2.150.000,00 para concluir o PAF III e R$ 1.900.000,00 para construir um Pavilhão de Aulas em São Lázaro) fora dirimida na Comissão pelo Coordenador de Espaço Físico, Prof. Imbiriba, explicando que o Pavilhão de Aulas de São Lázaro seria bem menor que o PAF III; que a proposta original da Administração da Universidade, de construir um Pavilhão de Aulas em São Lázaro, fora alterada pela Comissão de Patrimônio, Orçamento e Finanças, após discutir e convencer a Congregação da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas de que não se deveria investir em construção sem ter um projeto global para toda a área, decidindo-se, então, que, do montante previsto para construir o pavilhão de aulas  (R$ 1.900.000,00), R$ 150.000,00 (cento e cinqüenta mil reais) seria utilizado para financiar a elaboração do projeto global e R$ 1.750.000,00 (hum milhão, setecentos e cinqüenta mil reais) seriam aplicados, tão somente, em obras de recuperação das atuais instalações de FFCH, ressaltando, ainda, que o mencionado Instituto de Psicologia estaria inserido no projeto para futuras construções; e, finalizando essa sua primeira intervenção, o Conselheiro Luiz Filgueiras disse que os R$ 150.000,00 (cento e cinqüenta mil reais) previstos no item 1.3.4 da proposta da Comissão seriam aplicados em projetos executivos com vistas à construção de novas residências universitárias, vez que o Conselho Universitário decidira, anteriormente, que deveria se investir nesses equipamentos. Luís Edmundo P. de Campos, membro da Comissão de Patrimônio, Orçamento e Finanças, com respeito aos elevadores, disse que a estratégia é contratar-se uma só empresa para um pacote global, de modo a reduzir os custos; e quanto a softwares, o Conselheiro Luís Edmundo declarou que a idéia, já concebida anteriormente pela Universidade, é concentrar a aquisição de softwares no CPD para uso coletivo, tipo antivírus, por exemplo. Lígia Maria Vieira da Silva ponderou que a demanda explicitada pela Conselheira Carmen Célia no que respeita a softwares estaria contemplada na sugestão apresentada pelo Conselheiro Antonio Albino, ou seja, nos recursos para atualização do parque de informática. Jundiara da Paz Paim perguntou à Comissão relatora se o levantamento acerca de elevadores fora feito a partir de uma planilha que, há alguns meses, as Unidades preencheram, informando sobre suas necessidades, encaminhada à Professora Ana Fernandes, à época Presidente da Comissão de Espaço Físico. Respondendo a esse questionamento, o Conselheiro relator, Antonio Heliodório Sampaio declarou desconhecer tal planilha e que a Comissão se baseara nos levantamentos realizados pelo Prof. Imbiriba quando Prefeito do Campus e ele mesmo listara as Unidades que precisariam de novos elevadores, sugerira que deveria ser feita uma única licitação para cobrir as demandas já existentes e fornecera o valor apresentado pela Comissão. Marlene Campos Peso de Aguiar referiu-se às necessidades do Instituto de Biologia, especificamente, no concernente à instalação de elevador, dada a existência de dois professores deficientes físicos naquele Instituto; e ao compromisso da Universidade para com a reconstrução da Casa de Vegetação, prevista na distribuição de recursos da emenda parlamentar 2002, que não foi efetivada. Marieta Barbosa Pereira da Silva propôs que a cada emenda orçamentária desta natureza fosse destinado um percentual dos recursos para melhoria e atualização do acervo bibliográfico das bibliotecas da UFBA, cuja proposição, ao final do debate, a partir de uma nova provocação da supracitada Conselheira, perguntando à Mesa se estaria aprovada a sua proposta, o Magnífico Reitor considerou-a acatada pelo plenário, a partir da próxima emenda, na medida em que, disse ele, a única contestação registrada fora a do Conselheiro Nelson de Luca Pretto, posicionando-se radicalmente contra, argüindo que o problema mais grave não é a quantidade de livros que a UFBA tem, mas a sua precária disponibilidade no sistema, por falta de pessoal para o registro.
          Afora isso, a Conselheira Marieta, reiterando pronunciamentos de outros Conselheiros, referiu-se à necessidade de instalação de equipamentos (elevadores, rampas) que facilitem o deslocamento de deficientes físicos (professores, funcionários, alunos e visitantes) nos prédios da UFBA, recomendando um maior controle na aquisição e instalação dos elevadores, aludindo à péssima qualidade do material e serviços contratados anteriormente, em alguns casos; e concordou com os Conselheiros que a antecederam no tocante à falta de visibilidade de dados e informações na proposta de distribuição de recursos apresentada pela Comissão. José Tavares Neto manifestou o seu apoio às propostas formuladas pelos Conselheiros Antonio Albino e Marieta, no que tange, respectivamente, à ampliação do parque de Informática e do acervo bibliográfico, mas suscitou a necessidade de ser criada uma norma na aplicação de recursos de emendas no sentido de priorizar-se não somente questões materiais, mas também pessoas da Universidade e, registrando o seu constrangimento pelo fato de um docente da FAMED ser carregado, diariamente, pelos alunos até a sala de aula, enfatizou a premência de a UFBA definir e implementar uma política ampla de acesso para deficientes físicos em todas as suas dificuldades, algo além da instalação de elevadores e rampas, acrescentando que uma ação dessa natureza, certamente, seria muito bem vista pelos parlamentares que conceberam e aprovaram a emenda, bem como representaria um avanço da Universidade, um exemplo a ser seguido por outras instituições públicas; e, posteriormente, o Conselheiro diretor da Faculdade de Medicina enfatizou que a Universidade não deve, mais uma vez, adiar a elaboração do seu Plano Diretor e, nesse sentido, o Conselheiro José Tavares corroborou a proposta da Comissão de alocar-se recurso desta emenda para tal finalidade, acrescendo que, de antemão, haveria que ser constituído um Grupo de Trabalho. Luiz Alberto Bastos Petitinga, inicialmente reportando-se à divergência de entendimentos, registrada no início da discussão, entre as Conselheiras Carmen Célia Carvalho Smith e Nice Americano da Costa Pinto no que respeita a software, concebendo-o a Conselheira Carmen Célia como material permanente e a Conselheira Nice como serviço, ponderou que a verdade estaria com ambas, vez que, se acompanhado de um equipamento, o software seria considerado investimento; e se adquirido isoladamente, como neste caso de software adquirido para o CPD para uso em servidores, para dar mais segurança à rede da UFBA contra vírus etc, seria serviço. Ademais, o Conselheiro Pró-Reitor de Planejamento e Administração, referindo-se à questão dos elevadores, lembrou que, a rigor, todos os prédios públicos com mais de um pavimento necessitariam  ser dotados de todo tipo de auxílio aos portadores de algum tipo de deficiência física, mas se a UFBA resolvesse instalar elevadores em todos os seus edifícios, só isso, provavelmente, consumiria a maior parte dos recursos desta emenda, implicando, portanto, que se priorize determinadas Unidades; quanto à disponibilização de recursos para acervo bibliográfico, o Senhor Pró-Reitor considerou impossível deslocar-se, nesta emenda, algum montante para tal finalidade, mas sugeriu que a proposta seja incorporada à distribuição de recursos de uma próxima emenda. 
