Ata da Sessão do Conselho Universitário da Bahia realizada em 27 de Junho de 1989. |
ter, 27/06/1989 - 09:30 |
Verificada a existência de quorum, o Senhor Presidente abriu a sessão passando, a pedido a palavra ao Conselheiro Alberto Peçanha Martins Júnior. Presidente da Comissão de Legislação e Normas, o qual lembrou aos Senhores Conselheiros que a regulamentação ora em elaboração deverá ser ajustada aos estatutos e regimentos da Universidade. A seguir o Senhor Presidente passou a palavra à Conselheira Lucila Rupp de Magalhães para apresentar o seu relatório e parecer sobre o item 1 da Ordem do Dia- Jornada de trabalho de pessoal técnico-administrativo- Eis o parecer na integra: “Magnífico Reitor, Senhores Conselheiros: A matéria Jornada de Trabalho do Pessoal Técnico- Administrativo faz parte do Plano Único de Classificação e Retribuição de Cargos e Empregos (PUCRCE). Dentre outras, a regulamentação dessa matéria constitui-se em competência do egrégio Conselho Universitário. A Comissão de Legislação e Normas do referido Conselho instada a pronunciar-se sobre a mencionada matéria, levando em consideração as disposições relativas ao assunto, que se apresentam na Constituição da República Federativa do Brasil, na Lei n° 7596 de 10 de maio de 1987, no Decreto n° 94.664 de 23 de julho de 1987, bem como os resultados contidos no relatório final da Comissão de Compatibilização (UFBA-88/89) e as sugestões formuladas pelo Conselho Universitário na sessão do dia 04 de maio do corrente ano elaborou a seguinte resolução : JORNADA DE TRABALHO DO PESSOAL TÉCNICO-ADMINISTRATIVO: Art. 1°- A Jornada de trabalho dos servidores técnico- administrativo da UFBA é de quarenta horas semanais, cumprida em dois turnos de quatro horas. Parágrafo Único- A unidade ou órgão da UFBA estabelecerá seus turnos de trabalho, podendo flexibilizar o horário de inicio e termino de turnos, em razão de suas necessidades, mantidas, porém, a jornada diária de oito horas. Art. 2°- Os casos específicos previstos em lei, com jornada de trabalho reduzida, terão os seus horários fixados de modo a atender às necessidades peculiares do serviço. Art. 3°- Esta resolução entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Este é o relatório. Voto: Considerando-se que a resolução apresentada respeita a legislação vigente sobre o assunto, procura atender e conciliar as sugestões formadas pela comunidade universitária, de forma coerente com os aspectos e necessidades funcionais que caracterizam os diferentes órgãos e unidades que compõem a Universidade Federal da Bahia, somos favoráveis à sua aprovação. Este é o nosso parecer salvo melhor juízo”- Concluída a leitura o Senhor Presidente franqueou a palavra para que os senhores Conselheiros apresentassem sugestões e discutissem o assunto. Solicitando a palavra o acadêmico Júlio César de Sá Rocha, sugeriu a presença de representante dos servidores técnico-administrativo para participar dessas discussões e que lhes fossem estendido, também, a efetiva participação nos Conselhos Superiores, a exemplo de outras Universidades. O Cons. Ailton Sampaio apresentou propostas de alteração do § único do artigo 1°, visando flexibilizar a duração dos turnos. Discutiram o assunto em defesa dessa proposta os Conselheiros: Célia Gomes, Wanda de Carvalho, Josefina de Freitas, Francisco Mesquita, Roberto Andrade e Heonir Rocha. O Cons. Peçanha Martins esclareceu que aquela redação não impedia a flexibilidade de duração dos turnos, desde que a mesma se enquadre na legislação em vigor. O Conselheiro Heonir Rocha apresentou uma proposta de inclusão da palavra “preferencialmente” na redação atual, ficando a parte final do Art. 1° assim redigida: “cumprida em dois turnos, preferencialmente, de quatro horas”. Não havendo mais proposta sobre esse item o Senhor Presidente considerou concluído o debate. Consultada pelo Magnífico Reitor se absorveria a proposta, a relatora respondeu positivamente, e em consequência, o Senhor Presidente submeteu a proposta, a votação, tendo sido aprovada, com o registro de um voto contra. Dando prosseguimento a sessão o Senhor Presidente passou o item 2 da pauta- Comissão Permanente de Pessoal Técnico-Administrativo- CPPTA- e deu a palavra ao Relator Cons. Luiz Erlon Rodrigues para ler o seu relato e parecer que vai transcrito a seguir: “Comissão Permanente de Pessoal Técnico- Administrativo: Art. 1°- A Comissão de Pessoal Técnico-Administrativo (CPPTA), diretamente vinculado ao Reitor, tem por finalidade assessora-lo e ao conselho superior competente na formulação e no acompanhamento da execução da política de pessoal técnico-administrativo. Parágrafo Único- Entende-se como pessoal técnico-administrativo todos os servidores que pertençam ao quadro ou á tabela permanente da instituição. Art. 2°- Compete á CPPTA: 1- Apreciar, para decisão do Reitor, assuntos relativos a: a)processos de acompanhamentos e avaliação para progressão funcional; b) processos de seleção interna para efeito de ascensão funcional; c)dispensas, exceto as voluntárias; e exoneração; d)afastamento; e)transferências; f) readaptações e necessidades de admissão. II- Prestar assessoramento ao Conselho Universitário na: a) fixação de critérios necessários à elaboração das normas específicas sobre a realização dos concursos públicos e internos; b) distribuição de vagas para abertura de concursos; c) implantação e acompanhamento de processos de avaliação de desempenho; d) criação de programas de treinamento e aperfeiçoamento do pessoal técnico-administrativo, em colaboração com os órgãos próprios da instituição; III- Desenvolver estudos e análises que permitiam fornecer subsídios à fixação, aperfeiçoamento e modificação da política de pessoal técnico-administrativo, bem como propor ao Conselho Universitário alteração das normas concernentes à política em vigor. Parágrafo único- No exercício da sua competência,a CPPTA sempre considerará do corpo técnico-administrativo e as peculiaridades do órgão. Art. 3°- A CPPTA será composta de oito membros: a) dois representantes dos grupos de Nível Superior; b) dois representantes dos grupos de Nível Médio; c) dois representantes dos grupos de Nível de Apoio; d) um representante do Reitor, de sua livre escolha; e) o Superintendente de Pessoal ou representante por ele indicado. Parágrafo Único- Cada um dos membros, titulares, terá seu respectivo suplente. Art. 4°-Os membros do CPPTA, titulares e suplentes, referidos nas três primeiras alíneas do artigo anterior, serão eleitos diretamente pelos seus pares, em um colégio eleitoral, que em sessão especial, convocada pelo Reitor e por ele presidida, ou por pessoal de sua designação, escolherá os representantes de cada um dos três grupos. Parágrafo Único- Poderão concorrer à representação na CPPTA todos os servidores técnicos-administrativos que pertençam a grupo ou tabela permanente da instituição, desde que exerçam qualquer função gratificada ou comissionada, nem esteja em exercício de outra representação. Art.5º - Os mandatos dos membros da CPPTA serão de dois anos, permitida uma recondução. Art. 6º - O presidente e o vice-presidente da CPPTA serão eleitos por maioria dos votos de seus pares, para mandatos de um ano, admitida ema recondução. Art. 7º - A CPPTA disporá de uma secretaria executiva, incumbida de prestar o apoio administrativo necessário e será dirigida por servidor designado pelo Reitor, mediante indicação de seu presidente. Art.8 – A CPPTA reunir-se-á, ordinariamente, duas vezes por semana e, extraordinariamente, quando necessário, por convocação do Reitor, do seu presidente, ou por deliberação de dois terços dos seus membros. Art. 9º - As matérias submetidas à CPPTA serão apreciadas com a presença da maioria dos membros representantes dos grupos e decididas por maioria de votos dos presentes. Parágrafo Único- Quando o pronunciamento da CPPTA foi objeto de decisão final do Reitor, desta caberá recurso para o Conselho Universitário. Art. 11- A CPPTA elaborará seu regimento interno, no prazo de noventa dias, a partir da vigência desta resolução, submetendo-o a exame e deliberação do Conselho Universitário. Art.12- Esta resolução entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrario”. Terminada a leitura o Magnífico Reitor dirigiu-se a seus pares recomendando que discutissem o assunto com toda a isenção, objetivando sempre proporcionar a melhor adequação à Universidade. Continuando, pediu a atenção dos Senhores Conselheiros para o Parágrafo Único do Art.2º cuja redação não parecia fazer sentindo algum. Estabelecido o debate e tendo sido apresentado as várias interpretações o Conselheiro Eliel Pinheiro solicitou a palavra para propor a supressão do referido parágrafo. Ainda com a palavra o Magnífico Reitor fez mais duas sugestões: a) Eliminação do Art.7º; b) Redução do número de reuniões previstas no Art. 8º, apresentado justificativas para essas sugestões. Franqueada a palavra, apresentaram propostas os Conselheiros, Ubirajara Rebouças, sugerindo: a) Eliminação da frase “ diretamente vinculada ao Reitor” contida no Art. 1º; c) Manter a redação da Comissão de compatibilização para o Art. 3º acrescido de item da proposta da Comissão de Legislação e Normas; d) Que cada categoria tenha dois representantes, 2 ) Célia Gomes: a) Sugerindo Modificação no Art.4º; b) pedindo esclarecimento quanto as razões que levaram a comissão a fixar aquele número de representantes. 3) Roberto Andrade: a) Sugerindo que o Parágrafo Único do Art. 2º passe a ter a seguinte redação: “ No exercício de sua competência, a CPPTA sempre considerará a potencialidade do corpo técnico-administrativo e as peculiaridades do órgão; b) Dando nova redação ao Art.5º: “ Os mandatos dos membros apontados nas alíneas a,b,c e do Art. 3º serão de dois anos permitido uma recondução”. 4) Florentina Del Corral, sugerindo: a) Colocação de segundo parágrafo no Art.3 º com a seguinte redação: “ Os representantes referidos nas a,b,c, serão eleitos diretamente pelo seus pares, em pleito convocado pelo dirigente da unidade ou órgão”. 5) Maria de Lourdes Trino, sugerindo a inclusão da proposição, “ há pelo menos dois anos”, no Parágrafo Único do Art. 4º, após a palavra instituição. 6) Gilberto Pedroso: a) Apresentando nova redação para o Art. 4º “ Os membros da CPPTA titulares e suplentes, referidos nas três primeiras alíneas do Artigo anterior serão eleitos por Colégio Eleitoral, em sessão especial convocada pelo Reitor e por ele presidida ou por pessoa de sua designação” ; b) Sugerindo a colocação de dois parágrafos e dando a seguinte redação do primeiro parágrafo: “ Os Colégios Eleitorais serão formados por um representante de cada grupo das alíneas a,b,c, do Art. 3] eleito por seus pares em pleito convocado pelo dirigente da unidade e/ou órgão suplementar”. 7) Luiz Mendes, sugerindo modificação na redação do Art. 9º para estabelecer que o quorum de decisão seja por maioria absoluta dos presentes. O Conselheiro Peçanha Martins prestou muitos esclarecimentos quanto às dúvidas e sugestões apresentadas. Durante o debate o Magnífico Reitor comunicou ao plenário que iria se afastar para atender compromissos protocolares e passou a presidência à Vice-Reitora Nadja Viana, que deu continuidade às discussões e esclarecimentos. Exaurido o assunto a Senhora Presidente consultou o relator sobre as sugestões que poderiam ser absorvidas tendo o mesmo informado que precisaria de tempo para analisá-las e verificar quais e como adaptá-las à regulamentação. Em consequência a Senhora Presidente solicitou ao relator que preparasse as modificações que seriam postas em votação e propôs ao plenário que em virtude de já terem decorridos três horas de reunião essa votação fosse realizada na próxima sessão do Conselho, tendo o plenário manifestado-se favoravelmente. O Conselheiro Heonir Rocha solicitou a palavra e propôs que fosse programada uma reunião semanal com duração de duas horas em dia a ser estabelecido, para acelerar a conclusão dessa regulamentação dada a urgência que se faz necessária. A Senhora Presidente solicitou aos Senhores Conselheiros que analisassem o item 3 da “ Ordem do Dia” e preparassem por escrito as sugestões de modificações que julgassem necessárias e as enviassem para o seu Gabinete até o dia 23 para que fossem distribuídas com os Senhores Conselheiros, a fim de ordenar e dinamizar mais as discussões. Não havendo quem se pronunciasse agradeceu a presença, e o interesse e participação de todos e deu por encerrada a sessão.
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Não houve o que ocorrer.
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Ata da Sessão do Conselho Universitário da Bahia realizada em 12 de Junho de 1989. |
seg, 12/06/1989 - 10:00 |
Passou ao item 01 da pauta- Situação atual da Universidade- Inicialmente, historiou o Magnífico Reitor todo curso da greve dos servidores de ensino da Bahia, desde a sua instalação, a principio direcionada para a conquista da jornada de 30 horas de trabalho; após cordiais e constantes diálogos com dirigentes da ASSUFBA, parecia caminhar a negociação para um desfecho, com a determinação da manutenção das 40 horas, somente alterada através de ação judicial, direito de recurso dos servidores; foram atendidas, ainda, algumas reivindicações consideradas justas e viáveis e outras foram refutadas, impossíveis, estando mesmo fora da alçada da Reitoria. Ocorreu, todavia, de forma inesperada e brusca, um redirecionamento do movimento que passou a ter na reposição salarial, o eixo básico das reivindicações, ganhando dimensão nacional. Em seguida associaram-se os docentes à paralisação, mas após encontro com autoridades federais do ensino, constatara o Magnífico Reitor o avanço das negociações, em fase adiantada. Citou, inclusive, a possibilidade de um breve retorno às atividades, após reunião das lideranças com suas bases, talvez a ocorrer no dia seguinte. Quanto às posições, relacionou e explicou os seguintes itens: a) reposição salarial- o governo se dispõe a conceder 30%, por decisão da presidência, não havendo nada mais a negociar; haveria grande dificuldade na concessão dos 95% para as IFES em virtude da repercussão nos demais órgãos do serviço público; b) extinção das funções de confiança- o Ministério admite a possibilidade da sua reconsideração não extinguindo-as; c) contratação de docentes e técnicos- haveria a possibilidade de aproveitamento da vigência da portaria 474, dela se fazendo uso; há autorização para utilização das vagas a partir de 1985, contudo, vem demonstrando a intenção do seu aproveitamento e utilização desde 1987, o que corresponde a uma absorção de cerca de 900 docentes e 1.300 servidores, com a utilização do mecanismo do concurso; d) proposta de ampliação de 40% para 50% dos D.E.- O Ministério admite absorver; e) aposentadoria integral- trata-se de questão polêmica, por visar uma equiparação dos proventos dos aposentados com os dos ativos, de forma integral. Em virtude da consequente repercussão financeira, vem o Ministério da Educação solicitando dos Reitores, um levantamento dos quadros de pessoal, os quais, por sua vez, vêm demonstrando certa apreensão, frente à possibilidade de perda de pessoal, sem a garantia de novos contratos; f) O.C.C. – por solicitação do Ministério e da SEPLAN, já vêm as diversas Universidades apreciando e analisando as suas necessidades financeiras, ajustando-as às reais possibilidades do governo federal. Há um pleito global de 1 bilhão e 250 milhões, considerado inviável; todavia, o MEC reivindica cerca de 400 milhões com um encaminhamento de reforma do orçamento para repasse imediato de 60 milhões, ficando o valor restante para posterior negociação com a SEPLAN e o Congresso, situação esta, considerada satisfatória pelos Reitores. De referência especifica à verba de O.C.C. estaria de imediato, sanado o problema, cabendo à Bahia cerca de 2 milhões a 2,5 milhões para custeio, citando a transferência por se realizar. Embora considere o Magnífico Reitor que se possa contornar os atuais problemas críticos e imediatos da instituição, a situação pode ficar comprometida com a greve, que seguramente inviabiliza a agilidade do processo. O Cons. Heonir Rocha indagou acerca da previsão da verba, bem como da sua destinação. Mencionou o Sr. Presidente que as despesas centralizadas somam 400 a 500 mil (água, luz, telefone, etc.) e considera os recursos suficientes para a neutralização da situação emergencial, enquanto se aguarda a negociação da parte suplementar. O Cons. Roberto Andrade solicitou informações sobre 1)- vagas para docentes- das 900 vagas consideradas, qual a possibilidade de inclusão das 98 da UFBA; 2)- dados acerca da 1ª suplementação; 3)- a constituição da comissão anteriormente referida. Informou o Magnífico Reitor, respectivamente, que não havia a garantia da inclusão das vagas dos docentes, estimou o valor da suplementação entre 2 e 3 milhões para O.C.C. (custeio) e manifestou a expectativa, quase convicção da presença de parlamentares da área educacional na composição da comissão. O Cons. Leopoldo Carvalho preocupou-se com os prováveis prejuízos da greve geral para a UFBa., afora os já ocorridos. A este respeito, também manifestou o Magnífico Reitor o temor de que se esteja rumando para um processo de prosseguimento da greve. Considera o Governo que já estão esgotados os mecanismos de negociação, e neste instante acenam os servidores federais, com ampla paralisação, o que seguramente acarretaria um grande prejuízo, para todo o serviço público, já que postos os níveis salariais, há uma absoluta inviabilidade de acordo. A associação dos servidores federais tende a agravar a situação de repercussão imprevisível, ainda robustecida com a paralisação dos transportes. Com a palavra, o Cons. Ubirajara Rebouças sugeriu por considerar oportuna e necessária, uma manifestação do Conselho Universitário sobre a grave situação vivida pelo ensino no país. Apenas 1 professor vem proferindo aulas e, dos 4 chefes de Departamentos, 3 optaram