          A Conselheira representante estudantil Isadora Maria Salomão Oliveira disse da sua preocupação porque, mais uma vez, aquele Conselho estava reunido para deliberar sobre destinação de recursos de emenda e, conforme acontecera anteriormente, poderia haver distorções, optando-se por investir em construções que resultaram em equipamentos ociosos, como o Centro de Convivência, enquanto outras deliberações mais importantes, a exemplo do plano de segurança para a UFBA e a construção do restaurante universitário não haviam sido implementadas e, sequer, estavam previstas nessa nova distribuição de recursos. Demais disso, a Conselheira Isadora concordou que faltara detalhamento na proposta da Comissão no que concerne à aplicação dos recursos para elevadores (em quais Unidades seriam instalados novos elevadores e em quais seriam recuperados); quanto à verba destinada à Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (o que será lá, efetivamente, restaurado); quais as Unidades incluídas no item 2.1.1. do "Orçamento Participativo", com um montante de R$ 3.300.00,00 (três milhões e trezentos mil reais); se algum dinheiro seria gasto para modificação do Centro de Convivência para uso da Extensão, anunciada em reunião passada; e finalizando, a Conselheira Isadora disse que, no seu entendimento, as prioridades da UFBA para investimento seriam a questão da segurança, a assistência estudantil, o restaurante e as residências universitárias. Nelson de Luca Pretto, inicialmente, disse concordar, plenamente, com todas as falas que o antecederam no que respeita à necessidade da instalação de equipamentos que amenizem as dificuldades de acesso dos deficientes físicos aos prédios da UFBA, ressalvando, contudo, conforme suscitado pela Conselheira Marieta, que há que se pensar em soluções inteligentes, que não sejam, obrigatoriamente, elevadores, "porque implantá-los é uma coisa e mantê-los em funcionamento é outra". Prosseguindo, o Conselheiro Nelson, dirigindo-se, especialmente, à Conselheira Carmen Célia, enfatizou que planejamento custa caro, porque projetos bem feitos significa custo menor na execução, abominando qualquer possibilidade de projetos serem encomendados à Prefeitura do Campus; recomendou um certo desprendimento e visão institucional quando da distribuição efetiva do recurso previsto para as Unidades, que deverá ser feita a partir da análise de demandas registradas; manifestou a sua concordância com referência à proposta do Conselheiro Antonio Albino no atinente à atualização constante do parque de informática da Universidade, acrescentando que a UFBA carece, contudo, de uma política de informática, que inclua soluções articuladas, centralizadas, fortalecendo-se o CPD para dar suporte às Unidades e, nesse sentido, o Conselheiro Nelson destacou o apoio a ser dado à questão do software das bibliotecas; e, por último, o Conselheiro Nelson Pretto salientou ter entendido, na reunião passada, que havia uma movimentação positiva no sentido de implantar um restaurante universitário no Centro de Convivência, aduzindo imaginar que tenha sido previsto o recurso para a execução das reformas necessárias. Antonio Albino Canelas Rubim, em seu segundo pronunciamento, registrou a sua anuência com respeito à necessidade de se investir algum recurso em segurança, uma questão que o próprio Conselho considerara prioritária, destacando, particularmente, os aspectos urbanização e iluminação dos campi; reportando-se à questão dos elevadores, disse acreditar que todos concordam que a Universidade deveria ter uma política em relação aos deficientes físicos, ponderando, contudo, que um levantamento constataria que a maioria das Unidades da UFBA não tem elevadores funcionando e que, obviamente, não se poderia aplicar todo o recurso da emenda para eqüacionar essa questão, mas dever-se-ia investir, sistematicamente, em elevadores, ou seja, a cada emenda seria destinada parte dos recursos para tal equipamento, priorizando-se aquelas Unidades que têm problemas mais prementes com referência a acesso de deficientes físicos. Nessa perspectiva, reiterando um aspecto levantado em sua fala anterior, o Conselheiro Antonio Albino sugeriu que o Conselho deveria definir padrões de investimento, criando um norte para o trabalho de gerir a Universidade, acrescentando que, por exemplo, seria razoável que se tenha padrão de investimento em planejamento da Universidade, não se fazendo obras que não estejam inseridas num Plano Diretor; que haja investimento, em todas as  emendas, em atualizações, seja atualização em informática, do acervo bibliográfico, de elevadores etc. Ademais, propondo-se a esclarecer a ausência de detalhamento/informações mencionada por diversos Conselheiros no que se refere ao item "Orçamento Participativo", o Conselheiro Antonio Albino disse que quando a Comissão definiu alguns valores para determinadas rubricas de forma genérica, sem especificar que Unidades/Órgãos seriam contemplados, significa que as licitações serão realizadas globalmente, com base nos montantes alocados para cada item, de modo a viabilizar o cumprimento dos prazos e ganhar tempo para que um estudo mais aprofundado possa ser feito; num segundo momento, então, com base em dados e informações concretas, o Conselho poderia discutir e decidir sem açodamento, identificando e contemplando aquelas Unidades em condições mais precárias. A Conselheira diretora da Escola de Dança, Dulce Tamara Lamego da Silva, ratificou a premência de a Universidade ter um Plano Diretor e referiu-se à difícil situação da sua Unidade, que não oferece condições mínimas de trabalho aos seus professores, funcionários e alunos, não obstante desenvolva, inclusive, atividades para deficientes, que representam uma forma importante de inclusão social. Nádia Andrade Moura Ribeiro corroborou a preocupação de todos que a antecederam com referência ao penoso trânsito, nas dependências da Universidade, das pessoas em condições físicas especiais; e recomendou maior cuidado e fiscalização no atinente à qualificação e seriedade das empresas prestadoras de serviços a serem  contratadas, a fim de evitar que se repita o desperdício de dinheiro público, conforme ocorrera nas emendas anteriores, em decorrência da péssima qualidade dos serviços executados ou até em face do descumprimento, total ou parcial, por parte das empresas, das obras ajustadas.