pela paralisação. Registrou, ainda a precariedade dos recursos financeiros e materiais, escassos e com certa dificuldade, graças à estocagem. Colocou-se favoravelmente ao registro das faltas; Gilberto Pedroso, que realçou a gravidade da situação orçamentária da Faculdade de Arquitetura, sem o repasse da 2ª dotação trimestral. Observou, contudo, aspectos positivos da greve, que motivou uma reflexão por parte de servidores e docentes da Escola, constantemente reunidos para avaliação da frequência, e do movimento, o que os vem ensejando a analisar também o currículo do curso de Arquitetura e outros elementos a ele relacionados. Defendeu a discussão de problemas de maior relevo por parte do Conselho Universitário, ao invés da sua limitação à apreciação da frequência, Urbino Tunes, que registrou a paralisação total da Faculdade de Odontologia, a partir da deflagração da greve dos docentes, mantidas as atividades de Extensão. Apenas 2 professores ainda lecionam. Complementou, informando que não era hábito, na Unidade se exercer a pratica da apuração de frequência de pessoal. Alberto Peçanha Martins, que acusou o inicio da paralisação das atividades no dia 16, com a paralisação dos técnicos e a sua intensificação no dia 24, com a paralisação docente, interrompendo assim, todas as atividades da Faculdade de Direito. Foi elaborada a folha de frequência em função dessas datas, com o registro das faltas devidamente encaminhadas; Francisco Mesquita, que também identificou uma característica nacional do movimento, estando a Bahia nela inserida. Há uma paralisação intensa no Instituto de Geociências e justificada, bem como reclama a sua direção, da escassez e até falta de verbas. Pretende o diretor manter a decisão do Conselho Departamental, por não verificar razões para mudanças, uma vez a paralisação deve ser efetivamente entendida como de caráter nacional; Marisa Hirata, que informou a afluência de grande parte dos professores à Escola, mobilizados e no desenvolvimento de algumas atividades; Francisco Liberato, que informou estar anotando as faltas dos ausentes, registrando a situação dos grevistas. Com a palavra, o Magnífico Reitor fez algumas colocações: a) docente x greve – na condição de professor, nunca deixara de ministrar aulas, considerando a dignidade do docente acima de questões imediatas. b) – entende que uma greve não deve ocorrer de forma indiferente, menosprezada, “laisser-faire”, praticamente garantida, protegida, ainda que de cunho nacional; c) - não deve ser dado tratamento diferenciado para técnicos e professores, pois, ambos tem papeis e desempenham funções a serem repeitadas pela instituição; d) - considera que as persistentes greves podem ate ocasionar benefícios, talvez poucos, para os profissionais, mas o grande prejuízo tem atingido a instituição, com sinais de evidente decadência em todos os setores; e) cada um deve ter seu papel e a sua responsabilidade, assumindo, desta forma, a decisão da conduta adotada. Notificou que o direito de greve é constitucional, como é também o seu tratamento. Frisou o Magnífico Reitor que “ não seremos nós a usurpar os direitos de punir ou não, que cabem a justiça”. Ao final, indicou a posição da Reitoria: ao iniciar-se, o movimento, por razões locais, estava a direção da Universidade disposta a punir os faltosos; com a mudança do eixo básico e a extensão nacional, deliberada o Ministro da Educação pela autorização do pagamento integral dos servidores. Coube, assim, ao Reitor, a atribuição de acompanhamento do processo nacional. Encareceu a todos os Conselheiros uma reflexão global das consequências da greve, com inestimáveis prejuízos técnicos, administrativos e acadêmicos para a Universidade. É preciso, ainda, se visualizar a greve com sinais de esperança e expectativa, mesmo estando a apreensão envolvendo o a geral. Referiu ainda a possibilidade de reprovação estudantil, com a perda do semestre letivo. Tendo ouvido alguma referência a cerca da possibilidade de aprovação do alunado por decreto, manifestou desde logo tal impossibilidade, por depender de autorização do Reitor, Ministro e presidente, que, seguramente, não concordam com o procedimento adotado. Finalmente, prestou ainda alguns esclarecimentos complementares: 1) a criação de uma comissão para dar uma proposta de critérios de distribuição de recursos da Biblioteca Central; 2) quanto ao PUCRCE, relatou a existência de certas dificuldades enfrentadas no âmbito do C.C., mas deverá ser oportunamente tratado pelo Conselho Universitário, talvez já na reunião seguinte; 3) com a perspectiva da implantação da Lei de Diretrizes e Bases no país, é intenção dos Reitores das Universidades promoverem uma reunião brevemente, com o fim de apreciar, discutir e apresentar suas opiniões e proposições. Vem o Sr. Presidente sugerindo tal encontro, principalmente quanto às instituições do Nordeste por conter a referida Lei, questões de relevante significado e reflexos diretos para a região, que não deve ser prejudicada. Provavelmente ocorrerá na cidade de Natal, e demonstrou o Magnífico Reitor a intenção de, oportunamente, ouvir o Plenário acerca do assunto. Apelou, ainda, aos Conselheiros, para que se adote a necessária providência e atenção quanto à possibilidade de ingerência de fundamentado seu pensamento nas seguintes bases; 1) o Conselho constata e lamenta a crise; 2)- o Conselho apoia as reivindicações com o intuito de superação de precário funcionamento das IFES. 3) - manifesta a expectativa da breve solução para o impasse, que, uma vez alcançada, possibilitaria o retorno imediato à normalidade das atividades. O Magnífico Reitor considerou oportuna a mensagem; solicitou, contudo, antes mesmo da sua apreciação pelo Plenário, que se pronunciassem os diversos diretores, para que se pudesse avaliar o pensamento geral do Conselho face à diversidade das posições adotadas. Manifestaram-se então, os Conselheiros: Leopoldo Carvalho, que informou ser a Escola de Administração uma das poucas Unidades ainda a funcionar, por consenso entre professores e alunos; os técnicos já estavam paralisados, causando grandes prejuízos; Luiz Erlon, que responsabilizou a política atual do país pela ausência absoluta de comando e autoridade,sendo ele, no I.C.S., o único professor a manter as aulas. Ainda assim, recebera as anotações de frequência integral por parte dos departamentos, inclusive de profissionais licenciados. Desta forma, recusou-se a atestar o fato, informando sua decisão à SPE, embasada até em assessoramento recebido da Procuradoria Jurídica, ponderando porém, que a falta de uma atitude rigorosa e definitiva tornará sua decisão inócua; Suzana Longo, que relatou uma situação similar à do Instituto de Letras, e embora pretendesse dar as aulas, não havia o comparecimento dos alunos; citou a forma agressiva como vem sendo combatida pelas medidas adotadas, algumas consideradas comprometedoras e incoerentes com a votação comunitária que a elegeu na lista sêxtupla. Pretende promover idêntico tratamento para docentes e servidores, por não observar diferenciações; Carlos Alberto Nascimento, que salientou a continuidade das atividades de Extensão na sua Unidade, por vezes atrelada à acadêmica; pretende registrar a presença dos que estão trabalhando, acusando a falta dos ausentes; Ailton Sampaio, - que informou estar a FACOM totalmente paralisada. Os alunos vêm se recusando à presença às aulas que alguns professores pretendem dar, tenciona a direção contestar a frequência considerada integral pelos Departamentos, afirmando não ser real e concluiu pela falta de um balizamento do governo, que, a despeito do prolongamento da greve, não se pronunciou quanto à sua legalidade; Ubirajara Rebouças, que informou a decisão pessoal do apontamento das faltas, apesar de insistentes solicitações em contrário; Heonir Rocha, que assegurou o computo das faltas a partir do mês de maio. Promovera uma reunião do Conselho Departamental, e considerou descabido um tratamento diferenciado para técnicos e docentes. Preocupou-se com a diversidade de opiniões das Unidades, encarecendo uma uniformidade de procedimentos, para que a severidade das medidas aplicadas não se restrinja a poucas Escolas, como a sua, preservando-se outras tantas. Ao final, apoiou a sugestão da moção do Cons. Ubirajara Rebouças, embora um tanto cético quanto ao seu resultado; Carlos Emílio Strauch, que detectou certa desordem na punição da graduação pela greve, preservadas a extensão e pós- graduação; 60% dos docentes da Escola Politécnica continuam dando aulas, tendo decidido, a direção pelo registro das faltas dos ausentes; Paulo Lima, que defendeu uma uniformização de procedimentos e distinguiu dois eixos da greve: local e nacional. A Escola de Música não está totalmente paralisada por causa das atividades de Extensão, mas haverá o registro das faltas; Wanda Carvalho, que considerou a greve uma fatal consequência da desorganização administrativa e política dos últimos anos. Por ser uma situação nacional, assim também deveria ser avaliada a frequência do pessoal, o que percebe ser menor do que a problemática global da instituição. Considerou justas as reivindicações apresentadas, para que se possa promover a continuidade das atividades didáticas de forma digna; Roberto Andrade, que observou dificuldade na cobrança, sem a contrapartida dos meios necessários para a produção. Defendeu o registro da condição de greve, não necessariamente o corte do ponto ou a perda de salário. Informou sobre a intenção de remeter a frequência, destituída de observações e sugeriu uma avaliação ampla do desempenho docente e o apoio pessoal ao manifesto já citado; Nilze Villela, que mencionou a paralisação total da Escola de Nutrição e a ocorrência de pressões no sentido de que seja remetida a frequência integral, dos profissionais, com a justificativa de que o movimento é nacional, o que, a principio não pretende realizar; Florentina Del Corral, que informou estar a parte acadêmica paralisada, na Faculdade de Farmácia, embora ainda ocorrendo atividade de Extensão. Alguns professores vem mantendo atuações parciais e locais; vem-se registrando solicitações à diretoria para que sejam as folhas enviadas sem observações de faltas. Informou a Conselheira ter ainda remetido à SPE, e tem questionado e refletido quanto ao momento vivido, se o ideal para adoção de medidas mais severas; Lucila Magalhães, que registrou o declínio progressivo da presença dos funcionários, com a perspectiva da paralisação total e considerou o movimento de caráter nacional, escapando à avaliação restritamente local; Maria de Lourdes Trino, que observou estarem frequentando apenas 7 funcionários. Houve adesão à greve de quase todos os docentes, especialmente na parte acadêmica, mantida algumas atividades de Extensão, entidades políticas, por vezes danosas e comprometedoras, mas sobretudo desnecessárias, pela existência de uma completa autonomia da direção da Universidade, que não pode, sob qualquer hipótese, se atrelar a tais intervenções. Em seguida, solicitou ao Cons. Ubirajara Rebouças, que procedesse a leitura da moção de sua proposição, para apreciação geral. Feitas as devidas considerações e apontadas as sugestões para redação por parte dos Conselheiros, foi aprovada pelo Plenário, com 3 votos contrários e vai a seguir transcrita: “O Conselho Universitário da Universidade Federal da Bahia, reunido 12 de junho de 1989, após apreciar a situação em que vive atualmente a Universidade, vem a público manifestar: a) sua apreensão quanto à permanência das precárias condições de funcionamento que põe mesmo em risco a possibilidade de consecução das atividades- fim da Instituição; b) seu apoio àquele pleitos que visem estabelecer as condições de funcionamento pleno da Instituição; c) sua expectativa e seu empenho quanto ao pronto atendimento destes pleitos de modo que a Universidade Federal da Bahia possa retomar as atividades que justificam sua existência e cessem, em consequência, os múltiplos prejuízos decorrentes da atual situação”. Não havendo mais quem se manifestasse, agradeceu o Sr. Presidente a presença e a colaboração de todos e deu por encerrada a sessão.
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Não houve o que ocorrer.
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Ata da Sessão do Conselho Universitário da Bahia realizada em 04 de Maio de 1989. |
qui, 04/05/1989 - 08:30 |
Passou o Sr. Presidente à “Ordem do Dia”, item 01 da pauta- Proc. 23066.062780/87-00- Mudança do nome do Departamento de Farmácia Qualitativa para Departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas- Relatora Consa. Lucila Rupp de Magalhães. A Consa. Relatora fez a apresentação do processo e leitura do relatório, com parecer favorável à solicitação. Colocado em votação, foi o mesmo aprovado por unanimidade. A Consa. Wanda Carvalho referiu a satisfação de deferimento do processo, já há algum tempo pendente de exame pelo Conselho, e que, com a nova denominação, estava o referido Departamento contemplado com um nome mais adequado e apropriado às suas reais funções. Item 02- Proc. 23066. 62669/87-14- Projeto de reforma do Regimento Interno do Instituto de Química – Relator Cons. Luiz Erlon Rodrigues. O relator historiou todo o processo, apresentado detalhadamente e referiu que o seu parecer, refletia o pensamento da Comissão de Legislação e Normas, ratificava parecer da Comissão da gestão anterior, que não fora vetado. Concordava, assim, com a solicitação efetivada e posto em votação, foi o parecer aprovado por unanimidade. A Consa. Maria de Lourdes Trino agradeceu o deferimento do processo, sobretudo pelo fato de que já se fazia necessária tal reforma, estando o regimento do Instituto completamente defasado. Item 03- Regulamentação do P.C.S. – Relator: Cons. Alberto Peçanha Martins Junior. O relator procedeu algumas explanações acerca do relato do Plano, informando que o mesmo continha assuntos pertinentes ao Conselho de Coordenação e ao Conselho Universitário, tendo a Comissão de Legislação e Normas trabalhado e dado prioridade ao assunto referente à jornada de trabalho. Apresentaria, assim, um parecer mais restrito, atendo-se à situação dos servidores técnico- administrativos, enfatizando a questão das 30 ou 40 horas. Foi lido o parecer e colocado em discussão. Em torno do assunto, manifestaram-se os Conselheiros: Leopoldo Carvalho, para louvar a proposta da uniformização do comportamento a ser adotado, preocupando-se com a ocorrência dos turnos considerados excepcionais; Eliel Pinheiro, por entender que se deveria proceder a uma apreciação global do tema, inclusive a questão da CPPTA e demais itens do Plano, ao invés de, isoladamente tratar o assunto da jornada, com o que concordou a Profª Maria de Lourdes Trino e o Prof. Carlos Strauch, também ponderando que não houve discussão sobre o Plano, mas sobre um item dele extraído e em torno desta se pretendendo aprovar sua resolução. Com a palavra, o Cons. Relator informou que a Comissão de Legislação e Normas assim procedera em face da dificuldade de se ter todo um parecer em torno de um Plano extenso, que no seu entender, deveria ser examinado por partes, apreciando-se e julgando-se os diversos capítulos de forma independente, tendo sido considerado o item da jornada, de maior premência. O Magnífico Reitor referiu a característica assessora das comissões que vem trabalhando no P.C.S., uma vez que as deliberações cabem nos Conselhos. Também colocou em questão a forma de apreciação por parte dos Órgãos Colegiados se de forma global com a eventual extração de destaques ou por etapas. Fora adotada a 2ª metodologia por ser entendida como mais adequada e se fez a opção favorável à jornada de trabalho, por ser considerada, em face das circunstâncias, como a que queria maior estudo por parte da instituição. Provavelmente novas resoluções e pareceres deveriam ser apreciados e votados e considerou ser o Conselho Universitário foro ideal e correto para um posicionamento definitivo em torno do assunto. Sugeriu, ainda, que na resolução apresentada e favorável à jornada de 40 horas, fosse referido o artigo 7°, inciso 13 da Constituição, que ampara, de forma inquestionável, a jornada de 40 horas. Face á natureza dispersa dos serviços da UFBa, propôs o Sr. Presidente a adoção das 40 horas em 2 turnos de 4 horas, que, embora não necessariamente rígidos, deveriam ser atentamente fiscalizados pela diversas chefias, em função da distribuição horária a ser ditada pelas necessidades maiores dos setores. Daí sugerir que, além das “necessidades”, seja utilizado o termo “atribuições”, que o incutiria uma maior responsabilidade aos servidores. Voltaram a se manifestar alguns Conselheiros, a saber: Leopoldo Carvalho, para sugerir que fossem considerados turnos de duração inferior ou superior a 4 horas, combinados num total de 8 horas, em função das atribuições de cada Unidade ou Setor; Ailton Sampaio, para advertir que tal hipótese poderia gerar a criação de horas extras nos turnos que ultrapassassem 4 horas; Peçanha Martins, que mencionou condicionalmente, não se opor à flexibilidade dos horários dos turnos; Heonir Rocha, sugerindo que uma resolução a ser tomada pelos membros do Conselho, deveria pressupor uma votação após um estudo mais acurado do tema, com apreciação global do relatório e uma reunião de elementos para melhor embasar opiniões e condições de votação. Consciente, considerou o assunto polêmico, mas não prioritário; Luiz Erlon, para opinar que o relatório seja apreciado por partes, por envolver matérias dos 2 Conselhos e de outros setores, explicando, na condição de membro da C.L.N., que tal assunto viera ao Conselho pelo afeto e, ademais, estar faltando uma uniformidade de critérios de procedimentos na UFBa., diante do problema apresentado. Carlos Strauch, para declarar, em nome da sua Unidade, uma manifestação contrária à adoção do turno de 4 horas, pelas circunstâncias de trabalho; Lucila Magalhães, na condição de membro da C.L.N., para