         Nice Maria Americano da Costa Pinto, inicialmente, disse lamentar que, mais uma vez, o Conselho se reuna para discutir a aplicação de recursos de capital em cima da hora, partindo do zero, repetindo-se as mesmas questões, obras inacabadas, residências universitárias, restaurante universitário etc., porque a Universidade não foi capaz, embora ressaltada a sua importância, de fazer um planejamento, um diagnóstico global de suas necessidades, que previsse uma execução parcial sequenciada, com cronograma de prioridades e de tempo, executado de acordo com os recursos que fossem sendo obtidos, sejam por emendas, sejam do próprio orçamento. Prosseguindo, a Conselheira Nice, ratificando um seu aparte à fala da Conselheira Carmen Célia no início do debate, enfatizou que um equívoco fora cometido na proposta de distribuição de recursos apresentada, especificamente, no que diz respeito ao item 1.2.1., "Investimento do CPD: aquisição de softwares", argüindo, a Conselheira Nice, que software é serviço, não é equipamento e, portanto, não poderia estar incluído em verba de capital, conforme disse ser possível constatar-se no documento da Delegacia de Controle Federal, trazido pela Conselheira, que classifica no elemento "Outros Serviços Pessoa Jurídica" "locação de softwares", "remuneração de serviços de aluguel de programas de processamento de dados" e "aquisição de programas de processamento de dados"; destarte a Conselheira Nice propôs ao Conselho deslocar o recurso alocado, equivocadamente, para atender duas reivindicações surgidas no decorrer do debate, ou seja, aquisição de livros e ampliação do TELEUFBA, ou englobá-lo na compra de microcomputadores. Com referência às colocações da Conselheira Nice Americano, subseqüentemente, o Conselheiro Pró-Reitor de Planejamento e Administração, Luiz Alberto Bastos Petitinga, declarou que se houve um equívoco, este, talvez, tenha se dado na designação, na nomenclatura que foi dada, esclarecendo que os R$ 300.000,00 (trezentos mil reais) ali alocados destinar-se-iam, na verdade, à aquisição de novos servidores, portanto, equipamentos, que contarão com softwares já incorporados, para fins de segurança da rede. Finalizando esse seu pronunciamento, o Conselheiro Pró-Reitor esclareceu que, quando fora feita a proposição da emenda aos parlamentares, não fora incluída, naquela ocasião, a aquisição de acervo bibliográfico, tornando-se, desse modo, extremamente difícil fazê-lo neste momento, vez que isso implicaria alteração da lei orçamentária. Tal afirmação do Conselheiro Petitinga foi, em seguida, contestada pela Conselheira Nice Americano, argüindo que quando uma emenda é aprovada e publicada, não o é com especificações e detalhamentos, destacando, apenas, o elemento de despesa, resultando que a Universidade, se lhe convier, poderá utilizar o recurso para aquisição de acervo bibliográfico. Lina Maria Brandão Aras agradeceu e destacou a visita da Comissão de Patrimônio, Orçamento e Finanças à Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, dispondo-se a ouvir as demandas daquela Unidade e contribuindo, decisivamente, para a Congregação mudar a sua posição e proposta, convencida que fora que mais importante do que construir, neste momento, um pavilhão de aulas em São Lázaro é ter um plano para toda a área, que oriente o caminho a ser seguido até a construção de um grande campus em São Lázaro. Ademais, a Conselheira Vice-Diretora da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas agradeceu, também, a seus pares  a constatação de que acatavam priorizar a sua Unidade naquela distribuição de recursos, não obstante  refutasse a condição de privilégio, ponderando, ainda, que o montante previsto para as obras de recuperação das instalações físicas daquela Unidade (R$ 1.750.000,00) é muito dinheiro e em que pese a situação de extrema precariedade das referidas instalações, a expectativa da Comissão é que sobre algum desse recurso para outras prioridades. Cristiano Marques do Nascimento disse que uma Comissão deveria, previamente, levantar as demandas da Universidade e definir as suas prioridades, a fim de que quando da existência de recursos, estes sejam, efetivamente, bem aplicados, de acordo com um plano preexistente. Ademais, o Conselheiro Cristiano reiterou algumas questões já abordadas por outros Conselheiros, a exemplo da falta de detalhamento na proposta da Comissão, que dificultava a análise e o posicionamento dos Conselheiros; da pertinência de investir-se algum recurso no plano de segurança da UFBA; e da necessidade de uma fiscalização mais rigorosa às empresas contratadas para a realização das diversas obras. 