explicar que do que caberia ao Conselho, presente no relatório, fora destacado o tema em discussão, não só pela premência requerida pelas circunstâncias, como pelo fato de que os demais demandariam tempo excessivo para estudo, preparo e discussão, embora já estivessem em fase adiantada de trabalho; Paulo Dourado, para informar que concordava com a uniformização a ser adotada, mas optando por 2 turnos de 4 horas, o que considera viável, por se tratar de uma situação de planejamento administrativo; Ubirajara Rebouças, considerando que a questão, embora não sendo a mais importante do relatório do P.C.S., é a mais urgente; discordava, porém, da uniformização de horários, já que há serviços e trabalhos que requerem procedimentos com turnos de duração especifica; Florentina Del Corral, notificando que o turno rígido de 4 horas inviabilizaria trabalhos e mesmo experimentos laboratoriais, cujos técnicos precisam, por vezes de turnos mais longos, já que a suspensão de certas atividades podem mesmo acarretar prejuízos para os resultados; Luiz Mendes, manifestando-se favorável também à flexibilidade dos turnos, já que a rigidez de 4 horas comprometeria serviços da sua unidade; Suzana Longo, sugerindo que a jornada seja discutida de forma global, não se descuidando, todavia, da especificidade de cada caso. O Magnífico Reitor manifestou ao Plenário a necessidade de um consenso em torno do assunto, dada a sua permanência como, porque já recebera diversas solicitações para exame do P.C.S., daí a decisão da sua inclusão na pauta da reunião. Justificou, também, tal atitude, pelo fato de que ainda pouco antes da convocação da reunião, trabalhava a C.L.N. no citado Plano, não se tendo a definição precisa e concreta acerca do tema que se poderia apresentar para a discussão. Uma vez concluída a etapa referente à jornada e dada a necessidade da sua definição, optou-se pela sua inclusão, considerada oportuna. Diante da exaustão da discussão do tema propôs o Sr. Presidente que se votasse o parecer e, questionando o Plenário acerca de tal procedimento, posicionou-se mesmo, com 17 votos da maioria, pela retirada do tema para uma melhor avaliação e decisão posterior. Assim sendo, solicitou o Magnífico Reitor que fosse agilizados os necessários estudos sobre o assunto, já que continuavam as solicitações de posicionamento da administração, para o que imprescindível uma decisão do Plenário. Considerou que o tempo decorrido já seria suficiente, além de considerar outros interesses profissionais como promoções e vantagens, cujas concessões estavam pendentes da apreciação do Plano. Em seguida, passou ao item 04 da pauta -Aquisição de material bibliográfico- O Magnífico Reitor justificou a inclusão do assunto na reunião por considera-la de interesse do Conselho Universitário. A principio, os recursos disponíveis e para tal fim destinado, eram colocados à disposição da Biblioteca Central, que, promovia a sua distribuição pelas diversas Unidades; considera o Sr. Presidente que, dada a escassez dos recursos (cerca de 150.000.000,00), seria aconselhável e correto a adoção de um critério justo para participação dos diversos setores. Diante disto, solicitou aos Srs. Conselheiros que procedessem um estudo acurado das necessidades de cada Unidade, através do preparo da documentação a ser oportunamente discutida e, em função desta, se buscar mecanismos adequados para tal distribuição. Um primeiro passo seria a criação de uma Comissão de Biblioteca, com atribuições especificas, a ser seguido por outras etapas de trabalho, com o intuito de se obter a destinação correta dos recursos para aquisição dos acervos.
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Em “o que ocorrer”, o Magnífico Reitor manifestou a sua preocupação quanto a uma manifestação por parte do Conselho Universitário concernente à polêmica questão da jornada de trabalho, ressaltando a importância de um posicionamento sobre o assunto. Manifestaram-se os Conselheiros Francisco Liberato, Leopoldo Carvalho, Suzana Longo, Eliel Pinheiro, todos favoráveis à necessidade de uma decisão do Plenário e a favor da jornada de 40 horas. O Cons. Francisco Mesquita informou que o Conselho Departamental de Consciência houvera decidido acatar o posicionamento Superior. O Sr. Presidente colocou, então, em votação a proposta de decisão do Conselho, que além de acolhe-lo, optou, por unanimidade pela aplicação das 40 horas, excetuando-se o voto do acadêmico Nélio Alves Rosa Filho, que se absteve de votar, justificando sua atitude pela falta de uma discussão previa acerca do tema no D.C.E já que não esperava a sua abordagem durante a reunião. A Consa. Suzana Longo referiu os mecanismos de pressão que sobre ela vinham recaindo por parte dos funcionários e da ASSUFBA, quanto ao controle do ponto e ameaça de greve, mas afirmou sua convicção e determinação de manter os procedimentos que asseguravam a adoção das 40 horas de trabalho; o Cons. Ailton Sampaio considerou que tais procedimentos, frequentemente utilizados a partir dos servidores sobre os diretores, não devem ter qualquer efeito, devendo cada qual assumir a responsabilidade pelas suas atitudes, desde o inicio até o final da greve. Finalizada esta, vitoriosa ou fracassada, caberá a direção adotar o procedimento que lhe aprovar e entender adequado. O Magnífico Reitor referiu os contatos que vem mantendo com a direção da ASSUFBA, de forma muito cordial, a cuja Associação informou que, no seu entendimento, a ausência do trabalho era considerada falta, motivo de corte de ponto e suscetível das punições no âmbito da Justiça do Trabalho. Quanto à decisão do apontamento da falta, considera não ser assunto atinente ao Conselho Universitário, por se tratar, claramente de matéria constitucional. Em virtude da chegada à Reitoria do Embaixador do Canadá, o Magnífico Reitor informou da necessidade da sua retirada antecipada da reunião, passando a presidência dos trabalhos à Vice-Reitora, Conse. Nadja Viana. Dando continuidade ao tema, manifestaram-se os Conselheiros: Maria de Lourdes Trino, que mencionou o procedimento que vem adotando no Instituto de Química, registrando a ausência dos que tem faltado ao trabalho, cientificando-os inclusive da sua decisão e pretendendo encaminhar à Superintendência de Pessoal a notificação que vem procedendo; Sugeriu uma discussão ampla a cerca do assunto, no sentindo de se uniformizar comportamentos que, por vezes, são controversas, entre os próprios setores da instituição, com o que concordou a Consa. Wanda Carvalho, considerando que a medida a ser adotada deve ser única, seja favorável ou contrária à adoção de faltas; Ubirajara Rebouças, que defendeu uma vez mais, a adoção da jornada de 40 horas e mencionou a pressão que vem sofrendo no sentido de alterar seu posicionamento, tendo sido inclusive mal interpretado por determinado segmentos que, salientando o fato de já ter sido ele integrante atuante da APUB e da ANDES, adotava, então, uma postura contrária à paralisação. Reconheceu também uma mudança do eixo da greve, que prendia já ultimamente para sua reposição salarial e comunicou a sua decisão de não punir os servidores faltosos com o corte do ponto, Luiz Erlon, que mostrou o seu pronunciamento em 3 direções; 1- a falta de uniformidade no procedimento dos diretores, frente a greve, cada qual adotando sistemática própria; 2- a pressão exercida pelo funcionário sobre os diretores para que sejam computadas as faltas, e, no seu entender, tal negociação deveria ocorrer a nível de Associação de classe e reitorias; 3- em função de tal situação, distinguem-se dois tipos de diretores, os que facilitam a situação dos funcionários e os considerados algozes e prepotentes. Daí a sua preocupação quanto a uniformização do procedimento, através de uma norma única, a ser acertada e por todos aplicada. Reconhecendo, todavia, a polemização do assunto, sugeriu que se adiasse a discussão para o Seminário a ser realizado nos 2 dias seguintes, onde se teria oportunidade de uma melhor avaliação e decisão sobre o tema; Heonir Rocha, que referiu a adoção da punição mediante colocação de faltas nos servidores ausentes, seguindo orientação do Gabinete do Reitor e não aceitando a simples assinatura daqueles que não cumpriam efetivamente com suas atribuições. Aluziu que tais faltas estão bem controladas durante o mês de maio, mais teria dificuldades similares a serem enfrentadas no caso da sua efetivação. Em função da manifestação de alguns Conselheiros pela necessidade de se prolongar as discussões, mais considerando-se que a extensão da reunião, alongada por tempo demasiado, chegou-se ao consenso quanto à sua continuidade no II Encontro da Gestão Universitária, a se realizar no final da semana, onde além dos assuntos já previstos e constantes na pauta, poder-se-ia tratar também de outros identicamente importantes para o bom desempenho da instituição. Assim sendo, deliberou a Sra. Presidente pela conclusão dos trabalhos, agradecendo a todos e encerrando a sessão.
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Ata da Sessão do Conselho Universitário da Bahia realizada em 27 de Fevereiro de 1989. |
seg, 27/02/1989 - 16:00 |
Passou-se à Ordem do Dia, iniciando através do item 01 da pauta- Proc. 23066.048532/88-20- Concessão do Título de Doutor “Honoris Causa” ao Professor Oscar Niemeyer Soares Filho, proposto pela Congregação da Faculdade de Arquitetura. Relator: Cons. Ubirajara Dorea Rebouças. O Cons. Relator justificou o parecer da Comissão de Títulos que endoçava um parecer já elaborado pela Comissão da gestão anterior, concedendo o titulo e que foi apresentado ao Plenário. Concordava, assim, a atual Comissão com a manifestação anterior, por entender que o Dr. Oscar Niemeyer Filho habilitado e credenciado para o honroso titulo. A propósito lembrou o Magnífico Reitor que a iniciativa de proposição do título de Doutor “Honoris Causa” deve ser do Conselho Universitário, conforme sublinhara o Cons. Ubirajara Rebouças, apesar da origem do processo ter ocorrido na Faculdade de Arquitetura. Informou que a votação deveria ser uni nominal e secreta e assim procedeu. Designou os Conselheiros Carlos Emílio Strauch e Alberto Peçanha Martins Junior para escrutinadores. Contou-se 25 votos para 25 votantes. Efetuada a apuração, foi a concessão do titulo aprovado por unanimidade. Segue o parecer elaborado pela Comissão de Títulos. Parecer: “O presente processo se refere à concessão do titulo de Doutor Honoris Causa a Oscar Niemeyer Soares Filho, homenageando-o pelo transcurso do seu 82° aniversário. É uma proposta do Prof. Francisco Soares Senna, da Faculdade de Arquitetura, aprovada pelo Departamento V da Evolução da Arquitetura, em 16 de novembro de 1987 e igualmente aprovada, por unanimidade pela Congregação desta Faculdade, em sessão realizada em 21 de janeiro do corrente ano. Oscar Niemeyer é um nome que fala por si só. Nasceu em 1907, no Rio de Janeiro, recém formado pela Escola Nacional de Belas Artes, participou em 1936, na elaboração do projeto do Ministério da Educação e Saúde, no Rio de Janeiro, hoje patrimônio histórico e marco de modernismo no Brasil. Em 1938, projetou com Lúcio Costa o pavilhão brasileiro para a Feira Internacional de New York, consagrando a arquitetura brasileira no interior. Das várias obras que se seguiram, foi sobretudo o conjunto de Pampulha, em Minas Gerais, composto de cassino, restaurante, iate clube e igreja, que o consagrou definitivamente no cenário internacional. Desenvolveu projetos de urbanismo e arquitetura em diversos quadrantes da terra: Estados Unitantes”. Efetuada a apuração, foi o parecer aprovado por unanimidade dos votos, sendo concedido o titulo de “Professor Honorário” aos professores Warren Johnson e Thomas Jones. Eis o Parecer: “A Faculdade de Medicina, propõe ao Conselho Universitário, homologar o título de Professor Honorário aos Professores Warren Johnson e Thomas C. Jones, ambos professores de Medicina Internacional, do Departamento de Medicina da Universidade de Cornell, sediada em New York, U.S.A. A Congregação da Faculdade de Medicina, em sessão do dia 22.06.988, aprovou por unanimidade, a concessão do título honorífico a cada um destes ilustres Professores. E assim o fez levando em conta as seguintes características de ambos os candidatos: 1. Os professores Warren Johnson e Thomas C. Jones já se relacionam de modo ativo, com a Faculdade de Medicina da UFBA, há mais de 15 anos. Coordenaram e coordenam o Programa de Intercâmbio Bahia-Cornell que já existe em funcionamento há mais de 20 anos, e que trouxe benefícios incontestes para a nossa Escola de Medicina. Foram inúmeros os bolsistas pós graduados de nossa Faculdade que estagiaram no New York Hospital, da Cornell, patrocinados integralmente pelo programa. Deste modo, conseguiu-se formar pessoal nas áreas de hematologia, pediatria, ginecologia e obstetrícia, reumatologia, gastroenterologia, endocrinologia, entre outras, o que representou um fortalecimento considerável nesta área fundamental, a área de pessoal docente. Além disso, como resultado deste programa e dessa interação sadia de unidades universitárias onde predomina o respeito mútuo e a compreensão do papel de cada um na promoção dos seus projetos, cada um deles tem visitado nossa Faculdade com frequência nestes últimos anos. A cada visita, não apenas interagem com os pesquisadores com quem realizam projeto comuns, mas proferem conferências para alunos da área de graduação e de pós graduação, tornando-se conhecidos e respeitados pela nossa comunidade médico- acadêmica. 2. Os Professores Warren Johnson e Thomas C. Jones, tem “curriculum vitae” da melhor qualificação. São numerosos os trabalhos científicos de elevada qualidade, publicados em jornais e revistas médicas de rigoroso crivo editorial. Além disso, já são suficientemente conhecidos em nossa comunidade médica para serem respeitados pelas suas qualidades pessoais e morais. 2. Além disso, os referidos professores demonstram interesse de continuar interagindo e servindo à nossa Faculdade. Nesta fase atual do programa Bahia-Cornell, mais devotado à pesquisa novos projetos conjuntos estão sendo implementados e poderão ser de grande valia para nossa instituição a Universidade. Estas características, elevada qualificação acadêmica, interesse comprovado pela melhoria da instituição não apenas no passado mas, e também, no seu futuro levaram a todos nós, Professores da Faculdade de Medicina, a indicar os nomes dos dois referidos Professores como merecedores do Título de Professor Honorário, que estou certo, receberão com elevado respeito e procurarão honrá-lo sempre. Este é o nosso Parecer. Item 04- Proc. 23066.063329/89-52- Concessão de titulo de “ Professor Honorário” ao Dr. Donald Kaye, do Colégio Médico da Pensylvânia proposta pela Congregação da Faculdade de Medicina. Relator: Cons. Paulo Costa Lima. Com a palavra, o Relator leu o parecer da Comissão favorável à concessão do título proposto. Foi colocado em votação, designados para escrutinadores os Conselheiros Antônio Heliodório Sampaio e Wanda Carvalho. Contou-se 26 votos para 26 votantes. Realizada a apuração verificou-se a aprovação da concessão do título por unanimidade de votos, ao Dr. Donald Kaye com base no parecer da Comissão, que vai a seguir transcrito. Parecer: “ Tendo sido solicitado pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia através do eminente Prof. Heonir Rocha a concessão de Título Honorário do Prof. Dr. Donald Kaye do Colégio Médico da Pensylvania aprovado por unanimidade pela Congregação daquela Faculdade, em sessão realizada a 05.08.87, conforme consta em ata, fora encaminhada a apreciação da Comissão de Concessão de Títulos do Conselho Universitário que dera o seguinte Parecer: O prof. Donald Kaye, diplomado em Medicina 1964, prof. De Medicina do Colégio Médico da Pensylvania, especialista em doenças transmissíveis apresenta em formação aprimorada uma vez que na sua carreira profissional vem exercendo inúmeras funções em vários serviços hospitalares de New York Clinica D. Infecciosa na University Cornell membro de várias Sociedades Médicas com muitos Títulos de honra a exemplo de Presidente Award the Medical Colleg of Pensylvania. Colege of Physicans, Presidente em Sociedade de D. Infecciosas, participando cerca de 30 cemitêis, ora como presidente, ora como Consultor em várias editoras, revisor de jornais médicos, além de possuir cerca de 194 trabalhos científicos publicados, especialmente na área de Microbiologia, bem como 70 livros e monografias não só na área da Bacteriologia como na Parasitologia e Imunologia. A participação dele na Universidade da Bahia conjuntamente com o Prof. Heonir Rocha foi relevante onde fizeram várias publicações podendo citar e effect of bile on the action of blood aganist Sah monela. J. Bact 91-945-952. 