        Luiz Antonio Mattos Filgueiras, nesta sua segunda intervenção, disse que, efetivamente, o ideal seria se a Universidade já dispusesse, neste momento, do diagnóstico de suas necessidades e prioridades, de modo a nortear a aplicação dos recursos desta emenda, que se, efetivamente, forem liberados, o serão, provavelmente, muito próximo do encerramento do exercício financeiro; que, como esse levantamento não existe e o prazo para utilização dos recursos é curto, não foi possível a Comissão apresentar o detalhamento a que se referiram alguns Conselheiros; que, em princípio, todas as Unidades, à exceção de FFCH (tratada particularmente), estarão incluídas na aplicação dos R$ 3.300.000,00 (item 2.1.1) e dos R$ 1.400.000,00 (itens 2.1.2, 2.1.3 e 2.2), sendo recomendável, no entanto, que se promova licitações globais, para, posteriormente, com base no estudo das demandas e prioridades das Unidades, proceder-se ao detalhamento da distribuição dos recursos. Erick Magalhães Vasconcelos, diretor da Escola de Música, ressaltou, também, a relevância de um Plano Diretor para a Universidade e relatou os sérios problemas de infra-estrutura de sua Unidade, incluindo a falta de espaço apropriado ao desenvolvimento das atividades acadêmicas especiais dos seus cursos. Marco Antonio Nogueira Fernandes enfatizou, também, a importância do Plano Diretor com vistas à otimização da aplicação dos recursos de futuras emendas orçamentárias; solicitou maiores esclarecimentos no que respeita ao tipo de investimento pensado para o CPD, concordando que o suporte à rede é fundamental; concordou que os R$ 3.300.000,00 estão colocados de maneira vaga; e referiu-se às dificuldades estruturais do Instituto de Matemática e às constantes interrupções de energia elétrica no Campus de Ondina, causando prejuízos, cumulativamente, aos equipamentos. Retomando a palavra, o Magnífico Reitor, Prof. Naomar Monteiro de Almeida Filho lembrou que a Comissão para elaboração do Plano Diretor da UFBA já existe, que o andamento desse trabalho já fora informado ao Conselho em mais de uma oportunidade, acrescentando que reuniões setoriais com alguns diretores de Unidades já haviam sido realizadas, bem como já fora promovido um Seminário, com a participação de representantes de outras universidades com experiência no assunto, embora a participação de diretores da UFBA nesse evento não tenha sido significativa. Finalizando esse seu pronunciamento, Sua Magnificência disse que, considerando que o debate sobre o Plano Diretor não estava em pauta, propunha o agendamento, num prazo não muito curto, de uma reunião específica com vistas à discussão de uma proposta preliminar a ser apresentada pela Comissão, já com o resultado dessa tomada de informações em curso. Subseqüentemente, encerrando a fase de discussão, o Conselheiro Relator, Antonio Heliodório Lima Sampaio, mais uma vez fez uso da palavra, declarando que os questionamentos são legítimos e recorrentes, em face das distorções geradas pela falta de um planejamento físico para a UFBA, "que isto não é uma falha deste reitorado, mas vem de longa data", aduzindo, o Conselheiro Heliodório, que se alguma contribuição ele está dando na Comissão é, exatamente,  no sentido de mobilizar a Universidade a fim de que ela tenha o seu Plano Diretor, que deverá ser discutido pelo Conselho a cada etapa. 
        Prosseguindo, o Conselheiro relator ponderou, contudo, que, naquele momento, não haveria que se discutir um plano estratégico para a UFBA, mas apenas a proposta de aplicação de recursos de uma emenda que, inclusive, poderá até não ser liberada; reconheceu que em termos de planejamento o que está posto é insuficiente, mas é o que fora possível colocar, haja vista o tempo disponível; disse que a Comissão admitira, com o endosso da coletividade, que, neste momento, a Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas teria prioridade, não obstante a existência de outras Unidades no mesmo ou próximo do patamar de precariedade física de FFCH, acrescentando que investir, maciçamente, em uma Unidade é, também, uma estratégia concebida pela Comissão, de modo a não pulverizar recursos; que projetos executivos para residências universitárias foram previstos com fulcro em compromisso preexistente do Conselho; que os projetos elétricos se fazem necessários porque algumas subestações estão a ponto de estourar; que no concernente ao "Orçamento Específico", já todo comprometido, não haveria grandes discussões, imaginando que todos concordam que a conclusão das obras do PAF III é uma coisa desejada; que os valores apresentados para cada item não são aleatórios, mas foram estimados com base em suas experiências profissionais. Quanto ao "Orçamento Participativo", o Conselheiro relator argüiu que a Comissão não poderia, no tempo de que dispôs, de uma semana, fazer um diagnóstico e já apontar a distribuição dos recursos por Unidade, afora que esta é uma discussão que deverá acontecer no Conselho, que não é só técnica, mas também política, com base nas informações disponíveis, mas com uma certa dose de consenso e grandeza para pensar institucionalmente e não cada qual tentando convergir para a sua Unidade; que o "Orçamento Participativo" é aberto, considerando o montante de R$ 6.450.000,00 (seis milhões, quatrocentos e cinqüenta mil reais) e que, em princípio, todas as Unidades são potencialmente candidatas a esse recurso; que a totalidade dos recursos da emenda, dez milhões de reais, seria insuficiente, se fosse o caso, para fazer a manutenção corretiva de todas as Unidades; que há que se decidir se a proposta apresentada pela Comissão aponta, efetivamente, os itens prioritários que todos acordam ou há que se fazer ajustes, ressaltando, contudo, que o entendimento na Comissão fora que há que se investir, realmente, algum recurso em planejamento e projetos. Ademais, o Conselheiro Antonio Heliodório abordou a questão da fiscalização, concordando que a da UFBA é precária, mas salientando que não adianta criticar a Prefeitura do Campus, porque ela não tem técnicos suficientes para fiscalizar o volume de obras que a Universidade promove, sendo recomendável, portanto, disse ele, que se terceirize esse serviço, a fim de evitar os problemas que ocorreram quando das outras emendas, afora que a Universidade não dispõe, em seu quadro técnico, de determinadas categorias de especialistas para proceder à fiscalização de certas obras, a exemplo da instalação de elevadores, competência do Engenheiro Mecânico. Por fim, o Conselheiro Antonio Heliodório referiu-se à necessidade de a UFBA elaborar, também, um Plano de Manutenção das Unidades. Esgotadas as inscrições, o Senhor Presidente retomou a palavra e sistematizou a discussão, dizendo que pudera depreender, ao longo do debate, que duas alterações à "Tabela de Distribuição de Recursos" haviam sido propostas, a saber: o item 1.2.1., "Investimento do CPD: aquisição de softwares", modificar-se-ia para "Investimento do CPD: aquisição de servidores", e o item 1.2.2., "Aquisição de microcomputadores", sairia do "Orçamento Específico" para integrar o "Orçamento Participativo", com o nomenclatura "Investimento em Informática".  