1966, no J Clin Path. 46 408 410-1966 contribuindo muito para o desenvolvimento científico da nossa Universidade, baseado no art. 90 do nosso regimento parágrafo 2 essa concessão, após análise do seu currículo anexo ao processo, apresentam o presente parecer que seja concedido o título de Prof. Honorário ao aludido Professor. A Comissão em reunião de 03 de junho dos, Líbano, Israel, Congo, Portugal, Itália, Argélia, França e outros e recebeu inúmeras premiações internacionais, como o Prêmio Lenine, a medalha Joliot-Curie, a Legião de Honra da França, a medalha do Instituto de Arquitetos Norte-Americanos, sem falar nas condecorações nacionais, como a Grande Medalha de Independência, pelo Governo de Minas Gerais e o título de Grande Oficial da Ordem de Rio Branco, pelo Ministério das Relações Exteriores, Segundo o autor da proposta, o Prof. Francisco Soares Senna , a obra de Oscar Niemeyer é “ marcada pela liberdade plástica, que soube como ninguém aliar à tecnologia, encontrando raras soluções de beleza e funcionalismo”. O Processo estando devidamente documentado e satisfazendo as exigências do Art. 90 do Regimento Geral da UFBA, submetemos a este Conselho o nosso endosso a que se outorgue o título de Doutor Honoris Causa a Oscar Niemeyer Soares Filho. O Magnifico Reitor passou ao item 02 da pauta- Proc. 23066.062605/88-12- Concessão de título de “ Professor Emérito” ao Prof. Titular aposentado Oldegar Franco Vieira, proposta pela Congregação da Escola de Administração. Relator: Cons. Ubirajara Dórea Rebouças. O Relator mencionou a adoção de idêntico procedimento, que, pelas mesmas razões, endossava a aprovação da concessão do título, pela Comissão anterior. O Sr. Presidente procedeu, então, à votação, designando para escrutinadores os Conselheiros Heonir Rocha e Leopoldo Carvalho. Contou-se 26 votos para 26 votantes, em função do retorno ao plenário do Cons. Luiz Erlon, que não participara da 1º votação. Realizada a apuração, obteve-se o seguinte resultado; 25 votos a favor e um voto em branco. Foi assim, concedido o título de “ Professor Emérito” ao Prof. Oldegar Franco Vieira, baseado no parecer da comissão, que vai a seguir transcrito. Parecer “ O Processo contém proposta e concessão de título de Professor Emérito a Oldegar Franco Vieira, apresentada em 15 de janeiro 1988 ao departamento de Administração, onde foi aprovada por unanimidade e encaminha, em 29 do mesmo mês e ano. Entre todos os copiosos títulos de sua carreira de educador, administrador e scholar dedicado à pesquisa social. Oldegar Franco Vieira foi o docente a quem o Magnifico Reitor Edgar Santos confiou a missão de implantar, entre 1959 e 1961, a Escola de Administração. Hoje professor aposentado, exerceu a docência na UFBA, além desta escola, nas Faculdades de Ciências Econômicos, Direito e Filosofia e Ciências Humanas. Em 1966 foi eleito para a Academia de Letras da Bahia principalmente como autor de Folhas de Chá, livro inteiramente dedicado à tentativa de nacionalização do gênero japonês “ Haicai”, em que foi excelente, segundo testemunha Carlos Drumond de Andrade, Alceu Amoroso Lima e outros. A esta votação literária acrescentam-se as de educador, jurista e administrador, interessou-se pelo “escotismo” como processo educacional, de que da testemunho se estudo Educação extra-escolar educação pré-militar passando também pela sucessiva produção editada sobre o Economista, a Estatística e a Formação Universitária; o Direito-especialmente o Externo- e o Ensino das Ciências Econômicas, Federalismo e Unidade Judiciária; A Educação como Instituto Pública; Introdução ao Estudo do Direito Público; O Estado e a Ordem Econômica; A Gestação do Direito Agrário no Brasil; Estado de Direito e Estado de Cultura; O ordenamento econômico e a Constituição, este último editado em Portugal. Embora baiano, estabeleceu-se temporariamente no Rio de Janeiro, onde exerceu a advocacia, o jornalismo e a função de Técnico de Educação isntituto Nacional do Estudos Pedagógicos, que o levou, em 1944, a implantar os serviços educacionais no Território Federal de Rondônia, então “do Gauporé”. Realizou várias viagens de estudos, desde o Japão até os Estados Unidos. O seu currículo deixa evidenciar uma riqueza extraordinária de interesses e uma apreciável vivência com os problemas modernos, do que resultou uma compreensão completa da realidade brasileira. Tudo isso justifica a proposta do titulo de Professor Emérito da UFBA. Art. 90 e cujo deferimento sugerimos a este Conselho Universitário. Em tempo- Nosso parecer já consignado neste Processo, recebemos novo processo, que se anexa a este, em que a Congregação da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, em reunião de 22.06.88, aprovara a proposta idêntica de concessão de título de Professor Emérito ao Professor Oldegar Franco Vieira, por indicação do professor José Newton Alves de Sousa, Chefe do Departamento de Estudos de Problemas Brasileiros. Em consequência, solicitamos que se considerem ambas as Unidades a Escola de Administração e a Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas como proponentes do título. O Magnifico Reitor passou ao item 03 da pauta- Proc. 23066.012089/88-01- Concessão do título de “ Professor Honorário” aos Professores Warren Johnson e Thomas Jones, proposta pela Congregação da Faculdade de Medicina. Relator: Cons. Heonir De Jesus Pereira da Rocha. O Cons. Relator explicou que, diferente dos 2 anteriores, tal processo não houvera sido ainda apreciado. Em seguida, procedeu à leitura do parecer da Comissão, favorável à concessão do título. Foi escrutinadores, os Conselheiros Célia Gomes e Luiz Gonzaga Mendes. Foram computados 26 votos para 26 votantes, de 1988 foi reunida e aprovada. O Magnifico Reitor passou ao item 05 da pauta- Eleição do representante da Comunidade no Conselho Universitário, indicado pelas Federações, nos termos estatutários. O Sr. Presidente explicou o procedimento então adotado, que solicitou uma seleção de nomes às diversas Federações do Estado, para que fosse feita a escolha (eleição) de um deles para representante no Conselho. A relação apresentada se compunha dos seguintes nomes: Fernando Costa D’ Almeida- Federação do Comércio, Eudaldo Andrade Costa- Federação dos Trabalhadores da Industria, Aliomar Fagundes Marques- Federação dos Empregados no Comércio. O Cons. Alberto Peçanha Martins Junior sugeriu o nome de Dr. Fernando D’ Almeida, embasando sua preposição nos relevantes serviços por ele prestados à Universidade, credenciado para o cargo e já tendo, inclusive, integrado o Conselho Universitário. Procedeu-se à votação de forma uni nominal e secreta. O Sr. Presidente designou os Conselheiros Ubirajara Rebouças e Marcia Magno Batista para escrutinadores. Contou-se 26 votos para 26 votantes. Efetuada a apuração constatou-se o resultado seguinte: 25 votos para Fernando D’ Almeida e um voto em branco. Desta forma, foi eleito o Dr. Fernando Costa D’ Almeida para representante da Comunidade no Conselho Universitário. O Magnifico Reitor manifestou a satisfação pessoal da ocupação de tal cargo, não preenchido na gestão anterior, bem como a participação de todas as federações empresariais do Estado na preparação da lista a ser votada pelo Conselho. Mencionou ainda a problemática questão da carga horária de trabalho, que tendo recebido alguns alento por parte do Reitor da gestão anterior da Universidade Federal da Paraíba, aguçou a expectativa de implantação das 30 horas, embora, na verdade, nada exista concretamente a esse respeito, e não cabendo ao Secretário Geral do Ministério a autoridade para alteração do regime de trabalho. O Cons. Luiz Erlon, justificando a sua ausência no curso da 1º votação, referiu que teria votado favoravelmente à concessão do título de Doutor “ Honoris Causa” ao Professor Oscar Niemeyer Filho. O Cons. Leopoldo Carvalho retomou a lembrança do convite formulado por Luiz Gonzaga Mendes para realização de uma sessão do Conselho Universitário na Escola de Agronomia, considerando que se deveria envidar esforços neste sentido, com o que concordou o Magnífico Reitor, não só pela ocorrência do evento dos 130 anos da instituição, como pela forma de se reconhecer o eficiente trabalho realizado pelo seu Diretor, sobretudo no resgate do prestígio daquela Escola. O Cons. Ubirajara Rebouças propôs a inclusão na pauta da próxima reunião do Conselho do tema referente à questão das 30 horas de trabalho, para que se pudesse dai extrair uma posição definitiva do Conselho. O Cons. Antônio Heliodório demonstrou a sua preocupação quanto ao problema de segurança, consumo de drogas e agressões frequentes a estudantes e servidores, ocorrido nas imediações da Faculdade de Arquitetura constatando a necessidade de medidas drásticas de combate a tais atos. A Consa. Suzana Longo também manifestou uma preocupação quanto a escassez e falta de salas de aula, para os alunos de letras, dificuldade ampliada pela iminência do inicio do período letivo, comprometendo-se o Magnífico Reitor a encaminhar e analisar tal situação junto ao SUPAC, e solicitando a compreensão dos diretores que, eventualmente, enfrentavam, problemas similares, dadas as grandes dificuldades apresentadas e que estão sendo gradativamente solucionadas. O Cons. João Vieira Neto agradeceu a oportunidade na reunião daquele Conselho Não havendo mais que se manifestar, o Magnifico Reitor agradeceu a presença de todos e deu por encerrada a sessão.