        Subseqüentemente, não obstante a absorção declarada da relatoria no que respeita às duas proposições, o Senhor Presidente, em decorrência de questionamento e proposição formulados pelo Conselheiro Marco Antonio Nogueira Fernandes, decidiu que a transferência do item 1.2.2. ficaria em destaque, a ser votado posteriormente. Destarte, o Senhor Presidente submeteu à votação, inicialmente, o Relatório e a Tabela de Distribuição de Recursos da Emenda 2003 elaborados pela Comissão de Patrimônio, Orçamento e Finanças, incluída a alteração, retro explicitada, à nomenclatura do item 1.2.1., os quais foram aprovados por quase a totalidade dos votos, registrando-se, apenas, uma abstenção. Logo após, a Conselheira representante estudantil Isadora Maria Salomão Oliveira declarou o seu voto, registrando, inicialmente, a sua apreensão de que aquela fosse mais uma reunião em que o Conselho Universitário da UFBA deliberaria pela elaboração de um plano diretor que não se concretizará, levando o Conselho a continuar discutindo orçamento, definição de prioridades, sem um embasamento concreto, sem planejamento real. Contudo, prosseguindo, a Conselheira Isadora manifestou uma certa expectativa positiva, ao declarar que espera que se comece, efetivamente, a agilizar a consecução do Plano Diretor, sugerindo que os estudantes participem dos trabalhos, principalmente, os estudantes de Arquitetura, como atividade de extensão, com o incentivo de bolsas, cuja proposição foi explicitamente corroborada, posteriormente, pelo Conselheiro Vice-Diretor da Escola Politécnica, Luís Edmundo P. de Campos, acrescentando que, nessa perspectiva, se poderia incluir uma parceria com as empresas juniores que existem na Universidade, sendo, nesse particular, contestado pela Conselheira Isadora. Na sequência, o Senhor Presidente anunciou que sufragaria, em seguida, o destaque referente ao item 1.2.2. ("Aquisição de microcomputadores"), lembrando que existiam duas proposições: a primeira, seria ele permanecer onde estava, ou seja, no "Orçamento Específico", fundido ao item 1.2.1. ("Investimento do CPD: aquisição de servidores"), com a designação de "Investimento em Informática", totalizando-se os valores previstos para os dois itens (R$ 300.000,00 + R$ 500.000,00); a segunda proposição, absorvida pela Comissão relatora, fora a transferência do item 1.2.2. para o "Orçamento Participativo", também, com a nomenclatura "Investimento em Informática".
         Seguindo a praxe no Conselho, o Senhor Presidente submeteu à votação, em primeiro lugar, a segunda alternativa - em se tratando, esta, de proposta acatada pela Comissão relatora - a qual foi aprovada por quase a totalidade dos votos (26 votos a favor, nenhum contra e 1 abstenção). Sucedendo essa segunda votação, declarou o voto o Conselheiro Marco Antonio Nogueira Fernandes, dizendo que, no seu entendimento, aprovado como "Orçamento Participativo", o "Investimento em Informática" não se configuraria como uma política, realmente, estratégica para a Universidade, reiterando que seria fundamental que tal investimento tivesse permanecido como "Orçamento Específico", totalizando  R$ 800.000,00 (oitocentos mil reais). Em nível de esclarecimento, subseqüentemente, o Magnífico Reitor ressaltou que, por sugestão do Conselheiro Nelson Pretto, aquele Conselho já havia deliberado por incorporar à sua pauta de reuniões extraordinárias o tema "Política de Informática para a UFBA". Em seguida, o Senhor Presidente anunciou o esgotamento do tempo previsto para a duração da reunião, propondo uma outra reunião extraordinária na semana seguinte para discutir o segundo ponto da pauta ("Situação Financeira da UFBA"). Posteriormente, após responder os questionamentos formulados pelos Conselheiros Luiz Filgueiras e Marieta Barbosa, esta sobre a alocação de recurso para acervo bibliográfico e aquele solicitando notícias sobre liberação de recursos do Governo para as universidades.

Não houve o que ocorrer

ATA DA SESSÃO EXTRAORDINÁRIA DO CONSELHO UNIVERSITÁRIO REALIZADA EM 29.09.2003. seg, 29/09/2003 (All day)
  • "Processo nº 23066.018578/03-33
    - Subsídios para criação e implantação da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, a partir do desmembramento da Escola de Agronomia da Universidade Federal da Bahia".