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Não houve o que ocorrer.
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Ata da Sessão do Conselho Universitário da Bahia realizada em 14 de Dezembro de 1988 |
qua, 14/12/1988 - 08:00 |
O Magnifico Reitor passou ao item 01 da pauta- Eleição dos membros e respectivos suplentes das Comissões Permanentes do Conselho.( Legislação e Normas, Recursos e Títulos Honoríficos). Procedeu-se inicialmente à distribuição das cédulas para votação da composição da Comissão de Legislação e Normas e designou os Conselheiros Carlos Emílio Strauch e Alberto Peçanha Martins Junior para escrutinadores. Processada a votação, foi feita a contagem dos votos, num total de 28. Realizada a apuração registrou-se, por unanimidade, a eleição da Comissão de Legislação e Normas, que ficou assim constituída: Titulares: Professores; Alberto Peçanha Martins Junior, Lucilia Rupp De Magalhães e Luiz Erlon Araújo rodrigues. Suplentes: Professores; Celia Maria Pitangueira Gomes, Florentina Santos Diez Corral, Nilze Barreto Vilela. O Sr. Presidente passou à eleição dos componentes da Comissão de Recursos. Foram contados 28 votantes. Processada a apuração dos votos, registrou-se, por unanimidade a eleição da Comissão de Recursos, que ficou assim constituída: Titulares: Professores; Carlos Emílio de Menezes Strauch, Francisco José Liberato De Mattos Carvalho e Luiz Gonzaga Mendes. Suplentes : Professores; Gilberto De Menezes Pedroso, Maria de Lourdes Figueiredo Botelho Trino e Urbino Da Rocha Tunes. O Magnifico Reitor passou à votação para eleição da Comissão de Títulos, constando-se também um total de 28 votantes. Também por unanimidade, uma vez realizada a apuração os votos, obteve-se a seguinte composição da Nova Comissão de Títulos Honoríficos: Titulares: Professores; Heonir De Jesus Pereira da Rocha, Paulo Costa Lima e Ubirajara Dórea Rebouças. Suplentes; Professores; Manoel Marcos Freire D’ Aguiar Neto, Paulo Lauro Nascimento Dourado, Suzana Helena Longo Sampaio. O Magnífico Reitor parabenizou os Conselheiros eleitos e passou ao item 02 da pauta- Eleição do Substituto Eventual do Vice-Reitor. Com a palavra, a Vice-Reitora sugeriu que esta 2º votação fosse discutida pelo plenário. O Sr. Presidente informou que tal procedimento não costuma ocorrer, uma vez que todos os Conselheiros podem ser candidatos. O Conselheiro Gilberto Pedroso sugeriu, então o nome do Conselheiro Eliel Pinheiro, justificando-o através da expressa votação obtida para a composição da lista sêxtupla para Vice-Reitor. O Magnífico Reitor acatou a sugestão, tanto pela representatividade do Conselheiro, quanto pelos relevantes serviços já prestados à UFBA. Procedeu à votação que, em virtude da chegada da acadêmica Maria Olivia Santana, passou a contar com 29 votantes. Realizada a apuração, verificou-se o seguinte resultado: 27 votos para Eliel Pinheiro, 1 voto em branco e 1 voto nulo, sendo declarado eleito o Conselheiro Eliel Judson Duarte de Pinheiro, Substituto Eventual do Vice-Reitor, que foi parabenizado pelo Senhor Presidente. Passou-se ao item 03 da pauta- Eleição do Representante e Suplente do Conselho Universitário no Conselho de Curadores. O Conselheiro Carlos Strauch tomou a iniciativa de sugerir os nomes dos Conselheiros Militino Martinez e Leopoldo Carvalho, pela afinidade profissional de ambos com a atividade a ser desenvolvida. Procedeu-se a votação, com um total de 31 votantes, em virtude da chegada dos Conselheiros Wanda Carvalho e Waldemar Manoel De Souza. O Sr. Presidente indicou Fernando Palma e Luiz Gonzaga Mendes para escrutinadores. Feita a apuração, obteve-se o seguinte resultado: Para Titular, 28 votos para Militino Martinez, 1 voto para Wanda Carvalho, 1 voto para Ana Cristina Liberato e 1 voto em branco. Para a Suplência: 24 votos para Leopoldo, 1 voto para Carlos Strauch e 6 votos em branco. Foram declarados, respectivamente, Titular e Suplente do Conselho Universitário no Conselho de Curadores, os Conselheiros Militino Rodrigues Martinez e Leopoldo Roberto Martins de Carvalho. O Magnífico Reitor congratulou-se com ambos e passou ao 4º item- Eleição do representante do Conselho Universitário no Conselho Social de Vida Universitária. A Consa. Suzana Longo sugeriu para o cargo, o nome da Consa. Wanda Carvalho, acolhido pelo Sr. Presidente e demais Conselheiros. Designou para escrutinadores os Conselheiros Ubirajara Rebouças e Luiz Erlon. Foi feita a contagem dos votos num total de 31 e se procedeu à apuração. O Resultado indicou 27 votos para a Consa. Wanda Carvalho, 1 voto para Suzana Longo e 3 votos em branco. O Magnífico Reitor declarou a Consa. Wanda Maria Pereira de Carvalho eleita representante do Conselho Universitário no Conselho Social de Vida Universitária, felicitando-a em seguida. Passou ao item 05, eleição do representante do Conselho Universitário no Conselho Deliberativo do Museu de Arte Sacra. Com a palavra, a Profa. Eliane Azevedo sugeriu que tal procedimento não deveria caber ao Conselho Universitário, vez que não há referência no Estatuto da UFBA. O Sr. Presidente informou que, embora não constante do Estatuto, tal determinação está registrada no Regimento do Museu, órgão diretamente vinculado ao Reitor, no que se sentia à vontade para designar, de forma autônoma, o seu representante. Ainda assim, preferia submeter o assunto à apreciação do plenário, para que este elegesse o representante. Em função da polêmica contradição entre o Estatuto e o Regimento, deliberou o Magnífico Reitor consultar acerca do melhor procedimento à Procuradoria Jurídica, retirando o item da pauta. Passou-se ao item 06- Eleição do representante da Comunidade no Conselho de Curadores. O Sr. Presidente explicou que esta eleição se processaria mediante votação a ser realizada entre 6 nomes que, por ofício enviado ao Magnifico Reitor, pelos Presidentes das Classes Empresariais ( FIEB, FAEB e FECEB), os indicava para apreciação do Conselho Universitário: Rubens Lins Ferreira de Araújo, Fernando Elias Cassis, Aurélio Pires, Antônio Nonato Marques, José Salvador Borges, e Luiz Fernando Braga. O Conselheiro Alberto Peçanha Martins Junior sugeriu o nome do Dr. Rubens Araújo, apoiado de imediato pelo Conselheiro Leopoldo Carvalho, que registrou elogios comentários acerca do indicado. O Sr. Presidente procedeu à votação, designando para escrutinadores, os Conselheiros Militino Martinez e Leopoldo Carvalho. Contou-se 31 votantes. Feita a apuração, obteve-se 28 votos para Rubens Araújo, 1 voto para Aurélio Pires e 2 votos em branco. O Magnifico Reitor declarou o Dr. Rubens Lins Ferreira de Araújo eleito representante da Comunidade no Conselho de Curadores. Em seguida, a profa. Wanda agradeceu a sua eleição, registrando a confiança que lhe fora depositada. A Consa. Suzana Longo reivindicou o apoio do Magnífico Reitor e dos Conselheiros para a reconstrução do Instituto de Letras, dada as grandes dificuldades que, de algum tempo, vem sendo enfrentadas, com a dispersão daquela Escola por 13 espaços físicos diversificados. O Sr. Presidente convidou os Conselheiros a participarem da comemoração natalina da Reitoria, desejando a todos um Feliz Natal, e Ano Novo. Manifestou a sua convicção pessoal de muito se poder realizar em beneficio da reconstrução da UFBA, em 1989. Complementarmente referiu-se à circular 039 da SUPAC, informando que, juntamente com a Pró-Reitoria de Graduação, se colocava à disposição para qualquer esclarecimento sobre a questão da colação de grau, uma vez que a intenção, com aquela atitude, fora somente a de regularizar situações acadêmicas anteriores, cujos procedimentos, por vezes não observaram o rigor das disposições previstas. Ao final, investindo-se da competente autoridade, anunciou que nomearia a Consa. Marcia Magno Batista para representante do Conselho Universitário no Conselho Deliberativo do Museu de Arte Sacra e deu por encerrada a sessão .
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Não houve o que ocorrer.
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