       Prosseguindo, o Senhor Presidente procedeu ao registro das autoridades presentes ou representadas, a saber: Deputados Walter Pinheiro, Javier Alfaya, Antonio Rodrigues, Lídice da Mata, Cláudio Cajado, Severiano Alves, Emiliano José e Alice Portugal; Alvaro Luiz Santos (Representante do Deputado Rogério Andrade); Daniel Amaro (Representante do Deputado José Neto); Salvador Brito (Representante do Ministro do Trabalho, Jacques Wagner); Prefeitos Antonio Pimentel (Governador Mangabeira), Raimundo Gabriel (Maragogipe), Luís Carlos Silva (Mutuípe), Álvaro Velozo Bessa (Santo Antonio de Jesus), Gilvandro Araújo (Castro Alves) e Raimundo Bastos Leite (Cachoeira); Sebastião Dias (Vice-Prefeito de Santo Amaro); Valter Borges Pacheco (Assessor do Prefeito de Santo Amaro); Marina Isabel Borges Sales (Representante do Prefeito de Amargosa); William Fraga (Representante da CEPLAC);  Arnor Costa Santos (Diretor da Escola Polivalente de Santo Amaro); Dr. Itagildo Mesquita (Procurador Jurídico de Santo Amaro); Prof. Luiz Henrique Dias Tavares (Vice-Presidente do Conselho Estadual de Cultura e Professor Emérito da UFBA); Profª. Isa Maria Silva de Oliveira (membro do Conselho Estadual de Cultura); Jorge Portugal (Representante de Santo Amaro); e Dona Canô Veloso (Presidente de Honra da Comissão de Mobilização de Santo Amaro), cuja presença o Magnífico Reitor atribuiu honra especial para a Universidade Federal da Bahia. Em seguida, o Senhor Presidente anunciou a estrutura da sessão, informando que a sua primeira parte teria caráter deliberativo, sendo que, inicialmente, seria concedida a palavra ao Conselheiro Paulo Gabriel Soledade Nacif, diretor da Escola de Agronomia, representando, naquela oportunidade, a Comissão elaboradora do documento "Subsídios  para criação e implantação da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia" (em anexo), designada pela Portaria GAB nº 251, de 9 de julho de 2003, considerando a deliberação dos Conselhos Superiores da UFBA extraída da sessão realizada em quatorze (14) de março de 2003, em Cruz das Almas, que aprovara, por unanimidade, o início dos estudos sobre a criação da nova Universidade a partir do desmembramento da Escola de Agronomia, aduzindo, o Magnífico Reitor, que integrara, também, a supracitada Comissão o Vice-Reitor, Conselheiro Francisco José Gomes Mesquita, que a presidira; os Professores Benedito Marques da Costa (AGR), João Lamarck Argolo (GEO), Maria Hilda Baqueiro Paraíso (FFCH), Paulo Arruda Penteado Filho (ADM), Warli Anjos de Jesus (AGR) e Welliton Antonio Bastos de Almeida (AGR); o Sr. Edson de Jesus Santana (representante dos servidores técnico-administrativos); e os representantes do corpo discente Antonio Gabriel Pinto Junior e Gustavo Eduardo Rocha Machado. Em seguida, Sua Magnificência acrescentou que essa Comissão contara, também, com a participação voluntária de representantes das Comissões Municipais da região envolvida, a saber: Raul Lomanto Neto (Amargosa), Orlando Pereira Filho (Cruz das Almas), Hipólito de Brito (Nazaré), Itagildo Mesquita (Santo Amaro), Clóvis Ezequiel Santos (Santo Antonio de Jesus), Martininiano José Costa (Valença) e Gildete Calumbi Moura (Cachoeira). Prosseguindo com seus esclarecimentos a respeito da estruturação da sessão, o Magnífico Reitor noticiou que, subseguindo a exposição do projeto pelo Conselheiro Paulo Gabriel Nacif, seria privilegiada a palavra ao Conselheiro Celso Luiz Braga de Castro, Relator do mesmo processo no Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão, que discutira os aspectos acadêmicos da proposta; em seguida, o Conselheiro Sudário de Aguiar Cunha faria a leitura do parecer do Conselho de Curadores, por ele presidido; e, finalmente, o Conselheiro Antonio Fernando Guerreiro de Freitas, diretor da Faculdade de Ciências Humanas e Presidente da Comissão especial de relatoria do Conselho Universitário - designada pelo Reitor, considerando a especificidade da matéria e o disposto nos artigos 21 e 22 do Regimento daquele Conselho - apresentaria o parecer da referida Comissão.
        Destarte, logo após, conforme anunciado, o Senhor Presidente passou a palavra ao Conselheiro Paulo Gabriel Soledade Nacif, que iniciou a sua fala prestando uma homenagem, em nome da Escola de Agronomia, ao seu ilustre professor Antonio Conceição, falecido na semana anterior, que se destacara, nacional e internacionalmente, como pesquisador, profundo conhecedor e autor de literatura fundamental a respeito da cultura da mandioca. Posteriormente, o Conselheiro Paulo Gabriel procedeu a circunstanciada exposição, oral e visual, a respeito da pertinência da proposta de criação da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, multicampi, tendo como núcleo inicial a Escola de Agronomia, argüindo, entre outros fatores: a grande dimensão do Estado da Bahia e a existência de uma única Universidade federal, reduzindo, de maneira substancial, as chances dos jovens e adultos de desenvolverem estudos universitários, enquanto várias outras unidades da Federação, com semelhantes ou menores extensões territorial, populacional e importância econômica, possuem um número maior de instituições federais de ensino superior, significando uma quebra do pacto federativo; a total e significativa mobilização dos parlamentares baianos e da população em geral da Região, apoiando a iniciativa da Escola de Agronomia e da Reitoria da UFBA, entendendo que a criação da nova Universidade resultará em largos benefícios sociais, culturais e econômicos para o Recôncavo baiano, que poderá resgatar um pouco do seu antigo poder, brilho e prestígio. Ademais, no sentido de justificar a pretensão da Escola de Agronomia de constituir-se no núcleo embrionário da Universidade a ser criada, o Conselheiro Paulo Gabriel Soledade Nacif referiu-se à localização propícia da Escola na região do Recôncavo e destacou alguns dados relativos à sua infra-estrutura física, acadêmica e de pessoal (1600 hectares, aproximadamente, 17.000m2 de área construída, um curso de graduação em funcionamento e dois em tramitação, programa de pós-graduação com 72 estudantes, programas de extensão, convênios, 78 professores, sendo 54% com doutorado, e cem servidores técnico-administrativos). Subseqüentemente - após declarar acolhida a questão de ordem apresentada pelo Conselheiro João Lamarck Argolo, no sentido de que, em seguida à votação da proposta sub judice, fosse franqueada a palavra a espectadores (parlamentares, outras autoridades e membros da comunidade universitária e dos diversos municípios baianos que acorreram à sessão) - o Senhor Presidente, em face da ausência, até aquele momento, do próprio autor, convidou o Conselheiro Pedro Reginaldo dos Santos Prata, Representante do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão no Conselho Universitário, para proceder à leitura do parecer do Conselheiro Celso Luiz Braga de Castro (apensado a esta Ata e ao processo objeto da pauta), favorável à criação da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, aprovado, por aclamação, em 25.09.2003, pelo referido Conselho superior acadêmico da UFBA. Na sequência, lido o retro mencionado parecer, o Conselheiro Sudário de Aguiar Cunhar, Presidente do Conselho de Curadores, leu o parecer (em anexo) aprovado, por unanimidade, pelo referido Conselho, na manhã daquele mesmo dia, de autoria, também, do Conselheiro Celso Castro, que se pronunciou acerca dos aspectos patrimoniais e orçamentários da proposta em tela, indicando a sua regularidade e recomendando o seu acolhimento.
       Retomando a palavra, o Magnífico Reitor anunciou a composição da Comissão especial de relatoria do Conselho Universitário - integrada pelos Conselheiros professores Antonio Fernando Guerreiro de Freitas, Antonio Albino Canelas Rubim e Osvaldo Barreto Filho; pela Conselheira representante dos servidores técnico-administrativos Marieta Barbosa Pereira da Silva; e pela Conselheira estudante Marta Caires de Sousa - os quais, informou Sua Magnificência, haviam participado de todas as audiências públicas realizadas nos diversos municípios do Recôncavo baiano, com vistas à discussão da proposta de criação da pluricitada Universidade do Recôncavo. Logo após, o Senhor Presidente passou a palavra ao Conselheiro Antonio Fernando Guerreiro de Freitas, Presidente da supramencionada Comissão, para apresentação do seu relatório. Após tecer circunstanciadas considerações a respeito da Bahia e suas diferenças regionais - com fulcro em experiências pessoais e na sua visão e conhecimentos enquanto professor de História da UFBA há mais de trinta anos - e ressaltar a importância histórica da ação afirmativa proposta, que iria, enfatizou, começar a resgatar uma dívida para com o interior do Estado, o Conselheiro diretor da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Antonio Fernando Guerreiro de Freitas, passou à leitura do brilhante parecer da Comissão  relatora (apensado a esta Ata e ao processo em pauta), favorável à criação da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, a partir do desmembramento da Escola de Agronomia. Posteriormente, franqueada a palavra aos membros do Conselho Universitário, inicialmente, dela fez uso a Conselheira Carmen Célia Carvalho Smith, que disse da sua satisfação ao constatar que a UFBA estava liderando uma proposta que se caracterizava pela maturidade, generosidade e dinamismo, nascida de um consenso e elaborada de forma ampla e participativa, afora que o desmembramento da Escola de Agronomia estava sendo encarado sem problemas, sendo percebido "como um broto de uma árvore que está sendo retirado para dar origem a outra árvore". Prosseguindo, a Conselheira Carmen Célia afirmou que essa iniciativa de interiorização do ensino público superior constitui-se um marco importante para a socialização do saber científico e técnico e, conseqüentemente, do poder político; parabenizou a Comissão que elaborou o projeto, pela celeridade, dedicação e qualidade do trabalho, as comunidades e políticos locais, que estão sabendo lutar pela concretização da proposta, e o Magnífico Reitor, pelo seu dinamismo, uma característica que ele vem tentando imprimir à UFBA; e, por fim, a Conselheira Carmen Célia pediu aos seus pares que aprovassem, por unanimidade, o desmembramento da Escola de Agronomia, haja vista constituir-se no núcleo inicial da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. Subseguindo-lhe, a Conselheira Marieta Barbosa Pereira da Silva, Representante dos servidores técnico-administrativos naquele Conselho e na Comissão relatora designada pelo Magnífico Reitor, enfatizou a grandeza da iniciativa, que iria proporcionar, acrescentou, aos jovens do Recôncavo baiano, presentes em grande número àquela sessão, a possibilidade de poderem optar por cursar uma Universidade na sua própria região, diferentemente do que ela e outros jovens interioranos fizeram até então, que tiveram, obrigatoriamente, de deslocar-se para a Capital para fazer um curso superior. Prosseguindo, a Conselheira Marieta reiterou o seu voto na Comissão, pela aprovação da proposta, bem como anunciou que o Conselho de Representantes da ASSUFBA, reunido no dia vinte e três de setembro último, na presença de um número significativo de funcionários da Escola de Agronomia, indicara, por aclamação, que o Conselho Universitário deveria dar o passo inicial para a criação da Universidade do Recôncavo e conclamara os parlamentares baianos a envidarem todos os esforços no sentido da sua concretização. Seqüencialmente, usaram da palavra as Conselheiras: 1) Jundiara da Paz Paim, Representante, também, dos servidores técnico-administrativos, salientou que a implantação da Universidade do Recôncavo contemplaria, inclusive, um dos itens defendidos pelo Governo Lula, que é a geração de emprego e renda; louvou o desprendimento muito positivo da UFBA ao aceitar o desmembramento de uma parte do seu todo para construir uma nova Universidade, que iria, sem dúvida, promover grandes benefícios à região do Recôncavo, bem como destacou a celeridade com que foram desenvolvidos os estudos pela Comissão, permitindo que em apenas seis meses, considerando a data da reunião dos Conselhos (14 de março), quando fora lançada a proposta, possa ser dado o passo inicial no sentido do atendimento à demanda de uma população; e ratificou o voto de sua categoria, pela aprovação da criação da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia; 2) Daniele Costa e Silva registrou, inicialmente, o seu aprazimento, enquanto estudante da UFBA, representante estudantil no Conselho Universitário e Representante da UNE, por estar participando daquela sessão, que considerou uma das mais importantes na história do Conselho Universitário.
        Continuando, a Conselheira Daniele referiu-se às incoerências das estatísticas sócio-econômicas e educacionais a respeito do Estado da Bahia e aos parcos investimentos do Governo federal no ensino superior no nosso Estado; conclamou os estudantes secundaristas presentes à sessão a lutarem pela melhoria do ensino médio público, de modo a possibilitar o acesso dos seus  egressos às universidades públicas federais; e recomendou aos estudantes que vierem a fazer parte da Universidade do Recôncavo que sejam agentes construtores dessa nova Universidade, no sentido de que ela seja democrática, inovadora, progressista, que atenda, efetivamente, a demanda dos estudantes de baixa renda, com uma assistência estudantil satisfatória, e que as eleições nessa nova Universidade sejam paritárias; 3) Isadora Maria Salomão de Oliveira ressaltou, também, a importância histórica daquela sessão do Conselho Universitário; parabenizou a UFBA e a todos que contribuíram e continuarão empreendendo esforços para viabilizarem a criação da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, colocando-se na expectativa de que a ela, realmente, tenha acesso a população baiana que hoje encontra-se excluída do ensino superior, instalando-se, de antemão, o debate sobre políticas afirmativas para negros, para a população que não tem direito a um ensino fundamental e médio de qualidade, esperando, ainda, que a nova Universidade tenha uma assistência estudantil eficaz, de modo a garantir a permanência dos estudantes carentes, criando-se residências e restaurantes universitários nos seus multicampi; e, enfim, a Conselheira Isadora disse almejar que a Universidade do Recôncavo nasça democrática, com a participação paritária de professores, estudantes e funcionários nas suas decisões, nos seus Conselhos, na formulação de seu Estatuto. Subseqüentemente, esgotadas as inscrições de Conselheiros, o Senhor Presidente anunciou que submeteria à votação o parecer da Comissão relatora do Conselho Universitário, instituída pelo Reitor, cujo parecer, esclareceu o Senhor Presidente, lido pelo Conselheiro Antonio Fernando Guerreiro de Freitas, "não cria a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, mas autoriza a Administração da Universidade Federal da Bahia a prosseguir com o processo e encaminhar às instâncias superiores, ou seja, ao Ministério da Educação, a solicitação formal para que, em Mensagem do Executivo, o Congresso Nacional termine por realizar esse ato", afora que, acrescentou Sua Magnificência, "o parecer tem efeito de uma concordância com o desmembramento da Escola de Agronomia, que é subsídio inicial à proposta de criação da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia". Votado, o parecer da Comissão relatora foi aprovado por unanimidade dos votos e por aclamação. Logo após, o Magnífico Reitor enfatizou que aquele era um momento histórico para a história  da Bahia, "em que teremos uma Universidade nova, que foi constituída na base do anseio da população, na demanda organizada da sociedade e de dentro de uma Instituição que teve, como a Conselheira Carmen Célia com muita felicidade postulou, a generosidade, a maturidade e a sabedoria para desmembrar-se e assim multiplicar a sua capacidade de cumprir o compromisso social, o lema que temos adotado, registrado, aí, nas bandeiras, nos estandartes: "UFBA, Universidade Pública, Compromisso Social". Eu não vejo forma mais efetiva de cumprirmos o nosso compromisso social". Finalizando a etapa formal da sessão, o Conselheiro Vice-Reitor da UFBA e Presidente da Comissão concebedora dos "Subsídios para criação e implantação da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia" agradeceu, nomeando-os, a todos os membros da Comissão e, também, aos Representantes das Comissões municipais todo o esforço e participação vibrante demonstrados durante a execução do trabalho e, particularmente, agradeceu ao Conselheiro diretor da Escola de Agronomia, Professor Paulo Gabriel Soledade Nacif, destacando-o como principal responsável pelos contatos com as prefeituras dos municípios envolvidos no projeto.  
        Prosseguindo, o Conselheiro Francisco Mesquita registrou a sua expectativa concreta de que a "Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, com seu modelo multicampi, irá cumprir o seu objetivo principal, que é o de explorar todo o potencial sócio-ambiental de cada subespaço do Recôncavo, bem como servir de pólo integrador de seus diversos subterritórios", aduzindo que "esse modelo será implantado de forma modular, de modo que a integralização ocorra num período bem curto", enfatizando que "esse é o desejo de toda a Comissão e de todos os representantes dos vários municípios". E para que isso aconteça efetivamente, acrescentou, "não temos dúvidas que teremos o apoio de todos os parlamentares, bem como a colaboração dos poderes estadual e municipais". Com relação à preocupação manifestada pelas representantes discentes, o Conselheiro Vice-Reitor informou que a Comissão propusera, inclusive, uma Coordenação de políticas afirmativas para a Universidade Federal do Recôncavo. Posteriormente, conforme estabelecido no início da sessão, o Senhor Presidente, excepcionalmente, franqueou a palavra aos representantes das Comissões municipais, aos parlamentares, outras autoridades e representantes das diversas comunidades do Recôncavo baiano que assistiam àquela sessão, nomeados a seguir, que, de modo geral, salientaram a importância histórica daquele momento e daquela decisão para o Recôncavo e para a Bahia, representando o início do resgate de uma dívida para com o interior do Estado no que concerne à socialização do ensino superior; destacaram a impressionante mobilização popular, resultando um projeto extremamente rico, democrático, eclético, construído coletivamente, que faria nascer uma Universidade diferente, a partir da leitura das características e especificidades de uma região; parabenizaram os membros do Conselho Universitário, a Comissão elaboradora do projeto, a Comissão relatora, a UFBA de modo geral, ressaltando a ação magnânima de desprendimento de poder revelada, e, particularmente, congratularam o Reitor pelo seu dinamismo, liderança e vontade política; e colocaram-se à disposição para continuar apoiando, colaborando e interferindo no sentido da efetivação do indicado pelo Conselho Universitário. Seqüencialmente, fizeram uso da palavra: Raul Lomanto Neto (Representante da Comissão do Município de Amargosa), Clóvis Ezequiel Santos (Representante da Comissão do Município de Santo Antonio de Jesus), Martiniano José Costa (Representante da Comissão do Município de Valença), Hipólito de Brito (Representante da Comissão do Município de Nazaré), Gildete Calumbi Moura (Representante da Comissão do Município de Cachoeira), Itagildo Mesquita (Representante da Comissão do Município de Santo Amaro); os deputados Walter Pinheiro, Lídice da Mata, Javier Alfaya e Alice Portugal; Álvaro Bessa (Prefeito de Santo Antonio de Jesus); Valmir Sampaio (Vereador do Município de Amargosa); Osvaldo Cardoso de Santana (Presidente do Sindicato dos Trabalhadores da EMBRAPA); e Zenilton (Aluno da UNEB e Presidente do PT de Santo Antonio de Jesus).

Não houve o que ocorrer

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